TV UFSC: ‘A Cor da Nossa Tela’ relembra obra do artista Chico Dias

17/03/2016 18:27

A TV UFSC estreia mais um episódio da série “A Cor da Nossa Tela”, destacando o trabalho de Chico Dias (1906 – 1958), artista de Florianópolis quase esquecido pelo público. A pintura era seu meio de expressão e também sua forma de sustentar a família. Dias teve clientes em todo o espectro social, que tiveram acesso a obras nos mais diversos formatos e temas. O episódio conta com a participação das três filhas do artista.

​”A arte de Chico Dias vinha de berço, de família. Filho de Eduardo Dias, Chico fez do pincel ou, muitas vezes, de um pedaço de graveto, a forma de retratar a sua cidade e o cotidiano. Foi com sua arte que garantiu o pão de cada dia e viveu modestamente. No dia de sua morte, ele ainda teve tempo de fazer uma última obra e, tristemente, ele sabia que era a derradeira. Foi-se o artista, fica sua alma”, explica a historiadora Elisiana Trilha Castro.

Sobre “A Cor da Nossa Tela”: A série é idealizada e dirigida pelo cineasta Zeca Nunes Pires, que coordena o Núcleo de Produção da TV UFSC. Participam da equipe a jornalista Laura Tuyama e as estagiárias, estudantes do Curso de Cinema da UFSC, Solana Llanes, Carol Morgan e Gabriela Augusto. A abertura é do editor e especialista em animação Érico Monteiro.

​:: Confira todos os episódios

Mais informações:

Núcleo de Produção da TV UFSC
Zeca Nunes Pires
email: zknunespires@gmail.com
(48) 3721-4597

 

Tags: artes plásticasChico DiasFlorianópolishistóriapinturaTV UFSCUFSC

Universidade tcheca oferece bolsa a estudantes de graduação da UFSC

17/02/2016 08:56

University of Hradec Králove (UHK), da República Tcheca, no âmbito de acordo de cooperação estabelecido com a UFSC, oferecerá uma bolsa a um estudante do curso de graduação em Antropologia, Ciências Sociais, Filosofia ou História, no valor total de 65 mil coroas checas (aproximadamente U$ 2.600), que visa auxiliar a cobrir gastos do aluno com deslocamento, alimentação e acomodação durante a realização de intercâmbio na UHK, no segundo semestre de 2016. Todas as disciplinas serão ministradas integralmente em inglês, portanto, a fluência no idioma é necessária.

Para a inscrição, o candidato deve enviar toda a documentação listada no edital para o e-mail programas.sinter@contato.ufsc.br até 14 de março.

Acesse aqui o Edital nº 01/SINTER/2016.

Acesse aqui a lista de disciplinas oferecidas.

Mais informações na Secretaria de Relações Internacionais.

Tags: antropologiaCiências SociaisfilosofiahistóriaRepública TchecaSinterUFSCUHKUniversidade Federal de Santa CatarinaUniversity of Hradec Králove

Nota de pesar: falece professor e historiador Walter Fernando Piazza

11/02/2016 09:28

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica com pesar o falecimento, ocorrido no dia 9 de fevereiro, do historiador e professor aposentado Walter Fernando Piazza. Natural de Nova Trento-SC (6 de novembro de 1925), Walter Piazza foi um dos organizadores do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC, além de membro dos institutos históricos e geográficos de Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia e São Paulo; da Academia Catarinense de Letras; Associação dos Professores Universitários de História de São Paulo; Comissão Nacional de História; e do Instituto Histórico da Ilha Terceira, nos Açores (Portugal).

Ele foi sepultado no dia 10 de fevereiro, no cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis.

Tags: falecimentohistóriaNota de pesarpós em históriaUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaWalter Piazza

Vestibular UFSC 2016: candidatos confiantes após segundo dia de provas

14/12/2015 11:12
Gustavo Lameirão  veio de Duque de Caxias (RJ), para prestar vestibular na UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Gustavo Lameirão, de Duque de Caxias (RJ). Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Isadora Guiron, de Londrina (PR). Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Isadora Guiron, de Londrina (PR). Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Amanda e Yuri, de Porto Alegre (RS).

Amanda e Yuri, de Porto Alegre (RS). Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

No segundo dia de provas do vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a sensação entre os candidatos era de confiança. Gustavo Lameirão, 19 anos, veio de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para tentar uma vaga no curso de Engenharia Mecânica: “Ouvi falar muito bem da UFSC, por isso decidi prestar vestibular aqui”. Este já é o quinto vestibular de Gustavo, que afirma estar otimista. “A prova de hoje estava bem mais fácil do que a de ontem, fiquei mais tranquilo. Ainda falta redação, que acho difícil, mas acredito que vou conseguir.”

Outra candidata que também está prestando vestibular pela quinta vez é Isadora Grion, 20 anos, que se inscreveu para o curso de Medicina. “Estudei muito o ano todo, então fui bem, mas não sei se fui bem para Medicina”. Em anos anteriores, Isadora tentou outros curso e chegou a ser aprovada para Arquitetura e também para Jornalismo, mas desistiu de ambos. “Meu problema é que sou muito indecisa, sempre mudo de ideia e então faço vestibular novamente”. A questão sobre a Revolução Mexicana, na prova de História, foi uma das que considerou mais complicadas: “Não sabia muito sobre esse tema”. Isadora é de Londrina, no Paraná, mas mora em Florianópolis desde 2014.

Os amigos Yuri Daniel, 18, e Helena Andrade Ew, 15, vieram de Porto Alegre para tentar o curso de Arquitetura. Daniel faz a prova pela segunda vez; já Helena, que ainda não concluiu o Ensino Médio, faz apenas para treinar. “Achei a prova difícil, mas rápida. Para amanhã, minha sensação é de tranquilidade, pois tenho mais habilidade com redação”, afirma Yuri. Helena, por outro lado, está mais ansiosa para o último dia de provas: “As questões discursivas me deixam nervosa, criam mais expectativa”. Após os três dias do vestibular, os amigos vão estender a estadia em Florianópolis para aproveitar as férias na cidade.

Também de Porto Alegre, Gabriel Dorneles Soares, 19, tenta uma vaga no curso de Design. O candidato tem boas expectativas: “Para quem estudou, a prova de hoje estava bem tranquila, bem acessível. Espero que tudo ocorra bem.”

Amanda, com sua mãe Patrícia e seu filho Olavo. Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Amanda, com sua mãe, Patrícia, e seu filho, Olavo. Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Gabriel Dorneles Soares, de Porto Alegre (RS). Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Amanda Fagundes, 19, pretende ingressar em Engenharia Civil. Diferente de outros candidatos, ela teve que fazer um intervalo na prova para amamentar Olavo, de apenas 3 meses. Sua mãe, Patrícia Fagundes, cuidou de Olavo e permaneceu no campus a tarde toda, até Amanda concluir a prova. “Achei a prova tranquila, só não consegui fazer duas questões de Física”, afirma.

Segundo dia registra 7.650 abstenções

Até o segundo dia de provas, o índice de abstenções chegou a 7.650, equivalente a 20,82% dos 36.739 inscritos. O Vestibular UFSC 2016 encerra nesta segunda-feira, 14 de dezembro, com a prova de redação e quatro questões discursivas.

Acesso ao local de prova: das 13h às 13h45­­­

Para ter acesso ao local de prova, o candidato deve portar:

– Confirmação de Inscrição Definitiva;

– Original do Documento de Identidade, legalmente válido, informado no Requerimento de Inscrição; *

– Caneta esferográfica de tinta preta (preferencialmente) ou azul, fabricada em material transparente.

O candidato que não apresentar o original do Documento de Identidade informado no Requerimento de Inscrição por motivo de perda, roubo ou extravio deve apresentar Boletim de Ocorrência emitido por autoridade policial competente, expedido há, no máximo, noventa dias. Neste caso, o candidato será submetido à identificação especial, compreendendo coleta de dados, assinatura e impressão digital em formulário próprio.

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Índice de abstenção e gabaritos

O índice de abstenção é divulgado diariamente, ao final das provas. Os gabaritos serão divulgados a partir das 20h desta segunda-feira no site www.vestibular2016.ufsc.br

Cuidado com eletrônicos

Durante a realização das provas não pode ocorrer: comunicação de qualquer tipo entre candidatos, porte/uso de material didático-pedagógico, de telefone celular, relógio (qualquer tipo), controle remoto, armas, boné, óculos escuros, calculadora, tablet, pen drive, MP-player, iPod, iPad ou qualquer tipo de aparelho eletrônico. A Coperve/UFSC recomenda que o candidato evite levar para o local de prova esses objetos ou seus similares. Caso compareça portando algum desses objetos, eles devem ser envelopados, identificados e deixados à frente na sala, antes do início da prova. Os equipamentos eletrônicos devem ficar desligados.

Mais informações:  www.vestibular2016.ufsc.br

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
daniela.canicali@ufsc.br

Fotos: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Tags: físicageografiahistóriaprovasquímicaUFSCVestibularVestibular UFSC 2016

Minicurso ‘Os arquivos notariais em Cuba’ ocorre nesta quarta e quinta

24/11/2015 12:05

O Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura promovem, nesta quarta e quinta-feira, 25 e 26 de novembro, o minicurso “Os arquivos notariais em Cuba: fontes para a história atlântica”. As ministrantes são as professoras cubanas Aisnara Perera Díaz e Maria de los Angeles Meriño Fuentes, vinculadas ao Instituto de Investigaciones Culturales Juan Marinello, de Cuba.

O minicurso será das 14h30 às 18h, no auditório Elke Hering da Biblioteca Universitária (BU). Haverá emissão de certificado de 7 horas para os participantes com 75% de frequência. As inscrições devem ser feitas no formulário.

Programação

 25/11 – Quarta-feira

14h30 às 18h

Panorama sobre escrivães e cartórios, tipologias e especificidadesQuem eram os notários, de que maneira criavam e administravam o arquivo notarial e onde eram localizados os cartórios em Havana. Os tipos de cartórios (oficios reales, de cabildo, de marina, de guerra etc.) e a clientela que acessava cada um, assim como os tipos de escrituras que o pesquisador de hoje encontra nesses cartórios.

 26/11 – Quinta-feira

14h30 às 18h

Escrituras notariais vinculadas à história da escravidão e do comércio de escravosTipos de registros notariais para historiar a escravidão e o comércio de escravos, desde as conhecidas escrituras de compra e venda de escravos, até contratos de marinheiros para ir à costa da África, protestos para registrar incidentes de navegação e seguros marítimos. Explanação com uso de documentos.

Mais informações: (48) 3721 8611 || (48)  9919 6065

Tags: arquivos notariaisCubahistóriaLaboratório de História Social do Trabalho e da CulturaminicursoPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFSC

Colóquio debate trajetórias de arquivos e coleções

11/11/2015 15:55

11219704_995579987166100_8648656355338058169_nO colóquio ‘Vão-se os dedos, com quem ficam os anéis? Olhares da História e da Antropologia sobre as trajetórias de arquivos e coleções’ será realizado nos dias 19 e 20 de novembro (quinta e sexta-feira) no  Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) da UFSC, promovido pelos programas de pós-graduação em História e Antropologia Social.

O colóquio integra atividades de parceria estabelecidas pelo Laboratório de Memória, Acervos e Patrimônio e a linha de Pesquisa Arte, Memória e Patrimônio do PPGH com o Núcleo de Estudos sobre Populações Indígenas e o PPGAS. Tem por objetivo promover a reflexão empiricamente fundamentada sobre os vínculos históricos e epistemológicos da História e da Antropologia com os acervos de natureza arquivística e museológica e reúne trabalhos em que arquivos e coleções figurem não apenas como fonte, mas como fenômenos sócio-históricos a partir dos quais são construídas as problemáticas de pesquisa, refletindo sobre  estudos que abordam os processos de produção e transmissão das heranças materiais e simbólicas projetadas sobre suportes documentais preservados representativos da memória de indivíduos, grupos e instituições com destaque nos campos da História e da Antropologia.

Mais informações no facebook.

Tags: antropologiaarquivoscoleçõescolóquiohistóriaUFSCvão os dedos com quem ficam os anéis?

Núcleo de estudos promove 6º Seminário Educação dos Corpos, Culturas, História

03/11/2015 13:30

O Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea promove o VI Seminário Educação dos Corpos, Culturas, História de 4 a 6 de novembro. O objetivo é apresentar e discutir aspectos da relação entre educação dos corpos, culturas e história, com ênfase nas temáticas do Esporte e Sociedade, Culturas Corporais, História do Esporte, Estética e Esporte, bem como da Escolarização de jovens atletas, pensados a partir da Sociologia do Esporte e Teoria Crítica da Sociedade.

O foco central do evento deste ano é o Esporte e Sociedade, com a presença de pesquisadores de renome nas mesas, coordenação e organização: Jaison José Bassani (UFSC), Alexandre Fernandez Vaz (UFSC/Pesquisador CNPq), Michael Staack (Instituto de Ciências Desportivas/Institut für Sportwissenschaften – Goethe Universität/Frankfurt am Mai/Alemanha), Eduardo Galak (Universidad Nacional de La Plata/Conicet/Argentina), Wagner Xavier de Camargo (UFSCar/ Pesquisador Júnior de pós-doutorado da FAPESP); Michelle Carreirão Gonçalves (UFRJ), Ivan Marcelo Gomes (UFES),  Carlus Augustus Jourand Correia (PPGE/UFRJ), Ana Cristina Richter (UFSC/Bolsista posdoc CNPq), Danielle Torri (Doutoranda PPGE/ UFSC),  Thiago Perez Jorge (PPGH/UFSC), Patrícia Luiza Bremer Boaventura (Doutoranda PPGICH/UFSC) e Daniel Machado da Conceição (Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea/UFSC). O evento conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina.

Confira a programação:
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Tags: CulturasFundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa CatarinahistóriaNúcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade ContemporâneaVI Seminário Educação dos CorposVI Seminário Educação dos Corpos Culturas História

Universidade tcheca oferece bolsa a estudante de graduação da UFSC

06/10/2015 13:20

University of Hradec Králove (UHK), da República Tcheca, no âmbito do acordo de cooperação estabelecido com a UFSC, oferece uma bolsa a estudante de graduação (em Antropologia, Ciências Sociais, Filosofia ou História), no valor total de aproximadamente U$ 2.600 (dois mil e seiscentos dólares), que auxiliará a cobrir gastos com deslocamento, alimentação e acomodação durante a realização de intercâmbio na UHK, no período de fevereiro a junho de 2016.

Todas as disciplinas serão ministradas em inglês, portanto, a fluência no idioma é indispensável.

Os interessados devem conhecer as normas do edital n.º 14/2015/Sinter e realizar sua inscrição até o dia 20 de outubro de 2015.

Acesse aqui a lista das disciplinas que serão oferecidas.

Acesse aqui o calendário acadêmico da UHK (Summer Term).

Mais informações pelo e-mail uhk@contato.ufsc.br

Tags: antropologiabolsaCiências SociaisfilosofiahistóriaUFSCUHKUniversidade Federal de Santa CatarinaUniversity of Hradec Králove

Florianópolis sedia XXVIII Simpósio Nacional de História

13/07/2015 11:03

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Associação Nacional de História (ANPUH) trazem para Florianópolis o XXVIII Simpósio Nacional de História, principal reunião dos profissionais dessa área no Brasil. Esta edição será realizada entre os dias 27 e 31 de julho, em diversos locais da capital.

O tema para este ano foi escolhido na Assembleia Geral do XXVIII Simpósio, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. A temática “Lugares dos historiadores: velhos e novos desafios” discute a atuação dos profissionais de História, em toda a sua abrangência, além de debater a historiografia brasileira e a forma como ela é abordada nas escolas e nos espaços públicos da sociedade.

O evento conta com oito conferências, em que participarão historiadores nacionais e internacionais; também haverá simpósios temáticos, minicursos e oficinas. A programação atrai, em geral, professores de todos os níveis de ensino, pesquisadores em qualquer estágio da carreira e estudantes de cursos de graduação e pós-graduação de áreas afins.

Confira a programação e mais informações no site do simpósio.

Gisele Flôres/Estagiária de Jornalismo Agecom/DGC/UFSC

Tags: históriahistoriadoresprofissionais de históriasimpósio nacional de históriaXXVIII Simpósio Nacional de História

Livro da EdUFSC organizado por professora do Colégio de Aplicação ganha prêmio

08/06/2015 17:19

O livro “Histórias na Ditadura: Santa Catarina (1964-1985)”, organizado por Reinaldo Lohn, professor da UDESC, e por Ana Lice Brancher, professora do Colégio de Aplicação da UFSC, e lançado pela Editora da UFSC venceu o prêmio da Academia Catarinense de Letras na categoria História para autores catarinenses em 2014.

Integraram a Comissão Julgadora os acadêmicos Péricles Medeiros Prade, Celestino Sachet e Amílcar Neves. O livro aborda várias facetas da vida catarinense depois do golpe de 1964. Entre os temas discutidos estão os efeitos da ditadura sobre o meio ambiente, a questão indígena e as populações afrodescendentes.

Mais informações no site da editora.

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‘Lugares dos historiadores: velhos e novos desafios’ é tema de simpósio nacional

24/04/2015 09:30

conteudoimagem_1414158428_1_1_Untitled-1Entre 27 e 31 de julho, na UFSC, campus de Florianópolis, será realizado o XXVIII Simpósio Nacional de História. O evento, que ocorre a cada dois anos, constitui-se na principal reunião da área, e sua diversificada programação atrai professores de todos os níveis de ensino, pesquisadores em diferentes estágios da carreira, profissionais e estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação.

A temática desta edição será “Lugares dos historiadores: velhos e novos desafios”, para estimular o debate sobre a atuação dos historiadores, como cidadãos e como profissionais, em diferentes espaços: salas de aula, arquivos, bibliotecas, instituições culturais e de memória, organizações sociais, entre outros. Por outro lado, o momento é adequado para reflexões sobre o lugar da historiografia brasileira que considerem sua inserção em escalas espaciais mais amplas, contemplando tanto configurações regionais como o contexto global. 
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Tags: históriaUFSCXXVIII Simpósio Nacional de História

Projeto de extensão realiza atividade aberta à comunidade com cineasta palestino

27/03/2015 10:18

Como parte do projeto de extensão “História, cultura e modos de subjetivação do povo palestino”, será realizada uma atividade aberta à comunidade acadêmica e em geral, no dia 31 de março, às 18h30, no auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSC, com a presença do cineasta palestino Emad Burnat.

O cineasta ministrará palestra sobre o premiado filme de sua direção “Cinco Câmeras Quebradas”.

Mais informações: http://historiapalestina.paginas.ufsc.br/cultura-palestina

Tags: CCScultura e modos de subjetivação do povo palestinohistóriaUFSC

Escravidão na Desterro do século XIX de volta às ruas em roteiros culturais

16/09/2014 08:00

A manhã de sábado é movimentada na praça XV de Novembro, Centro de Florianópolis. No local há barraquinhas de comerciantes, turistas, alguns últimos remanescentes da noite de sexta-feira e passantes em direção à feira Viva a Cidade, na rua João Pinto. Supersticiosos contam voltas ao redor da figueira centenária para conseguir riqueza, casamento ou alguma outra graça. É neste contexto, surpreendentemente animado para um começo de dia nublado, que o grupo do programa Santa Afro Catarina se reúne, diante da figueira, no dia 6 de setembro, para o roteiro “Devoção ao Rosário e festas de africanos na Ilha”.

© Pipo Quint / Agecom / UFSC

Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC

A caminhada pelas ruas do Centro apresenta aspectos da religiosidade e da cultura afro-brasileiras da Desterro do século XIX, quando nem a figueira estava ali na praça: a ligação entre essas manifestações e sua utilização para repressão dos escravos ou para barganha por direitos, suas modificações à medida que passavam gerações, a influência dos escravos já nascidos no Brasil e os diferentes graus de tolerância oficial conforme o momento histórico.

Antes da primeira parada, há um pequeno preâmbulo no coreto da praça XV, em que o condutor Felipe Augusto Werner pergunta sobre as noções de cada um a respeito de escravidão e lembra que o período escravocrata teve algumas características particulares em Desterro, principalmente a concentração de escravos no ambiente urbano e o número menor de escravos por senhor (cerca de quatro por casa) que em outros centros maiores, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
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Inscrições prorrogadas para encontro estadual de História e colóquio sobre Gênero

04/07/2014 10:10

logo_encontro_estadual_historia_anpuhProrrogado até 20 de julho de 2014 o prazo para envio de trabalho para dois eventos que ocorrem de forma integrada: o Encontro Estadual da Associação Nacional de História em Santa Catarina (ANPUH-SC) e o II Colóquio Internacional Gênero, Feminismos e Ditaduras no Cone Sul. Os eventos serão nos dias 11 a 14 de agosto de 2014 na Universidade Federal de Santa Catarina.

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UFSC participa de programa de pós-graduação para professores de História

02/04/2014 15:22

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está oferecendo 10 vagas para o “Profhistória” – um programa de pós-graduação stricto sensu em Ensino de História – para professores dessa disciplina que estejam em atividade na educação básica. O curso é coordenado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e será realizado simultaneamente em diferentes instituições brasileiras de ensino superior; na UFSC, ele será desenvolvido por professores dos Departamentos de Metodologia de Ensino e de História e oferecido no Centro de Ciências da Educação (CED).
As inscrições, abertas desde 1º de abril, vão até 1º de maio. Os professores aprovados na seleção que estiverem atuando em escolas da rede pública de ensino receberão bolsa de mestrado.

Mais informações no site www.profhistoria.uerj.br.

Tags: Centro de Ciências da Educaçãohistóriapós-graduaçãoProfhistóriaUerjUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Santa Afro Catarina promove neste sábado roteiro sobre história da ocupação no sul da ilha

04/12/2013 13:49

O Programa Santa Afro Catarina e o Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura da UFSC promovem neste sábado, 7 de dezembro, o roteiro histórico “Armação baleeira e engenhos do Ribeirão da Ilha”.

O roteiro apresenta a história da ocupação do sul da ilha através das atividades produtivas e dos grupos sociais nela engajados, desde a fundação da Armação baleeira da Lagoinha até o estabelecimento de engenhos de farinha, de açúcar e alambiques. Nessas atividades, parte importante da mão de obra era composta por trabalhadores escravizados. Baseado em pesquisa inédita em documentos eclesiásticos e cartoriais, o roteiro traz muitas trajetórias individuais de pequenos e médios proprietários de escravos, lavradores pobres de origem açoriana, libertos e escravos, tanto africanos africanos quanto crioulos.

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‘História Oral’ pela metade do preço na Feira da EdUFSC

05/09/2013 13:00

Obra pode ser adquirida por R$ 20,00 até o dia 12 de setembro na Feira de Livros da EdUFSC

Obra plural, construída por autores de diversas instituições e várias regiões, oriundos de três países (Brasil, Canadá e Argentina), o livro História Oral, desigualdades e diferenças encarna o desafio de “pensar historicamente as formas ambíguas e contraditórias de representação do real, assim como as faces múltiplas de tradução sociocultural das diferenças e dos conflitos vividos, especialmente aqueles situados em espaços entre fronteiras culturais e nacionais”. Publicada com o selo das editoras das Universidades Federais de Santa Catarina (EdUFSC) e de Pernambuco (Editora Universitária UFPE), organizada por cinco pesquisadores e escrita por 16 autores, a obra articula discussões temáticas centradas em perspectivas e abordagens multidisciplinares e outras experimentações metodológicas da práxis da história oral. O livro História oral pode ser adquirido com 50% de desconto na 17ª Feira da EdUFSC, no Centro de Convivência da Universidade, onde será oferecido por R$ 20,00 até o dia 12 de setembro.

Produção coletiva e transdisciplinar, a obra é resultado de seis “núcleos temáticos”: Fontes orais e o ofício do historiador; História oral, memória e subjetividade; História oral, cidades e diferença; História oral, desigualdades e movimentos sociais; Migração, memória e identidade; e História oral, ensino e diferença. A organização dos textos exigiu um enorme “esforço de cooperação dialógica de caráter interinstitucional” dos autores e, sobretudo,  por parte dos seis coordenadores: Robson Laverdi, Méri  Frotscher, Geni  Rosa Duarte, Marcos F. Freire Montysuma e Antonio Torres Montenegro.

O eixo temático foi, em parte, delineado pelo V Encontro Regional Sul de História Oral, realizado em 2009 na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os organizadores avisam, no entanto, que, no seu conjunto, “o conteúdo reflete muito a energia reflexiva de troca de experiências mobilizadas em prol da história oral no âmbito desses intercâmbios”. O livro nasceu da “proposição de discutir, de maneira mais articulada, as dimensões multirrelacionais da compreensão da oralidade e das fontes orais como um todo, no interior e a partir da riqueza de processos de produção da cultura e da vida social.

Entre os organizadores da obra, o professor do Curso de História e integrante do Programa de Pós-Graduação de História da UFSC, Marcos Fábio Freire Montysuma apresenta um artigo ancorado na sua própria história de  historiador. Aqui o ex-assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (Acre), discute as intermediações entre pesquisa histórica baseada em história oral e subjetividades. Montysuma propõe “uma prática de pesquisa militante”, já que se considera “envolto nas questões do seu cotidiano”. Ele recupera, de forma criativa e contextualizada, três momentos cruciais da sua vida acadêmica. “Não vejo nenhum problema em assumir paixões na prática da história oral”, confessa, e acrescenta: “é por meio de olhares questionadores lançados pela janela da história que buscamos alcançar respostas que nos satisfaçam, dividindo a construção da dignidade com as pessoas”. No seu artigo, enfatiza que o trabalho do historiador “envolve uma ideia de pertencimento com os sujeitos, com o tempo  do historiador”. Entende que o resultado da pesquisa deve retornar às fontes pesquisadas. Condena, por  exemplo, os pesquisadores “que nunca mais voltam para dar satisfações dos escritos publicados”. O autor tem como parâmetro a professora Yara Aun Khoury, que procura “retirar a história do campo da erudição neutra e da mera especulação do passado, trazendo-a para o campo da política”.

Neste sentido, a obra é coerente, abarcando temas culturais, sociais, econômicos e políticos. Aborda desde os movimentos sociais até as questões de gênero. Perfilam, ao longo das 333 páginas, os trabalhadores sem terra, as quebradoras de coco, as organizações sociais, os movimentos migratórios nacionais e internacionais, as favelas, os quilombolas, a escola e a universidade. Os campos da pesquisa abarcam diferentes estados brasileiros e narram experiências também do Canadá e da Argentina. A pesquisadora Bibiana Andrea Pivetta, da Argentina, pleiteia a incorporação da memória  no ensino da  História, entendendo a “história oral como meio para aprender a heterogeneidade de experiências e os conflitos nas relações sociais”. Seria, certamente, um passo necessário para a sonhada valorização da História Oral e uma justificativa a mais para a edição do livro.

Mais informações:

(48) 3721-9408;

www.editora.ufsc.br;

Diretor Fábio Lopes (flopes@cce.ufsc.br).

 

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC

lothmoa@gmail.com 

 

Tags: EdUFSChistóriaHistória oralUFSC

Livro da EdUFSC tira da invisibilidade os negros da Ilha de SC

21/06/2013 12:15

O dever cabe ao Estado e o direito é da sociedade, mas só os pesquisadores e historiadores parecem mostrar-se capazes e à altura de recuperar e resgatar a memória e a história de um povo, de uma cidade e de uma raça. Assim, em 12 artigos, o livro História diversa – Africanos e Afrodescendentes na Ilha de Santa Catarina, organizado por Beatriz Gallotti Mamigonian e Joseane Zimmermann Vidal, e escrito por 14 autores, devolve a visibilidade negada ou obliterada dos africanos e descendentes dos tempos de Desterro até os dias de hoje de Florianópolis. Apresentando conteúdos jamais ensinados na escola ou na universidade, o livro publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) insere o Estado na história do Atlântico Negro, “uma história partilhada por habitantes da Europa, das Américas e da África que enfatiza o protagonismo dos africanos e de seus descendentes na formação no Novo Mundo”.

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Conferência aborda mitos da guerra contra o Paraguai nesta quinta-feira

23/05/2013 16:04

Palestra discute as motivações que levaram à guerra do Paraguai

A UFSC oferece um momento para superar o desconhecimento sobre uma história muito mal contada nas escolas e em diversos livros, a conferência do historiador argentino Alejandro Olmos Gaona, nesta quinta-feira, 23 de maio, às 18h30min, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), promovida pelo Núcleo de Estudos de História da América Latina (Nehal) e pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC).

Gaona vai falar sobre “Os mitos da guerra da Tríplice Aliança”, a obscura guerra contra o Paraguai, que foi levada a cabo pela Argentina, Brasil e Uruguai, e sobre a qual está escrevendo um livro. 
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História oral ganha como aliada uma obra plural e multidisciplinar

08/04/2013 12:44

Livro é publicado pela EdUFSC e pela editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Obra plural, construída por autores de diversas instituições e várias regiões, oriudos de três países (Brasil, Canadá e Argentina), o livro História Oral, desigualdades e diferenças encarna o desafio de “pensar historicamente as formas ambíguas e contraditórias de representação do real, assim como as faces múltiplas de tradução sociocultural das diferenças e dos conflitos vividos, especialmente aqueles situados em espaços entre fronteiras culturais e nacionais”. Publicada com o selo das editoras das Universidades Federais de Santa Catarina (EdUFSC) e de Pernambuco (Editora Universitária UFPE), organizado por cinco pesquisadores e escrita por 16 autores, a obra articula discussões temáticas centradas em perspectivas e abordagens multidisciplinares e outras experimentações metodológicas da práxis da história oral.

Produção coletiva e transdisciplinar, a produção é resultado de seis “núcleos temáticos”: Fontes orais e o ofício do historiador; História oral, memória e subjetividade; História oral, cidades e diferença; História oral, desigualdades e movimentos sociais; Migração, memória e identidade; e História oral, ensino e diferença. A organização dos textos exigiu um enorme “esforço de cooperação dialógica de caráter interinstitucional” dos autores e, sobretudo,  por parte dos seis coordenadores: Robson Laverdi, Méri  Frotscher, Geni Rosa Duarte, Marcos F. Freire Montysuma e Antonio  Torres Montenegro.

O eixo temático foi, em parte, delineado pelo V Encontro Regional Sul de História Oral, realizado em 2009 na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os organizadores avisam, no entanto, que, no seu conjunto, “o conteúdo reflete muito a energia reflexiva de troca de experiências mobilizadas em prol  da história oral no  âmbito desses intercâmbios”. O livro nasceu da “proposição de discutir, de maneira mais articulada, as dimensões multirrelacionais da compreensão da oralidade e das fontes orais como um  todo, no interior e a partir da riqueza de processos de produção  da cultura e da vida social.

Entre os organizadores da  obra, o professor do Curso de História e integrante do Programa de Pós-Graduação de  História da UFSC, Marcos Fábio Freire Montysuma apresenta um artigo ancorado na sua própria história de historiador. Aqui o ex-assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (Acre) discute as intermediações entre pesquisa histórica baseada em história oral e subjetividades. Montysuma propõe “uma prática de pesquisa militante”, já que se considera “envolto nas questões do seu cotidiano”. Ele recupera, de forma criativa e contextualizada, três momentos cruciais da sua vida acadêmica. “Não vejo nenhum problema em assumir paixões na prática da história oral”, confessa, e acrescenta: “é por meio de olhares questionadores lançados pela janela da história que buscamos alcançar respostas que nos satisfaçam, dividindo a construção da dignidade com as pessoas”. No seu artigo, enfatiza que o trabalho do historiador “envolve uma ideia de pertencimento com os sujeitos, com o tempo  do historiador”. Entende que o resultado  da pesquisa deve retornar às fontes pesquisadas. Condena,  por  exemplo, os pesquisadores “que nunca mais voltam para dar satisfações dos escritos publicados”. O autor tem como parâmetro a professora Yara Aun Khoury que procura “retirar a história do campo da erudição neutra e da mera especulação do passado,  trazendo-a  para o campo da política”.

Neste sentido, a obra é coerente, abarcando temas culturais, sociais,  econômicos e políticos. Aborda desde os movimentos sociais até as questões de gênero. Perfilam, ao longo das 333 páginas, os trabalhadores sem terra, as quebradoras de coco, as organizações sociais, os movimentos migratórios nacionais e internacionais, as favelas, os quilombolas, a escola e a universidade. Os campos da pesquisa abarcam diferentes estados brasileiros e narram experiências também do Canadá e da Argentina.

A pesquisadora Bibiana Andrea Pivetta, da Argentina, pleiteia a incorporação  da memória  no ensino da  História, entendendo a “história oral como meio para aprender a heterogeneidade de experiências e os conflitos nas relações sociais”. Seria, certamente, um passo necessário para a sonhada valorização da História Oral e uma justificativa a mais para a edição do livro.

Mais informações e contatos:
Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
(48) – 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507
e-mails: fernando@editora.ufsc.br
sergio@editora.ufsc.br

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC
lothmoa@gmail.com

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Oficinas Reuni da pós em História iniciam em 11 de abril

05/04/2013 17:44

As Oficinas Reuni do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) iniciam no dia 11 de abril de 2013 (quinta-feira) com a palestra “A Função Social do(a) Historiador(a)”, proferida pela professora Aline Dias da Silveira, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC, às 16h. São dez oficinas que serão ministradas pelos bolsistas Reuni de pós-graduação em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). Será emitido certificado de participação nas atividades.
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Pesquisa da UFSC analisa cinema feito por mulheres durante a ditadura

01/04/2013 14:57

Com linguagens, temáticas e estratégias diferentes, três brasileiras ousaram fazer cinema na década de 1970, enfrentando a ditadura e pela primeira vez colocando em pauta a situação da mulher. O cinema realizado por Tereza Trautman, Ana Carolina e Helena Solberg é o tema da tese de doutorado da historiadora Ana Maria Veiga, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina e que teve orientação da professora Joana Maria Pedro. Apesar das diferenças, o cinema de cada uma trazia questões ligadas à situação da mulher e deu visibilidade a temas como a busca pela emancipação social, política e a livre manifestação da sexualidade. “Ao longo do estudo faço um contraponto entre a ditadura e o movimento feminista”, explica Ana Maria.

Durante quatro anos de pesquisa, as buscas levaram Ana Maria a arquivos em São Paulo, Rio de Janeiro e Paris (França), onde passou um ano para o seu doutorado sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Ela teve acesso a revistas e jornais do período, aos filmes das autoras, além de conseguir entrevistar duas das diretoras. Também realizou um estudo aprofundado sobre o cinema que estava sendo feito na época por mulheres em países como Argentina, Cuba, Itália, França, Bélgica, Inglaterra e Brasil. A tese traz um panorama do cinema que influenciou as três cineastas, retratando desde o Neorrealismo italiano, a Nouvelle Vague francesa, o Cinema Novo brasileiro e o chamado Cinema de Mulheres, que mostra o feminismo em debate no cinema.

O resultado deste trabalho está registrado na tese “Cineastas brasileiras em tempos de ditadura: cruzamentos, fugas, especificidades”, que faz de Ana Maria uma das poucas pesquisadoras brasileiras a trabalhar na intersecção entre história, cinema e gênero. Uma das propostas é desvendar experiências importantes que aconteceram no período, além do Cinema Novo. “A ideia é mostrar que outras formas de cinema existiram e que foram maneiras de instrumentalizar o cinema também por uma revolução que era social, que era política, e que era essa revolução das mulheres proposta pelo feminismo”, afirma. Nesta entrevista, Ana Maria relata como foi a sua trajetória de pesquisa:

Como você escolheu o tema de pesquisa?

Durante as pesquisas de mestrado, que era sobre Brasil e Argentina, descobri os primeiros curtametragens da argentina Maria Luiza Bemberg, a única mulher cineasta daquele período que atuava no país. Seu primeiro curta, de 1972, “El mundo de la mujer”, me chamou a atenção pela estética e política. Comecei a pesquisar gênero e ditadura, cinema e ditadura, mulheres que fizeram filmes naquele momento. No Rio de Janeiro, fiz uma pesquisa no Programa Avançado de Cultura Contemporânea, coordenado pela Heloísa Buarque de Hollanda, que lançou um catálogo sobre as cineastas brasileiras do período da ditadura. Foi quando descobri a Helena Solberg, a Tereza Trautman e a Ana Carolina.

– O que as cineastas têm de comum e o que é único para cada uma?

Em comum, as três são brasileiras, fizeram filme durante o período da ditadura militar, embora cada uma tenha escolhido uma estratégia diferente. Politicamente elas vinham na onda de emergência dos movimentos feministas, principalmente naqueles anos 70, e da resistência de esquerda ao governo autoritário.

– As temáticas são parecidas?

Não, cada uma enfrentou o período da ditadura militar de uma maneira diferente. Enquanto a Helena Solberg saiu do Brasil e fez documentários, a Tereza Trautman ficou, bateu de frente com a censura e saiu perdendo. A Ana Carolina é o exemplo mais conhecido e foi a cineasta que conseguiu driblar a censura. Naquele momento da história, mulheres fazendo filmes foi um acontecimento, nos chamados “novos cinemas”. Outro ponto interessante é como cada uma utilizou o cinema para questionar, por um lado, gênero, que era condição feminina, e por outro lado o regime militar e seus valores moralizantes.

Helena Solberg mudou-se para os EUA na década de 70, onde passou a dirigir documentários sobre a mulher na América Latina. Foto: reprodução.

– Qual foi a trajetória de cada uma?

A Helena Solberg mudou-se para os Estados Unidos em 1971, então conseguiu fugir da ditadura. Aí está uma das fugas de que o título da tese aborda. Ela teve uma formação profissional dentro do cinema novo, apoiada pelo Glauber Rocha. Ela teve a montagem do primeiro curta feita pelo Rogério Sganzerla, que não era cinema-novista, mas era do cinema marginal. Se ela tivesse continuado no Brasil, provavelmente iria fazer o cinema dentro dessa linha também. Nos EUA, ela teve contato com o movimento feminista, participou de encontros, cursos, envolvendo-se com a temática das mulheres naquele momento.

O primeiro documentário foi em 1973 e se chamou “The Emerging Woman”, que falava dos 200 anos da história da mulher estadunidense. Para surpresa dela, foi um grande sucesso, recebeu prêmios e foi adotado por todas as escolas do país para discutir a questão que, na época, era denominada “condição feminina”. Conseguiu um contrato com a TV pública estadunidense, a Public Broadcasting Service (PBS) e começou a produzir documentários sobre na América Latina. Formou um grupo de mulheres que trabalhavam com cinema e viajou com elas pelo continente latino-americano. Ela ficou conhecida nos EUA e no Brasil como a cineasta da América Latina.

Seus dois primeiros filmes, “La doble jornada” e “Simplemente Jenny”, foram voltados para as mulheres pobres trabalhadoras, um cinema de cunho social e político. Uma estética em que ela colocava a equipe em cena, uma proposta também de contra-cinema, das teóricas feministas dos anos 70, que era expor que aquilo que está sendo mostrado é uma construção também, mesmo sendo um documentário. No “Simplemente Jenny”, de 1979, ela tematizou a sociedade boliviana com jovens infratoras de um reformatório. Ali ela vai explorando a partir da fala delas o sonho de cada uma e vai contrapondo com imagens de desfiles de moda, daquilo que se queria mostrar como a mulher boliviana e que era bem distante da realidade delas.

Em “La doble jornada” ela vai atrás de mulheres trabalhadoras, vai às minas da Bolívia, indústrias argentinas, camponesas carregando os filhos nas costas, então é a dupla jornada dessas mulheres no trabalho e dentro de casa. Na Nicarágua, ela fez “From the ashes: Nicaragua today”, que relata a crise no final dos anos 1970. Em 82 ela volta ao Brasil e faz “Brazilian Connection”  (A conexão brasileira), falando sobre os 18 anos do regime militar no Brasil. Em 83, realizou “Chile by reason or by force”, falando dos dez anos do regime do general Pinochet no Chile.

Tereza Trautman dirigiu “Os homens que eu tive”, de 1973, que ficou sete anos interditado pela censura. Foto: reprodução.

– Como foi a experiência da Tereza Trautman?

A Tereza Trautman abordou a liberação da mulher em 1973, num momento tomado nas telas cinematográficas pelas pornochanchadas. Basicamente eu trabalho na tese com o filme “Os homens que eu tive”. Ela faz um filme de produção própria colocando a mulher como dona do seu corpo, do seu desejo sexual, podendo usar isso da maneira como ela bem entender. O filme não tem cenas explícitas de sexo. A protagonista é da zona sul carioca, que era para ter sido interpretada pela Leila Diniz, que morreu antes de iniciar as filmagens.

O filme estreou no Rio no Cine Roxy, com os 1800 lugares completamente lotados. Depois estreou em Belo Horizonte até que, de acordo com a justificativa de um funcionário da censura, houve um telefonema para o alto escalão do Ministério da Justiça dizendo que o filme era imoral, que atentava contra a mulher brasileira, que era um absurdo que aquilo estivesse em cartaz.

Quando vai estrear em São Paulo, coincidentemente na Semana da Pátria de 1973, o filme é interditado por questões morais. Eu pesquisei em 28 documentos existentes sobre a interdição do filme pela censura e a questão principal é que a protagonista era uma mulher casada, e que o marido permitia que ela tivesse amantes. A produtora Herbert Richers entrou com vários pedidos de liberação. A própria Tereza ia para o Ministério diariamente para tentar conseguir uma explicação, porque outros filmes que ela julgava semelhantes eram liberados e o dela não.

A liberação só aconteceu em 1980, sete anos depois, e depois de tanto tempo havia uma expectativa sobre o filme e sobre a Tereza Trautman, ovacionada como a primeira diretora do cinema brasileiro. Mas quando estreou, o filme já estava defasado. A crítica o considerava pequeno, com a temática superada, pois nos anos 80 a TV brasileira já apresentava Malu Mulher, a Marta Suplicy falava de sexo na TV. Em 1980 aquele filme ganhou interpretações anacrônicas. Não há uma compreensão histórica do que ele representou naquele momento. Depois ela foi fazer um filme só em 87, que é “Sonhos de Menina Moça”, em que ela ainda traz temas da ditadura.

Cineasta Ana Carolina realizou na década de 70 a trilogia “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”. Foto: reprodução.

– E a Ana Carolina?

A Ana Carolina acaba sendo o exemplo mais conhecido pela trilogia sobre o que ela chamou na época de “condição feminina”: “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”. A diretora usa provérbios e a linguagem popular para discutir o senso popular, o não questionamento das coisas e dos acontecimentos, a opressão militar e das mulheres. Em “Mar de Rosas”, de 1977, ela trabalha com a questão da mãe e da filha, do casamento, da sua condição de “santa esposa”. A protagonista, Felicidade, corta o pescoço do marido com uma gilete e foge com a filha. Ela começa a ser perseguida por um homem misterioso num fusca preto, o que remete aos grupos paramilitares, à repressão, aos torturadores. A filha é a revolucionária, aquela que senta de pernas abertas, fala palavrão, e que os adultos tentam reprimir, mas não conseguem. A personagem mostra a nova geração de mulheres que vêm se levantar contra os padrões estabelecidos. O filme foi o grande sucesso de Ana Carolina, inclusive fora do Brasil.

O segundo filme, “Das Tripas Coração”, foi interditado 10 meses, mas depois foi exibido na íntegra. Ela usa uma metáfora que hoje pode ser considerada ingênua, mas foi sua maneira de driblar a censura. Na história, um interventor vai a um colégio interno para fechá-lo. Enquanto as diretoras não chegam, nos cinco minutos que fica esperando, ele cochila. O filme todo é o sonho dele. As internas do colégio revolucionam. É toda a questão do desejo, da sexualidade, elas discutem, aparece o desejo lésbico, uma consonância com as discussões do movimento feminista. Mostra também a questão da igreja católica. Uma das alunas faz xixi no meio da missa. Uma coisa que eu falo na minha tese que eu não encontrei em outros autores que trabalham com esse filme é a questão de alvejar a ditadura por meio da incidentalidade musical. Ela trabalha muito com os hinos nacionais, seja com a ida do interventor ao banheiro assoviando o hino nacional, seja com uma brincadeira com o hino da independência.

Mesmo o terceiro filme, “Sonho de Valsa”, de 1977, Ana Carolina ainda discute o regime, a ditadura civil-militar. Mostra uma mulher que sai da tubulação de esgoto e vai para o meio de uma parada militar de 7 de setembro, toda suja, maltrapilha. É muito interessante a maneira como ela ainda traz presente a sensação que eu imagino que ficou para grande parte dos brasileiros depois que o regime acabou: a sensação de que houve uma continuidade, de que o poderio militar ainda continuou. O governo seguinte foi do José Sarney, que foi parte civil da ditadura.

– As três fizeram parte do movimento feminista?

A Helena Solberg e a Teresa Trautman se envolveram com o movimento feminista, participaram de grupos. A Ana Carolina não. A gente vê que ela tem toda uma postura feminista, que os filmes têm uma tendência de ser considerados feministas, mas no discurso dela, ela se identifica com o “cinema de autor”, lançado pela Nouvelle Vague francesa. Ela não queria ser rotulada apenas como feminista, porque isso era assumir todo um preconceito que viria junto com esse termo naquele momento e até posteriormente. Então a Ana Carolina não participou do movimento, seguiu a linha dela, mas os filmes dela são muito importantes para essa discussão naquele momento.

– Elas fizeram parte de algum grupo em comum, se encontravam, faziam parte de um movimento?

Não. Apesar de duas delas terem participado de um guarda-chuva, que foi o movimento feminista, de encontros e de reuniões de conscientização. Eu tentei explorar isso como um leque de possibilidades. Não houve uma homogeneidade ao lidar com isso como produção cinematográfica. O que houve foram caminhos próximos.

– Qual é a relação dos cinemas realizados pelas diretoras com o Cinema Novo?

Nos anos 60 e 70, o cinema novo brasileiro se consolidou mundialmente por seu cunho político. O Glauber Rocha, que foi seu ícone, tinha voz fora do Brasil, com artigos nos Cahiers du Cinéma e em outras revistas. Eles estavam preocupados com a revolução, a opressão geral da América Latina. E é claro que, em se falando de cinema brasileiro nos anos 60 e 70 o que se valoriza? Esse cinema novo. Uma das propostas da minha tese é justamente isso: contrapor o cinema realizado por mulheres ao cinema novo, que era o único que esteve iluminado. O resto era como se não existisse. Venho trazendo isso para mostrar que outras formas de cinema de contestação existiam, tendo chegado ao público ou não. Foram maneiras de instrumentalizar o cinema também por uma revolução que era social, que era política, e que era essa revolução das mulheres proposta pelo feminismo.

– Você estudou o cinema feito por mulheres de outros países?

Estudei a Agnès Varda que, apesar de belga, realizou toda a sua carreira na França. Seu primeiro filme, La Pointe Courte, de 1954, foi visto como precursor da Nouvelle Vague francesa: uma nova proposta, nem tanto na política, mas o começo de uma revolução estética. Outra que eu trabalho é a Chantal Akerman. Seu filme mais polêmico e emblemático é o “Jeanne Dielman, 23, Quai du Commerce, 1080 Bruxelles” (1975). É uma mulher na situação do pós-guerra, que ficou viúva, tem um filho, recebe uma pequena pensão do marido, morto na guerra, e que se prostitui para viver. O filme relata três dias na vida da Jeanne Dielman e está totalmente alinhado com a proposta feminista do contra-cinema. Outra diretora foi a cubana Sara Gómez, que em 1974 fez “De Cierta Manera”, uma crítica da chamada condição feminina e da estrutura cubana do pós-Revolução. Trabalhei também com a italiana Lina Wertmüller e com a britânica Laura Mulvey, que fez “Riddles of the Sphinx” (O Enigma da Esfinge), de 1976, e coloca na prática a proposta teórica de contra-cinema, da ruptura com o cinema hegemônico, hollywoodiano, e reverte a situação da representação da mulher, o que ela trabalha no seu principal texto que é “Prazer visual e cinema narrativo”. Então eu vi toda essa ligação e segui as influências apontadas pelas três brasileiras. A Helena e a Tereza mencionam a Varda e a Lina Wertmüller. A Ana Carolina, pela questão de cinema de autor, até fala da Varda, mas ela se identifica e até é comparada com Luis Buñuel. Trabalho com filmes do Neorrealismo italiano, da Nouvelle Vague francesa, venho discutindo um pouco esses cinemas com o que elas estavam fazendo, no que se diferenciavam. É um panorama daqueles anos, dos novos cinemas no pós-guerra e a ruptura radical delas também com os próprios inspiradores.

– O que é cinema de mulheres?

A expressão “cinema de mulheres” foi cunhada de maneira política. Ali nos anos 70, principalmente, houve uma teoria feminista do cinema na Inglaterra que propunha um contra-cinema, principalmente a partir dos trabalhos da Laura Mulvey e da Claire Johnston. Elas falavam da importância das mulheres em reverter a representação das mulheres no cinema, sempre realizada por diretores homens. Elas alegavam que havia uma manipulação, que estava na hora das mulheres tomarem as câmeras como um ato político e mostrar que o cinema era uma construção. Dentro dessa proposta cunhou-se o termo “Cinema de mulheres”. Na época começaram os festivais de filmes de mulheres em Nova York (Estados Unidos) e em Edimburgo (Escócia), em 1972. No final dos anos 70 surgiu na França o Festival International de Films de Femmes, que existe até hoje, em Créteil. Naquele momento era o cinema como instrumento do movimento feminista. Por isso que eu falo que o cinema de mulheres é datado, é um acontecimento principalmente dos anos 70. Na tese, eu trabalho com o termo “cinema realizado por mulheres”, que não é só o “cinema de mulheres”. A Ana Carolina se recusa a dizer que fez “cinema de mulheres”. Mesmo assim, ela levou seu filme para o festival de cinema de Créteil, que é de cinema de mulheres. Essa é uma das muitas contradições e ambiguidades que eu procuro discutir na tese. A própria questão do essencialismo, uma das principais contradições do movimento feminista. Porque é essencializar dizer que existe um cinema de mulheres, que é diferente ter uma mulher por trás da câmera. Esse debate aparece na imprensa, com diversos pontos de vista, mesmo dentro de uma mesma revista. Algumas diretoras acham que sim, que é um posicionamento político importante, outras acham que não, que elas são autoras, são artistas.

– Qual foi a repercussão do trabalho delas que você encontrou nas pesquisas?

Nas pesquisas na Cinemateca de São Paulo fui atrás de jornais da época, do que se falava sobre as três cineastas. Nos anos 70 e 80 estava em alta a discussão das mulheres no cinema, “as novas diretoras”, “mulheres por trás das câmeras”. De certa maneira elas foram conhecidas. Em uma matéria na Folha de São Paulo nos anos 70, a Helena Solberg é vista como cineasta da América Latina. Ela ficou bastante conhecida nos EUA, por ter tido acesso a TV. Na França, da Ana Carolina eu encontrei duas situações em jornais de lá, mas no Brasil ela estava em quase todas as matérias sobre mulheres no cinema. Claro, o Cinema Novo brasileiro aparecia muito mais. Da Tereza Trautman não aparece nada nos jornais franceses, pois ela tinha sido interditada. No Brasil ela foi bastante comentada em dois momentos: quando o filme saiu em 73, a imprensa noticiou bastante e depois em 80, no relançamento do filme. Uma coisa interessante da Tereza é que ela conseguia liberação para participar dos festivais fora do Brasil. Por exemplo, em 76 houve um festival em Toronto de filmes censurados. O filme dela foi exibido em sessão dupla com “Mimì metallurgico ferito nell’onore” (1972), da Lina Wertmüller. Ou seja, ela participou em festivais fora do Brasil, enquanto o filme estava interditado.  Um dos críticos que é elogioso ao filme fala que “Tereza Trautman está longe de ser identificada com a postura feminista, o filme dela vai muito além disso”. Ele tenta “salvar” a Tereza do estigma do feminismo, só que ela mesma confirma que estava totalmente envolvida. Então quem se assumia como feminista corria um risco.

– Risco de que?

Risco de que na carreira ela fosse estigmatizada como uma cineasta feminista, apenas. Porque os debates sobre feminismo eram muito acalorados. Falavam que as mulheres eram lésbicas, mal-amadas. Isso aparece em vários textos analisados e nas entrevistas. No Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) da UFSC, do qual faço parte, temos mais de 150 entrevistas de mulheres no período da ditadura militar e muitas delas falam exatamente nisso: além da luta pela emancipação e igualdade, elas tinham que enfrentar esse rótulo reacionário.

– Como foram as entrevistas?

Tive a sorte de a Heloísa Buarque de Hollanda ter me colocado em contato com a Helena Solberg e com a Tereza Trautman, então além dos filmes eu trabalhei também com entrevistas. Elas me ajudaram muito com a versão delas daquela história toda, o que elas, mulheres, pessoas, estavam vivendo naquele momento, sentindo. Quando a Tereza Trautman fala da interdição, os olhos dela cospem fogo, até hoje. Então são vidas atravessadas por toda essa situação.

– Como foi a experiência na França?

Foi bem proveitosa. Passei um ano vinculada à École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), com financiamento da Capes. A possibilidade de acessar outros arquivos e acervos abre a cabeça, dá uma visão mais geral. Tanto que apesar de falar nas três cineastas, trago muita coisa de outros cinemas também, porque para mim é impossível fazer um recorte e não olhar para todo o entorno e o que está acontecendo. Principalmente se elas sinalizaram alguns caminhos, algumas trocas e influências, por onde elas passaram, e a própria crítica foi apontando o caminho delas, as associações, as identificações de cenas com as de outros autores. Olhando hoje, fazer esta tese foi um trabalho grande, mas no final as coisas foram se encaixando de uma maneira que eu achei interessante.

 

Saiba mais:

Veja alguns artigos escritos pela historiadora Ana Maria Veiga sobre temas que aborda na tese :

:: ‘Cineastas amordaçadas’: A ditadura militar e alguns filmes que o Brasil não viu. Revista História Agora, v. 1, p. 142-166, 2012.

:: Gênero e cinema: uma abordagem sobre a obra de duas diretoras sul-americanas. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFSC), v. 11, p. 111-128, 2010.

Mais informações:
Ana Maria Veiga – amveiga@yahoo.com.br

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

Fotos: reprodução.

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Santa Afro Catarina promove visita guiada gratuita neste sábado

28/02/2013 13:12

O Programa Santa Afro Catarina e o Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura da UFSC promovem no primeiro sábado de cada mês uma visita guiada pelos roteiros históricos da Ilha, com a presença de africanos e afrodescendentes em Florianópolis. O diferencial do Programa é a integração inovadora dos conteúdos de história da diáspora africana ao espaço urbano.

As visitas guiadas, gratuitas, são feitas por uma equipe de profissionais atuantes nas áreas de História, Patrimônio e Ensino de História. O encontro é marcado sempre às 9h45, na figueira da Praça XV, Centro, Florianópolis, com saída às 10 horas. O roteiro tem duração aproximada de duas horas. Todos estão convidados a participar do evento, neste sábado, dia 2 de março, que será “Viver de Quitandas”, com a condutora Cássila.

(mais…)

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Seminário sobre ensino de história e formação de professores

06/12/2012 15:55

O Departamento de Metodologia de Ensino (CED) e a Coordenadoria de Estágios do Departamento de História (CFH) promovem nos próximos dias 12 e 13 de dezembro o III Seminário de Estágios do Curso de História, “Ensino de História e Formação de Professores: Experiências, Práticas e Produção de Saberes na Escola.

A conferência de abertura, “Demandas formativas do professor de História: o necessário diálogo entre ensino e pesquisa”, será com a professora Flávia Eloisa Caimi, da Universidade de Passo Fundo,  dia 12, às 9h, no auditório do CFH.

Mais informações:
IIIseminariodehistoriadaufsc@gmail.com.

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