Revista Acadêmica de Relações Internacionais abre inscrições para seleção de trabalhos

03/04/2013 09:01

A Revista Acadêmica de Relações Internacionais (RARI) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou o edital  de convocação para alunos interessados em participar da seleção de trabalhos para a 3ª edição. A obra será publicada em formato eletrônico em junho de 2013. Os trabalhos deverão ser enviados até o dia 30 de abril de 2013, às 23h59 do horário de Brasília. A Revista aceita contribuição de artigos na língua portuguesa e em línguas estrangeiras (inglês, espanhol e francês).
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Comissão divulga técnico-administrativos inscritos para órgãos deliberativos centrais

02/04/2013 22:38

O presidente da Comissão Especial designada para realizar as eleições dos servidores técnico-administrativos em Educação junto ao Conselho Universitário, Conselho de Curadores e Comissão Interna de Supervisão da UFSC, Arnaldo Podestá Júnior, divulgou o Edital 001 com a relação dos candidatos inscritos.
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Curso de Biblioteconomia da UFSC comemora 40 anos

02/04/2013 17:49

Para celebrar os 40 anos de fundação, o curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Santa Catarina promove nos dias 3 e 4 de abril uma série de atividades que irá reunir alunos, ex-alunos, professores e bibliotecários.

Fazem parte da programação mesas redondas, painéis, mostras fotográficas e palestras com professores das universidades federais de Minas Gerais e Maranhão. O evento será no Auditório da Reitoria.

Confira a programação

Dia 3 de abril:

– 9h – Abertura do evento com mostra de fotos
– 10h – Mesa redonda – Desafios do Ensino de Biblioteconomia em SC
– 15h – Aula da Saudade – História da Biblioteconomia na UFSC
– 16h – Painel – Experiências profissionais exitosas
– 19h – Palestra – A expectativa de integração das áreas da Ciência da Informação, com o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Alberto Avila Araujo

Dia 4 de abril:

– 15h – Rodada de discussão – Articulação da gestão acadêmica
– 16h – Painel de discussão – Os processos dos fazeres da informação e comunicação na UFSC
– 19h – Remonte histórico da Biblioteconomia e a Sociedade da Informação, com o professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Cesar Augusto Castro.

Mais informações:
Coordenadoria de Graduação em Biblioteconomia – (48) 3721-4563

 

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Parceria da UFSC enriquece produção de vinhos em Santa Catarina

02/04/2013 17:21

Uma das experiências de vitivinicultura é realizada no Campus Curitibanos da UFSC. Foto: Henrique Almeida / Agecom

Produtores de uva de Santa Catarina estão utilizando videiras italianas testadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e estão conseguindo obter resultados positivos na fabricação de vinhos. Este é um dos resultados do contrato de cooperação entre Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fondazione Edmund Mach (FEM), em Trento, na Itália.  Pelo acordo, diferentes tipos de uvas da Itália são trazidas para Santa Catarina e analisadas quanto à sua adaptação ao clima e as doenças locais.

Na primeira etapa da pesquisa, iniciada em 2006, 36 cultivares de viníferas foram plantadas nas cidades de São Joaquim, Campos Novos, Tangará e Água Doce.  Segundo o professor Aparecido Lima da Silva, do Departamento de Fitotecnia, algumas videiras testadas responderam positivamente às condições regionais e ficarão em observação, agora em outras localidades: Urussanga, Curitibanos e Videira, além da continuidade em São Joaquim e Água Doce.

Uma das experiências é realizada dentro da Universidade. Em Curitibanos, o professor Leocir José Welter, do curso de Ciências Rurais, desenvolve pesquisas para o melhoramento das viníferas. “Existe lá uma forte ação em conjunto com a Epagri de Videira para buscar melhores resultados em questão de recursos genético para as uvas”, contou Aparecido.

As uvas do início da parceria, que já estão no terceiro ano de avaliação, apresentaram boa qualidade nos vinhos em testes na Cantina Experimental da Epagri. Além de aumentar a área para os novos testes, mais videiras serão trazidas para Santa Catarina, desta vez incluindo plantas nativas da Alemanha, sempre com o apoio da FEM. “A Fundação proporciona um grande apoio, que traz muitos benefícios para Universidade, como tecnologia, laboratórios, integração com pesquisadores”, acrescentou o professor Aparecido.

O acordo também rende à Universidade e aos estudantes a oportunidade de aprofundar pesquisas utilizando a estrutura da FEM em programas de intercâmbio, e já resultou em diversas publicações nacionais e internacionais. Estudantes da pós-graduação no Centro de Ciências Agrárias (CCA) e pesquisadores já foram à Itália em cooperação com o programa de doutorado da FEM. “A ideia é que, por ano, um pesquisador e um aluno viajem e finalizem no Brasil o estudo iniciado lá”. A UFSC e a FEM renovaram o contrato de cooperação no início de março.

Murici Balbinot / Estagiário de Jornalismo na Agecom/UFSC
muricibalbinot@gmail.com

 

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Projeto Cinema Mundo da UFSC exibe e debate melhor filme estrangeiro de 2013

02/04/2013 16:39

Com o objetivo de promover o fomento à cultura por meio da exibição e debate de filmes selecionados em sessões abertas à comunidade universitária e à comunidade em geral, o Projeto Cinema Mundo inicia as atividades com a exibição comentada de Amor (Amour, 2012), filme do diretor Michael Haneke, produção premiada com o Oscar de melhor filme estrangeiro na edição 2013.

A sessão será realizada no dia 4 de abril, quinta-feira, às 18h30, no Auditório Elke Hering da Biblioteca Universitária da UFSC. O professor do Curso de Cinema da Universidade, José Cláudio Siqueira Castanheira, é o convidado desta ocasião. Entrada Franca.
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Equipe Vento Sul ministra palestra sobre processo seletivo e competição de barco solares

02/04/2013 16:11

Nesta quarta-feira, 3 de abril, a equipe Vento Sul de barcos solares da UFSC fará uma palestra sobre as competições e o processo seletivo, às 18h30, no auditório do bloco A, da Engenharia Mecânica. A equipe, que é tricampeã nacional e representante da América Latina no campeonato mundial de barcos movidos a energia solar, está com processo seletivo aberto para as áreas: mecânica – naval, elétrica – eletrônica, financeiro, logística, automação e comunicação. Interessados devem inscrever-se até o dia 10 de abril, no site www.barcosolar.ufsc.br
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EdUFSC encerra Feira do Livro no Campus e busca aproximação com Joinville

02/04/2013 14:58

Feira do Livro no Centro de Convivência, no Campus Florianópolis. Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) encerrou mais cedo a feira no Centro de Convivência, em Florianópolis, por uma causa nobre: participar, a partir do dia 3 de abril, da Feira do Livro de Joinville, para buscar uma aproximação da editora com a comunidade universitária no Norte do Estado.  “É a interiorização também através do livro”, resume o diretor executivo Sérgio Medeiros. Os 600 títulos do Catálogo da EdUFSC estão sendo disponibilizados com descontos para facilitar o acesso ao conhecimento produzido na Universidade. A feira vai até 14 de abril, no Centreventos Cau Hansen.
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Vestibular 2013: UFSC divulga instruções para classificados em quarta chamada e ações afirmativas

02/04/2013 14:49

O diretor do Departamento de Administração Escolar (DAE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), divulgou nesta terça-feira, dia 2 de abril a quarta chamada do Vestibular UFSC/2013. Os candidatos convocados devem realizar a matrícula, no período de 3 a 5 de abril de 2013, na respectiva Coordenadoria de Curso localizada no campi em que irão frequentar, no horário das 8h às 12h, e das 14h às 18h, munidos da documentação exigida e publicada pela Portaria nº 281/2012/PROGRAD-UFSC.
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Projeto Rondon lança convite para novas operações e inscrições 2013/2014

02/04/2013 14:39

O Projeto Rondon divulgou, no dia 27 de março, o convite para as Instituições de Ensino Superior (IES) participarem das operações de julho de 2013 e janeiro de 2014. Os alunos da UFSC, campus Florianópolis, interessados em participar das operações do Projeto Rondon deverão comparecer à reunião de seleção, marcada para o dia 8 de abril, às 13h, na Sala 01 (térreo), do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP), Centro de Ciências Biológicas (CCB), portando uma proposta de trabalho (impressa), em sua área de atuação, e revisão bibliográfica do município que gostaria de atuar, em uma das operações do convite. 

Os alunos de outros campi (Araranguá, Curitibanos e Joinville) deverão enviar o material impresso para o e-mail projeto.rondon@contato.ufsc.br, até às 13 horas do dia 8 de abril. O coordenador do Projeto Rondon na UFSC é o professor Alexandre Verzani Nogueira (projeto.rondon@contato.ufsc.br). 
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Inscrições para programa Jovens Talentos para a Ciência encerram nesta quarta-feira

02/04/2013 14:36

Encerram nesta quarta-feira, 3 de abril o prazo para inscrições para o programa de Jovens Talentos para a Ciência. O prazo foi prorrogado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a pedido de instituições que como a UFSC estavam com dificuldades de inscrever os alunos por não conseguirem acesso ao formulário eletrônico. A Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) alerta a todos os coordenadores que não estão conseguindo acessar o sistema que não se trata de um caso isolado, mas de uma dificuldade decorrente do excesso de demanda ao sistema da Capes.

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Novo diretor de Projetos, Contratos e Convênios da UFSC toma posse

02/04/2013 14:30

Posse do diretor do DPC na Sala dos Conselhos da UFSC. Fotos: Henrique Ameida/Agecom/UFSC

Tomou posse, nesta segunda-feira, 1º de abril, na Sala dos Conselhos da UFSC, o novo diretor do Departamento de Projetos, Contratos e Convênios (DPC) da Pró-Reitoria de Administração (Proad), Adriano Luiz de Sousa Lima. Este afirmou estar ansioso e determinado com sua nova gestão, trazendo mais dinamismo para o andamento de projetos, contratos e convênios a serem realizados. Destacou como prioridade estruturar o Departamento.
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Inscrições abertas para Curso de Inverno de Farmacologia da UFSC

02/04/2013 13:55

Estão abertas de 2 a 25 de abril as inscrições para a décima edição do Curso de Inverno de Farmacologia da UFSC, que será realizado no período de 21 a 28 de julho de 2013. O objetivo é formar e capacitar alunos que tenham interesse em desenvolver pesquisa científica em Farmacologia, Ciências Biológicas ou áreas afins.

Podem se inscrever alunos que estejam matriculados nas duas últimas fases/semestre de qualquer graduação da área biológica ou da saúde e que já tenham concluído, até a data do curso, a disciplina de Fisiologia Humana. Recém-formados (até 1 ano) que tenham interesse de ingressar no programa de pós-graduação em Farmacologia também podem se inscrever.

Três grandes temas compõem a ementa: Farmacologia Cardiovascular, Psicofarmacologia e Farmacologia da Dor e Inflamação. Os temas serão abordados em aulas teóricas, práticas, discussões de problemas e atividades em grupo.

São 20 vagas. O curso tem duração de cinco dias e custa R$60,00. As aulas serão realizadas no Departamento de Farmacologia, Centro de Ciências Biológicas, Campus Trindade, UFSC. A iniciativa é do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, que detém a nota 7, conceito máximo de avaliação da Capes. Os ministrantes são alunos do Mestrado e Doutorado do programa.

Mais informações:

E-mail: cursodeinvernoufsc@gmail.com

Blog: http://cursodeinvernoufsc.wordpress.com/

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Farmacologia-UFSC/315950368531066?fref=ts/

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Divulga UFSC – 2/4/2013 – Edição 143

02/04/2013 12:13

Divulga UFSC 142

Biblioteconomia da UFSC comemora 40 anos

Para celebrar os 40 anos de fundação, o curso de Biblioteconomia da UFSC promove nos dias 3 e 4 de abril uma série de atividades que irá reunir alunos, ex-alunos, professores e bibliotecários. Fazem parte da programação mesas-redondas, painéis, mostras fotográficas e palestras com professores das universidades federais de Minas Gerais e Maranhão. O evento será no Auditório da Reitoria. Informações: (48) 3721-4563. Confira a programação.
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EdUFSC apresenta livro sobre gestão ambiental no campus e na Feira de Joinville

02/04/2013 10:12

Os chamados corredores ecológicos surgiram no Brasil para mitigar os estragos nos biomas e ecossistemas. Entre recuos e avanços, e em meio às polêmicas e conflitos gerados pelo Código Florestal, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está lançando a segunda edição revista do livro Corredores Ecológicos – uma estratégia integradora na gestão de ecossistemas, de Francisco Brito. A obra faz parte das novidades da feira que a EdUFSC realiza até amanhã, dia 2, no Centro de Convivência, no Campus de Florianópolis. Depois a EdUFSC segue para a Feira do Livro de Joinville, que acontece de 3 a 14 de abril.
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Grupo de Canto para Iniciantes da UFSC abre inscrições nesta terça

02/04/2013 08:39

Coral da UFSC, na Igrejinha. Foto: DAC.

O Departamento Artístico Cultural (DAC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica que estão abertas as inscrições para o Grupo de Canto para Iniciantes. Podem participar a comunidade acadêmica da Universidade e o público externo (maiores de 18 anos). Os interessados devem comparecer à Igrejinha da UFSC nesta terça-feira, 2 de abril, das 14h30 às 17h. As inscrições serão por ordem de chegada, enquanto houver vagas. O candidato não precisa fazer teste.
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Inscrições para representantes dos STAE no CUn, Conselho de Curadores e CIS/PCCTAE terminam nesta terça-feira

02/04/2013 08:30

Estão abertas, até o dia 2 de abril, as inscrições para a candidatura dos servidores técnico-administrativos em Educação ao Conselho Universitário (CUn), ao Conselho de Curadores e à Comissão Interna de Supervisão (CIS) do Plano de Cargos e Carreiras (PCCTAE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As eleições ocorrem em 11 de abril.
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Aula inaugural do Neti da UFSC faz resgate histórico da importância do idoso

01/04/2013 17:56

Aula inaugural do Neti no Auditório da Reitoria. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC.

A aula inaugural do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (Neti) da UFSC ocorreu nesta segunda-feira, 1º de abril, no Auditório da Reitoria, com o objetivo de apresentar o Núcleo para os alunos deste semestre. Estiveram presentes no evento a pró-reitora adjunta de Extensão Maristela Bortolini e a coordenadora do Neti Jordelina Schier. A cientista social e professora de Antropologia do Curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica Elaine Lima de Silva proferiu a palestra “Percursos do Envelhecimento”, na qual fez um resgate histórico da importância do idoso através da história do homem.
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Inscrições abertas até 2 de abril para cursos gratuitos de idiomas

01/04/2013 17:15

O PET Letras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informa que nos dias 1º e 2 de abril estarão abertas as inscrições para cursos gratuitos de idiomas no primeiro semestre de 2013, na Sala 221, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), Campus Florianópolis, das 10h às 12h, e das 13h30 às 20h.

Os cursos terão duração de um semestre e abordam apenas o nível introdutório. A distribuição de vagas é feita por sorteio, sendo cada turma composta por dez alunos. Todos os cursos são gratuitos. Escolha seu horário previamente e faça sua inscrição.
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Pró-Reitoria de Graduação retifica edital da Bolsa Monitoria

01/04/2013 17:00

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) retificou os Editais nº 02 e 03, que tratam das Bolsas Monitoria e divulga o Edital nº 04 de 01 de abril de 2013. Entre as mudanças mais importantes está a modificação da forma de remuneração das bolsas que passam a ser responsabilidade dos centros de ensino. Confira o novo cronograma.

  • Encaminhamento pelos Centros de Ensino da lista de disciplinas classificadas para bolsas de monitoria – até 10/04/2013
  • Homologação e divulgação das disciplinas classificadas para receberem bolsas pela Prograd – 10/04/2013
  • Prazo para interposição de recursos, junto à Comissão, quanto as resultados do processo de análise e classificação das demandas – 13/04/2013
  • Abertura do Sistema Moni para cadastro dos estudantes bolsistas – A partir de 03/04/2013
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Curso de Administração/EaD da UFSC está entre os melhores do Brasil

01/04/2013 16:03

O Ministério da Educação (MEC) divulgou a classificação de 1.207 cursos de graduação a distância de todo o país, registrados junto ao Ministério. Os critérios de avaliação levam em conta aspectos como propostos educacional, sistemas de comunicação, material didático, equipe multidisciplinar e infraestrutura de apoio. Dos mais de 1.200 cursos, pelo menos 60 foram reprovados. Outros 160 receberam nota 3 – suficiente – e 84 ficaram com nota 4 – muito bom.

Na lista dos 13 que obtiveram conceito máximo – nota 5 – excelente – está o Curso de Graduação em Administração da UFSC, na modalidade a distância, que conta com Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem (AVEA), livro impresso, videoaulas, videoconferência e tutoria.
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Selecionados no Projeto “Ler e Educar: formação continuada de professores da rede pública de SC”

01/04/2013 15:30

O Projeto “Ler e Educar: formação continuada de professores da rede pública de SC” (Programa Observatório de Educação – Capes), em implementação na Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina (Unesc), em Criciúma, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Chapecó, divulgou a lista dos bolsistas selecionados nas seguintes modalidades: Graduação, Mestrado, Doutorado e Professores da rede pública, por ordem de unidade escolar.

Seguem os editais dos resultados:
OBEDUC_Resultado Seleção Graduação
OBEDUC_Resultado Seleção Pós-Graduação
OBEDUC_Resultado Seleção Professores da Rede

 

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Fórum Universidade em Debate com o professor Joaquim Filipe, da Universidade do Minho

01/04/2013 15:29

Joaquim Filipe ministra palestra sobre “Da Nova Gestão Pública à Administração Pós-burocrática”. Foto: Joaquim Filipe F. E. de Araújo

O professor Joaquim Filipe Ferraz Esteves de Araújo, da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (Portugal), ministrará palestra na UFSC, no dia 3 de abril, sobre o tema “Da Nova Gestão Pública à Administração Pós-burocrática”. O evento ocorrerá no auditório do CAD, Sala 217, do Centro Socioeconômico, às 19 horas. Podem participar professores, pesquisadores, acadêmicos e técnico-administrativos.
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Pesquisa da UFSC analisa cinema feito por mulheres durante a ditadura

01/04/2013 14:57

Com linguagens, temáticas e estratégias diferentes, três brasileiras ousaram fazer cinema na década de 1970, enfrentando a ditadura e pela primeira vez colocando em pauta a situação da mulher. O cinema realizado por Tereza Trautman, Ana Carolina e Helena Solberg é o tema da tese de doutorado da historiadora Ana Maria Veiga, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina e que teve orientação da professora Joana Maria Pedro. Apesar das diferenças, o cinema de cada uma trazia questões ligadas à situação da mulher e deu visibilidade a temas como a busca pela emancipação social, política e a livre manifestação da sexualidade. “Ao longo do estudo faço um contraponto entre a ditadura e o movimento feminista”, explica Ana Maria.

Durante quatro anos de pesquisa, as buscas levaram Ana Maria a arquivos em São Paulo, Rio de Janeiro e Paris (França), onde passou um ano para o seu doutorado sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Ela teve acesso a revistas e jornais do período, aos filmes das autoras, além de conseguir entrevistar duas das diretoras. Também realizou um estudo aprofundado sobre o cinema que estava sendo feito na época por mulheres em países como Argentina, Cuba, Itália, França, Bélgica, Inglaterra e Brasil. A tese traz um panorama do cinema que influenciou as três cineastas, retratando desde o Neorrealismo italiano, a Nouvelle Vague francesa, o Cinema Novo brasileiro e o chamado Cinema de Mulheres, que mostra o feminismo em debate no cinema.

O resultado deste trabalho está registrado na tese “Cineastas brasileiras em tempos de ditadura: cruzamentos, fugas, especificidades”, que faz de Ana Maria uma das poucas pesquisadoras brasileiras a trabalhar na intersecção entre história, cinema e gênero. Uma das propostas é desvendar experiências importantes que aconteceram no período, além do Cinema Novo. “A ideia é mostrar que outras formas de cinema existiram e que foram maneiras de instrumentalizar o cinema também por uma revolução que era social, que era política, e que era essa revolução das mulheres proposta pelo feminismo”, afirma. Nesta entrevista, Ana Maria relata como foi a sua trajetória de pesquisa:

Como você escolheu o tema de pesquisa?

Durante as pesquisas de mestrado, que era sobre Brasil e Argentina, descobri os primeiros curtametragens da argentina Maria Luiza Bemberg, a única mulher cineasta daquele período que atuava no país. Seu primeiro curta, de 1972, “El mundo de la mujer”, me chamou a atenção pela estética e política. Comecei a pesquisar gênero e ditadura, cinema e ditadura, mulheres que fizeram filmes naquele momento. No Rio de Janeiro, fiz uma pesquisa no Programa Avançado de Cultura Contemporânea, coordenado pela Heloísa Buarque de Hollanda, que lançou um catálogo sobre as cineastas brasileiras do período da ditadura. Foi quando descobri a Helena Solberg, a Tereza Trautman e a Ana Carolina.

– O que as cineastas têm de comum e o que é único para cada uma?

Em comum, as três são brasileiras, fizeram filme durante o período da ditadura militar, embora cada uma tenha escolhido uma estratégia diferente. Politicamente elas vinham na onda de emergência dos movimentos feministas, principalmente naqueles anos 70, e da resistência de esquerda ao governo autoritário.

– As temáticas são parecidas?

Não, cada uma enfrentou o período da ditadura militar de uma maneira diferente. Enquanto a Helena Solberg saiu do Brasil e fez documentários, a Tereza Trautman ficou, bateu de frente com a censura e saiu perdendo. A Ana Carolina é o exemplo mais conhecido e foi a cineasta que conseguiu driblar a censura. Naquele momento da história, mulheres fazendo filmes foi um acontecimento, nos chamados “novos cinemas”. Outro ponto interessante é como cada uma utilizou o cinema para questionar, por um lado, gênero, que era condição feminina, e por outro lado o regime militar e seus valores moralizantes.

Helena Solberg mudou-se para os EUA na década de 70, onde passou a dirigir documentários sobre a mulher na América Latina. Foto: reprodução.

– Qual foi a trajetória de cada uma?

A Helena Solberg mudou-se para os Estados Unidos em 1971, então conseguiu fugir da ditadura. Aí está uma das fugas de que o título da tese aborda. Ela teve uma formação profissional dentro do cinema novo, apoiada pelo Glauber Rocha. Ela teve a montagem do primeiro curta feita pelo Rogério Sganzerla, que não era cinema-novista, mas era do cinema marginal. Se ela tivesse continuado no Brasil, provavelmente iria fazer o cinema dentro dessa linha também. Nos EUA, ela teve contato com o movimento feminista, participou de encontros, cursos, envolvendo-se com a temática das mulheres naquele momento.

O primeiro documentário foi em 1973 e se chamou “The Emerging Woman”, que falava dos 200 anos da história da mulher estadunidense. Para surpresa dela, foi um grande sucesso, recebeu prêmios e foi adotado por todas as escolas do país para discutir a questão que, na época, era denominada “condição feminina”. Conseguiu um contrato com a TV pública estadunidense, a Public Broadcasting Service (PBS) e começou a produzir documentários sobre na América Latina. Formou um grupo de mulheres que trabalhavam com cinema e viajou com elas pelo continente latino-americano. Ela ficou conhecida nos EUA e no Brasil como a cineasta da América Latina.

Seus dois primeiros filmes, “La doble jornada” e “Simplemente Jenny”, foram voltados para as mulheres pobres trabalhadoras, um cinema de cunho social e político. Uma estética em que ela colocava a equipe em cena, uma proposta também de contra-cinema, das teóricas feministas dos anos 70, que era expor que aquilo que está sendo mostrado é uma construção também, mesmo sendo um documentário. No “Simplemente Jenny”, de 1979, ela tematizou a sociedade boliviana com jovens infratoras de um reformatório. Ali ela vai explorando a partir da fala delas o sonho de cada uma e vai contrapondo com imagens de desfiles de moda, daquilo que se queria mostrar como a mulher boliviana e que era bem distante da realidade delas.

Em “La doble jornada” ela vai atrás de mulheres trabalhadoras, vai às minas da Bolívia, indústrias argentinas, camponesas carregando os filhos nas costas, então é a dupla jornada dessas mulheres no trabalho e dentro de casa. Na Nicarágua, ela fez “From the ashes: Nicaragua today”, que relata a crise no final dos anos 1970. Em 82 ela volta ao Brasil e faz “Brazilian Connection”  (A conexão brasileira), falando sobre os 18 anos do regime militar no Brasil. Em 83, realizou “Chile by reason or by force”, falando dos dez anos do regime do general Pinochet no Chile.

Tereza Trautman dirigiu “Os homens que eu tive”, de 1973, que ficou sete anos interditado pela censura. Foto: reprodução.

– Como foi a experiência da Tereza Trautman?

A Tereza Trautman abordou a liberação da mulher em 1973, num momento tomado nas telas cinematográficas pelas pornochanchadas. Basicamente eu trabalho na tese com o filme “Os homens que eu tive”. Ela faz um filme de produção própria colocando a mulher como dona do seu corpo, do seu desejo sexual, podendo usar isso da maneira como ela bem entender. O filme não tem cenas explícitas de sexo. A protagonista é da zona sul carioca, que era para ter sido interpretada pela Leila Diniz, que morreu antes de iniciar as filmagens.

O filme estreou no Rio no Cine Roxy, com os 1800 lugares completamente lotados. Depois estreou em Belo Horizonte até que, de acordo com a justificativa de um funcionário da censura, houve um telefonema para o alto escalão do Ministério da Justiça dizendo que o filme era imoral, que atentava contra a mulher brasileira, que era um absurdo que aquilo estivesse em cartaz.

Quando vai estrear em São Paulo, coincidentemente na Semana da Pátria de 1973, o filme é interditado por questões morais. Eu pesquisei em 28 documentos existentes sobre a interdição do filme pela censura e a questão principal é que a protagonista era uma mulher casada, e que o marido permitia que ela tivesse amantes. A produtora Herbert Richers entrou com vários pedidos de liberação. A própria Tereza ia para o Ministério diariamente para tentar conseguir uma explicação, porque outros filmes que ela julgava semelhantes eram liberados e o dela não.

A liberação só aconteceu em 1980, sete anos depois, e depois de tanto tempo havia uma expectativa sobre o filme e sobre a Tereza Trautman, ovacionada como a primeira diretora do cinema brasileiro. Mas quando estreou, o filme já estava defasado. A crítica o considerava pequeno, com a temática superada, pois nos anos 80 a TV brasileira já apresentava Malu Mulher, a Marta Suplicy falava de sexo na TV. Em 1980 aquele filme ganhou interpretações anacrônicas. Não há uma compreensão histórica do que ele representou naquele momento. Depois ela foi fazer um filme só em 87, que é “Sonhos de Menina Moça”, em que ela ainda traz temas da ditadura.

Cineasta Ana Carolina realizou na década de 70 a trilogia “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”. Foto: reprodução.

– E a Ana Carolina?

A Ana Carolina acaba sendo o exemplo mais conhecido pela trilogia sobre o que ela chamou na época de “condição feminina”: “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”. A diretora usa provérbios e a linguagem popular para discutir o senso popular, o não questionamento das coisas e dos acontecimentos, a opressão militar e das mulheres. Em “Mar de Rosas”, de 1977, ela trabalha com a questão da mãe e da filha, do casamento, da sua condição de “santa esposa”. A protagonista, Felicidade, corta o pescoço do marido com uma gilete e foge com a filha. Ela começa a ser perseguida por um homem misterioso num fusca preto, o que remete aos grupos paramilitares, à repressão, aos torturadores. A filha é a revolucionária, aquela que senta de pernas abertas, fala palavrão, e que os adultos tentam reprimir, mas não conseguem. A personagem mostra a nova geração de mulheres que vêm se levantar contra os padrões estabelecidos. O filme foi o grande sucesso de Ana Carolina, inclusive fora do Brasil.

O segundo filme, “Das Tripas Coração”, foi interditado 10 meses, mas depois foi exibido na íntegra. Ela usa uma metáfora que hoje pode ser considerada ingênua, mas foi sua maneira de driblar a censura. Na história, um interventor vai a um colégio interno para fechá-lo. Enquanto as diretoras não chegam, nos cinco minutos que fica esperando, ele cochila. O filme todo é o sonho dele. As internas do colégio revolucionam. É toda a questão do desejo, da sexualidade, elas discutem, aparece o desejo lésbico, uma consonância com as discussões do movimento feminista. Mostra também a questão da igreja católica. Uma das alunas faz xixi no meio da missa. Uma coisa que eu falo na minha tese que eu não encontrei em outros autores que trabalham com esse filme é a questão de alvejar a ditadura por meio da incidentalidade musical. Ela trabalha muito com os hinos nacionais, seja com a ida do interventor ao banheiro assoviando o hino nacional, seja com uma brincadeira com o hino da independência.

Mesmo o terceiro filme, “Sonho de Valsa”, de 1977, Ana Carolina ainda discute o regime, a ditadura civil-militar. Mostra uma mulher que sai da tubulação de esgoto e vai para o meio de uma parada militar de 7 de setembro, toda suja, maltrapilha. É muito interessante a maneira como ela ainda traz presente a sensação que eu imagino que ficou para grande parte dos brasileiros depois que o regime acabou: a sensação de que houve uma continuidade, de que o poderio militar ainda continuou. O governo seguinte foi do José Sarney, que foi parte civil da ditadura.

– As três fizeram parte do movimento feminista?

A Helena Solberg e a Teresa Trautman se envolveram com o movimento feminista, participaram de grupos. A Ana Carolina não. A gente vê que ela tem toda uma postura feminista, que os filmes têm uma tendência de ser considerados feministas, mas no discurso dela, ela se identifica com o “cinema de autor”, lançado pela Nouvelle Vague francesa. Ela não queria ser rotulada apenas como feminista, porque isso era assumir todo um preconceito que viria junto com esse termo naquele momento e até posteriormente. Então a Ana Carolina não participou do movimento, seguiu a linha dela, mas os filmes dela são muito importantes para essa discussão naquele momento.

– Elas fizeram parte de algum grupo em comum, se encontravam, faziam parte de um movimento?

Não. Apesar de duas delas terem participado de um guarda-chuva, que foi o movimento feminista, de encontros e de reuniões de conscientização. Eu tentei explorar isso como um leque de possibilidades. Não houve uma homogeneidade ao lidar com isso como produção cinematográfica. O que houve foram caminhos próximos.

– Qual é a relação dos cinemas realizados pelas diretoras com o Cinema Novo?

Nos anos 60 e 70, o cinema novo brasileiro se consolidou mundialmente por seu cunho político. O Glauber Rocha, que foi seu ícone, tinha voz fora do Brasil, com artigos nos Cahiers du Cinéma e em outras revistas. Eles estavam preocupados com a revolução, a opressão geral da América Latina. E é claro que, em se falando de cinema brasileiro nos anos 60 e 70 o que se valoriza? Esse cinema novo. Uma das propostas da minha tese é justamente isso: contrapor o cinema realizado por mulheres ao cinema novo, que era o único que esteve iluminado. O resto era como se não existisse. Venho trazendo isso para mostrar que outras formas de cinema de contestação existiam, tendo chegado ao público ou não. Foram maneiras de instrumentalizar o cinema também por uma revolução que era social, que era política, e que era essa revolução das mulheres proposta pelo feminismo.

– Você estudou o cinema feito por mulheres de outros países?

Estudei a Agnès Varda que, apesar de belga, realizou toda a sua carreira na França. Seu primeiro filme, La Pointe Courte, de 1954, foi visto como precursor da Nouvelle Vague francesa: uma nova proposta, nem tanto na política, mas o começo de uma revolução estética. Outra que eu trabalho é a Chantal Akerman. Seu filme mais polêmico e emblemático é o “Jeanne Dielman, 23, Quai du Commerce, 1080 Bruxelles” (1975). É uma mulher na situação do pós-guerra, que ficou viúva, tem um filho, recebe uma pequena pensão do marido, morto na guerra, e que se prostitui para viver. O filme relata três dias na vida da Jeanne Dielman e está totalmente alinhado com a proposta feminista do contra-cinema. Outra diretora foi a cubana Sara Gómez, que em 1974 fez “De Cierta Manera”, uma crítica da chamada condição feminina e da estrutura cubana do pós-Revolução. Trabalhei também com a italiana Lina Wertmüller e com a britânica Laura Mulvey, que fez “Riddles of the Sphinx” (O Enigma da Esfinge), de 1976, e coloca na prática a proposta teórica de contra-cinema, da ruptura com o cinema hegemônico, hollywoodiano, e reverte a situação da representação da mulher, o que ela trabalha no seu principal texto que é “Prazer visual e cinema narrativo”. Então eu vi toda essa ligação e segui as influências apontadas pelas três brasileiras. A Helena e a Tereza mencionam a Varda e a Lina Wertmüller. A Ana Carolina, pela questão de cinema de autor, até fala da Varda, mas ela se identifica e até é comparada com Luis Buñuel. Trabalho com filmes do Neorrealismo italiano, da Nouvelle Vague francesa, venho discutindo um pouco esses cinemas com o que elas estavam fazendo, no que se diferenciavam. É um panorama daqueles anos, dos novos cinemas no pós-guerra e a ruptura radical delas também com os próprios inspiradores.

– O que é cinema de mulheres?

A expressão “cinema de mulheres” foi cunhada de maneira política. Ali nos anos 70, principalmente, houve uma teoria feminista do cinema na Inglaterra que propunha um contra-cinema, principalmente a partir dos trabalhos da Laura Mulvey e da Claire Johnston. Elas falavam da importância das mulheres em reverter a representação das mulheres no cinema, sempre realizada por diretores homens. Elas alegavam que havia uma manipulação, que estava na hora das mulheres tomarem as câmeras como um ato político e mostrar que o cinema era uma construção. Dentro dessa proposta cunhou-se o termo “Cinema de mulheres”. Na época começaram os festivais de filmes de mulheres em Nova York (Estados Unidos) e em Edimburgo (Escócia), em 1972. No final dos anos 70 surgiu na França o Festival International de Films de Femmes, que existe até hoje, em Créteil. Naquele momento era o cinema como instrumento do movimento feminista. Por isso que eu falo que o cinema de mulheres é datado, é um acontecimento principalmente dos anos 70. Na tese, eu trabalho com o termo “cinema realizado por mulheres”, que não é só o “cinema de mulheres”. A Ana Carolina se recusa a dizer que fez “cinema de mulheres”. Mesmo assim, ela levou seu filme para o festival de cinema de Créteil, que é de cinema de mulheres. Essa é uma das muitas contradições e ambiguidades que eu procuro discutir na tese. A própria questão do essencialismo, uma das principais contradições do movimento feminista. Porque é essencializar dizer que existe um cinema de mulheres, que é diferente ter uma mulher por trás da câmera. Esse debate aparece na imprensa, com diversos pontos de vista, mesmo dentro de uma mesma revista. Algumas diretoras acham que sim, que é um posicionamento político importante, outras acham que não, que elas são autoras, são artistas.

– Qual foi a repercussão do trabalho delas que você encontrou nas pesquisas?

Nas pesquisas na Cinemateca de São Paulo fui atrás de jornais da época, do que se falava sobre as três cineastas. Nos anos 70 e 80 estava em alta a discussão das mulheres no cinema, “as novas diretoras”, “mulheres por trás das câmeras”. De certa maneira elas foram conhecidas. Em uma matéria na Folha de São Paulo nos anos 70, a Helena Solberg é vista como cineasta da América Latina. Ela ficou bastante conhecida nos EUA, por ter tido acesso a TV. Na França, da Ana Carolina eu encontrei duas situações em jornais de lá, mas no Brasil ela estava em quase todas as matérias sobre mulheres no cinema. Claro, o Cinema Novo brasileiro aparecia muito mais. Da Tereza Trautman não aparece nada nos jornais franceses, pois ela tinha sido interditada. No Brasil ela foi bastante comentada em dois momentos: quando o filme saiu em 73, a imprensa noticiou bastante e depois em 80, no relançamento do filme. Uma coisa interessante da Tereza é que ela conseguia liberação para participar dos festivais fora do Brasil. Por exemplo, em 76 houve um festival em Toronto de filmes censurados. O filme dela foi exibido em sessão dupla com “Mimì metallurgico ferito nell’onore” (1972), da Lina Wertmüller. Ou seja, ela participou em festivais fora do Brasil, enquanto o filme estava interditado.  Um dos críticos que é elogioso ao filme fala que “Tereza Trautman está longe de ser identificada com a postura feminista, o filme dela vai muito além disso”. Ele tenta “salvar” a Tereza do estigma do feminismo, só que ela mesma confirma que estava totalmente envolvida. Então quem se assumia como feminista corria um risco.

– Risco de que?

Risco de que na carreira ela fosse estigmatizada como uma cineasta feminista, apenas. Porque os debates sobre feminismo eram muito acalorados. Falavam que as mulheres eram lésbicas, mal-amadas. Isso aparece em vários textos analisados e nas entrevistas. No Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) da UFSC, do qual faço parte, temos mais de 150 entrevistas de mulheres no período da ditadura militar e muitas delas falam exatamente nisso: além da luta pela emancipação e igualdade, elas tinham que enfrentar esse rótulo reacionário.

– Como foram as entrevistas?

Tive a sorte de a Heloísa Buarque de Hollanda ter me colocado em contato com a Helena Solberg e com a Tereza Trautman, então além dos filmes eu trabalhei também com entrevistas. Elas me ajudaram muito com a versão delas daquela história toda, o que elas, mulheres, pessoas, estavam vivendo naquele momento, sentindo. Quando a Tereza Trautman fala da interdição, os olhos dela cospem fogo, até hoje. Então são vidas atravessadas por toda essa situação.

– Como foi a experiência na França?

Foi bem proveitosa. Passei um ano vinculada à École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), com financiamento da Capes. A possibilidade de acessar outros arquivos e acervos abre a cabeça, dá uma visão mais geral. Tanto que apesar de falar nas três cineastas, trago muita coisa de outros cinemas também, porque para mim é impossível fazer um recorte e não olhar para todo o entorno e o que está acontecendo. Principalmente se elas sinalizaram alguns caminhos, algumas trocas e influências, por onde elas passaram, e a própria crítica foi apontando o caminho delas, as associações, as identificações de cenas com as de outros autores. Olhando hoje, fazer esta tese foi um trabalho grande, mas no final as coisas foram se encaixando de uma maneira que eu achei interessante.

 

Saiba mais:

Veja alguns artigos escritos pela historiadora Ana Maria Veiga sobre temas que aborda na tese :

:: ‘Cineastas amordaçadas’: A ditadura militar e alguns filmes que o Brasil não viu. Revista História Agora, v. 1, p. 142-166, 2012.

:: Gênero e cinema: uma abordagem sobre a obra de duas diretoras sul-americanas. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFSC), v. 11, p. 111-128, 2010.

Mais informações:
Ana Maria Veiga – amveiga@yahoo.com.br

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

Fotos: reprodução.

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