Pesquisas da UFSC recebem verbas da chamada pública da Fapesc

19/12/2011 18:22

Começa esta semana o repasse dos quase R$13 milhões do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), que permitirá a pesquisadores de renome nacional desenvolver ciência de ponta. Desde pesquisa básica na área da Química até estudos de aplicação direta no território catarinense, os projetos têm em comum o fato de serem conduzidos por núcleos de excelência e por terem sido selecionados por meio de uma chamada pública da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Seu presidente, Sergio Gargioni, reuniu hoje (19/12) os autores das propostas para assinar os contratos necessários ao repasse e discutir o impacto dos estudos na sociedade. Das 18 propostas aprovadas, 16 partiram da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Uma teve origem na Furb (Fundação Universidade Regional de Blumenau) e outra, da Univali (Universidade do Vale do Itajaí).

Há trabalhos sobre os mais variados assuntos, como a preservação e o cultivo dos peixes nativos no Rio Uruguai; a aplicação da nanotecnologia para o desenvolvimento sustentável de materiais de construção civil; autores, obras e acervos literários catarinenses em meio digital.

O Prof. João Batista Calixto, do Departamento de Farmacologia da UFSC, já havia sido beneficiado em 2007 pelo Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex). No dia 20/12 ele receberá a primeira parcela dos R$600 mil garantidos para que, junto com sua equipe, possa analisar novos mecanismos envolvidos no controle dos processos inflamatórios, dolorosos e neurodegenerativos, focando em plantas medicinais com atividade antiinflamatória e antinociceptiva (grosso modo, capaz de reduzir ou eliminar certas dores).

A maior verba aprovada, R$1,2 milhão, vai para o grupo coordenado pelo Prof. Hugo Alejandro Gallardo Olmedo, do Departamento de Química da UFSC. Ele objetiva a síntese de materiais funcionais adequados para constituição de dispositivos e nanoestruturas, com aplicações nas indústrias eletrônica e farmoquímica. “Alguns destes materiais inteligentes são conhecidos há muito tempo, como o cristal líquido usado em telas de televisão, por exemplo. Mas eles têm mais funcionalidades para serem descobertas”, explica Olmedo.

O Pronex provê verbas para pesquisadores de comprovada competência, organizados para desenvolver projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação na fronteira do conhecimento. O volume de aplicações triplicou desde a criação do programa, em 2003. Naquele ano, uma chamada pública ofereceu R$ 4,8 milhões; em 2007, R$ 6.141.000,00; e agora R$ 11.761.253,00 + R$1.199.776,00 (do CNPq).

Clique aqui para ver relação completa dos contemplados.

Informações adicionais com Gerson Bortoluzzi e-mail gerson@fapesc.sc.gov.br e fone (48) 3215 120.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Fapesc

Tags: FapescpesquisaPronexUFSC

Centro de Apoio à Agricultura é destaque no planalto norte de Santa Catarina

22/11/2011 09:09

Agricultores recebem orientações teóricas e práticas e passaram a cultivar uma série de alimentos com maior qualidade

Depois de 10 anos vivendo em áreas distribuídas pela reforma agrária, o agricultor Vanderlei Antunes se fixou no assentamento Justino Dransveski, em Araquari, norte de Santa Catarina. Essa realidade foi possível graças à criação do Centro de Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana da Região Metropolitana de Joinville, em 2008. O projeto é desenvolvido pelo Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (Lecera), ligado ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Movimento Sem Terra (MST).

Os 20 assentamentos da região beneficiaram cerca de 750 famílias com técnicas de plantio, fornecimento de insumos, auxílio no consumo e comercialização da produção, além de disseminação de informações sobre colheita agroecológica e familiar. “O Centro foi um divisor de águas. Antes não era possível morar e trabalhar aqui. Tínhamos que buscar serviços em outros lugares para poder sobreviver”, conta o agricultor João Guilherme Zefferino.

Apoio teórico e prático
O planalto catarinense sofreu com a queda nas exportações das indústrias moveleiras na década de 80, comprometendo a qualidade de vida da população local. Além disso, com solo esgotado por outras culturas, a área não era favorável ao plantio de alimentos. “Quando o grupo do Lecera chegou à região, encontramos verdadeiros indigentes rurais vivendo nos assentamentos”, lembra o professor da UFSC e coordenador do projeto Clarilton Ribas.

A falta de técnica e de crédito é um dos principais problemas dos assentamentos da reforma agrária, segundo o professor. O projeto introduziu 20 agrônomos na região para auxiliar na geração de renda a partir do fomento da agricultura, da plantação solidária e do trabalho coletivo. Além disso, a reestruturação dos assentamentos organizou a produção e a comercialização dos produtos em torno de uma cooperativa. Os agricultores receberam instruções teóricas e práticas com as oficinas do campo, e puderam cultivar uma série de alimentos de maior qualidade.

A UFSC também colaborou com ensinamentos sobre manejo e produção dos biofertilizantes – fertilizantes caseiros, sem adição de produtos químicos. Os agricultores reconhecem a maior aceitabilidade dos produtos livres de agrotóxicos e estimularam-se com as boas vendas. A produção de hortifrutigranjeiros é comercializada nos centros urbanos e também é vendida ao Governo Federal a preço de mercado para o consumo em restaurantes populares, hospitais públicos e merenda escolar.

“A proximidade dos centros de comercialização facilitou a divulgação e a venda dos nossos produtos”, comemora o agricultor João Guilherme Zefferino. Segundo ele, a renda do assentamento aumentou e as pessoas puderam ganhar qualidade na parceria com a universidade. A cada real investido pelo MDS, os agricultores tiveram cinco reais em benefícios indiretos. No total, o projeto já recebeu em torno de R$ 1,5 milhão e pretende ir até 2012. “Queremos ainda cultivar as plantas de lavoura, como o arroz, e o leite agroecológico”, destaca o coordenador do projeto.

 Do campo à cidade
Os trabalhos não se resumem ao campo. Em Joinville, maior município em extensão de Santa Catarina, os agrônomos implantaram as hortas agroecológicas. O professor Ribas alerta para o desaparecimento dos “cinturões verdes” nas cidades, as chamadas hortas urbanas.

“A maioria dos produtos orgânicos consumidos em Florianópolis vêm de São Paulo ou de Curitiba. Nessas situações, paga-se mais devido ao custo do transporte, perde-se em qualidade e o meio ambiente é ainda mais explorado”, avalia o coordenador. Segundo ele, o trabalho conjunto com os agricultores busca incentivar a produção e o consumo em “curto-circuito”, priorizando a produção agroecológica e minimizando custos ambientais no plantio dos alimentos.

Mais informações com o professor Clarilton Ribas, e-mail:  ccribas17@hotmail.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-5417

Por Gabriele Duarte / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: agricultura familiarCCApesquisa

Pesquisa avalia o nível de atividade física em portadores de HIV

19/10/2011 19:37

“Nível de atividade física e indicadores de gordura de crianças e adolescentes infectados pelo HIV no município de Florianópolis” é o tema da pesquisa feita por Andréia Rodrigues Cardoso, formada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e apresentada no 21º Seminário de Iniciação Científica (SIC). Com a terapia antirretroviral de alta atividade, a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) passou a ser uma doença crônica e tratável. Porém, os padrões de atividade dos portadores e a sua influência na composição corporal, ainda são escassos de literatura.

O objetivo do estudo foi avaliar o nível de atividade física e sua relação com os indicadores antropométricos (conjunto de técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou suas partes) nas crianças e adolescentes infectados pelo vírus. Para isso, foram consultados 51 crianças e adolescentes, 25 meninas e 25 meninos, de idade entre 7 e 17 anos, pacientes do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. A pesquisa apontou que o nível de atividade física nesse grupo é menor que em crianças saudáveis. Também foi concluído que a atividade pode reduzir a gordura subcutânea nos portadores de HIV, assim como nos imunes, e que o nível de atividade física parece não ter relação com a distribuição da gordura corporal no grupo.

O 21º SIC está inserido na programação da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da UFSC e faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Ao lado da estrutura principal da Sepex, no Centro de Cultura e Eventos, serão apresentados, até 21 de outubro, quase 900 trabalhos de iniciação científica desenvolvidos por alunos de graduação. No encontro estudantes de graduação que têm bolsas de Iniciação Científica apresentam seus trabalhos e são avaliados por professores da UFSC e por uma comissão externa. A partir dessa análise são selecionados os Destaques da Iniciação Científica, jovens estudantes que representarão a UFSC em seminário nacional, durante a Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Este ano serão também apresentados trabalhos desenvolvidos por estudantes de escolas públicas contemplados pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio.

Mais informações sobre a pesquisa: deiarodsouza@gmail.com

Por Carolina Lisboa/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Acompanhe a divulgação da Sepex:

Sepex: confira as atrações culturais desta quinta-feira

– Estande sobre células-tronco mostra pesquisas realizadas em laboratório da UFSC

– Programa Sinapse da Inovação Operação SC III será apresentado nesta quinta

– Educação ambiental em ONG no Morro da Penitenciária é exposto em estande da Sepex

PET Pedagogia chama atenção pela luta contra o câncer de mama na Sepex

– Laboratório produz mudas de alta qualidade para produtor rural de SC

– 10ª Sepex abre com expectativa de atrair mais de 50 mil visitantes

– Mudanças climáticas, desastres naturais e previsão de riscos são temas de workshop nesta quinta-feira

– Maquetes táteis são expostas na 10ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão

– Visitantes da Sepex têm mesa interativa com jogos de ciência

– Conhecimento de pescadores pode ajudar Reserva Biológica Marinha do Arvoredo

– Vulcões e o Ano Internacional da Química? Blog Ciência Para Todos explica a química da erupção

5ª Semana de Cinema da UFSC de 17 a 22 de outubro

– Gestão Social é tema de minicurso a ser ministrado durante a Sepex

– Fapesc participa da Sepex

– CEPED/UFSC participa da 10ª SEPEX

– A presença de répteis e anfíbios na ecologia catarinense é tema de estande da 10ª Sepex

– Comunicação Educativa Organizacional terá minicurso na 10ª Sepex

– Estande sobre latim traz a Boca da Verdade e o Túnel das Palavras

Mesa-redonda na Sepex discute legado do  ”Príncipe dos Observadores”

– Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 2011 será entregue nesta quarta-feira

– Cientistas mirins e pesquisadores da UFSC se integram na Sepex

– Outubro também é mês de “festa da ciência”

– Comissão organizadora divulga orientações a expositores e ministrantes de minicursos na Sepex

– Palestra debate desafios da Terceira Idade

– Abertas inscrições para minicursos na 10ª Sepex

– Aloísio Nelmo Klein é Destaque Pesquisador do Centro Tecnológico

– Semana de Cinema tem bate-papo com João Moreira Salles e Eduardo Coutinho

– Fapesc leva rede nacional de pesquisa à Sepex

– UFSC convida escolas a programarem visitas a seu “circo da ciência”

– Newton Carneiro da Costa Junior é Destaque Pesquisador do Centro Sócio-Econômico

– Estudantes que participarem de palestras na Sepex receberão certificados

– Centro de Ciências Físicas e Matemáticas homenageia professor Ruy Exel Filho

– Na mídia: Revista Ciência Hoje destaca pesquisa da UFSC

– UFSC reconhece trajetória de professor do Direito Ambiental

– UFSC homenageia pesquisadora que colabora com a padronização de mapas táteis

– UFSC busca padrão de mapas para pessoas cegas

– UFSC homenageia pesquisador dos “clones verdes”

– Prêmio Destaque Pesquisador homenageia samurai da ciência brasileira

Tags: 21º SICHIVpesquisasepexUFSC

Professor desenvolve instrumento que avalia experiências de discriminação

18/07/2011 10:40

Questionário é resultado de doutorado na linha de pesquisa Desigualdades em Saúde

O professor João Luiz Dornelles Bastos, do Departamento de Saúde Pública da UFSC, desenvolveu um questionário para avaliar as experiências discriminatórias sofridas ao longo da vida e o impacto sobre a saúde. O instrumento é resultado de seu doutorado na linha de pesquisa Desigualdades em Saúde, do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas.

As questões foram organizadas com base em extensa revisão da literatura e na condução de grupos focais, dinâmica em que pessoas foram reunidas para identificar problemas relacionados a preconceitos, tratamentos negativos, desiguais e de violação de direitos.

O questionário contém 18 itens que abordam a exposição a tratamento diferencial, as motivações para esses eventos, o grau de incômodo gerado e a atribuição dos tratamentos diferenciais à discriminação. A avaliação leva em conta agressões verbais e físicas.

“O levantamento contempla tanto o ponto de vista da pessoa que responde ao questionário, quanto o ponto de vista do pesquisador na avaliação das experiências discriminatórias”, explica o professor, autor da tese Desigualdades Raciais em Saúde: Medindo a Experiência de Discriminação Autorrelatada no Brasil.

Além do livro Measuring Racial Discrimination, organizado pela economista americana Rebecca Blank e outros colaboradores, João Luiz recorreu a uma literatura que não se restringiu ao campo da saúde. “Tomei como referência bibliografia das ciências sociais, antropologia, psicologia social e história, entre outras”, explica Bastos.

Segundo ele, o levantamento permite entender melhor o fenômeno da discriminação, fornecendo subsídios para buscar sua redução na sociedade. A novidade em relação a outros questionários que avaliam experiências discriminatórias é que o desenvolvido por Bastos contempla questões além das raciais, muito comuns nos Estados Unidos. “São abordadas experiências discriminatórias com motivação racial, de gênero e de classe, entre outras”, explica o pesquisador.

Segundo ele, a relação entre algumas doenças com as experiências discriminatórias são descritas na literatura, especialmente transtornos mentais, entre eles depressão e ansiedade. São também citados problemas cardiovasculares, tabagismo, alcoolismo e alimentação não-saudável como consequências de exposição a tratamentos discriminatórios.

O trabalho contou com a orientação dos professores Aluísio Barros, da Universidade Federal de Pelotas, e Eduardo Faerstein, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Teve apoio institucional da UERJ, onde foi realizada a etapa de campo. O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Questionário

A primeira aplicação do questionário foi no Rio de Janeiro, com 424 estudantes universitários de uma instituição pública de ensino. “A aplicação mostrou que o instrumento apresenta bom desempenho na avaliação das experiências de discriminação entre os estudantes”, comenta o pesquisador.

O objetivo do professor João Luiz Bastos agora é aplicar o questionário na UFSC. O projeto já foi contemplado com uma bolsa de iniciação científica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC).

Mais informações: João Luiz Dornelles Bastos /(48) 3721-9388 /  joao.luiz.epi@gmail.com

Por Ana Luísa Funchal/ Bolsista de Jornalismo da Agecom

Tags: discriminaçãopesquisa

Pesquisas da área da saúde serão apresentadas até o dia 9 no ParqTec Alfa

05/07/2011 18:44

Resultados preliminares de 55 estudos da UFSC, Udesc, Unisul e Furb que podem contribuir para resolver os problemas prioritários de saúde da população catarinense serão apresentados ao público entre os dias 5 e 9 de julho, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Há estudos sobre diabetes, doenças mentais e câncer (de próstata, mama e colo do útero), dentre as várias pesquisas a serem abordadas entre as 9h e as 19h no Celta do ParqTec Alfa, em Florianópolis.

A primeira manhã do evento, na terça-feira, incluiu resumos de meia hora sobre trabalhos como os intitulados “Estilo de vida e comportamento de risco dos jovens catarinenses” e “Programa de controle e tratamento da obesidade: a contribuição de diferentes programas de exercício físico”. À tarde, foram mostradas conclusões parciais sobre doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes, hipertensão arterial e lesão medular, entre outras.

As 55 pesquisas vão custar R$5 milhões em recursos públicos, um valor recorde na história do Programa Pesquisa para o SUS, que começou em 2003 com R$600 mil. O Ministério da Saúde coordena o programa nacionalmente e entra com R$3 milhões. Um milhão veio da Secretaria de Estado da Saúde e outro, da Fapesc.

Informações adicionais com Fernanda Beduschi Antoniolli, fone 3215-1218, e-mail fernanda@fapesc.sc.gov.br.

* O auditório onde será realizado o evento fica no sexto andar do prédio do Celta, ParqTec Alfa, km, 1 da SC 401 bairro João Paulo, Florianópolis.

Por Heloísa Dallanhol/ Jornalista na Fapesc

Tags: Fapescpesquisasaúde

UFSC pesquisará petróleo em conjunto com universidade norte-americana

05/07/2011 17:45

O reitor da UFSC, Alvaro Prata, assinou na segunda (04/07) o primeiro acordo com a Pró-reitora de Pesquisa da Universidade de Rice, Vicki Colvin, dos Estados Unidos. Acompanhou o acordo Phil Magurn, gerente de Projetos Tecnológicos do BG Group, empresa de petróleo que tem uma join venture (empreendimento conjunto) com a Petrobras.

A assinatura é um convênio geral entre a UFSC e a universidade norte-americana juntamente com instituições britânicas e brasileiras para troca acadêmica de graduandos, pós-graduandos, mestrandos, doutorandos e professores. O intercâmbio será para pesquisa nas áreas de água, sustentabilidade e nanotecnologia. O projeto de parceria será financiado pelo BG Group, empresa britânica, com recursos de royalties gerados pelo petróleo.

Também participaram da assinatura Carlos Alberto Schneider, da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi); o professor Faruk Nome Aguilera, do Departamento de Química; Paulo Emílio Lovato, diretor do Departamento de Cooperação Acadêmica (Decad); e José Carlos Cunha Petrus, Chefe de Gabinete do reitor.

O BG Group conversa ainda outras cinco universidades pelo Brasil para firmar acordo de troca de pesquisadores. O próximo passo da UFSC para consolidar a parceria é a preparação de uma proposta mais detalhada para ser entregue ao BG Group.

Por José Fontenele / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: parceriapesquisapetróleo

RNP realiza cerimônia de entrega da nova capacidade da Rede Ipê em SC

23/05/2011 10:14

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) realiza hoje (23), às 16 horas, na Sala dos Conselhos da UFSC, cerimônia de entrega da nova capacidade da rede acadêmica nacional, a rede Ipê, no estado. Primeira rede óptica nacional acadêmica da América Latina, a rede Ipê é operada pela RNP desde 1991. Em maio de 2011, a rede teve sua capacidade agregada ampliada em 280%, feito que beneficiará diretamente as atividades de pesquisa, ciência, tecnologia, educação superior e cultura do país.
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Tags: pesquisaRede IpêRNP

Vaga para bolsista em pesquisa sobre inclusão no ensino superior

23/02/2011 15:47

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa – Núcleo SC (INCTi-SC) está selecionando um bolsista de Apoio Técnico – NS (CNPq), com graduação concluída em qualquer área do conhecimento, para atuar no apoio à pesquisa sobre inclusão no ensino superior (sistemas de cotas raciais, étnicas e sociais nas universidades públicas brasileiras).

As inscrições devem ser feitas, até às 18h do dia 28 de fevereiro, no Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (NPMS/CFH), Bloco D, sala 302. As atividades começam em 5 de março.

Informações: (48) 3721-8826

Tags: bolsistaensino superirorINCCTi-SCinclusãopesquisa

Na Mídia: Agência Fapesp destaca projeto conjunto com Embraer que tem colaboração da UFSC

11/02/2011 09:51

Conforto nas nuvens

11/2/2011

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A partir de março, um grupo de pessoas habituadas a viajar de avião passará a se reunir periodicamente para apontar o que poderia mudar no interior de uma aeronave de modo a aumentar os níveis de conforto durante um voo.

Elas participarão de um estudo realizado pela Embraer em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que visa a desenvolver cabines de aviões mais confortáveis.

Iniciada no segundo semestre de 2008, na pesquisa estão sendo analisados os fatores que influenciam a sensação de conforto dos passageiros de um avião, como vibração, temperatura, pressão e ergonomia, além de odores, materiais e iluminação.

Na primeira fase do projeto, financiado pela FAPESP por meio do programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), os cientistas estudaram esses fatores de forma isolada por meio de testes com participantes treinados.

Agora, deverão iniciar os estudos desses diversos aspectos de maneira integrada, por meio de ensaios com cerca de 600 participantes que já viajaram de avião.

“Os participantes darão suas respostas baseadas unicamente em preferências pessoais. E, como é um teste com consumidor, eles só poderão participar uma única vez”, disse o coordenador do projeto, Jurandir Itizo Yanagihara, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, à Agência FAPESP.

Para realizar os testes, o interior do Laboratório de Engenharia Térmica e Ambiental (LETE) da Poli-USP será transformado em um aeroporto cenográfico.

Ao chegar ao prédio do laboratório, os participantes dos ensaios aguardarão em espaço semelhante ao de uma sala de espera de um terminal aeroportuário o momento de embarcar em uma viagem, com duração prevista de três a quatro horas, em um simulador de voo.

Segundo do gênero no mundo – o primeiro está localizado na Alemanha –, o equipamento reproduzirá todas as características do interior da cabine de aeronaves – no caso, modelos 170 e 190 da Embraer.

Representará também as condições de um voo real, como pressão, temperatura, ruído e vibração, para que os pesquisadores possam analisar esses fatores em conjunto e as influências de um sobre os outros.

“O simulador terá som, iluminação, poltronas e o que mais há em um avião. A ideia é que, passado certo tempo, os participantes fiquem tão imersos no ambiente reproduzido pelo equipamento que esqueçam que estão participando de um teste e pensem que realmente estão viajando em um avião”, explicou Yanagihara.

Previsto para ser concluído no fim de 2011, o projeto deverá resultar em critérios que os engenheiros da Embraer poderão priorizar nos projetos das aeronaves fabricadas pela empresa, além de softwares que permitirão prever o comportamento dos passageiros de um avião em diferentes momentos da viagem.

Com base nessas ferramentas, a fabricante brasileira de aviões poderá elevar os níveis de conforto das cabines de suas aeronaves e garantir o bem-estar dos passageiros durante suas viagens. “Os resultados da pesquisa deverão ter impactos diretos no projeto de todas as aeronaves civis fabricadas daqui para frente pela Embraer”, afirmou Yanagihara.

Ineditismo

De acordo com o professor da Poli, o desenvolvimento dessas ferramentas de pesquisa é inédito no hemisfério Sul e bastante recente no cenário mundial da aviação civil, uma vez que só nos últimos anos o conforto passou a ser uma prioridade nos projetos de aeronaves comerciais.

Nas décadas de 1950 e 1960, segundo ele, a principal preocupação no desenvolvimento de um modelo de avião era garantir a segurança. Em função disso, as primeiras aeronaves eram bastante desconfortáveis.

Já nas décadas seguintes, depois de o problema da segurança ser em grande parte solucionado, o foco passou a ser a economicidade das aeronaves. E só nos últimos cinco a dez anos o aspecto do conforto passou a ser considerado mais relevante.

“O atributo do conforto passou a ser reconhecido como um importante diferencial no mercado de aviação civil, e essa é a razão pela qual as grandes fabricantes do setor estão investindo nesse aspecto em seus projetos”, apontou Yanagihara.

Para sair na frente nessa corrida, empresas como Airbus e Boeing iniciaram pesquisas na área internamente ou por meio de consórcios, que contam com a participação de universidades e instituições de pesquisa europeias e norte-americanas. A partir de 2006, foram iniciadas discussões entre a Embraer e as universidades que resultaram no presente projeto de pesquisa.

Segundo Yanagihara, uma das principais diferenças apresentadas pela pesquisa que está sendo realizada em parceria com a empresa brasileira em relação às conduzidas por outros fabricantes de avião está no porte dos aviões analisados.

A pesquisa está centrada em modelos de aviões menores, com os quais a Embraer se notabilizou no mercado internacional. Já os trabalhos feitos pela Boeing e Airbus estão relacionados a aviões de grande porte.

Em função dessa diferença, os resultados já começaram a chamar a atenção de cientistas estrangeiros, que realizam ensaios com aviões de grande porte.

“Certamente, várias observações que faremos durante a pesquisa serão inéditas, por estarmos trabalhando com aviões de menor porte, de apenas quatro passageiros por fileira, que voam a distâncias mais curtas e cujas características de vibração, ruído e pressão são diferentes das de aeronaves com fuselagens maiores”, comparou o cientista.

Decisões excludentes

Uma das constatações dos testes já realizados é que o nível de ruído dos aviões – produzido, entre outras fontes, pelas turbinas – é bastante alto. Por outro lado, para o passageiro é importante ouvir o ruído, por ser uma comprovação de que a aeronave está voando e de que suas turbinas estão funcionando.

“Se o passageiro não ouvir o ruído da turbina em uma aeronave, isso poderá causar muita apreensão. De qualquer forma, o ruído proveniente da turbina é mais difícil de ser mitigado e é de responsabilidade do fabricante do equipamento. Por outro lado, existem fontes importantes de ruído, como os sistemas ambientais, que têm sido objeto de maior atenção. É preciso levar em consideração todas essas questões no desenvolvimento de um projeto”, ressaltou Yanagihara.

Já em relação ao conforto térmico, segundo o pesquisador, é desejável que a umidade da cabine de uma aeronave não seja muito baixa. Mas, normalmente, todos os aviões trabalham com baixa umidade, em torno de 15%.

Se essa taxa for aumentada um pouco mais, o vapor d’água do ar se condensaria próximo à parede metálica da cabine da aeronave, que fica em contato com o ar frio externo, e ficaria aprisionado no material isolante do avião, aumentando seu peso em até 500 quilos, no caso de aviões de grande porte.

“Isso é algo que precisa ser analisado, se vale a pena ou não mudar em um projeto de aeronave. E é uma decisão que a Embraer poderá tomar de modo mais assertivo a partir dos resultados dessa pesquisa”, disse.

Os interessados em participar da pesquisa podem se cadastrar em www.lete.poli.usp.br/confortodecabine/inicio.html.

Leia também material produzido pela Agecom:
Especial Pesquisa: UFSC desenvolve projeto para reduzir vibrações e ruídos em aeronaves


Tags: acústica de aeronavesembraerpesquisa

Especial Pesquisa: Estudo busca alternativa para tratar tuberculose de forma mais rápida e menos tóxica

04/02/2011 10:02

A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo. O Relatório para o Dia Mundial da Tuberculose, divulgado em  2010, alerta que 9,4 milhões de pessoas tinham a doença em 2008. No Brasil, 73 mil casos foram notificados no mesmo ano. Os medicamentos podem ser adquiridos de forma gratuita no país, porém os cerca de seis meses de cuidados, além dos efeitos colaterais causados pela medicação, faz com que muitas pessoas interrompam o tratamento. Uma pesquisa realizada na UFSC desde 2007 estuda uma nova maneira de tratar a tuberculose e pode reduzir o quadro de desistência durante esse processo.

Os estudos se concentram em uma das enzimas que a Mycobaterium tuberculosis libera dentro da célula humana, chamada de PtpA. Sem a liberação dessa enzima, a bactéria que causa a doença não consegue se desenvolver no corpo humano e acaba morrendo. Enquanto a maioria das pesquisas estuda novos antibióticos para matar a bactéria, um grupo da UFSC preocupou-se em encontrar e estudar compostos químicos que atuam como inibidores da enzima PtpA.

“Os antibióticos usados atualmente no combate à doença são tóxicos e o tratamento com eles muito longo. Vimos nos inibidores um potencial tratamento para a tuberculose”, explica o professor do Departamento de Bioquímica da UFSC e coordenador do Centro de Biologia Molecular Estrutural (Cebime), Hernán Terenzi. O trabalho é desenvolvido em colaboração com os professores Rosendo Yunes e Ricardo Nunes (Departamento de Química da UFSC), Javier Vernal (Cebime), pós-doutorandos, alunos de doutorado, mestrado e iniciação científica. Já foram testados mais de 200 potenciais inibidores.

Publicação internacional

Realizados a partir da técnica de ensaio in vitro, os experimentos indicam que cinco inibidores reagiram muito bem quando em contato com a enzima liberada por Mycobacterium tuberculosis. Em 2008, os resultados sobre os mais apropriados foram divulgados na revista científica Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters. Mas o melhor ainda estava por vir.

Em 2009, a equipe composta por profissionais das áreas de Bioquímica e Química da UFSC entrou em contato com o pesquisador Yossef Av-Gay, do Canadá. Conhecido internacionalmente por suas pesquisas sobre o bacilo que causa a tuberculose, Av-Gay havia descoberto onde e como a enzima PtpA atua nos macrófagos, um tipo de célula que defende o corpo humano de organismos estranhos.

O contato entre os pesquisadores foi promissor. Pela primeira vez foram estudados inibidores para a PtpA e o professor canadense se interessou pela parceria. Yossef Av-Gay cultivava em laboratório os macrófagos e testou a reação deles com os inibidores indicados pelos brasileiros. A cooperação foi uma alternativa às condições de testes no Brasil.

A segunda etapa de experimentos rendeu outro artigo, publicado em abril de 2010 na revista Bioorganic & Medicinal Chemistry Os estudos focaram a produção de um modelo para a estrutura da enzima em contato com os inibidores, a fim de entender como o inibidor reage quimicamente com essa proteína liberada pela bactéria. O artigo também aborda o tempo de reação desses compostos químicos. O inibidor mais eficiente no combate ao bacilo matou, em três dias, quase a totalidade das bactérias nos macrófagos humanos.

Agora, o grupo está analisando detalhadamente a ligação entre inibidor e enzima para estudar mais a fundo suas interações. No artigo a equipe destaca os resultados positivos, que podem beneficiar, no futuro, o mundo inteiro: “Esses inibidores são facilmente obtidos, a baixo custo, têm estrutura simples e podem representar um potencial terapêutico no combate a tuberculose”, comemora o professor Terenzi.

Mais informações com o professor Hernán Terenzi, e-mail: hterenzi@ccb.ufsc.br / (48) 3721-9589

Por Cláudia Mebs / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: pesquisatuberculose

Finep lança chamada com R$ 360 milhões para infraestrutura de pesquisa

04/01/2011 17:32

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) lançou no final de dezembro de 2010 uma chamada pública (www.finep.gov.br//fundos_setoriais/ct_infra/editais/CHAMADA%20P%C3%9ABLICA%20MCT%20FINEP%20CT-INFRA%20-%20PROINFRA%20-%2002%202010.pdf) com R$ 360 milhões voltados para projetos de implantação, modernização e recuperação de infraestrutura física de pesquisa em instituições públicas de ensino superior e pesquisa. A chamada denominada MCT/Finep/CT-Infra/Proinfra – 01/2010 conta com recursos não reembolsaáveis (que não precisam ser devolvidos) originários do FNDCT – Fundo Setorial CT-Infra.
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Centro de Ciências Biológicas homenageia João Batista Calixto com Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos

26/11/2010 08:01

O professor do Departamento de Farmacologia será homenageado no dia 16 de dezembro

No final da década de 1960, quando a Faculdade de Medicina do Estado de Santa Catarina foi integrada à Universidade Federal de Santa Catarina, a Farmacologia se tornou uma disciplina vinculada ao Departamento de Patologia. Na década de 1970, os esforços para fazer crescer a UFSC, instalada há poucos anos, levaram à implantação da Coordenadoria  de Farmacologia. Com o objetivo de qualificar o ensino e com a visão sobre a importância de incentivar a pesquisa nesse campo, o então reitor, professor Carpar Erich Stemmer, buscou em outros estados professores que o ajudassem.

O biólogo João Batista Calixto estava em São Paulo, concluindo seu mestrado em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo (Escola Paulista de Medicina, atualmente Unifesp) e foi convidado para fazer parte dessa história. Ele nem conhecia Florianópolis. “Na época poucos aviões vinham para a cidade ainda bem pequena. Foi ai que descobri que Florianópolis era uma ilha e achei muito interessante”, lembra.

Era um desafio para o recém-mestre que via outras oportunidades. Mas a opção foi por Santa Catarina, onde foi acolhido e contratado como professor visitante da UFSC. Um ano depois fez concurso e passou a integrar uma equipe que hoje é responsável por um dos melhores cursos de Pós-Graduação em Farmacologia do país, conceito máximo 7 na avaliação Trienal 2010 da Capes (nota seis, também de excelência, desde 2000). Sua perseverança e dedicação foram fundamentais nesta trajetória que serão homenageadas no dia 16 de dezembro com o Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos, às 11 horas, na Sala 13 do Departamento de Farmacologia, Bloco D da Ala Nova do Centro de Ciências Biológicas (CCB).

Destaque na bibliografia internacional
Nascido em Coromandel, município do estado de Minas Gerais, João Batista Calixto graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília (UnB), em 1973. Em 1976 tornou-se mestre em Farmacologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em 1984 defendeu o doutorado em Farmacologia na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP). Tem registrados em seu longo currículo Lattes mais de 300 artigos publicados em revistas especializadas de nível internacional.

O professor é um dos pesquisadores brasileiros mais citados na bibliografia internacional (mais de seis mil citações), um dos mais respeitados currículos da área médico-científica no país. É uma autoridade no estudo de princípios ativos de plantas, na pesquisa básica sobre dor e inflamação e sistema cardiovascular. É responsável pela formação de recursos humanos de alto nível: já orientou 35 dissertações, 24 teses e 18 pós-doutorandos, além de dezenas de alunos de iniciação científica.

O professor foi por duas vezes presidente da Sociedade Brasileira de Farmacologia Terapêutica Experimental, coordenador da área de Ciências Biológicas II da Capes e, também por duas vezes, membro do comitê assessor do CNPq. É atualmente editor de duas revistas internacionais, faz parte do corpo editorial de várias revistas científicas internacionais e participa como consultor de dezenas de revistas científicas.

Pesquisa com a indústria
Referência na pesquisa colaborativa com a indústria farmacêutica, coordenou a produção do primeiro medicamento totalmente produzido no país. O antiinflamatório Acheflan foi desenvolvido em parceria com os Laboratórios Aché, a partir dos princípios ativos da planta erva-baleeira, também conhecida como maria-milagrosa.

“Todo medicamento de hoje já foi pesquisa básica no passado”, faz questão de lembrar o professor. Pesquisador nível IA do CNPq, membro da Academia Brasileira de Ciências, tem documentados em seu currículo registros de 18 patentes e o desenvolvimento de outros dois produtos que estão no mercado, além do antiinflamatório Acheflan: o Cronos Flavonoide de Passiflora (creme antirrugas desenvolvido em parceria com a Natura) e o Sintocalmy (fitomedicamento indicado para controle da ansiedade, tensão e distúrbios do sono). Outros produtos investigados por seu grupo de pesquisa estão em fase de testes clínicos e deverão chegar ao mercado nos próximos anos.

Pesquisador reconhecido na academia e no setor produtivo, João Batista Calixto coordena a implantação no Sapiens Parque, em Florianópolis, do Centro de Referência em Farmacologia Pré-Clínica. Construído com recursos do Ministério da Saúde e do Ministério da Ciência e Tecnologia e do governo do Estado de Santa Catarina, o Centro vai abrigar também a pesquisa básica, mas deve ser principalmente dedicado à na busca de inovações, estimulando a integração entre a indústria e a academia.

“O desenvolvimento de uma política nacional que possibilite o crescimento e a estruturação da cadeia produtiva no setor de fármacos e medicamentos é de fundamental importância para o Brasil, não somente em termos financeiros, mas por se tratar de uma área de extrema relevância para a soberania nacional”, defende o pesquisador que com seu trabalho incansável colaborou para que a Universidade Federal de Santa Catarina “atravessasse” a ponte da Ilha de Santa Catarina e se tornasse nacional e internacionalmente reconhecida na área de Farmacologia.

O Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos será entregue ao professor a partir de 11h do dia 16 de dezembro. O local ainda não foi definido.

Mais informações com professor Calixto: calixto@farmaco.ufsc.br / (48) 3721-9491, ramal 229

Mais informações sobre o Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 50 Anos:

Professor Jorge Mário Campagnolo – Diretor de Projetos de Pesquisa
Fone: (48) 3721-9437
E-mail: campagnolo@reitoria.ufsc.br

Professor Ricardo Rüther – Diretor do Núcleo de Apoio e Acompanhamento
Fone: (48) 3721-9846
E-mail: ruther@reitoria.ufsc.br

Saiba Mais:

Veja o professor na série Eu Faço Parte dessa História

Homenagens já recebidas pelo professor João Batista Calixto:

2010 – Prêmio Gaspar Stemmer de Inovação, categoria protagonista da Inovação (primeiro lugar), conferido pelo governo do Estado de Santa Catarina, FAPESC.

2008 – Prêmio de Inovação Tecnológica Natura Campus, Natura.

2007 – Prêmio SCOPUS, SCOPUS/CAPES.

2007 – Young Investigators Award, International Association of Inflammation Societies (IAIS).

2006 – Membro da Comissão técnica de Medicamentos – CATEME – Resolução RDC no.24 de 10/02/06, ANVISA.

2006 – Premio FINEP de Inovação Tecnológica da Região Sul, 2006, FINEP.

2006 – Reconhecimento e homenagem de Centro de Ciências Biológicas – 30 anos, UFSC.

2005 – Membro do Comitê Gestor do Fundo de Biotecnologia, Ministério da Ciência e Tecnologia.

2003 – Prêmio “Jovem Investigador” Prof. Dr. José Ribeiro do Valle – 1o. colocado, XXXV Congresso Brasileiro de Farmacologia – SBFTE.

2002 – Prêmio José Ribeiro do Valle – segundo colocado, XXXIV Congresso Brasileiro de Farmacologia e Terapêutico Experimental – SBFTE.

2002 – Prêmio Mérito Universitário conferido pela Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal de Santa Catarina.

2002 – Classe de Comendador da Ordem, Ordem Nacional do Mérito Científico. Conferido pelo Presidente da República Fernando H. Cardoso.

2001 – Prêmio José Ribeiro do Valle – 2o. colocado, FESBE.

2000 – Prêmio José Ribeiro do Valle – 3o. colocado, XVI Latinamerican Congress of Pharmacology – ALF.

2000 – Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, Academia Brasileira de Ciências.

1999 – Prêmio José Ribeiro do Valle – 2o. colocado, XIV Reunião Anual da FESBE.

1998 – Prêmio José Ribeiro do Valle XIII – 1o colocado., XIII Reunião Anual da FESBE.

1998 – Prêmio José Ribeiro do Valle – 3o. colocado, XIII Reunião Anual da FESBE.

1998 – Prêmio José Ribeiro do Valle – 4o. colocado, XIII Reunião Anual da FESBE.

1979 – Prêmio Nacional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e Laboratório Parke-Davis -1º colocado., Brazilian Society of Anesthesiology.

1978 – Prêmio Nacional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e Laboratório Parke-Davis – 2º colocado., Brazilian Society of Anesthesiology.

Prêmio Destaque Pesquisador

É um reconhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina a docentes da instituição por suas contribuições para o avanço do conhecimento e formação de recursos humanos. A atividade faz parte da agenda de comemoração dos 50 anos da UFSC, tem promoção da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão e apoio da Agecom.

De março a dezembro, 11 professores, coordenadores de importantes estudos em suas áreas, representantes dos 11 centros da instituição, receberão a distinção. Professores homenageados até novembro:

– Raul Antelo (Centro de Comunicação e Expressão)
– Wagner Figueiredo (Centro de Ciências Físicas Matemáticas)
– Markus Vinícius Nahas (Centro de Desportos)
– Ivete Simionatto (Centro Sócio-Econômico)
– Luiz Fernando Scheibe (Centro de Filosofia e Ciências Humanas)
– Antônio Carlos Wolkmer (Centro Ciências Jurídicas)
– Jaime Fernando Ferreira (Centro de Ciências Agrárias)
– Alacoque Lorenzini Erdmann (Centro de Ciências da Saúde)
– Leda Scheibe (Centro de Ciênciasda Educação)

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

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Curso de Biônica envolve pesquisadores brasileiros e alemães

19/11/2010 12:11
Curso de Biônica

Abertura do cursofoi realizada no auditório do CSE

Foi realizada na manhã desta sexta-feira, dia 19, no auditório do Centro Sócio-Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina, a abertura do curso “Inspired by minds and nature? New ways to inventive creativity”, na área de Biônica. O curso prossegue até o dia 2 de dezembro, envolvendo 35 alunos de pós-graduação, cientistas e pesquisadores. A iniciativa é da UFSC e Universidade de Münster (WWU), da Alemanha, com apoio dos ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia alemães.

De acordo com o diretor executivo do Centro Brasileiro na Universidade de Münster, Ricardo Schuch, o objetivo do curso é “buscar ideias usando a natureza para o desenvolvimento de produtos técnicos”. A Biônica é definida como o estudo de seres vivos (plantas e animais) com o intuito de aplicar soluções existentes na natureza em sistemas e produtos. Além das aulas teóricas, os participantes vão explorar o meio natural de Santa Catarina, por meio de excursões. “Isso vai abrir a mente dos alunos para a criação de produtos a partir da natureza”, acredita Schuch.

A maioria dos participantes é catarinense, mas há também pessoas do Paraguai e Uruguai, além de cientistas e pesquisadores da Alemanha. O evento faz parte do Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação 2010/11, que se estende até abril do ano que vem e foi programado para reforçar uma parceria de mais de 40 anos entre os dois países no campo da ciência e pesquisa. Durante 12 meses, ocorrem conferências, workshops e exposições que buscam difundir soluções sustentáveis e inovadoras para os desafios dos dias atuais. A realização é do Bundesministerium für Bildung und Forschung e dos ministérios de Relações Exteriores e da Ciência e Tecnologia do Brasil.

Campo aberto – O professor Ricardo Schuch informa que a UFSC tem muito interesse em investir na Biônica como foco de pesquisa, o que facilitou a realização do curso em Florianópolis. Ele considera que o Brasil ainda está no estágio inicial da utilização da Biônica, ao contrário da Alemanha. “Aqui, essa atenção ainda precisa ser despertada”, afirma. Um dos presentes, professor Wilson Kindlein Júnior, coordenador do Departamento de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, informou que a instituição que representa já desenvolve pesquisas nesta área há vários anos.

Além de Ricardo Schuch, participaram da abertura do curso a pró-reitora de Pesquisa da UFSC, Débora Peres Menezes, o diretor da WWU, Wilhelm Bauhaus, e a representante da Fapesc, Sônia Laus. O coordenador do evento, Louis Roberto Westphal, não compareceu devido a problemas de saúde.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Foto: Paulo Roberto Noronha / Agecom

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Inscrições de trabalhos para o IX Encontro Nacional dos Pesquisadores do Ensino de História terminam em dezembro

19/11/2010 08:41

Prosseguem até o dia 13 de dezembro as inscrições de trabalhos para o IX Encontro Nacional dos Pesquisadores do Ensino de História. O evento será realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, entre os dias 18 e 20 de abril de 2011. O tema é América Latina em perspectiva: culturas, memórias e saberes. A nona edição é uma realização da Associação Brasileira de Ensino de História (ABEH) e da UFSC.

Serão aceitos trabalhos realizadas por estudantes, educadores, pesquisadores ou profissionais do Ensino de História, dentro dos 11 eixos temáticos propostos pela comissão organizadora. As inscrições e o envio devem ser feitos pela internet.

Pela primeira vez, o evento também apresenta uma proposta de atividade chamada Grupo de Pesquisa. Através da iniciativa, grupos, núcleos e integrantes de laboratórios podem trocar experiências, divulgar e debater estudos, relatórios científicos e vivências. Para estes encontros não há necessidade de inscrição.

Mais informações:  http://www.ixenpeh.ufsc.br/index.php / (48) 3721-8639, com a professora Maria de Fátima Sabino Dias, coordenadora do evento, ou com a professora Raquel Alvarenga Sena Venera, da comissão de comunicação do IX Enpeh

Por Claudia Mebs Nunes / Bolsista de Jornalista na Agecom

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