Alimentação saudável após diagnóstico do câncer de mama pode melhorar a qualidade da dieta

24/09/2012 15:08

Pesquisa aponta mudanças na dieta durante o tratamento para o câncer de mama e alerta sobre a necessidade da implantação de estratégias de educação nutricional direcionadas, mesmo com todas as repercussões clínicas.

Mudanças na alimentação após o diagnóstico do câncer de mama alteram significativamente a qualidade da dieta, podendo repercurtir de forma negativa na qualidade de vida do paciente, revela pesquisa realizada pela mestranda e bolsista pela CAPES/Reuni do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina. O estudo foi realizado pela nutricionista e especialista em oncologia, Vanessa Ceccatto, membro do Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo (GENEO), coordenado pela professora Patricia Faria Di Pietro, contemplado pelo Edital Universal do CNPq, MCT/CNPq 14/2008.

A pesquisa, realizada em Florianópolis, no Hospital e Maternidade Carmela Dutra, onde avaliou a qualidade da dieta de 78 pacientes diagnosticadas para o câncer de mama entre os anos de 2006 a 2010, que realizaram tratamento adjuvante. As mulheres foram entrevistadas em dois momentos: pré-cirúrgico e pós-tratamento (consumo alimentar referente ao período de tratamento). Para a avaliação da qualidade da dieta foi utilizado o Índice de Qualidade da Dieta – Revisado (IQD-R), sendo considerado uma dieta “inadequada” pontuações menor ou igual a 75,2 pontos, dieta “necessitando de modificações” de 75,7 a 81,8 pontos e dieta “saudável”, acima de 82,0 pontos.

De acordo com o estudo, as pacientes com dieta ‘inadequada” aumentaram expressivamente a qualidade de sua dieta durante o tratamento. Do total, 62% melhoraram sua pontuação e destas 24% passaram a ser classificadas com dieta “saudável”. Mulheres consideradas com dieta “necessitando de modificações” não alteraram de forma significativa a qualidade da dieta durante o tratamento. As mulheres com dieta “saudável” reduziram significativamente a pontuação do índice durante o tratamento, sendo que 38% passaram de uma dieta “saudável” para dieta “necessitando de modificações” e 20% de uma dieta “saudável” para uma dieta “inadequada”.

Segundo Vanessa, a inadequação da dieta foi relacionada ao baixo consumo de frutas e verduras e o consumo excessivo de uma miscelânea de alimentos densamente calóricos com baixo valor nutricional. “Quanto pior a qualidade da dieta, com menor consumo de frutas e verduras e mais ingestão de gordura, maior o risco de recidiva da doença”. A mestre ressalta que as gorduras sólidas (manteiga, banha, gorduras vegetais hidrogenadas, molhos tipo hidrogenado), o álcool (calorias oriundas do álcool e do açúcar em bebidas alcoólicas) e o açúcar adicionado em sucos, cafés, chás, refrigerantes, sucos prontos, geleias, gelatina e alimentos prontos e processados estão associados ao maior risco de recorrência da doença, especialmente em mulheres na pós-menopausa.

O tratamento para o câncer de mama exige cuidado integral e de uma equipe multidisciplinar uma vez que as diferentes modalidades terapêuticas desencadeiam efeitos colaterais, que afeta a seleção de alimentos. A pesquisadora ressalta que “as pacientes com a doença alteram seus hábitos alimentares por acreditarem que, além dos possíveis efeitos diretos da dieta saudável na prevenção secundária, há uma série de benefícios psicológicos, como melhora da autoestima e do humor, embora a preocupação com a alimentação possa ser afetada pelo estresse em passar pelo diagnóstico e quimioterapia”.

O câncer de mama apresenta a maior incidência mundial entre todas as neoplasias femininas e é causado pela interação de fatores genéticos e ambientais como fumo, consumo de bebida alcoólica, dieta, obesidade e sedentarismo, todos modificáveis. No Brasil, a doença é responsável pelo maior número de óbitos por câncer entre as mulheres. Entre os fatores ambientais, a dieta tem atraído considerável atenção, pois oferece a oportunidade de criar estratégias preventivas.

 

Informações para a imprensa: Vanessa Ceccatto

E-mail: vanessaceccatto@hotmail.com

Contato: (41) 9921-7688

 

Brasileiros consomem excesso de sódio em alimentos prontos e semiprontos

11/09/2012 09:25

Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), analisou 1.368 alimentos prontos e semiprontos para o consumo, utilizados em refeições de almoço e jantar e verificou que dois em cada três apresentava altos teores de sódio, ou seja, ofertava mais que 600 mg de sódio por 100 g ou 100 ml de alimento. As pesquisadoras analisaram os alimentos industrializados que fazem parte do dia a dia do brasileiro e que são incorporados nas refeições de almoço e jantar, em combinação ou substituição aos alimentos tradicionais, como o arroz e o feijão. Dentre os alimentos analisados, estão os pratos prontos, como pizza e lasanha, carnes cozidas, molhos (de tomate, para salada, de soja, mostarda, etc.), queijos, macarrão instantâneo, temperos completos, pós para sopa, embutidos e conservas. Tais alimentos passam por elevado grau de processamento, sendo conhecidos pela praticidade e conveniência de preparo.

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Tags: Carla Adriano MartinsNUPREPPGNsódio em alimentos

Estudo comprova benefícios do óleo de salmão para a saúde

30/08/2012 09:36

Um estudo realizado na UFSC indica que a gordura total hepática em ratos, aumentada pela dieta rica em frutose (açúcar da fruta), pode ser reduzida por meio do consumo de óleo de salmão. Assim, conclui-se que o óleo apresenta benefícios, principalmente na redução da gordura total presente no fígado, o que pode contribuir para a melhora da saúde cardiovascular em humanos.

A dissertação de mestrado da aluna Stella Lemke, com orientação de Vera Lúcia Cardoso Garcia Tramonte, do Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFSC, estudou o efeito do consumo de óleo de salmão na expressão do gene receptor ativado por proliferadores de peroxissoma alfa (PPARα) e a concentração de triglicerídeos séricos e hepáticos em ratos.

Em relação à concentração de triglicerídeos hepáticos e perfil lipídico sérico, não houve diferença significativa, exceto para a fração HDL-c (colesterol bom), que apresentou redução nos animais que consumiram a dieta
rica em frutose. Não foi observada diferença na expressão do gene PPARα entre os grupos.

O receptor ativado por proliferadores de peroxissoma alfa (PPARα) é um dos principais fatores envolvidos com a regulação do metabolismo lipídico e parece ter sua expressão aumentada pela presença de ácidos graxos
polinsaturados ômega 3. O óleo de salmão, uma das principais fontes do nutriente, vem sendo utilizado na prática clínica sob alegação de promover uma melhora da saúde cardiovascular por meio da redução dos níveis
plasmáticos de triglicerídeos.

O estudo foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa em Nutrição Experimental em parceria com o Laboratório de Estudos Moleculares em Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP.

Fonte: Stella Lemke (stellalemke@gmail.com)

Edição: Murici Balbinot/ Estagiário de Jornalismo/ e Alita Diana / Jornalista da Agecom / UFSC

Tags: pós-graduação em nutriçãoUFSC

UFSC integra Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Mar

27/08/2012 08:42

Mudanças de larga escala na circulação oceânica, associadas a modificações na circulação atmosférica, levarão a impactos consideráveis nas características do Oceano Atlântico Sul Ocidental. Em função destes impactos, é necessário conhecimento sobre as condições básicas das diferentes comunidades, habitats e componentes destes ecossistemas. Esse trabalho é foco do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Mar – Centro de Oceanografia Integrada (INCT-Mar COI), rede de pesquisa coordenada pela UFRGS que tem participação da UFSC, entre outras universidades.
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Tags: BiodiversidadeINCT MarUFSC

Professora da UFSC é finalista do Prêmio Cláudia na categoria Ciências

13/08/2012 10:08

Márcia Mantelli é coordenadora do Laboratório de Tubos de Calor (Labtucal)

Professora do departamento e da pós-graduação em Engenharia Mecânica da UFSC,  Márcia Barbosa Henriques Mantelli é uma das mulheres indicadas ao Prêmio Cláudia, categoria Ciências. A escolha da vencedora em cada categoria será realizada por votação pela internet, no site premioclaudia.abril.com.br, até o dia 30 de setembro, e por uma comissão de notáveis.
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Tags: Márcia MantelliUFSC Prêmio Cláudia

Pesquisas desvendam mecanismos da infecção generalizada

12/08/2012 10:30

As investigações dão continuidade às pesquisas de doutorado do professor Fernando Spiller, sobre respostas à inflamação.

Estudos desenvolvidos no Laboratório de Imunobiologia, associado aos departamentos de Farmacologia e de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, colaboram com o entendimento dos mecanismos da sepse. Conhecida popularmente como “infecção generalizada”, essa é uma das principais causas de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
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Tags: CCBfarmacologiaFernando Spillerinfecção generalizadasepseUFSC

Nova sede e evento fortalecem pesquisas sobre vírus do câncer de colo de útero

03/08/2012 08:18

O professor Fedrizzi na entrada das novas instalações: sonho de erradicação do HPV como causador do câncer de colo de útero

A inauguração de uma nova sede do Projeto HPV e a realização do 1° Encontro Catarinense de Experts em HPV marcam 10 anos de pesquisas da UFSC neste campo. A inauguração de um espaço mais adequado para o grupo no Hospital Universitário foi realizada na manhã desta quinta-feira, 2 de agosto. O evento que terá como palestrantes 14 especialistas será realizado nos dias 10 e 11 de agosto.

Durante a inauguração, o chefe do Centro de Pesquisa em HPV, professor Edison Natal Fredrizzi, traçou um panorama sobre os estudos envolvendo esse vírus ao longo da história. O HPV (Papilomavírus humano) é um vírus de contágio preferencialmente sexual, considerado como a doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo. São mais de 200 tipos diferentes e cerca de 45 infectam a área ano-genital masculina e feminina.

“Há dez anos começamos a pesquisar o HPV de forma mais sistemática e nos orgulhamos de estar entre os centros mundiais que trabalham nesse campo”, ressaltou o professor.

Fedrizzi lembrou que na época de Hipócrates, 460 AC, lesões na forma de verrugas no corpo humano já chamavam atenção, mas não havia relação com doenças sexualmente transmissíveis. A conexão de lesões em órgãos sexuais e o câncer de colo de útero com uma DST surge a partir de 1842.

A descoberta de que essa doença está relacionada a um vírus (o HPV) demorou ainda mais. “Na década de 70, a herpes era a vedete do câncer. O pesquisador alemão Harald Zur Hausen disse que o câncer de colo de útero era uma DST causada pelo HPV e não pelo HSV (vírus da herpes), mas durante muito tempo os olhos foram céticos sobre essa ideia. Em 2008 ele ganhou o Nobel de Medicina”, lembrou o professor.

As pesquisas em busca de uma vacina contra o câncer de colo de útero iniciaram na década de 1990. Na UFSC esse campo de investigação surgiu em 2002, e o desenvolvimento de diferentes projetos vem comprovando a eficácia da prevenção.

O primeiro estudo foi direcionado a investigar a eficácia da vacina em mulheres e contou com a participação de pesquisadores de 33 países, 15 centros de pesquisa no Brasil – entre eles o Centro de Pesquisas em HPV localizado no Hospital Universitário da UFSC. A pesquisa revelou eficácia da vacina de até 90% em mulheres jovens.

A partir de 2005 os estudos foram estendidos para o sexo masculino, tiveram a participação de 18 países e cinco centros de pesquisa brasileiros (um deles a UFSC). Também nesse caso os resultados revelaram grandes benefícios da vacina e resultam na publicação de diversos artigos científicos.

Outros estudos com diferentes vacinas e perfis de pacientes foram realizados. Atualmente a equipe está iniciando projeto com homens de 16 a 26 anos, para avaliação de uma vacina multivalente (que pode prevenir a infecção por diferentes tipos de HPV).

“O sonho de erradicação do HPV como agente causador do câncer de colo de útero é uma questão de tempo”, enfatizou o professor quase ao final de sua palestra. Segundo ele, com as novas instalações o projeto ganha força, poderá oferecer melhores condições de trabalho à equipe e mais conforto aos pacientes.

Atualmente as vacinas HPV bivalente e quadrivalente  são encontradas somente em clínicas particulares e têm custo aproximado de R$ 280,00 a dose. São necessárias três doses. Há uma campanha nacional para sua adoção pelo SUS.

Encontro catarinense de experts
O 1° Encontro Catarinense de Experts em HPV é mais uma etapa de comemoração de uma década de pesquisas nesta área. Será realizado no auditório da Reitoria da UFSC, nos dias 10 e 11 de agosto. As inscrições devem ser feitas no site

O evento terá participação de 14 professores e pesquisadores do Brasil que estudam o tema diariamente. Serão abordados temas como bases da infecção pelo HPV, história da infecção, biologia do HPV, transmissão (papel do homem e da mulher grávida) e prevenção da infecção.

Mais informações: Projeto HPV / Ambulatório do HU / (48) 3233-6798 / 3721-9082 / projetohpv@hu.ufsc.br

Arley Reis / Jornalista da Agecom
arleyreis@gmail.com

Fotos: Wagner Behr / Agecom
wagner.behr@ufsc.br

Tags: HUProjeto HPVUFSC

Encontro discute resultados de pesquisas sobre peixes de água doce

01/08/2012 17:34

Estudos envolvendo o monitoramento de peixes no reservatório da Usina Hidrelétrica de Itá e na Lagoa do Peri, além de pesquisas sobre reprodução de peixes migradores e locais de crescimento de larvas na região do Alto Rio Uruguai estão entre os temas que serão abordados na sétima reunião técnica do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce da UFSC.

As apresentações serão realizadas nos dias 9 e 10 de agosto, no auditório do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias, no bairro itacorubi.

Ligado ao Departamento de Aquicultura, desde 1995 o Lapad desenvolve estudos voltados ao manejo, conservação e cultivo de peixes da região do Alto Rio Uruguai, localizado entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Entre as linhas de pesquisa da equipe está o monitoramento da ictiofauna, uma importante ferramenta para compreensão dos impactos causados por represas sobre populações de peixes.

Durante o encontro serão também apresentados resultados sobre avaliação da produção pesqueira, desenvolvimento de tecnologia de cultivo de peixes de água doce e sobre o zoneamento das usinas hidrelétricas de Itá e de Machadinho.

Veja programação

Mais informações: (48) 3389-5216
Sobre participação no evento: anapaula@lapad.ufsc.br / (48)3389-5216 (com Ana Paula)

Arley Reis / Jornalista da Agecom / UFSC
arleyreis@gmail.com

Tags: Lapadpeixes de água doceUFSC

Universidade busca novos voluntários para pesquisas com cápsulas de erva-mate

25/07/2012 14:42

O Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros da UFSC está cadastrando voluntários para mais uma etapa de investigação dos benefícios da erva-mate. O estudo necessita de pessoas com colesterol alto, que estejam tomando medicamento (estatinas) há pelo menos seis meses. Podem participar homens e mulheres com idade entre 18 e 60 anos.

O objetivo é avaliar se o consumo de cápsulas produzidas na Universidade, contendo extrato seco de erva-mate verde ou tostada, apresenta a propriedade de reduzir o colesterol no sangue. O estudo será iniciado no dia 28 de agosto e o contato com a equipe deve ser realizado somente pelos e-mails edson@ccs.ufsc.br ou ali.mb@hotmail.com.

“Na primeira fase da pesquisa, confirmamos que as cápsulas de erva-mate não apresentaram problemas à saúde (toxicidade) e ainda diminuíram a concentração de colesterol em indivíduos saudáveis e com colesterol alto. Agora vamos investigar se as cápsulas de erva-matem podem auxiliar na redução de colesterol naqueles indivíduos que já tomam medicamentos, como as estatinas”, explica o professor Edson Luiz da Silva, do Departamento de Análises Clínicas, que há oito anos estuda os princípios ativos dessa planta.

“Acreditamos que as cápsulas podem facilitar o consumo da erva-mate, pois ela possui sabor amargo, não muito apreciado por algumas pessoas”, complementa o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros.

Ele lembra que estudos anteriores realizados pela equipe que lidera já mostraram que a infusão de erva-mate verde (tipo chimarrão) ou chá mate tostado podem diminuir o colesterol, a glicemia e os radicais livres em indivíduos com colesterol elevado ou com diabetes – principalmente naqueles que usam medicamentos para reduzir o colesterol.

Para a demonstração dos possíveis efeitos benéficos, os participantes devem colaborar para a ingestão de três cápsulas de erva-mate, três vezes ao dia, durante as principais refeições (independente do horário), durante 60 dias.

“É importante que o consumo das cápsulas com o extrato seco de erva-mate não seja interrompido por mais de dois dias seguidos. Além disso, o voluntário deve manter seus hábitos de vida regulares durante o período do estudo, como consumir o mesmo tipo de alimentação, manter a prática exercícios físicos (se for o caso) e, principalmente, não modificar a dose de estatinas ou iniciar o uso de medicamentos para colesterol ou triglicerídeos”, alerta o professor.  Caso a pessoa esteja usando algum outro medicamento, a dose do mesmo não deve ser mudada durante o período do estudo.

A equipe precisa também da autorização dos voluntários para coleta de 12 ml de sangue (três tubos), em jejum de 12-14 horas, no primeiro e no sétimo dia do início do estudo. Serão ainda realizadas coletas após a quarta e oitava semanas, bem como a medida da pressão arterial e aferição do peso e da altura. As cápsulas deverão ser tomadas inteiras, com o auxílio de água, apenas.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC. O professor alerta que o consumo das cápsulas deve resultar apenas em desconforto das coletas de sangue. Porém, pessoas sensíveis à cafeína (um dos componentes do extrato seco de erva-mate) poderão sentir irritação gástrica, tremores, excitabilidade ou insônia. Caso ocorra algum desses efeitos colaterais, o participante deve interromper o consumo das cápsulas de erva-mate e entrar em contato com os pesquisadores.

“Esperamos que este estudo traga benefícios, como o estímulo para que mais pessoas utilizem as propriedades benéficas da erva-mate, que poderá vir a ser utilizada como fitoterápico ou como alimento funcional”, destaca o professor.

Mais informações:
– Professor Edson L. da Silva, edson@ccs.ufsc.br
– Pesquisadora Aline Minuzzi Becker, ali.mb@hotmail.com

Arley Reis / Jornalista da Agecom / UFSC
arleyreis@gmail.com

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Tags: colesterolerva mateUFSC

UFSC participa de conferências e leva estudantes de graduação para a Reunião Anual da SBPC

20/07/2012 08:50

Contemplado na extensa programação da 64ª Reunião Anual da SBPC, o tema efeitos do álcool no sistema nervoso central será discutido por pesquisadores da área de Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, um dos maiores eventos científicos do país, inicia neste domingo na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA). A UFSC participa de pelo menos cinco conferências durante a SBPC (veja abaixo), além de levar estudantes de graduação para a Jornada Nacional de Iniciação científica  um dos eventos paralelos à Reunião da SBPC.

O encontro com abordagem no álcool é patrocinado pela Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, e coordenado pela professora Silvânia Maria Mendes de Vasconcelos, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, da Faculdade de Medicina da UFC. Também será palestrante o professor Reinaldo N. Takahashi, do Departamento de Farmacologia UFSC, que vai trabalhar com o tema ´Participação do sistema endocanabinóide na dependência ao álcool`.

“Como o público será heterogêneo, pretendo efetuar uma abordagem usando evidências obtidas no laboratório, numa linguagem didática e compreensível para a comunidade em geral”, adianta o professor Takahashi.  Segundo ele, será enfatizado que tanto o uso da cannabis como o de bebidas alcoólicas constitui prática antiga, que se confunde com a história do ser humano. O pesquisador vai abordar também semelhanças entre as duas substâncias: em doses baixas  podem induzir hipotermia, analgesia, disfunção motora, euforia e estimulação. Em doses altas, sedação, e em uso repetido ou crônico, tolerância e dependência.

“Pesquisas efetuadas no Laboratório de Farmacologia UFSC não encontraram evidências de envolvimento de mecanismos canabinóides no consumo de álcool. Entretanto, estudos mais recentes realizados no exterior sugerem que drogas bloqueadoras de receptores  canabinóides cerebrais podem atenuar o consumo, não só de álcool, como também de outras drogas como a cocaína e a nicotina”, destaca o professor. Segundo ele, o efeito paradoxal de um derivado de droga bastante consumido, a maconha, atuar em eventual tratamento de dependência de outras drogas, será discutido na mesa-redonda.

– Mais informações na UFSC: takahashi@farmaco.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-9764 Ramal: 227

Programação científica da 64ª Reunião Anual da SBPC

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

Conferências e mesas-redondas com a participação de professores da UFSC na Reunião Anual da SBPC:

Conferência: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E IDENTIDADE SOCIAL
Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
Participantes: Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB) e Reinaldo Naoto Takahashi (UFSC)
Local: Núcleo de Esportes – Miniauditório 1
Proponente: Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental

Mesa-Redonda: REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
Participantes: Cesar Zucco (UFSC), Mirella Moura Moro (UFMG) e Celso Pinto de Melo (UFPE)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Mesa-Redonda: PLANTAS MEDICINAIS DO NORTE E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
Proponente: SBPM

Mesa-Redonda: SEGURANÇA NA UNIVERSIDADE
Sexta-feira, 27/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

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Tags: SBPCUFSC

Abertas até 13 de agosto as inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica

19/07/2012 09:17

Encontro é etapa obrigatória para bolsistas de iniciação científica

Estão abertas até 13 de agosto as inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O encontro será realizado nos dias 17, 18 e 19 de outubro, em conjunto com a 11ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex).

A participação é obrigatória para bolsistas de iniciação científica da UFSC, mas podem se inscrever graduandos de outras instituições de ensino superior. No site sic.ufsc.br há orientações sobre resumos, entre outros tópicos, e o formulário de inscrição.

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Tags: PibicSeminário de iniciação científicasepexUFSC

Encontro debate qualidade de vida e tratamentos para a pessoa ostomizada

18/07/2012 16:48

Encontro debate qualidade de vida para ostomizados/Foto Henrique Almeida/Agecom

O auditório do Hospital Universitário da UFSC recebe nesta  quinta e sexta-feiras (19 e 20 de julho) a  4ª Jornada Estadual da Associação Catarinense da Pessoa Ostomizada. O tema é Vivendo com a Ostomia. O encontro acontece nos períodos da manhã e tarde. Entre os palestrantes convidados estão o coloproctologista Felipe Felício, diretor do HU, e a enfermeira Daniela Mafioletti Floriano, especialista em estomaterapia. A presidente da  Associação Catarinense da Pessoa Ostomizada, Candinha Marchi, falou sobre ´Qualidade de vida das pessoas ostomizadas`  nesta quinta-feira,  às 9h.

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Tags: Associação Catarinense da Pessoa OstomizadaHUostomiaUFSC

Universidade terá representação de cinco jovens cientistas na Reunião Anual da SBPC

18/07/2012 15:50

Contemplados com Bolsas de Iniciação Científica, os seis graduandos foram homenageados em cerimônio no início desse ano

Selecionados em um seminário que teve a apresentação de mais de 800 projetos, cinco estudantes de graduação reconhecidos com o prêmio Destaque da Iniciação Científica 2011 representarão a UFSC na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Guilherme Ricken (Direito), Guilherme Wagner e Paulo Leonel Teixeira (do Curso de Engenharia Mecânica),  Paulo Victor da Fonseca (Ciências Econômicas) e Vandrize Meneghini (Educação Física) apresentarão seus trabalhos na Jornada Nacional de Iniciação científica  um dos eventos paralelos à Reunião da SBPC, que este ano será realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA). A estudante Francis Pereira Dias (Ciências Biológicas), também reconhecida com o prêmio, está nos Estados Unidos pelo programa Ciência Sem Fronteiras e não participará da SBPC. A Pró-Reitoria de Pesquisa, setor responsável pelas bolsas de iniciação científica na Universidade, vai custear inscrição, hospedagem e transporte.

Contemplados com Bolsas de Iniciação Científica, os seis graduandos tiveram a oportunidade de participar de projetos de pesquisa coordenados por professores da UFSC. A escolha de seus trabalhos aconteceu durante o 21°Seminário de Iniciação Científica, encontro ligado à Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) e etapa obrigatória para quem recebe bolsa de iniciação científica. O seminário é realizado para avaliação dos projetos por professores da UFSC e também de outras universidades. Em 2011 foram convidados avaliadores da Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo), da Escola de Engenharia de São Carlos ( ligada à USP) e do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Engenharia espacial e botânica
Os títulos dos trabalhos dos estudantes selecionados como Destaques da Iniciação Científica são um indicativo da complexidade e da relevância das pesquisas premiadas. Guilherme Wagner desenvolveu o projeto ´Análise Experimental de um Sistema de Bombeamento Capilar com Elemento Poroso Cerâmico em Ambiente de Microgravidade´. Ele explica em seu resumo que evaporadores capilares cerâmicos representam um avanço na tecnologia mundial para a dissipação de calor e controle de temperatura de operação de componentes eletrônicos, com potencial aplicação em ambiente de microgravidade (ambiente espacial, por exemplo).

Relacionado à área de Engenharia Térmica e desenvolvido junto ao Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos, ligado ao Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, o estudo está integrada a uma linha de pesquisa que busca colaborar com o desenvolvimento de tecnologia nacional para projeto e fabricação de circuitos de transferência de calor − sistemas com aplicação nas áreas espacial e industrial.

A caracterização da anatomia das folhas de duas plantas, uma delas com ocorrência somente em Florianópolis, é tema de outro trabalho premiado. O estudo de Francis Pereira Dias, ligado ao Laboratório de Anatomia Vegetal do Departamento de Botânica, enfoca epífitas (plantas que crescem sobre o tronco de árvores) e rupícolas (organismos que vivem sobre paredes, muros, rochedos ou afloramentos rochosos) e representam grande parte da diversidade das Florestas Tropicais Úmidas. São espécies com estruturas anatômicas, adaptadas à restrição de água e à busca de irradiação solar.

Francis caracterizou o formato das folhas de duas espécies (a epífita Codonanthe gracilis e a rupícola Sinningia bullata, que só ocorre em Florianópolis), relacionando suas características às condições ambientais. O trabalho integra a Rede em Epífitas de Mata Atlântica: Sistemática, Ecologia e Conservação, do Programa Nacional de Apoio e Desenvolvimento da Botânica, financiado pela Capes.

Os estudantes avaliados como Destaques da Iniciação Científica 2011 e que serão levados à SBPC também abordaram os temas aptidão funcional e comportamento sedentário em idosos; sistemas para controle de ângulo em turbinas eólicas; análise econômica teórica do fenômeno de migração rural-urbana e a construção jurídica do Estado Interventor nos Estados Unidos.

Mais informações: Departamento de Projetos de Pesquisa  / (48) 3721-9332

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Wagner Behr / Agecom

Saiba Mais:

Relação entre sistema canabinóide endógeno e álcool será discutida na Reunião Anual da SBPC
Inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC devem ser feitas até 13 de agosto

Conferências e mesas-redondas com a participação de professores da UFSC na Reunião Anual da SBPC:

Conferência: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E IDENTIDADE SOCIAL
Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
Participantes: Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB) e Reinaldo Naoto Takahashi (UFSC)
Local: Núcleo de Esportes – Miniauditório 1
Proponente: Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental

Mesa-Redonda: REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
Participantes: Cesar Zucco (UFSC), Mirella Moura Moro (UFMG) e Celso Pinto de Melo (UFPE)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Mesa-Redonda: PLANTAS MEDICINAIS DO NORTE E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
Proponente: SBPM

Mesa-Redonda: SEGURANÇA NA UNIVERSIDADE
Sexta-feira, 27/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Leia também:

 

Tags: Iniciação CientíficaSBPCUFSC

Inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC devem ser feitas até 13 de agosto

17/07/2012 09:19

Destaques da Iniciação Científica foram selecionados em evento obrigatório para os jovens cientístas

Estão abertas até 13 de agosto as inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O encontro será realizado nos dias 17, 18 e 19 de outubro, em conjunto com a 11ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex).

A participação é obrigatória para bolsistas de iniciação científica da UFSC, mas podem se inscrever graduandos de outras instituições de ensino superior. No site sic.ufsc.br há orientações sobre resumos, entre outros tópicos, e o formulário de inscrição.

A maioria dos projetos será apresentada na forma de painéis, no piso superior do Centro de Cultura e Eventos, entre 15h e 18h. Na quarta-feira serão avaliados estudos da área de Ciências da Vida (Bolsistas cujos orientadores sejam do CCA, CCB, CCS e CDS); na quinta-feira de Ciências Exatas e da Terra (Bolsistas cujos orientadores sejam do CTC e CFM) e na sexta-feira de Ciências Humanas e Sociais (Bolsistas cujos orientadores sejam do CFH, CCE, CED, CSE e CCJ). Alguns trabalhos serão selecionados para apresentações orais.

Todos os trabalhos de alunos da UFSC, inscritos e apresentados,
concorrem ao prêmio Destaques da Iniciação Científica 2012.

Informações: pibic@reitoria.ufsc.br / Fone: (48) 3721-9332

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Inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC devem ser feitas até 13 de agosto

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Tags: Iniciação CientíficaUFSC

Relação entre sistema canabinóide endógeno e álcool será discutida na Reunião Anual da SBPC

17/07/2012 08:26

Encontro é etapa obrigatória para bolsistas de iniciação científica

Contemplado na extensa programação da 64ª Reunião Anual da SBPC, o tema efeitos do álcool no sistema nervoso central será discutido por pesquisadores da área de Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, um dos maiores eventos científicos do país, será realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA).

O encontro com abordagem no álcool é patrocinado pela Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, e coordenado pela professora Silvânia Maria Mendes de Vasconcelos, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, da Faculdade de Medicina da UFC. Também será palestrante o professor Reinaldo N. Takahashi, do Departamento de Farmacologia UFSC, que vai trabalhar com o tema ´Participação do sistema endocanabinóide na dependência ao álcool`.

“Como o público será heterogêneo, pretendo efetuar uma abordagem usando evidências obtidas no laboratório, numa linguagem didática e compreensível para a comunidade em geral”, adianta o professor Takahashi.  Segundo ele, será enfatizado que tanto o uso da cannabis como o de bebidas alcoólicas constitui prática antiga, que se confunde com a história do ser humano. O pesquisador vai abordar também semelhanças entre as duas substâncias: em doses baixas  podem induzir hipotermia, analgesia, disfunção motora, euforia e estimulação. Em doses altas, sedação, e em uso repetido ou crônico, tolerância e dependência.

“Pesquisas efetuadas no Laboratório de Farmacologia UFSC não encontraram evidências de envolvimento de mecanismos canabinóides no consumo de álcool. Entretanto, estudos mais recentes realizados no exterior sugerem que drogas bloqueadoras de receptores  canabinóides cerebrais podem atenuar o consumo, não só de álcool, como também de outras drogas como a cocaína e a nicotina”, destaca o professor. Segundo ele, o efeito paradoxal de um derivado de droga bastante consumido, a maconha, atuar em eventual tratamento de dependência de outras drogas, será discutido na mesa-redonda.

– Mais informações na UFSC: takahashi@farmaco.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-9764 Ramal: 227

Programação científica da 64ª Reunião Anual da SBPC

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

– Relação entre sistema canabinóide endógeno e álcool será discutida na Reunião Anual da SBPC

Conferências e mesas-redondas com a participação de professores da UFSC na Reunião Anual da SBPC:

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Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
Participantes: Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB) e Reinaldo Naoto Takahashi (UFSC)
Local: Núcleo de Esportes – Miniauditório 1
Proponente: Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental

Mesa-Redonda: REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
Participantes: Cesar Zucco (UFSC), Mirella Moura Moro (UFMG) e Celso Pinto de Melo (UFPE)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Mesa-Redonda: PLANTAS MEDICINAIS DO NORTE E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
Proponente: SBPM

Mesa-Redonda: SEGURANÇA NA UNIVERSIDADE
Sexta-feira, 27/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

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Tags: álccolcanabisfarmacologiaUFSC

Conferência aborda o desafio de construir mapas coletivamente

16/07/2012 18:06

Professor Goodchild recebe a medalha Peter Burrough em homenagem ao seu trabalho sobre precisão em sistemas de informação geográfica

Ferramentas cada vez mais populares em computadores e celulares, os mapas hoje ganharam uma nova configuração em projetos colaborativos como Wikimapia e Open Maps. Neles qualquer pessoa pode construir seus mapas, incluir informações geográficas e referências de lugares onde circula. Ao mesmo tempo, não existem mecanismos que assegurem que os dados sejam verdadeiros ou precisos. Este é o principal desafio do cenário atual da informação geográfica apontado pelo especialista Michael Goodchild, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, Estados Unidos. Ele foi o convidado especial da décima edição do Simpósio Internacional Sobre Avaliação de Precisão Espacial em Recursos Naturais e Ciências Ambientais, onde fez a conferência de abertura.

Goodchild é um dos maiores especialistas em georreferenciamento e também um dos primeiros pesquisadores que pensou em colocar um mapa no computador. Na palestra “The Accuracy of Volunteered Geographic Information” (A precisão da informação geográfica voluntária), assinalou o amplo potencial das iniciativas coletivas: são milhões de pessoas que participam, algumas voluntariamente e outras de forma involuntária, a um custo mínimo. As atualizações são feitas em tempo real. O professor explica que uma das vantagens é que essa rede densa de observadores pode ajudar no gerenciamento de emergências.

Um dos exemplos foi a construção coletiva de mapas após o terremoto que devastou o Haiti no dia 12 de janeiro de 2010. No início, os grupos de resgate contavam com um mapa pouco detalhado de Port-au-Prince, capital do país. Com o passar do tempo, os grupos foram construindo os mapas das ruas da cidade, de forma a auxiliar a chegada da ajuda aos que mais precisavam.

Outro exemplo é o georreferenciamento de notícias na web, postagem no Twitter ou de imagens no Flickr. Trata-se de uma forma de organizar uma grande quantidade de informação, relacionando-a ao lugar de origem ou de referência geográfica. Por meio dessas informações foi possível monitorar um incêndio ocorrido em 2009 nos arredores da cidade de Santa Bárbara, Califórnia.

Ao mesmo tempo que possuem um grande potencial, as iniciativas voluntárias apresentam diversos problemas. Não há um controle de qualidade, metadados, nem padronização, ou seja, os dados não apresentam nenhum dos aspectos que caracterizam as informações geográficas oficiais. Para resolver essa questão, Goodchild apresenta três propostas. Uma delas é o que denomina de “solução da multidão”. É a mesma utilizada no desenvolvimento de software proposto por Linus Towards, criador do Linux: quantos mais olhos para revisar, mais preciso o dado se tornará. A segunda é a “solução social”, em que uma hierarquia de moderadores revisa os dados submetidos, como ocorre na Wikipedia. Por fim está a “solução geográfica”, que utiliza as regras da geografia e da sintaxe para determinar se um fato geográfico reportado é falso ou verdadeiro.

Antes de ministrar a conferência, o professor Goodchild foi o homenageado com a medalha Peter Burrough, pesquisador falecido em 2009, autor de obras de referência sobre princípios de Sistemas de Informação Geográfica. Sediado pela primeira vez na América Latina, o Simpósio reuniu mais de 100 pesquisadores, dos quais 40 estrangeiros, no Hotel Porto do Sol, no bairro Ingleses, Florianópolis, de 11 a 13 de julho. O simpósio foi organizado pela International Spatial Accuracy Research Association (ISARA) e pela Commission on Modelling Geographical System of the International Geographical Union. No Brasil, as entidades responsáveis pelo evento foram a UFSC e a Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc).

Por Laura Tuyama, jornalista da Agecom. Foto: Henrique Almeida, Agecom.

Tags: accuracyCFHgeociênciasprecisãoUFSC

Recategorização da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo pode ter impacto sobre banco de algas calcáreas

16/07/2012 10:25

Imagens subaquáticas de rodolitos no Rancho Norte, local da saída de campo realizada na última quinta-feira. O material foi cedido pela equipe de pesquisadores.

O Brasil irá na contramão da história se reverter sua Reserva Biológica Marinha do Arvoredo à classificação de parque nacional. País líder na elaboração da Convenção Sobre Diversidade Biológica, com metas para 2010 de 10% de ambiente costeiro protegido, atualmente preserva em áreas marinhas devidamente protegidas cerca 1,5% de seu litoral – e terá uma repercussão internacional negativa se abrir à visitação pública uma de suas duas únicas reservas biológicas marinhas federais.

A preocupação do coordenador do Laboratório de Ficologia da UFSC, Paulo Horta, resultou em convite a jornalistas para uma saída de campo ao banco de algas calcáreas localizado no Rancho Norte da Ilha do Arvoredo (uma das quatro ilhas que formam a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo). Durante a visita, realizada na última quinta-feira, 12 de julho, Horta e quatro pós-graduandos que têm estudos relacionados à reserva demonstraram preocupações com a possibilidade de entrada no local de barcos para o mergulho recreativo.

Fundo do mar tridimensional
Considerada local de alta diversidade quando comparada a outros pontos do litoral brasileiro, a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo tem entre os representantes da flora marinha macroalgas do grupo das Rhodophytas  algas vermelhas que têm seus mantos, chamados de rodolitos, distribuídos por diferentes locais do litoral brasileiro.

Na área da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo há bancos de rodolitos na Ilha do Arvoredo, na Deserta e Galés. “São estruturas que conferem tridimensionalidade ao ambiente e formam oásis sobre a areia do fundo do mar”, explica Horta, que desde seu mestrado trabalha com algas calcáreas e atualmente coordena projeto nacional para melhor conhecimento das espécies no litoral brasileiro.

Pesquisador da área de Botânica Marinha, ele lembra que as algas são capazes de realizar fotossíntese, sendo em grande parte responsáveis pela renovação do oxigênio do ar atmosférico e daquele que está misturado na água, necessário aos seres aquáticos aeróbicos. Têm também função primordial no ciclo de vida do ambiente marinho. São chamadas de organismos produtores, pois produzem tecidos vivos a partir da fotossíntese, e estão na base da cadeia alimentar: sustentam os animais herbívoros (peixes, caranguejos, moluscos, etc), que sustentam os carnívoros, e assim por diante.

“São também biofábricas de carbonato de cálcio”, complementa o professor sobre as algas presentes na Reserva do Arvoredo, capazes de realizar fotossíntese e de transformar carbono em carbonato de cálcio, formando estruturas que fornecem alimento e habitat para diversos seres marinhos.

Na visão de Paulo, o banco da Reserva do Arvoredo é uma área que depende de preservação, tanto pela importância para o ambiente marinho e para comunidades que dependem de recursos pesqueiros, como pela fragilidade. “Ainda se procura entender porque, mas estas algas têm um crescimento muito lento, mais ou menos 1% ao ano. Para se ter 10 centímetros são mais de 100 anos”, exemplifica.

“Imagine vários barcos parados aqui, soltando sua âncora sobre esse ambiente”, destacou o pesquisador na saída de campo. Ele critica a defesa da recategorização em parque com base no fator econômico e de geração de empregos e de renda.

“Os projetos de pesquisa também geram renda, criam trabalho”, defende o pesquisador que lamenta a priorização dos benefícios da reserva a curto prazo. “Será como matar a galinha dos ovos de ouro. A proteção da biodiversidade é suficiente justificativa para se manter a reserva”, considera o professor. Ele estima que cerca de 20 projetos de pesquisa são desenvolvidos atualmente no local, a maioria por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina.

Visão de longo prazo
O doutorando Anderson Batista, do Laboratório de Biogeografia e Macroecologia Marinha, que estuda estruturas temporais de peixes recifais, acompanhou a saída de campo e mergulhou para observar as espécies na reserva.

“Tinha pouca gente por lá”, brincou ao finalizar o mergulho na Ilha do Arvoredo. Ele explica que é comum uma redução das populações de peixes no inverno e reforça a ideia de que a reserva deveria ser protegida a partir de uma visão de longo prazo.

“Para gerar frutos, sendo capazes de exportar organismos, as reservas levam 30 a 40 anos. Nós agora estamos com 22 anos da Reserva do Arvoredo e reverter em parque seria um enorme retrocesso”, considera o doutorando que em seu mestrado também trabalhou com censos visuais de comunidades de peixes e observou uma biomassa 240% maior na área da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo do que em outras ilhas não protegidas no litoral de Santa Catarina.

“Não é uma Ilha (Arvoredo) proibida, como estão dizendo. Há uma grande área no lado sul em que qualquer pessoa pode ir, as escolas, as prefeituras, onde o mergulho é permitido. Várias pessoas podem usufruir, ter benefícios, mas alguns locais precisam ser intangíveis, para o bem da nação”, complementa Horta.

Âncoras sobre os rodolitos, toque e coleta (inerentes à curiosidade humana), barulho dos barcos, poluição dos motores, movimentação do sedimento do fundo do mar com nadadeiras, lixo, impacto nas comunidades de seres marinhos e aves são algumas das perturbações que preocupam a equipe. Na UFSC, o Departamento de Botânica e o Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal aprovaram posição institucional contra a recategorização da reserva.

Mais informações:
– Paulo Horta: (48) 3721-8544 / pahorta@ccb.ufsc.br
– Janayna Bouzon: (48 3721-8541 / janayna.bouzon@gmail.com
– Anderson Batista: (48) 3721-5521 / 3721-9099 / aabbiologia@gmail.com

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo
Foi criada por decreto em 12 de março de 1990
 É constituída pelas ilhas Galés, Arvoredo e Deserta, e pelo Calhau de São Pedro
– Tem área de 17.600 hectares e engloba águas dos municípios de Florianópolis, Governador Celso Ramos, Porto Belo, Bombinhas e Tijucas.

Reservas Biológicas Marinhas no Brasil:
–  Representam 53.849 ha (0.02% da área total marinha brasileira), divididas em duas únicas, federais: Atol da Rocas (RN), com área de 36.249 há (68,64%), e do Arvoredo (SC), com área de 17.600,00 ha (31,36%) (inclusas as áreas marinha e terrestre)

Unidades federais de conservação marinha em Santa Catarina:
– Estação Ecológica de Carijós ………….. 712,00 ha (0,33%)
– A.P.A Anhatomirim…………………………. 3.000,00 ha (1,40%)
– A.P.A da Baleia Franca……………………156.100,00 ha (72,80%)
– Reserva Extrativista do Pirajubaé…….. 37.062,90 ha (17,28%)
– Reserva do Arvoredo……………………… 17.600,00 ha (8,21%)

 Recategorização para parque marinho
Foi debatida em audiência pública no dia 9 de julho, no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis. A audiência foi convocada pelos deputados federais Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC) e Esperidião Amin (PP/SC), atendendo pedido da bancada de deputados do Estado. Os parlamentares pretendem apresentar Projeto de Lei que transforma a reserva biológica em parque nacional, uma categoria de unidade de conservação menos restritiva e que permite a visitação.

A Associação das Escolas e Operadoras de Mergulho do Estado de Santa Catarina e a Associação Empresarial de Bombinhas, com o apoio de outras entidades, estão engajadas no Movimento Pró Parque Marinho. A ideia é que um projeto de lei que transforma em Parque Nacional a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo seja apresentado na Câmara dos Deputados. Após a apresentação, será distribuído às comissões parlamentares, onde deve passar por nova rodada de debates. No final do processo, deverá ser apreciado e votado pelo plenário da Câmara dos Deputados. Aprovado, seguirá para o Senado Federal, onde passa por processo semelhante. Depois precisa ser sancionado pela presidente Dilma Roussef.

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Tags: Laboratório de Ficologiareserva biológica marinha do arvoredoUFSC

UFSC terá representação de cinco jovens cientistas na Reunião Anual da SBPC

13/07/2012 09:14

Contemplados com Bolsas de Iniciação Científica, os seis graduandos foram homenageados em cerimônia no início desse ano

Selecionados em um seminário que teve a apresentação de mais de 800 projetos, cinco estudantes de graduação reconhecidos com o prêmio Destaque da Iniciação Científica 2011 representarão a UFSC na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Guilherme Ricken (Direito), Guilherme Wagner e Paulo Leonel Teixeira (do Curso de Engenharia Mecânica),  Paulo Victor da Fonseca (Ciências Econômicas) e Vandrize Meneghini (Educação Física) apresentarão seus trabalhos na Jornada Nacional de Iniciação científica, um dos eventos paralelos à Reunião da SBPC, que este ano será realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA). A estudante Francis Pereira Dias (Ciências Biológicas), também reconhecida com o prêmio, está nos Estados Unidos pelo programa Ciência Sem Fronteiras e não participará da SBPC. A Pró-Reitoria de Pesquisa, setor responsável pelas bolsas de iniciação científica na Universidade, vai custear inscrição, hospedagem e transporte.

Contemplados com Bolsas de Iniciação Científica, os seis graduandos tiveram a oportunidade de participar de projetos de pesquisa coordenados por professores da UFSC. A escolha de seus trabalhos aconteceu durante o 21°Seminário de Iniciação Científica, encontro ligado à Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) e etapa obrigatória para quem recebe bolsa de iniciação científica. O seminário é realizado para avaliação dos projetos por professores da UFSC e também de outras universidades. Em 2011 foram convidados avaliadores da Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo), da Escola de Engenharia de São Carlos (também ligada à USP) e do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFRJ).

Engenharia espacial e botânica
Os títulos dos trabalhos dos estudantes selecionados como Destaques da Iniciação Científica são um indicativo da complexidade e da relevância das pesquisas premiadas. Guilherme Wagner desenvolveu o projeto ´Análise Experimental de um Sistema de Bombeamento Capilar com Elemento Poroso Cerâmico em Ambiente de Microgravidade´. Ele explica em seu resumo que evaporadores capilares cerâmicos representam um avanço na tecnologia mundial para a dissipação de calor e controle de temperatura de operação de componentes eletrônicos, com potencial aplicação em ambiente de microgravidade (ambiente espacial, por exemplo).

Relacionado à área de Engenharia Térmica e desenvolvido junto ao Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos, ligado ao Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, o estudo está integrada a uma linha de pesquisa que busca colaborar com o desenvolvimento de tecnologia nacional para projeto e fabricação de circuitos de transferência de calor − sistemas com aplicação nas áreas espacial e industrial.

A caracterização da anatomia das folhas de duas plantas, uma delas com ocorrência somente em Florianópolis, é tema de outro trabalho premiado. O estudo de Francis Pereira Dias, ligado ao Laboratório de Anatomia Vegetal do Departamento de Botânica, enfoca epífitas (plantas que crescem sobre o tronco de árvores) e rupícolas (organismos que vivem sobre paredes, muros, rochedos ou afloramentos rochosos) e representam grande parte da diversidade das Florestas Tropicais Úmidas. São espécies com estruturas anatômicas, adaptadas à restrição de água e à busca de irradiação solar.

Francis caracterizou o formato das folhas de duas espécies (a epífita Codonanthe gracilis e a rupícola Sinningia bullata, que só ocorre em Florianópolis), relacionando suas características às condições ambientais. O trabalho integra a Rede em Epífitas de Mata Atlântica: Sistemática, Ecologia e Conservação, do Programa Nacional de Apoio e Desenvolvimento da Botânica, financiado pela Capes.

Os estudantes avaliados como Destaques da Iniciação Científica 2011 e que serão levados à SBPC também abordaram os temas aptidão funcional e comportamento sedentário em idosos; sistemas para controle de ângulo em turbinas eólicas; análise econômica teórica do fenômeno de migração rural-urbana e a construção jurídica do Estado Interventor nos Estados Unidos.

Mais informações: Departamento de Projetos de Pesquisa  / (48) 3721-9332

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Wagner Behr / Agecom

Saiba Mais:

Conferências e mesas-redondas com a participação de professores da UFSC na Reunião Anual da SBPC:

Conferência: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E IDENTIDADE SOCIAL
Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
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Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
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Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

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Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
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Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Tags: Iniciação CientíficapesquisaUFSC

Avanços e desafios da precisão de dados geográficos integram pesquisadores na Capital

10/07/2012 11:32

Uma conferência com o geógrafo Michael Goodchild, da Universidade da Califórnia, abre na noite desta terça-feira, 10 de julho, a décima edição do Simpósio Internacional Sobre Avaliação de Precisão Espacial em Recursos Naturais e Ciências Ambientais. Pela primeira vez sediado na América Latina, o evento reúne mais de 100 pesquisadores (40  de outros países), no Hotel Porto do Sol, em Ingleses, Norte da Ilha.

“Será uma conferência histórica. Michael Goodchild foi um dos primeiros pesquisadores que pensou em colocar um mapa no computador”, destaca o professor do Departamento de Geociências da UFSC Carlos Antônio Oliveira Vieira.

Considerado o “pai” da Ciência Informática Geográfica, Goodchild será homenageado com a medalha Peter Burrough (pesquisador falecido em 2009, autor de obras de referência sobre princípios de Sistemas de Informação Geográfica) .

“Florianópolis é um importante centro geográfico e conseguimos reunir aqui cientistas de diversos países, além de pesquisadores do IBGE, Instituto Militar e USP, entre diversas outras entidades”, informa o professor da UFSC, membro da comissão organizadora do encontro, uma promoção da Associação  Internacional de Pesquisas Espaciais de Precisão e da Comissão sobre Modelagem de Sistemas Geográfica, ligada à União Geográfica Internacional.

A UFSC compartilha a organização do simpósio com a Udesc. O evento acontece desde 1994 e já foi realizado nos Estados Unidos, Canadá, Holanda, Austrália, Portugal, China e Reino Unido.

Segundo Vieira, a precisão espacial trata de diversos produtos cartográficos. É uma área do conhecimento com aplicações em diferentes campos que dependem de medidas precisas – como dados de inventários de recursos naturais e de suporte a obras de engenharia, em que a incerteza e a imprecisão podem gerar prejuízos e insegurança.

O tema vem ganhando cada vez mais importância com a disponibilidade de grandes quantidades de dados espaciais, programas de amostragem e sensores remotos, o advento de sofisticados Sistemas de Informação Geográfica, softwares de processamento de imagem e acesso a recursos avançados de computação. “Se houver erro na metodologia, o erro se propaga e no final é muito maior”, lembra  o professor.

Vieira contextualiza que até pouco tempo a construção de mapas era atribuição do Exército e do IBGE. O maior número de pessoas trabalhando com o desenvolvimento destes materiais, nem sempre tecnologicamente capacitados para esta função, é uma das preocupações no meio científico.

“Atualmente muitas pessoas, e não apenas técnicos, produzem mapas e disponibilizam as informações no computador, mas não há garantias de que essa informação será precisa”, alerta o professor que por mais de 10 anos foi coordenador do Núcleo de Geoprocessamento da Universidade Federal de Viçosa (e que desde 2010 atua junto ao Departamento de Geociências da UFSC, conciliando a partir de maio suas atividades docentes e de pesquisa com a chefia de Gabinete da Reitoria da UFSC).

O evento prossegue até sexta-feira (13 de julho), com conferências, palestras, workshops e apresentação de trabalhos de especialistas em ciências ambientais, recursos naturais, estatística espacial e ciência da informação.

De acordo com os organizadores, é a primeira vez que atividades do seminário são organizadas em colaboração com a Comissão Sobre Modelagem de Sistemas Geográfica, ligada à União Geográfica Internacional. A expctativa é de que a iniciativa amplie a rede de colaboração brasilerira com instituições internacionais.

Mais informações: Carlos Antonio Oliveira Vieira / (48) 3721-8593

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Tags: geociênciasinformações geográficasmapasUFSC

Estudo avalia que rotulagem de alimentos não segue padronização e pode confundir consumidor

09/07/2012 07:46

No Brasil, a rotulagem nutricional nos alimentos industrializados contém as informações sobre o valor energético (ou valor calórico), conteúdo de gorduras (saturada e trans), proteínas, carboidratos, sódio e fibras. Estes dados nutricionais são referentes a uma porção em gramas ou mililitros do produto alimentício e não ao produto inteiro. A porção é previamente definida por uma legislação brasileira e representa uma recomendação de consumo para pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, com intuito de promover a alimentação saudável. No rótulo deve constar, ainda, a informação da medida caseira referente à porção, por exemplo, uma xícara ou uma unidade.

No entanto, a declaração de porções diferentes entre alimentos similares e a apresentação de medidas caseiras difíceis de serem aplicadas na prática podem comprometer o uso da rotulagem nutricional nas decisões de compras dos consumidores. “Isso ocorre em função da dificuldade de comparar as informações nutricionais e entender os dados disponíveis nos rótulos”, avalia a nutricionista Nathalie Kliemann, que estudou a rotulagem em seu mestrado.

A dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da UFSC analisou como a porção e a medida caseira estão sendo declaradas nos rótulos dos alimentos industrializados ultraprocessados. O estudo foi realizado em um grande supermercado de Florianópolis.

Foram analisados 2.072 alimentos, que apresentaram uma variação significativa na declaração do tamanho da porção. Os resultados revelam uma variação mínima de 70% (21 a 30g entre biscoitos salgados), chegando a uma variação máxima de 765%, entre pratos preparados prontos e semiprontos (55 a 420g).

“Para a simples comparação de valores nutricionais entre alimentos similares é preciso realizar cálculos, em virtude da falta de padronização do tamanho da porção”, avalia Nathalie. Segundo ela, o estudo também mostrou 9,3% de alimentos que apresentaram porção menor do que o recomendado. A nutricionista ainda observou que grande parte desses alimentos apresentaram menor densidade energética e maior peso total quando comparado com outros.

Um exemplo encontrado foi o de dois doces de amendoim,o primeiro tinha porção de 15 gramas e 78 kcal; o segundo de 20 gramas e 84 kcal.  A nutricionista alerta que se ambos seguissem a porção de referência, que é de 20 gramas, o primeiro alimento seria aquele com maior valor energético por porção, embora em uma leitura rápida possa parecer o contrário. São informações que, na opinião da profissional, podem induzir o consumidor a equívocos em relação à composição nutricional do alimento.

“As informações disponíveis nesses rótulos infringiram o direito do consumidor a informações corretas e fidedignas”, considera Nathalie, que foi orientada em sua pesquisa pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença e contou com a colaboração da professora Marcela Boro Veiros (ambas ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC).

De acordo com as nutricionistas, é possível que diante da baixa densidade energética de alguns alimentos, o tamanho da porção pode estar sendo utilizado para ressaltar essa característica. Além disso, porções muito pequenas, em embalagens grandes, podem dificultar o entendimento do tamanho da porção na rotulagem nutricional, especialmente pelo fato de não haver a obrigatoriedade da informação sobre o número de porções presentes na embalagem.

Com relação à medida caseira, o estudo detectou termos pouco específicos, como “colher”, sem especificação do tipo. Além disso, o uso de tipos de medida caseiras inadequadas aos alimentos, como em um queijo de minas a medida caseira ser uma colher, sendo que esse alimento geralmente é consumido em fatias. Outro exemplo é um queijo no palito, em que a medida caseira é uma fatia, quando uma unidade deveria ser cada queijo no palito. “Esses resultados evidenciam a necessidade de definição de regras mais claras e coerentes para a declaração da medida caseira”, avalia Nathalie.

Ela lembra que estudos realizados no Brasil e no exterior indicam que as informações sobre porção e medida caseira são pouco lidas pelos consumidores e estão entre os itens com menor nível de compreensão por eles. “Mas considerando a rotulagem como uma política de apoio para a difusão de informações nutricionais e a promoção de escolhas alimentares saudáveis, torna- se indispensável a revisão da legislação brasileira, assim como maior fiscalização das informações disponíveis aos consumidores”, alerta a nutricionista.

Mais informações:

Nathalie Kliemann: nathalie.kliemann@gmail.com
Marcela Boro Veiros: marcelaveiros@gmail.com
Rossana Pacheco da Costa Proença: rossana@mbox1.ufsc.br / (48) 3721-2218 / (48) 3721-5042

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais
Padronização
A Organização Mundial da Saúde recomenda que as informações nutricionais nos rótulos sejam padronizadas, precisas e compreensíveis, que permitam a comparabilidade entre alimentos similares e auxiliem na determinação do consumo. Para isso, aconselha que haja monitoramento dessas informações fornecidas aos consumidores, como também que se utilize a rotulagem nutricional como um instrumento de educação para o consumo.

 Brasil aceita variação
Apesar dessas recomendações, a legislação brasileira permite que sejam declarados nos rótulos de alimentos porções com tamanhos diferentes daquelas recomendadas. É permitido que a porção nos rótulos seja até 30% maior ou menor que a recomendada pela legislação. Por exemplo, os biscoitos que têm porção recomendada de 30 gramas, podem declarar nos rótulos porções de 21 a 39 gramas. Além disso, nem todos os alimentos têm uma porção recomendada na legislação, como é o caso dos pratos prontos para o consumo, como lasanhas e pizzas. Para esses alimentos, a porção deve corresponder até 500 kcal do alimento.

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Tags: NUPPREnutriçãopós-graduação em nutriçãoUFSC

Laboratório de Protozoologia celebra 30 anos dedicados à pesquisa e à formação

06/07/2012 07:48

Desde a fundação, mais de 100 estudantes de graduação e de pós-graduação realizaram sua formação científica no laboratório

Referência estadual para o diagnóstico da doença de Chagas e de leishmanioses no período de 2001 a 2010, desde 2003 reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente como fiel depositário de amostras do patrimônio genético, com um banco de tecidos e de DNA de diferentes espécies animais e vegetais, o Laboratório de Protozoologia da UFSC comemora neste sábado, 7 de julho, 30 anos de fundação.

A data será marcada por uma confraternização no Hotel Torres da Cachoeira, no Norte da Ilha, reunindo representantes da Administração Central da UFSC , professores e estudantes que atuam no setor (veja programação abaixo). O fundador do laboratório, o professor e ex-reitor Bruno Schlemper Júnior, fará uma palestra sobre as três décadas do setor.

Ligado ao Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, o laboratório desenvolve estudos sobre diferentes espécies de parasitos humanos e animais, assim como sobre seus vetores (hospedeiros intermediários capazes de transmitir doenças). Desde o início, sua equipe colaborou com diferentes órgãos no auxílio do diagnóstico da doença de Chagas e de leishmanioses, doenças tropicais também chamadas de negligenciadas, em função do baixo investimento em pesquisas, sobretudo de empresas privadas, como a indústria farmacêutica. Também já foram desenvolvidos trabalhos com a esquistossomose e a malária.

No caso da leishmaniose, incluída pela Organização Mundial da Saúde entre as seis mais importantes doenças de origem parasitária no mundo, os processos de diagnóstico vêm avançando graças a técnicas sofisticadas de biologia molecular usadas no Laboratório de Protozoologia. As pesquisas também permitem verificar as linhagens mais virulentas dos parasitos, possibilitam estudos sobre a epidemiologia da doença e podem apontar os fatores de risco mais importantes na transmissão.

A equipe atua ainda em projetos de extensão que buscam familiarizar os médicos com a leishmaniose, doença que provoca feridas e é confundida com outras patologias como a hanseníase, câncer de pele e micoses. “Conseguimos um grande avanço com esses projetos. O reconhecimento dos sintomas já é bem mais comum nos hospitais do Estado”, explica o professor Mário Steindel, que divide a coordenação do Laboratório de Protozoologia com o professor Edmundo Grisard.

Outra importante linha de pesquisa da equipe é o estudo da atividade anti-Trypanosoma cruzi (que provoca a Doença de chagas) e anti-Leishmania spp. de espécies vegetais da mata atlântica e do cerrado. O trabalho inclui também a investigação de compostos sintéticos que possam colaborar com o combate destas doenças.

Projetos Genoma
O desenvolvimento de modernas técnicas de biologia molecular no Laboratório de Protozoologia permitiu a ampliação das ações para a área da genômica (que possibilita o sequenciamento de genes de diferentes organismos, informação básica para busca de aplicações futuras).

Os trabalhos nesse campo iniciaram nos anos 90, com colaborações ao Projeto Genoma Brasileiro – Rede Nacional de Sequenciamento de DNA. Depois vieram o Programa de Investigações de Genomas Sul (PIGS); o Programa Genoma do Estado do Paraná (Genopar); o Projeto Genoma EST do Camarão Litopenaeus vannamei e o Projeto Genoma do Anopheles darlingi, entre outros que trabalham com espécies de importância médica, econômica ou social.

O Anopheles darlingi, por exemplo, é o principal transmissor da malária no Brasil. A expectativa é de que o sequenciamento de seu material genético forneça subsídios para compreensão das formas como a doença é transmitida e auxilie em novas estratégias de controle.

O Programa de Investigações de Genomas Sul levou ao mapeamento do genoma da bactéria Mycoplasma hyopneumoniae, causadora da pneumonia de suínos de criação e responsável por perdas significativas aos produtores. Alguns genes já foram escolhidos para testes diagnósticos e elaboração de vacinas.

“O sequenciamento completo ou de parte de um genoma é a base de um processo para que a informação contida no DNA seja explorada e compreendida por pesquisas em muitas áreas, como a genômica funcional e a proteômica”, salienta o professor Edmundo Grisard.

Segundo ele, com a evolução dos trabalhos, colaborações internacionais foram estabelecidas com diferentes instituições. Entre elas, a University of California Los Angeles (EUA), a Universidad Mayor de San Simon (Bolivia), a Pontificia Universidad Javeriana, a Universidade de Antioquia e Universidade del Tolima (Colombia) e com o Biomedical Research Centre, School of Medicine, Health Policy and Practice, da University of East Anglia (Inglaterra).

No Brasil, entre as principais instituições parceiras estão Instituto Oswaldo Cruz (RJ), Instituto Carlos Chagas (PR), Centro de Biotecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Todos os trabalhos envolvem a formação de recursos humanos e vêm resultando na publicação de diversos trabalhos científicos. Desde a fundação, mais de 100 estudantes de graduação e de pós-graduação realizaram sua formação científica no laboratório.

Mais informações: http://proto.ufsc.br/ / (48) 3721-5516 / 3721-5517

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Programação:
9h30min – Abertura
– Profa. Roselane Neckel – Magnífica Reitora da UFSC
– Prof. Jamil Assreuy Filho – Pró-Reitor de Pesquisa da UFSC
– Profa. Sonia Gonçalves Carobrez – Diretora do CCB/UFSC
– Prof. Carlos Roberto Zanetti – Chefe do MIP/CCB

10h – Palestra Prof. Bruno Rodolfo Schemper Júnior
“Os 30 anos do Laboratório de Protozoologia da UFSC”

11h – Palestra Prof. Fernando de Ávila Pires
“Importância da Parasitologia na atualidade”

12h às 14h – Almoço

14h – Reapresentação do programa TV UFSC Entrevista

14h30min – Egressos e seus caminhos

Tags: doenças tropicaisLaboratório de ProtozoologiaUFSC

Estudos têm resultados promissores para tratamento do AVC e de queimaduras com células-tronco

28/06/2012 16:30

Uma metodologia que pode melhorar o diagnóstico da neoplasia mieloproliferativa e resultados promissores em modelos animais sobre o uso de células-tronco para recuperação do AVC e de queimaduras foram apresentados nesta quinta-feira, 28 de junho, em seminário de avaliação do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS).

O encontro foi realizado no auditório do Inova@SC, no ParqTec Alfa. Pela manhã, cinco projetos, todos da UFSC, foram relatados à coordenação geral do PPSUS, ligada ao Ministério da Saúde, representantes da Fapesc, para avaliadores da Secretaria Estadual da Saúde e CNPq. O seminário prossegue nesta sexta-feira, totalizando a avaliação de 28 projetos da UFSC, FURB, Udesc, Unesc e Univali.

Um dos trabalhos da UFSC foi apresentado pela professora Maria Cláudia Santos da Silva, que atua junto ao Laboratório de Oncologia Experimental e Hematologia, ligado ao Centro de Ciências da Saúde e ao Hospital Universitário. A pesquisadora mostrou estudos que comprovam benefícios de investigar a mutação JAK2V617F no diagnóstico das neoplasias mieloproliferativas, anomalias celulares do organismo relacionadas a uma série de doenças e de difícil avaliação.

Em sua opinião, a investigação da mutação poderia ser adotada pelo SUS, pois em laboratórios privados o exame é de alto custo (cerca de R$ 700,00) e muitos pacientes não têm condições de realizá-lo. “Teríamos diagnóstico mais eficiente e rápido, e melhora da qualidade de vida, com início mais rápido do tratamento e redução da evolução para outras complicações”, avaliou a professora.  Segundo ela, atualmente o laboratório ligado à UFSC é o único em Santa Catarina que realiza o exame. Um dos desafios para adoção do teste é criar um código de cobrança para realização gratuitamente via Sistema Único de Saúde.

Tratamento do AVC
Células-tronco foram o foco de outros dois trabalhos apresentados nesta quinta-feira. As pesquisas desenvolvidas junto ao Laboratório de Células-Tronco e Regeneração Tecidual, ligado ao Centro de Ciências Biológicas da UFSC, indicam resultados animadores, em modelos animais, para o tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e de queimaduras.

O professor Márcio Alvarez da Silva relatou pesquisa sobre a obtenção de células-tronco a partir de placentas e seu uso em enxertos na região cerebral de camundongos. Segundo ele, os experimentos mostraram que as células-tronco humanas obtidas em placentas apresentam características muito semelhantes às obtidas na medula óssea. Usadas em enxertos, permitiram a recuperação e a proliferação celular na área afetada pela isquemia, colaborando com a redução da lesão cerebral dos camundongos.

De acordo com o professor, o trabalho mostra a recuperação significativa na área da lesão, não apenas com a proliferação das células enxertadas, mas com regeneração de outras do próprio animal – fenômeno observado por meio de marcadores moleculares e que será investigado pela equipe. O trabalho terá também continuidade com a avaliação motora de animais que recebem as células-tronco provenientes de placenta na região lesada pelo AVC.

Queimaduras
Resultados otimistas para o tratamento de queimaduras a partir da terapia com células-tronco foram demonstrados por outra pesquisadora do mesmo laboratório. A professora Andréa Gonçalves Trentin apresentou estudos que envolvem equipe multidisciplinar na busca da melhoria do atendimento a pacientes com queimaduras. Com o objetivo de usar células-tronco do próprio paciente, a equipe que em outros estudos já trabalhou com células da placenta, crista neural, cordão umbilical e obtidas a partir de dentes agora investiga o potencial de diferenciação de células-tronco da pele do couro cabeludo humano, a partir de fragmentos obtidos em cirurgias plásticas. Segundo ela, os testes demonstraram a diferenciação desse material em diversos tipos celulares. Entre eles, células-tronco mesenquimais, que podem gerar células nervosas, ósseas e de gordura, e não apenas queratinócitos, mais presentes na epiderme, principal foco da pesquisa.

O trabalho possibilitou também a avaliação de duas matrizes de regeneração dérmica já disponibilizadas pelo mercado para tratamento de queimados em hospitais, e sua performance em associação com células-tronco. Avaliada em modelos animais, essa combinação acentuou a vascularização e acelerou o processo de regeneração da pele dos animais. “Estamos em análises finais, mas os resultados são muito bons e fornecem bases para outros estudos ”, destacou a professora.

Pesquisas sobre a AIDS
O professor Aguinaldo Roberto Pinto, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFSC, detalhou estudo sobre a diversidade genética do vírus HIV e resistência primária a antirretrovirais em pacientes soropositivos. Segundo ele, além de uma distribuição desigual de infectados pela Aids, com maior número em países africanos, há também uma diferenciação em relação aos subtipos de vírus prevalentes em diferentes regiões.

A pesquisa financiada pelo PPSUS confirmou que o tipo de vírus prevalente na região da Grande Florianópolis é o subtipo C – enquanto no país 70 a 90% é do subtipo B, o mesmo que prevalece na maioria dos países da América Latina, América do Norte e Europa Ocidental.

O trabalho envolveu também a avaliação da resistência primária – já presente no vírus no momento que o paciente se infecta. A partir de 82 amostras de sangue de soropositivos nunca tratados, foi identificado um índice de 8,3% pacientes com vírus que possuem mutações capazes de gerar resistência a diferentes fármacos. Segundo Aguinaldo, os dados poderão ser ampliados para outras cidades em novos projetos e oferecer subsídios para a escolha de tratamentos mais adequados.

O último trabalho da manhã abordou o desenvolvimento de estratégias para melhoria das características do saquinavir, um antiviral usado na terapia anti-HIV. As pesquisas permitiram novas formulações do fármaco a partir de processos simplificados, sem exigência de equipamentos sofisticados, matéria-prima nacional e de baixo custo. Uma das metas do trabalho é reduzir os cursos de produção e melhorar a biodisponibilidade, relacionada à quantidade do fármaco que é absorvida e utilizada pelo organismo.

“As pesquisas comprovam a melhoria da absorção intestinal e reforçam o papel do Brasil no desenvolvimento de antirretrovirais”, salientou o doutorando em Farmácia Thiago Caon, responsável pela apresentação do trabalho.

O PPSUS é coordenado nacionalmente pelo Ministério da Saúde, via Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit). Nos estados, os recursos são repassados aos projetos selecionados regionalmente por meio do CNPq e das Fundações de Apoio à Pesquisa – em Santa Catarina, via Fapesc.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Informações sobre o Seminário de Avaliação do Programa de Pesquisa para o SUS: Fernanda Beduschi Antoniolli / (48) 3215-1218 / fernanda@fapesc.sc.gov.br

Mais informações na UFSC:

– Diagnóstico da neoplasia mieloproliferativa: Maria Cláudia Santos Silva / maclau@ccs.ufsc.br / (48) 3721-9712
– Células0-tronco: www.lacert.ufsc.br  / lacert@gmail.com / (48) 3721-6905
– Diversidade genética do vírus HIV: Aguinaldo Roberto Pinto / pintoar@ccb.ufsc.br  / (48) 3721-5206
– Melhoria das características do saquinavir: Thiago Caon / (48) 3721-5207

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Trabalhos que serão apresentados nesta sexta-feira:

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Pesquisa da UFSC sobre melhoria de ossos sintéticos é apresentada em congresso na China

22/06/2012 08:45

Segundo José, foi muito importante apresentar o trabalho para uma plateia onde estavam autores que são referências mundiais na área de biomateriais

A UFSC deixou sua assinatura em um dos principais congressos do mundo na área de biomateriais. Trabalho desenvolvido junto ao Grupo de Pesquisa em Biomateriais, ligado ao Núcleo de Pesquisa em Materiais Cerâmicos e Vidros (Cermat), do Departamento de Engenharia Mecânica, foi apresentado durante o 9th  World Biomaterials Congress, realizado na China no início de junho.

O Grupo de Biomateriais desenvolve produtos voltados ao corpo humano e o estudo apresentado na China é parte do doutorado de José da Silva Rabelo Neto. Físico, com investigações sobre a produção de ossos em laboratório desde sua graduação, José estuda agora a adição de estrôncio e de magnésio em um pó sintético semelhante à composição do osso humano. O pó é constituído por hidroxiapatita, um fosfato de cálcio que forma 70% dos ossos. Para a síntese em laboratório são usadas soluções químicas sob parâmetros específicos e controlados.

De acordo com o pesquisador, estimular a densificação de ossos e colaborar com a redução da rejeição são algumas das vantagens do novo material. “Ele pode estimular a formação do osso natural na região em que for usado”, destaca José. Ele explica que compostos do gênero já são usados em outros países, mas no Brasil o desenvolvimento do osso sintético com adição de elementos químicos é pioneiro. “Foi muito importante apresentar o trabalho para uma plateia onde estavam autores de artigos que leio há anos e que são referências mundiais na área”, comemora José.

Ortopedia e odontologia
“Chama-se de dopar o material”, explica o sergipano que fez seu mestrado na USP, em Ciências do Material, e desenvolve seu doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciencias e Engenharia de Materiais da UFSC, com orientação do professor Márcio Celso Fredel. Segundo ele, o novo material tem potencial para uso na ortopedia e odontologia (o esmalte que cobre os dentes também é formado pela hidroxiapatita).

Uma das aplicações do osso sintético em pó com adição das substâncias poderia ser, por exemplo, recobrir próteses metálicas usadas em articulações, prevenindo a rejeição no corpo e melhorando a integração implante-osso. Como o novo material melhora a densidade óssea, também tem potencial para auxiliar no controle da osteoporose.

José explica que a incorporação do estrôncio aumenta a massa óssea, estimula a formação dos ossos e melhora as propriedades mecânicas do material. O magnésio provoca mudanças no cristal do pó, deixando mais semelhante ao osso natural e diminuindo sua dissolução e fragilidade. As aplicações dependem de pesquisas futuras, voltadas a transformar o material pesquisado por José em um produto.

Mercado
Novas fases do trabalho terão suporte do Projeto PRONEX-BioEng, um dos núcleos de excelencia em pesquisa contemplados na Chamada Pública 004/2010 da Fapesc. Para chegar ao mercado, o novo osso sintético poderá também ter apoio do programa Sinapse da Inovação, promovido pela Fapesc e realizado pela Fundação Certi com o objetivo de prospectar e transformar boas ideias do meio acadêmico em negócios de sucesso.

O Sinapse está dando suporte à criação da empresa Innovacura Biomateriais, há menos de um ano encubada no Parque Celta – Pedra Branca, e que tem José Rabelo como um dos diretores. Segundo ele, dois pedidos de registro de patentes de futuros produtos já estão sendo encaminhados. Além disso, durante sua viagem para a China, o físico fez contatos com empresas de biomateriais com interesse no mercado brasileiro e também com o Centro Nacional de Pesquisas de Engenharia em Biomateriais, sediado na Universidade de Sichuan, buscando oportunidades de colaboração com o Brasil.

Mais informações: José da Silva Rabelo / jsrabeloneto@gmail.com / (48) 3721-7702

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos da Galeria: Wagner Behr / Agecom

 

Saiba Mais:

Projeto PRONEX-BioEng
O Núcleo de Excelência em Engenharia Biomecânica e Biomateriais, integrante do Instituto BioSanta-UFSC, reúne grupos e laboratórios da UFSC, Fundação Certi, Univille e Udesc, nas áreas de medicina, engenharia mecânica, engenharia de materiais, engenharia química, matemática, física, química e biologia.

O objetivo é o desenvolvimento e a disseminação de conhecimentos relacionados ao projeto, fabricação, testes de validação, desempenho mecânico e bioquímico, estudos citológicos e clínicos de implantes e dispositivos para o setor da saúde. O PRONEX-BioEng é financiado pela Fundação de Pesquisa de Santa Catarina (Fapesc) e pelo CNPq.

Principais objetivos:
 – Desenvolvimento de produtos e implantes biomédicos, além de apoio à industrialização, visando reforçar a indústria catarinense e brasileira neste setor.

– Formação de pessoal especializado no desenvolvimento, validação e industrialização de produtos biomédicos.

– Geração e transferência de conhecimentos sobre a produção e industrialização de produtos biomédicos por meio da divulgação em revistas especializadas, conferências, seminários e cursos para a comunidade.

– Apoio à implantação de novas empresas oriundas de pesquisas desenvolvidas (spin off) no setor de fabricação de produtos e implantes biomédicos.

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Tags: biomateriaisEngenharia Mecânicanovos materiaisUFSC

Semana da Pós-Graduação em Química traz reflexões sobre universidade e pesquisa

19/06/2012 16:32

“Precisamos pensar como julgamos nosso impacto como cientistas”, instigou o palestrante

Bioquímico, educador, professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o professor Hernan Chaimovich Guralnik foi um dos convidados da manhã desta terça-feira, 19 de junho, da 1ª Semana da Pós-Graduação em Química da UFSC. O encontro que traz à Universidade palestrantes de destaque na área científica prossegue até sexta-feira, com minicursos, palestras e apresentações de trabalhos desenvolvidos junto à Pós-Graduação em Química – um dos programas de excelência da UFSC, conceito 7 na Capes.

“Ele sempre esteve ativamente envolvido em política científica e administração, e mesmo assim continuou publicando”, destacou na apresentação do palestrante o professor do Departamento de Química e da Pós-Graduação em Química, Faruk Nome, representante da UFSC na ABC.

Integrante das comissões que criaram o Curso Interdisciplinar de Pós-Graduação em Biotecnologia e a graduação em Ciências Moleculares da USP, Guralnik organizou sua fala na temática Universidade, Ciência e Desenvolvimento. Partiu de definições, lembrando que a ciência é uma forma especializada de estudo – mas também um agente prático e um fator cultural.

“Como forma de estudo é uma procura por conhecimento com metodologia específica, mas não se pode deixar de lado também o princípio do prazer. Se não for assim, é melhor mudar de carreira”, salientou o professor, pesquisador 1A do CNPq desde 1979, com registro em seu Currículo Lattes de 3.600 citações. Ele defendeu também a necessidade de que o pesquisador cultive um “ceticismo responsável e liberdade de questionamento”.

“Essa é uma liberdade que se conquista, não vem como mágica”, ressaltou o palestrante. Segundo o vice-presidente da ABC, como agente prático a ciência é uma fonte de poder, que permite modificar a natureza e influenciar a sociedade – e como agente cultural uma forma de pensar, avaliar e decidir.

Com relação à integridade do processo científico, Guralnik lembrou que este requer publicação e análise dos pares  – caso contrário passa às “ciências ocultas”. Enfatizou também: “O cientista hoje não pode mais se dedicar exclusivamente à procura do conhecimento sem reconhecer sua responsabilidade social”.

Tocando em questionamentos e dilemas da ciência, citou a contradição entre “melhor ciência” e o olhar para a realidade local. “Precisamos pensar como julgamos nosso impacto como cientistas”, instigou o palestrante.

O professor lembrou que o Brasil integra um seleto grupo composto por Rússia, Estados Unidos e China (nações com área maior do que 4 milhões de k2 ,  com população superior a 100 milhões de habitantes e PIB superior a 5 bilhões de dólares). “Por isso é importante saber onde se quer ir”, enfatizou, citando a USP como uma universidade que publica mais do que países como Chile e Colômbia – mas em termos de país o Brasil tem ainda um longo caminho a percorrer na ciência, com um número pequeno de citações por trabalhos científicos, complementou.

A má distribuição da pesquisa por áreas geográficas, a produção extremamente concentrada em algumas universidades e em algumas áreas do conhecimento foram outros problemas lembrados pelo palestrante sobre a ciência brasileira. “Sobre patentes nem vou falar”, disse, em seguida, defendendo a necessidade de aumento do número de cientistas nas empresas, “ou não teremos inovação”.

“O papel social do cientista exige a melhor ciência”, defendeu o vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, que fez também duras críticas às universidades (em sua opinião, instituições ortodoxas, conservadoras e ineficientes diante dos recursos que recebem). É necessário pensar que estrutura universitária queremos, disse o professor, que trabalhou na parte final de sua palestra a necessidade de diferenciação do ensino superior e o conceito de Universidades de Classe Mundial. Segundo ele, entre as características desejáveis para estas universidades estão o desenvolvimento da ciência, tecnologia, cultura e a capacidade de integrar o que ocorre no país e no mundo.

Por: Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Brenda Thomé/Bolsista de Jornalismo na Agecom

Saiba Mais:
1º Semana da Pós-Graduação em Química
Tem o objetivo de divulgar os avanços da Química, as pesquisas desenvolvidas no Programa da UFSC e no Brasil, além de incentivar a troca de conhecimentos e o estabelecimento de parcerias entre os participantes.

Próximas conferências e programação

Data: quarta-feira (20/06)
Horário: 10h

– Nanopartículas metálicas suportadas para aplicações em catálise
Profa. Liane Marcia Rossi (USP)

– Métodos de decomposição da energia como instrumento para a compreensão de processos químicos
Prof. José Walkimar de Mesquita Carneiro  (UFF/RJ)

Data: quinta-feira (21/06)
Horário: 10h

– Métodos de decomposição da energia como instrumento para a compreensão de processos químicos
Prof. Dr. José Walkimar de Mesquita Carneiro /Departamento de Química / Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ)
Apresentador: Prof. Dr. Giovanni Finoto Caramori – UFSC

Data: sexta-feira (22/06)
Horário: 9h30min
Conferência de Encerramento:

Avaliação CAPES na área de Química – Perspectivas
Prof. Luiz Carlos Dias (UNICAMP)

 

Tags: pós-graduação em químicam químicaUFSC

Dia Mundial do Meio Ambiente: projeto busca uso sustentável de bromélia da Mata Atlântica

06/06/2012 08:45

Expectativa é de que a espécie com potencial econômico possa ser usada em programas de diversificação ou de incremento de renda para comunidades rurais e semi-urbanas

“Seus frutos são ingeridos tanto in natura como em preparados, como remédio contra a tosse, com ação expectorante nas infecções respiratórias, recomendados para o tratamento de asma e de bronquite. Os mesmos frutos são considerados antihelmínticos, sendo que seu sumo tem ainda efeito sobre tecidos decompostos, deixando feridas completamente limpas”. A descrição do potencial da Bromelia antiacantha, publicada pelo padre pesquisador Raulino Reitz no fascículo da Flora Ilustrada Catarinense “Bromeliáceas e a malária – bromélia endêmica” permanece como estímulo a novos estudos.

O pensamento do padre botânico de que “Todas as plantas são potencialmente úteis” está presente na tese ´Uso e manejo de Caraguatá (Bromelia antiacantha) no Planalto Norte Catarinense: está em curso um processo de domesticação?`, em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC.

O trabalho da bióloga Samantha Filippon com a bromélia nativa da Mata Atlântica é uma continuidade dos estudos iniciados em seu mestrado, orientado no mesmo programa pelo professor Maurício Sedrez dos Reis (e agora com coorientação do professor Nivaldo Peroni). “Esperamos que com o aprofundamento dos estudos etnobotânicos se possa resgatar e caracterizar junto à comunidade local as formas de manejo da espécie”, explica Samantha.

Conservabio
A pesquisa é realizada em áreas da Floresta Nacional de Três Barras, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental do governo brasileiro. A floresta é localizada no planalto norte de Santa Catarina, entre os municípios de Três Barras e Canoinhas. O trabalho envolve a comunidade de Campininha, que participa do projeto “Rede para geração do conhecimento na conservação e utilização sustentável dos recursos florestais não madeiráveis da Floresta Ombrófila Mista”, sigla Conservabio. A iniciativa é financiada e coordenada pela Embrapa.

Os estudos de Samantha são executados em uma área de floresta secundária, utilizada como mangueirão para animais cerca de 60 anos atrás, e onde atualmente existe uma grande densidade da Bromelia antiacantha. Se estendem também a uma área caracterizada como mata nativa, em que há décadas foi realizada exploração madeireira, e a algumas propriedades rurais na comunidade.

A meta é esclarecer aspectos sobre o manejo do caraguatá nas paisagens com maior interferência humana, principalmente na confecção das cercas vivas. O projeto vai buscar informações sobre a seleção das plantas, de onde vêm as mudas, quem faz as cercas e porque – pois ainda que não sejam mais utilizados os antigos mangueirões, ainda são feitas cercas com a bromélia. Estas estruturas de gravatá são utilizadas há décadas, o que foi comprovado por Samantha ao visitar as propriedades e em relatos de agricultores de que algumas existem há cerca de 70 anos.

Domesticação
Em sua dissertação, a bióloga já havia observado que vários agricultores praticaram ou praticam algum tipo de manejo sobre o caraguatá. “Pelo fato de existir manejo e seleção de plantas, principalmente para as cercas vivas, seja por vigor, facilidade de manuseio ou crescimento rápido, pode estar em curso um processo de domesticação dessa espécie pela comunidade local”, considera Samantha, que tem como desafio em sua tese elucidar aspectos culturais envolvidos no uso e manejo da bromélia. Sua investigação associa   estudos demográficos (para documentação de padrões de propagação, brotação, frutificação e crescimento, entre outros) a pesquisas genéticas e etnobotânicas.

“Essa espécie mostra potencial econômico e seu uso pode ser estimulado com a utilização em programas de diversificação ou de incremento de renda para comunidades rurais e semi-urbanas”, considera a bióloga. “Mas são necessários mais estudos para avaliar o impacto da extração sobre a diversidade genética e a regeneração natural, assim como sobre sua disponibilidade para a fauna, o que pode auxiliar o estabelecimento de estratégias sustentáveis de manejo”, complementa.

Segundo ela, ainda que a Bromelia antiacantha reúna características medicinais, alimentícias, ornamentais e industriais, é uma espécie pouco estudada quanto a seu uso. Em pesquisa na literatura, Samantha não encontrou estudos sobre a domesticação do caraguatá, apesar da expressiva utilização em comunidades rurais do Planalto Norte Catarinense e também no Rio Grande do Sul.

Ecologia da espécie
Outros pesquisadores já descreveram características medicinais, alimentícias, ornamentais e industriais (para fabricação de fibras para tecidos, cordoaria e de sabão) do caraguatá. Sua utilização na medicina popular é descrita desde a década de 1940.

No trabalho de mestrado desenvolvido entre o final de 2007 e o início de 2009, Samantha observou que na comunidade de Campininha, em Três Barras (SC), o caraguatá tem três usos principais: xarope expectorante (feito com frutos maduros), palmito (retirado da base das folhas da bromélia) e em cercas vivas. A pesquisa também possibilitou um maior conhecimento sobre a ecologia da planta, sua reprodução, período de floração e predadores.

Segundo Samantha, um levantamento preliminar indica o início da construção de um mercado para o caraguatá. Há comercialização em bancas medicinais em mercados públicos, feiras e eventos relacionados à biodiversidade ou a plantas medicinais. A comercialização acontece tanto em cacho como em pacotinhos contendo cerca de 100g. Há também comercialização de mudas,  licores e geleias. A defesa da tese está prevista para o inicio de 2013.

Mais informações: samabio82@gmail.com / Fone: 48 3721-5322

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

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Tags: caraguatáPós-Graduação em Recursos Genéticos VegetaisUFSC