UFSC na mídia: professor da UFSC publica artigo sobre homenagem a Fritz Müller no Carnaval

02/04/2025 09:31

Desfile da Escola de Samba Consulado, de Florianópolis. Foto: Luana Gums/Reprodução

O professor Alberto Lindner do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou um artigo na revista Ciência & Cultura da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. O texto intitulado Quando a ciência encontra o samba! conta sobre a elaboração do enredo vencedor do Carnaval de Florianópolis de 2025. A Escola de Samba Consulado homenageou Fritz Müller (1822 – 1897), cientista alemão que viveu em Florianópolis (Desterro, na época) e estudou diversas espécies no litoral catarinense.

Alberto descreve desde o convite, feito pelo carnavalesco Raphael Soares no ano anterior, ao desfile, que participou em uma  alegoria com a frase: “Jamais negará a Ciência quem vê a verdade em cada evidência”. O professor admira a articulação entre arte e ciência, destacando o rigor científico e a beleza de todos os elementos que compuseram o desfile.

Leia o artigo completo no site da revista.

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Palestra nesta segunda-feira, dia 3, aborda pioneirismo de Fritz Müller

31/03/2023 08:28

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC promove, na segunda-feira, 3 de abril, a palestra “Fritz Müller: pioneiro da Ciência no Brasil”, às 16h30, no Campus de Florianópolis, Auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Edifício Fritz Müller, Bloco E, térreo. A palestra faz parte de uma série de seminários promovidos pelo PPGEco e é aberta à comunidade, sem a necessidade de inscrição prévia.

O seminário será com o professor Alberto Lindner, que irá apresentar algumas das pesquisas pioneiras de Müller, algumas delas citadas e discutidas por Darwin no livro “A Origem das Espécies”.

Sobre Fritz Müller

Nascido na Alemanha, Fritz Müller viveu a maior parte de sua vida em Santa Catarina, onde produziu diversos estudos científicos, com impacto mundial. Foi um dos colaboradores do britânico Charles Darwin, com quem trocou correspondência por 17 anos.

Müller é, até hoje, o autor brasileiro com maior número de publicações em revistas internacionais. Pesquisou a flora e a fauna catarinenses, com mais de 250 trabalhos sobre o tema, e foi o primeiro estudioso no mundo a testar as ideias de Darwin sobre a evolução das espécies pela seleção natural, na atual Florianópolis. Além disso, foi professor, agricultor e atuou na política. Observador, ele percebia desde pequenos detalhes até grandes relações entres os seres vivos, e fazia muitas perguntas. Caminhava muito – geralmente, descalço, para perceber melhor o ambiente. Era apaixonado pela natureza e pela ciência, e também tinha um lado criativo: escrevia poemas para educar suas filhas.

Foi chamado de “herói da ciência” por Ernst Haeckel, que criou o nome “ecologia”, e de “príncipe dos observadores” por Charles Darwin. Apesar de nunca terem se encontrado pessoalmente, Fritz Müller e Charles Darwin cultivaram uma longa amizade: Darwin dizia que eles tinham mentes parecidas e que sua opinião era uma das que mais valorizava. Segundo seu filho, Francis Darwin, entre os amigos com quem o pai correspondia, Fritz parecia ser seu predileto. A recíproca era verdadeira: Fritz o considerava um segundo pai.

A UFSC recebe, de 31 de março a 25 de abril, a exposição De Repente, Extraordinária!, que faz uma homenagem à história do estudioso e suas descobertas, destacando sua relação com Darwin. A TV UFSC também exibe, a partir de 31 de abril, o especial “Tour Ecológico para Escolares”. O objetivo é inspirar professores do Ensino Fundamental e médio a fazer saídas de campo com sua turma, incentivando a educação ambiental e a consciência ecológica.

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UFSC recebe exposição sobre a vida e a obra de Fritz Müller

30/03/2023 08:05

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove, de 31 de março a 25 de abril a exposição De Repente, Extraordiária!, uma mostra que evidencia a vida e obra de Fritz Müller e sua especial parceria com Charles Darwin. As obras a serem expostas oferecem a exuberância da natureza catarinense pelo olhar de Fritz, à luz das ideias de Darwin. A exposição estará no Hall da Reitoria, no Campus de Florianópolis, no bairro da Trindade, aberta diariamente, das 8 às 19h.

Durante a abertura, nesta sexta-feira, dia 31 de março, às 18h, haverá o lançamento dos livros “A Vida de Fritz Müller”, de Alfred Möller, e “O Reino das Aztecas”, de Maria Cristina Tonussi, com distribuição gratuita aos visitantes. A data da abertura também é o 201º aniversário do nascimento do naturalista.

>> Mais informações sobre a exposição De Repente, Extraordinária!

(mais…)

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Bicentenário Fritz Müller: TV UFSC estreia especial ‘Tour ecológico para escolares’

30/03/2023 08:04

A TV UFSC estreia, no aniversário do naturalista Fritz Müller, dia 31 de março, às 15h, o especial “Tour Ecológico para Escolares”. O objetivo é inspirar professores do ensino fundamental e médio a fazer saídas de campo com sua turma, incentivando a educação ambiental e a consciência ecológica.

No programa, os professores Alberto Lindner e Rogério Tonussi, juntamente com a escritora e ilustradora botânica Maria Cristina Tonussi, compartilham dicas e orientações sobre como organizar saídas de campo e aproveitar ao máximo essa oportunidade para aprender sobre a natureza e a ciência. A conversa é mediada pela produtora cultural Glória Weissheimer.

>> UFSC recebe exposição sobre a vida e a obra de Fritz Müller

O especial “Tour ecológico para escolares” faz parte das comemorações do bicentenário de Fritz Müller, cientista que nasceu na Alemanha em 1822 e migrou para o Brasil em 1852. Sua curiosidade nata, aliada a uma formação científica sólida, levaram Fritz Muller ao centro das inovações científicas de seu tempo, destacando-se como pesquisador e naturalista, além de excelente observador e professor. Foi parceiro de pesquisa de Charles Darwin e é, até hoje, o autor brasileiro com maior número de publicações em revistas internacionais.

Serviço

O quê: estreia do especial Bicentenário Fritz Müller: “Tour ecológico para escolares” (1h01, 2023)
Quando: sexta-feira, 31 de março de 2023, às 15h
Como assistir à TV UFSC: canal aberto digital 63.1, canal 15 da NET e Youtube

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Quando arte e ciência se encontram: mural de Fritz Müller é inaugurado no CCB

17/11/2022 16:59

Moldura do mural contém frases em alfabeto criado por Luiz Felipe (Foto: Camila Collato/Agecom UFSC)

Entre as paredes dos novos blocos do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no bairro Córrego Grande, em Florianópolis, um mural se destaca do fundo branco e chama a atenção de quem passa. Traços brancos de pincel em um fundo negro, que remetem à xilogravura ao mesmo tempo que agregam elementos da arte urbana com aplicações em spray, ganham toques cá e lá de vermelho sangue. A obra, uma homenagem a Fritz Müller, será inaugurada oficialmente nesta sexta-feira, 18 de novembro, às 16h10, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), como parte da Semana de Integração das Pós-Graduações do centro e também das comemorações do bicentenário do naturalista alemão.

Localizado num conjunto de edifícios que também leva o nome do cientista, que se fixou em Santa Catarina no século XIX, o mural concebido por Luiz Felipe Cordeiro Serigueli, artista que cursa o mestrado do Programa de Pós-graduação em Ecologia da UFSC, retrata não só a vida de Müller como a sua. “Eu uso o preto e branco para expressar a antagonia, a ambiguidade da vida. Talvez porque a minha seja sempre muito permeada por essa questão”, pondera entre risos, Luiz, de 25 anos, que se identifica como uma pessoa não binária. Nesse jogo de extremos, o vermelho surge como elemento de união. “Acho que o vermelho, como cor do sangue, da vida, passa essa sensação da de união e transgressão”, afirma. Para Luiz, a própria vida do naturalista foi marcada por dicotomias e contrastes, uma pessoa que não se integrava aos padrões da época.

Com seu cajado e de pés descalços: assim foi como Fritz Müller (1886) elaborou contribuições científicas que lhe renderam o título de “príncipe dos observadores”.

Este segundo mural foi inspirado nas referências estéticas do primeiro elaborado por Luiz Felipe, localizado na lateral do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, fruto de um concurso cultural sobre a obra literária Ulisses, do romancista irlandês James Joyce. A relação de artista com a vida e a obra de Fritz Müller começou com experiências com voluntariado nos eventos do bicentenário do cientista, em especial, na exposição que foi realizada na Beira-mar, em Florianópolis, em maio deste ano. Aos poucos, Luiz foi se familiarizando com os elementos da trajetória científica e pessoal de Müller, que se notabilizou para o grande público por suas contribuições à Teoria da Evolução de Charles Darwin.

O mural condensa um pouco dessa história, trazendo referências ao mimetismo mülleriano – muito lembrado pelos estudos com as borboletas – aos estudos de espécies marinhas da fauna local catarinense e também uma alusão às ilustrações botânicas de sua filha Rosa Müller, com quem possuía mais afinidade e compartilhava a paixão pela observação e pela pesquisa.

O professor e pesquisador da vida marinha, Alberto Lindner, foi o responsável pela articulação com a direção do CCB para viabilizar a obra e cuidou dos detalhes técnicos. “Muita gente acaba lembrando dos insetos e das plantas quando falamos no Fritz Müller, mas acabam deixando de lado essas contribuições que ele nos deu no litoral de Santa Catarina”, pondera. Depois da aprovação para pintar o local, a comunidade do CCB se mobilizou por meio de uma vaquinha coletiva para custear a obra.

A boa recepção da iniciativa por parte da comunidade do CCB já faz com que tanto o professor, quanto Luiz visualizem novos projetos semelhantes no local. Nada mais adequado ao lema da própria universidade: ars et scientia.

 

 

Camila Collato/Agecom UFSC

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EdUFSC disponibiliza e-book ‘Para Darwin’, de Fritz Müller, com acesso livre e gratuito

20/06/2022 09:32

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) disponibilizou em sua estante aberta o e-book gratuito Para Darwin, de Fritz Müller. A obra, com acréscimos do autor (Facts and arguments for Darwin, 1869) e traduzido do alemão (1864) por Luiz Roberto Fontes e Stefano Hagen, está acessível neste link.

O livro de Fritz Müller, Für Darwin, foi elaborado na então Desterro (atual Florianópolis) e publicado no formato de brochura em Leipzig, na Alemanha, em 1864. Com um conjunto de observações sobre crustáceos, incluindo morfologia, fisiologia, ecologia, ontogenia e embriologia, foi pioneiro na comprovação factual da Teoria Evolutiva apresentada em 1859 pelo inglês.

Für Darwin foi tão importante para a consolidação da Teoria Evolutiva que o próprio Charles Darwin solicitou ao autor a permissão de traduzir a obra para o inglês e publicá-la em Londres, em 1869, em segunda edição atualizada e com capa dura, sob o título Facts and arguments for Darwin.

Essa nova edição foi financiada pelo naturalista inglês, que, de 1865 até sua morte, em 1882, correspondeu-se amistosamente com Fritz Müller, naturalista teuto-brasileiro e amigo com quem Darwin compartilhava informações, a quem confiava observações e experimentos de campo, de quem recebia apoio nos caminhos da Evolução das Espécies e a quem designou o Príncipe dos Observadores da natureza.

Tags: Charles DarwinEditora da UFSCEdUFSCFritz MüllerPara DarwinUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Exposição e tour guiado apresentam vida e pesquisas de Fritz Müller na Av. Beira-Mar

20/05/2022 15:16

Tour científico visita a Praia de Fora. Foto: divulgação

Interessados em ciência, história, biologia e evolução têm até 29 de maio para visitar a exposição De repente extraordinária!, sobre o naturalista Fritz Müller, no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte. Aos sábados e domingos, das 10h às 17h, professores e alunos da UFSC guiam os visitantes por um canteiro com plantas estudadas pelo cientista, como a embaúba, orquídeas e bromélias. Em uma tenda, ficam dispostas plantas, abelhas e outros organismos investigados por Müller, incluindo modelos de larvas e insetos. O público também tem a oportunidade observar um pequeno crustáceo, Elpidium bromeliarum, no microscópio. Além disso, diariamente, cartazes apresentam aspectos da vida e da obra de Fritz Müller e de sua amizade com Charles Darwin. 

Crustáceo Elpidium bromeliarum pode ser observado no microscópio. Foto: divulgação

Outra atividade desenvolvida pela equipe da UFSC é um tour científico com cerca de 1h30 de duração. No passeio, é visitada a Praia de Fora, uma faixa de areia próxima ao trapiche da Beira-Mar. Foi lá que Fritz Müller realizou suas pesquisas com animais marinhos no Brasil, citadas por Charles Darwin no livro A origem das espécies a partir da quarta edição da obra. São apresentadas, ainda, plantas que vivem hoje na região e curiosidades e informações sobre a história e a vida de Fritz Müller. Os tours acontecem aos sábados e domingos, às 15h, e os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente.

Com curadoria de Paula Gargioni e produção de Glória Weissheimer, a mostra é uma iniciativa do grupo Desterro Fritz Müller 200 anos, em comemoração aos 200 anos de nascimento do naturalista. De 1856 a 1867, o pesquisador viveu em Florianópolis, na Praia de Fora, onde hoje fica a Avenida Beira-Mar Norte. Ali, realizou pesquisas pioneiras em Ecologia, Evolução e Biologia Marinha no Brasil.

Mais informações no Instagram (@fritzmuller200anos) e no site derepenteextraordinaria.com.br, onde também é possível apreciar sons da Mata Atlântica, cedidos pelo Laboratório de Ornitologia e Bioacústica Catarinense (Laboac) da UFSC.

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SBPC leva ao Congresso Nacional exposição “Fritz Müller 200 anos”

31/03/2022 15:00

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em parceria com o Grupo Desterro Fritz Müller – Charles Darwin 200 anos, leva ao Congresso Nacional, em Brasília, a exposição “Fritz Müller 200 anos”. A mostra ficará em exibição de 4 de abril a 2 de maio no Espaço Cultural Ivandro Cunha Lima, localizado no corredor do Anexo I do Congresso Nacional.

A exposição contará a história de Johann Friedrich Theodor Müller, que nasceu na Alemanha, no dia 31 de março de 1822. Atuou na revolução alemã de 1848, tanto que se inscreveu no Partido Democrático, tornando-se um militante. Em 1852, imigra para o Brasil, juntamente com uma leva de descontentes com a Revolução de 1848.

Colono e lavrador no Vale do Itajaí (atual Blumenau), Fritz Müller foi um grande naturalista e, também, professor de matemática e ciências naturais na educação básica. Em 1864, publicou o livro “Für Darwin”, na Alemanha, cinco anos após o britânico publicar “A origem das espécies”. O livro impressionou tanto Darwin, que ele mesmo pagou a tradução do alemão e a publicação da obra em inglês sob o título “Facts and Arguments for Darwin”. Os dois mantiveram uma intensa correspondência e amizade até a morte de Darwin, em 1882. Fritz Müller é o terceiro cientista mais citado em “A origem das espécies” e publicou cerca de três centenas de artigos científicos, grande parte deles em periódicos internacionais, como a Nature.

Mário Steindel, professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), afirma que a mostra é uma ótima oportunidade para conhecer esse grande naturalista teuto-brasileiro. “Ele fez contribuições importantes para comprovar a teoria de Darwin”, comenta Steindel, que também é coordenador científico do Grupo Desterro Fritz Müller – Charles Darwin 200 anos.

Steindel lembra que Fritz Müller imigrou da Alemanha para Santa Catarina (Blumenau) em 1852, aos 30 anos de idade e viveu entre Blumenau e Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), até sua morte em 1897, sem jamais ter retornado à Alemanha. “Em Desterro foi professor de Matemática e Ciências do ensino secundário no Liceu Provincial. Sua paixão sempre foi a História Natural a qual permaneceu fiel por toda a vida. Seu legado é imenso, iniciando-se pelo embasamento empírico da Teoria da Evolução por meio da Seleção Natural de Charles Darwin, fornecendo evidências decisivas em favor dessa Teoria, a partir de seu livro Für Darwin (Para Darwin) redigido em Desterro e publicado em 1864 na Alemanha. Ele foi um dos primeiros apoiadores explícitos da Teoria da Evolução, prestando inúmeras evidências observacionais e experimentais no campo da zoologia e da botânica em favor da nova Teoria”, explica.

O coordenador científico do Grupo Desterro Fritz Müller – Charles Darwin 200 anos cita ainda que Fritz Müller deixou 264 escritos científicos em diferentes línguas (inglês, alemão e português), projetando o nome de Santa Catarina e do Brasil para toda a Europa. “Sua reconhecida grandeza reflete-se na distinção a ele conferida por Charles Darwin que o tratava por ‘Príncipe dos Observadores'”, comenta.

Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC, também concorda que a exposição é uma maneira de fazer Fritz Müller ser conhecido por ele ter tido uma vida extraordinária e ter contribuído para a educação e a ciência brasileira. “Ele era contra o Estado absolutista, contra o poder ditatorial. Em Santa Catarina foi professor, fez pesquisa científica, equipou laboratórios e foi perseguido por parte de comerciantes e políticos locais que eram contra um colégio laico. Ele foi um homem importante para a educação e a ciência no Brasil. Por isso, recordar os 200 anos de seu nascimento é uma maneira de reviver seu legado”.

Cláudia Linhares Sales, secretária-geral da SBPC, afirma que o percurso científico da exposição sobre Fritz Müller no Brasil está totalmente compreendido na história da ciência brasileira dos últimos 200 anos, trazendo acontecimentos entre os mais memoráveis do período. “Por isso, a SBPC, que aproveita a efeméride do Bicentenário da Independência para apresentar a história da ciência brasileira nesse período, tem dado todo o apoio às comemorações dos 200 anos de nascimento de Fritz Müller, com destaque para a sua pesquisa feita em solo nacional”, explica.

Linhares Sales explica ainda que a exposição é uma das ações planejadas pela SBPC em homenagem a Fritz Müller, já que a entidade realizou na terça-feira (29) um lançamento virtual de um E-book sobre o naturalista, além de levar a mostra como parte das atividades da 74ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada em julho na Universidade de Brasília (UnB).

A exposição tem projeto expográfico e execução da Entrequadra Novas Mídias e projeto artístico de Luiz Bernardes.

Serviço:
Exposição “Fritz Müller 200 Anos”
Local: Espaço Cultural Ivandro Cunha Lima – Corredor do Anexo I do Congresso Nacional
Data: de 4 de abril a 2 de maio de 2022

Tags: congressoEsposiçãoFritz MüllerGrupo Fritz Müller- DesterroSBPCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Grupo coordenado por professor da UFSC lança obra ‘Fritz Müller 200 anos’

25/03/2022 18:57

O Grupo Desterro Fritz Müller – Charles Darwin 200 anos lança na próxima terça-feira, 29 de março, a segunda edição do e-book Fritz Müller 200 anos: legado que ultrapassa fronteiras. A obra é resultado de sete webinários organizados pelo grupo em 2020 para professores da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina, que contaram com cerca de 700 participantes. O lançamento, coordenado pelo professor Mário Steindel, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), terá transmissão pelo canal da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no YouTube, a partir das 19h.

Os seminários virtuais contaram com a colaboração de estudiosos, pesquisadores e professores das áreas das ciências naturais, educação, divulgação científica, arte e patrimônio cultural do estado de Santa Catarina e do país. As discussões serviram de base para elaboração de um livro eletrônico, como material de apoio pedagógico para a educação básica, condensando em um único suporte conteúdos que podem ser adaptados para diferentes níveis de ensino.

O livro é a materialização de trabalhos relacionados ao bicentenário de nascimento de Johann Friedrich Theodor Müller, que nasceu na Alemanha, no dia 31 de março de 1822, e chegou ao Brasil em 1852. Colono e lavrador no Vale do Itajaí, região onde atualmente está localizado o município de Blumenau, Fritz Müller foi um grande naturalista e, também, professor de matemática e ciências naturais na educação básica.

Poster 2015, Projeto “Nosso Fritz Müller”

Em 1864, publicou o livro Für Darwin, na Alemanha, cinco anos após o britânico publicar A origem das espécies. O livro impressionou tanto Darwin, que ele mesmo pagou a tradução do alemão e a publicação da obra em inglês sob o título Facts and Arguments for Darwin. Os dois mantiveram uma intensa correspondência e amizade até a morte de Darwin, em 1882. Fritz Müller é o terceiro cientista mais citado em A origem das espécies e publicou cerca de três centenas de artigos científicos, grande parte deles em periódicos internacionais, como a Nature.

Além da coordenação do professor Mário Steindel, docente do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC e coordenador científico do Grupo Desterro Fritz Müller – Charles Darwin 200 anos, o evento contará ainda com a participação de: Alberto Lindner, professor da UFSC; Ana Maria Ludwig Moraes, membro do Instituto Histórico de Blumenau; Carlos Rogerio Tonussi, professor associado da UFSC; Dolores Carolina Tomaselli, ex-presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC); Ildeu de Castro Moreira, professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente de honra da SBPC; Klaus Hartmann Hartfelder, professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP); Lauro Eduardo Bacca, professor do quadro do Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB); Luis Roberto Fontes, médico legista do Instituto Médico-Legal de São Paulo (IML-SP); Marcondes Marchetti, do Grupo Desterro Fritz Müller-Charles Darwin 200 anos; Maria Cristina Tonussi, a ilustradora botânica e de fauna e estudante da UFSC; e Maria da Gloria Weissheimer, membro do Grupo Desterro Fritz Müller-Charles Darwin 200 anos.

> Serviço:
O quê: Lançamento do e-book “Fritz Müller 200 anos: legado que ultrapassa fronteiras”
Data: 29 de março, das 19h às 20h30
Onde: Canal da SBPC no YouTube

Tags: Fritz MüllerSociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC na mídia: telejornal relembra história inusitada com microscópio de Fritz Müller

18/03/2022 13:56

Veja a notícia

Um microscópio que viajou da Europa ao Brasil, ajudou o naturalista Fritz Müller a fazer ciência de ponta, foi para Blumenau e passou até por um episódio de roubo foi tema de uma notícia veiculada no Bom dia Santa Catarina, da NSC TV, na manhã desta sexta-feira, 18 de março. O repórter Felipe Sales narrou o episódio, resgatado pelo professor da UFSC Mário Steindel, e destacou que o equipamento estará presente em uma exposição que ocorrerá no  Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis. A exposição 200 anos de Fritz Müller – O Príncipe dos Observadores será aberta no dia 31 de março e é uma promoção do grupo Desterro Fritz Müller Darwin 200 Anos.

A notícia narrou episódios descritos pelo pesquisador da UFSC, que escreveu um texto intitulado A Saga do Microscópio Schiek, relatando como o equipamento utilizado para realizar estudos em favor da comprovação da teoria de Charles Darwin chegou até suas mãos. O primeiro passo foi dado pelo amigo de Müller, Max Schultze, que remeteu o microscópio da Alemanha.

Quando Müller faleceu, em 1897, sua filha ficou com o material, que permaneceu entre os descendentes e foi doado por um tataraneto do cientista para o Museu de Ecologia Fritz Müller, situado em Blumenau. Pouco depois, uma reviravolta quase deu fim ao equipamento: o microscópio foi roubado. “O ladrão entrou em contato com o então diretor de patrimônio histórico de Blumenau, na época, exigindo uma recompensa com ameaça de jogar o microscópio no rio Itajaí”. Por mil dólares, o resgate foi feito e a peça voltou às mãos dos familiares de Müller.

O professor conta que não conhecia a história do microscópio – além desse, Fritz Müller usava um outro, de dissecção – e que foi graças a um amigo que conseguiu localizá-lo, no Litoral Norte de Santa Catarina. “Esta rara peça de uso pessoal do cientista, agora localizada, após as comemorações será doada novamente ao Museu Ecológico Fritz Müller, mediante garantias à sua integridade”.

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Professor da UFSC resgata microscópio de Fritz Müller para celebrar cientista

14/03/2022 09:00

Foto: Daiane Mayer/Agecom/UFSC

Uma viagem no tempo para 1856 nos faria encontrar o cientista Fritz Müller à beira-mar, em Florianópolis, buscando crustáceos para estudar o que, alguns anos mais tarde, seria uma comprovação da teoria da evolução de Charles Darwin. Munido do seu microscópio Schiek, ele conseguia visualizar as espécies aumentando-as entre 150 e 180 vezes, número irrisório, hoje, para os grandes feitos que desempenhou. Naquela época, ele era professor do Liceu Provincial, mas em 1861, o contato com o recém-publicado livro A Origem das Espécies, de Darwin, provocaria uma verdadeira revolução.

A peça histórica que ajudou Fritz Müller a produzir algo revolucionário está ao alcance das nossas mãos – o professor da UFSC, Mário Steindel, estudioso e divulgador do legado do naturalista, resgatou parte de uma história que envolve, inclusive, episódios recentes de sumiço e roubo. O equipamento vai integrar, com painéis e outros objetos, a exposição 200 anos de Fritz Müller – O Príncipe dos Observadores, no Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis, que será aberta no dia 31 de março.

Desde 2005, o professor e pesquisador se dedica a conhecer e a espalhar o legado de um dos principais nomes da Biologia no mundo do século XIX. Para se ter uma ideia, conforme Steindel, Müller, mesmo desenvolvendo a maior parte de sua produção intelectual longe dos principais centros científicos daquela época, foi citado 91 vezes nas obras de Darwin. A produção de ambos é considerada um marco, uma verdadeira revolução para a história da ciência.

Em Florianópolis, há pelo menos três anos um grupo intitulado  Desterro Fritz Müller Darwin 200 Anos se dedica a resgatar parte dessa história – dentre elas, a do microscópio que fez longa viagem da Europa ao Brasil quando Müller pediu que seu amigo Max Schultze o enviasse para que desenvolvesse aqui seus estudos. “Sabemos que em 1844 Fritz Müller ganhou de seu professor Johannes Müller um microscópio para realizar estudos sobre o desenvolvimento embriológico de sanguessugas na Universidade de Berlim, mas não sabemos se é esse, que estará na exposição, ou um outro”, destaca o professor.

Mas o que se sabe desse microscópio já rende uma saga. Por isso, o próprio pesquisador escreveu um texto intitulado A Saga do Microscópio Schiek que pertenceu a Fritz Müller, relatando como o equipamento utilizado para realizar estudos em favor da comprovação da teoria de Darwin chegou até suas mãos. O primeiro passo foi dado pelo amigo de Müller, Max Schultze, que remeteu o microscópio da Alemanha.

“Fato é que com esse equipamento simples Fritz realizou estudos bastante detalhados de morfologia e embriologia de crustáceos marinhos que culminaram na sua obra mestra, o livro Für Darwin, publicado em 1864 em Leipzig, considerado como uma das primeiras provas factuais de apoio a recente teoria da Evolução de Charles Darwin publicada em 1859″, relata, no texto, o professor.

Quando Müller faleceu, em 1897, sua filha ficou com o material, que permaneceu entre os descendentes e foi doado por um tataraneto do cientista para o Museu de Ecologia Fritz Müller, situado em Blumenau. Pouco depois, uma reviravolta quase deu fim ao equipamento: o microscópio foi roubado. “O ladrão entrou em contato com o então diretor de patrimônio histórico de Blumenau, na época, exigindo uma recompensa com ameaça de jogar o microscópio no rio Itajaí”. Por mil dólares, o resgate foi feito e a peça voltou às mãos dos familiares de Müller.

O professor conta que não conhecia a história do microscópio – além desse, Fritz Muller usava um outro, de dissecção – e que foi graças a um amigo que conseguiu localizá-lo, no Litoral Norte de Santa Catarina. “Esta rara peça de uso pessoal do cientista, agora localizada, após as comemorações será doada novamente ao Museu Ecológico Fritz Müller, mediante garantias à sua integridade”.

Estátua, jardim à beira-mar e celebrações

Se depender do Grupo Desterro Fritz Müller Darwin 200 Anos, coordenado por Marcondes Marchetti e sob coordenação científica do professor Mário Steindel, a memória do imigrante alemão que usou a então Praia de Fora (hoje Beira-Mar Norte) para produzir uma ciência revolucionária será devidamente celebrada. Além da exposição no Cruz e Sousa, ações itinerantes e com monitores ocorrerão a céu aberto, a partir de 2 de abril, onde Muller coletava os seres vivos para estudá-los. A exposição De Repente Extraordinária terá um pequeno jardim com plantas estudadas por Müller, além de várias atividades lúdicas para comemoração do legado do naturalista, sempre na Beira-Mar.

Um simpósio acadêmico em Florianópolis e outro em Blumenau, agendados para junho deste ano, também servirão para resgatar o legado do cientista, que ainda pode ser homenageado com uma estátua e que deve ter aprovado um ano com o seu nome como parte das homenagens. Steindel faz questão de lembrar que o alemão naturalizado brasileiro foi um dos homens mais brilhantes do seu tempo. “O que ele fazia era muito importante. Com o microscópio que temos na exposição ele foi capaz de conduzir estudos muito aprofundados, fundamentais para a consolidação da teoria da evolução de Darwin”, finaliza.

Outro objeto que estará presente nas comemorações é a réplica de um álbum-homenagem que um grupo de cientistas europeus enviou a Fritz Müller, por ocasião de seu aniversário de 70 anos, para reconhecer a relevância das suas descobertas. O original, com fotografia e assinatura de grandes nomes da ciência à época, está na Alemanha, mas os catarinenses terão a chance de conhecê-lo, assim como o viajante microscópio que é uma das provas mais palpáveis da genialidade do cientista.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Grupo realiza evento em homenagem ao cientista Fritz Muller

19/10/2020 10:54

O Grupo Desterro Fritz Müller promove no dia 22 de outubro (quinta- feira), às 19h30, pelo seu canal no Youtube o evento “Conversando sobre Fritz Müller”. A live faz parte do ciclo de divulgações do projeto Fritz Müller 200, que promoveu sete webinars sobre a vida, obra e legado científico do cientista alemão naturalizado no Brasil.

“Conversando sobre Fritz Müller” será dividido em três momentos: roda de conversa e entrevistas com palestrantes, abertura da exposição Fritz Müller: legado que ultrapassa fronteiras e apresentação do e-book, resultado de todas as palestras que ocorreram nos webinars.

O Grupo Desterro Fritz Müller/Charles Darwin é uma parceria de instituições como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), Instituto Histórico de Blumenau, Secretaria de Estado da Educação, Instituto Carl Hoepcke, Conselho Estadual de Cultura, Fundação de Cultura, Consulado da Alemanha, Consulado do Reino Unido em Florianópolis e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

 

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17ª Sepex: projeto ensina propriedades medicinais de plantas para crianças e adultos

19/10/2018 19:03

No estande 27 do setor Educação da 7ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex/UFSC), o Programa de Pós-Graduação em Farmacologia (PPGFARMACO) apresentou o “Projeto Fritz Müller – Uma Farmácia na Floresta“. A iniciativa leva o nome do naturalista e botânico alemão que morou parte de sua vida no Brasil, trabalhando em descobertas que contribuíram para a teoria da evolução das espécies por seleção natural, de Charles Darwin. Ministrada pelo professor Carlos Rogério Tonussi, a exposição apresenta um trabalho que está sendo realizado desde 2015, que tem como objetivo promover a divulgação científica da botânica para alunos de Ensino Fundamental e Médio, da rede pública.

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Tags: 17ª SepexCarlos Rogério TonussiDepartamento de FarmacologiaFarmácia na florestafarmacobotânicafarmacologiaFritz Müllermedicina naturalmeio ambienteParque Estadual do Rio VermelhoUFSC

Lançamento da 2ª edição do livro ‘Para Darwin’ dia 24, na Reitoria da UFSC

19/10/2017 16:47

No dia 24 de outubro no hall da Reitoria às 20h, será lançada a 2a edição do livro Para Darwin. Um dos primeiros trabalhos que ajudaram a consolidar no mundo a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, foi escrito aqui no Brasil, em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis.

A obra Für Darwin “Para Darwin”, do médico naturalista e professor teuto-brasileiro Friedrich Theodor Müller, ou Fritz Müller, reúne estudos minuciosos sobre crustáceos que comprovaram a teoria darwiniana. Escrito em alemão, o livro impressionou tanto Darwin, que ele mesmo pagou a tradução e a publicação da obra em inglês. A versão inglesa foi traduzida para o português, em 1907.
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Tags: Fritz MüllerPara darwiinUFSC

Sábado marca 190 anos do nascimento de Fritz Müller

30/03/2012 15:00

Site Fritz Müller, o príncipe dos observadores está sendo construído por equipe da UFSC envolvida com a divulgação da obra do naturalista

Nascido em uma pequena aldeia da Alemanha em 1822, aos 22 anos o jovem Johann Friedrich Theodor Müller obteve o título de Doutor em Filosofia pela Universidade de Berlim. Em 1849 concluiu o curso de Medicina na Universidade de Greifswald, mas não colou grau, por se negar a proferir as palavras cristãs contidas no juramento. Em 1852 emigrou com familiares para a recém-fundada Colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí, e em 1856 partiu para Desterro (atual Florianópolis), naturalizando-se brasileiro para assumir cargo público de professor no Liceu Provincial (antigo Colégio Jesuíta, atualmente representado pelo Colégio Catarinense).

É nesse momento que inicia o período mais produtivo da obra científica de Fritz Müller. Em Desterro o naturalista tem seu reconhecimento internacional entre a comunidade científica. Ele mantém correspondência com eminências científicas da época, como Max Schultze, Herman von Ihering, August Weismann, Louis Agassiz, Ernst Haeckel e em especial com Charles Darwin (cuja extensa e contínua correspondência se estende por 17 anos, até a morte de Darwin). A história de Fritz Müller completa neste sábado, dia 31 de março, 190 anos, desde o nascimento na Alemanha.

“Este excepcional observador da natureza, que viveu em Santa Catarina por 45 anos, foi sem dúvida o mais importante naturalista do Brasil do século XIX. Deixou um legado naturalístico imenso que descreve a flora e fauna da região sul do Brasil. Identificou e descreveu com notável perfeição um número imenso de espécies animais (principalmente invertebrados) e de plantas do litoral catarinense e da Mata Atlantica, sempre enriquecendo suas descrições com magníficas ilustrações de incrível detalhamento”, descreve o site Fritz Müller, o príncipe dos observadores, que está sendo construído por um grupo de professores da UFSC envolvido com a divulgação da obra do naturalista.

O site organiza informações sobre a história, a vida, a obra, as principais homenagens póstumas e os escritos de Fritz Müller, cientista mundialmente conhecido pela concepção do fenômeno mimetismo mulleriano, estudado em todo o mundo.

Apoio a Darwin
Fritz Müller foi pioneiro ao publicar, em 1864, o primeiro livro no mundo em apoio à teoria evolutiva de Darwin, com provas factuais obtidas em estudos sobre crustáceos, realizados em Florianópolis. Este livro, que atuou decisivamente na consolidação da teoria da evolução das espécies proposta por Darwin, tornou-o mundialmente famoso e o levou a receber, em vida, duas vezes o título de Doutor Honoris Causa, emitido por universidades alemãs.

Diferentes datas têm sido aproveitadas para rememorar a vida e a trajetória do naturalista. Em 2009, ano do bicentenário do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos da publicação do seu revolucionário livro Origem das Espécies, a Universidade Federal de Santa Catarina reconheceu o valor da obra de Fritz Müller. Concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa post-mortem, recebido pelo seu descendente Alberto Lindner, professor do Departamento de Ecologia e Zoologia.

Também em 2009 a Editora da UFSC lançou uma nova tradução do livro Para Darwin (Für Darwin, 1864), escrito por Fritz Müller. Elaborada por Luiz Roberto Fontes, médico legista e biólogo, e por Stefano Hagen, médico veterinário, biólogo e professor, a nova tradução se distingue das outras duas que a antecederam por usar como base a primeira edição do livro, em alemão. A publicação foi viabilizada com apoio financeiro da UFSC, Fapesc e Ministério da Ciência e Tecnologia.

De acordo com os autores, a tradução a partir da edição original recupera o estilo da escrita de Fritz Müller, além de alguns conceitos próprios do autor, que foram alterados na segunda edição.

“A tradução resgata para a memória da ciência brasileira o naturalista Fritz Müller, bastante esquecido no cenário científico nacional e mundial, mediante a publicação traduzida de seu único e importante livro, acrescida de resenhas de época, bem como de necrológios da época de sua morte”, explica Luiz Roberto Fontes. Segundo ele, a tradução integral do necrológio feito por Haeckel revela facetas do perfil psíquico desse controverso zoólogo alemão, por muitos considerado um falsário da ciência.

“Homenagear Fritz Muller no ano de 2012, quando completaria 190 anos de idade, representa resgatar para a memória nacional o nosso maior naturalista novecentista, brasileiro por opção e com grandes feitos para a história da ciência brasileira e mundial. Representa também homenagear o Estado de Santa Catarina, que em suas publicações tornou-se mundialmente conhecido, principalmente as localidades de Blumenau, Itajai e Desterro”, destaca Luiz Roberto Fontes.

Saiba Mais no site Fritz Müller, o príncipe dos observadores: http://fritzmuller.paginas.ufsc.br/

Mais informações na UFSC: Margherita Anna Barracco / barracco@mbox1.ufsc.br

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia também: Parceiro de Charles Darwin

Tags: Fritz MüllerUFSC

Próximo sábado marca 190 anos do nascimento de Fritz Müller

26/03/2012 10:59

Site Fritz Müller, o príncipe dos observadores está sendo construído por equipe da UFSC envolvida com a divulgação da obra do naturalista

Nascido em uma pequena aldeia da Alemanha em 1822, aos 22 anos o jovem Johann Friedrich Theodor Müller obteve o título de Doutor em Filosofia pela Universidade de Berlim. Em 1849 concluiu o curso de Medicina na Universidade de Greifswald, mas não colou grau, por se negar a proferir as palavras cristãs contidas no juramento. Em 1852 emigrou com familiares para a recém-fundada Colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí, e em 1856 partiu para Desterro (atual Florianópolis), naturalizando-se brasileiro para assumir cargo público de professor no Liceu Provincial (antigo Colégio Jesuíta, atualmente representado pelo Colégio Catarinense).

É nesse momento que inicia o período mais produtivo da obra científica de Fritz Müller. Em Desterro o naturalista tem seu reconhecimento internacional entre a comunidade científica. Ele mantém correspondência com eminências científicas da época, como Max Schultze, Herman von Ihering, August Weismann, Louis Agassiz, Ernst Haeckel e em especial com Charles Darwin (cuja extensa e contínua correspondência se estende por 17 anos, até a morte de Darwin). A história de Fritz Müller completa no próximo sábado, dia 31 de março, 190 anos, desde o nascimento na Alemanha.

“Este excepcional observador da natureza, que viveu em Santa Catarina por 45 anos, foi sem dúvida o mais importante naturalista do Brasil do século XIX. Deixou um legado naturalístico imenso que descreve a flora e fauna da região sul do Brasil. Identificou e descreveu com notável perfeição um número imenso de espécies animais (principalmente invertebrados) e de plantas do litoral catarinense e da Mata Atlantica, sempre enriquecendo suas descrições com magníficas ilustrações de incrível detalhamento”, descreve o site Fritz Müller, o príncipe dos observadores, que está sendo construído por um grupo de professores da UFSC envolvido com a divulgação da obra do naturalista.

O site organiza informações sobre a história, a vida, a obra, as principais homenagens póstumas e os escritos de Fritz Müller, cientista mundialmente conhecido pela concepção do fenômeno mimetismo mulleriano, estudado em todo o mundo.

Apoio a Darwin
Fritz Müller foi pioneiro ao publicar, em 1864, o primeiro livro no mundo em apoio à teoria evolutiva de Darwin, com provas factuais obtidas em estudos sobre crustáceos, realizados em Florianópolis. Este livro, que atuou decisivamente na consolidação da teoria da evolução das espécies proposta por Darwin, tornou-o mundialmente famoso e o levou a receber, em vida, duas vezes o título de Doutor Honoris Causa, emitido por universidades alemãs.

Diferentes datas têm sido aproveitadas para rememorar a vida e a trajetória do naturalista. Em 2009, ano do bicentenário do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos da publicação do seu revolucionário livro Origem das Espécies, a Universidade Federal de Santa Catarina reconheceu o valor da obra de Fritz Müller. Concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa post-mortem, recebido pelo seu descendente Alberto Lindner, professor do Departamento de Ecologia e Zoologia.

Também em 2009 a Editora da UFSC lançou uma nova tradução do livro Para Darwin (Für Darwin, 1864), escrito por Fritz Müller. Elaborada por Luiz Roberto Fontes, médico legista e biólogo, e por Stefano Hagen, médico veterinário, biólogo e professor, a nova tradução se distingue das outras duas que a antecederam por usar como base a primeira edição do livro, em alemão. A publicação foi viabilizada com apoio financeiro da UFSC, Fapesc e Ministério da Ciência e Tecnologia.

De acordo com os autores, a tradução a partir da edição original recupera o estilo da escrita de Fritz Müller, além de alguns conceitos próprios do autor, que foram alterados na segunda edição.

“A tradução resgata para a memória da ciência brasileira o naturalista Fritz Müller, bastante esquecido no cenário científico nacional e mundial, mediante a publicação traduzida de seu único e importante livro, acrescida de resenhas de época, bem como de necrológios da época de sua morte”, explica Luiz Roberto Fontes. Segundo ele, a tradução integral do necrológio feito por Haeckel revela facetas do perfil psíquico desse controverso zoólogo alemão, por muitos considerado um falsário da ciência.

“Homenagear Fritz Muller no ano de 2012, quando completaria 190 anos de idade, representa resgatar para a memória nacional o nosso maior naturalista novecentista, brasileiro por opção e com grandes feitos para a história da ciência brasileira e mundial. Representa também homenagear o Estado de Santa Catarina, que em suas publicações tornou-se mundialmente conhecido, principalmente as localidades de Blumenau, Itajai e Desterro”, destaca Luiz Roberto Fontes.

Saiba Mais no site Fritz Müller, o príncipe dos observadores: http://fritzmuller.paginas.ufsc.br/

Mais informações na UFSC: Margherita Anna Barracco / barracco@mbox1.ufsc.br

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia também: Parceiro de Charles Darwin

 

Tags: Fritz MüllerUFSC

Fritz Müller: movimento quer selo dos Correios com biólogo

16/06/2011 08:22

O ano de 2012 marca 190 anos de nascimento do biólogo Fritz Müller. Pessoas de diferentes instituições e professores de diversas universidades, entre elas a UFSC, apoiam um movimento para homenagear Fritz Müller em um selo dos Correios. Diversas indicações foram encaminhadas e agora a Comissão Filatélica Nacional avalia as sugestões.

Fritz Müller, biólogo e médico alemão, chegou em Santa Catarina em 1852, aos 30 anos de idade. Com residência fixa em Blumenau foi durante 11 anos professor em Florianópolis (antiga Desterro), naturalizando-se brasileiro. Viveu no país 45 anos, até seu falecimento em 1897. Seu corpo está sepultado em Blumenau.

Foi o maior naturalista do Brasil no século XIX e um dos mais expressivos do mundo. É mais conhecido por sua correspondência com Charles Darwin durante 17 anos, de quem foi um grande colaborador científico e recebeu a denominação de “Príncipe dos Observadores”.

Entre outras realizações, foi pioneiro ao publicar, em 1864, o primeiro livro no mundo em apoio à teoria evolutiva de Darwin, com provas factuais obtidas de estudos sobre crustáceos, realizados em Florianópolis. Este livro, que atuou decisivamente na consolidação da teoria da evolução das espécies proposta por Darwin, tornou-o mundialmente famoso e o levou a receber, em vida, duas vezes o título de Doutor Honoris Causa, emitido por universidades alemãs. Estas instituições o convidaram a retornar e se tornar professor, honra que ele recusou, pois não desejava abandonar a pátria que adotou por definitiva, o Brasil, e a casa e família em Blumenau.

Em 2009, Fritz Müller recebeu o título de Doutor Honoris Causa (pós-morte) da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele não é importante apenas pelo contato com Charles Darwin e seu valioso livro. Foi pioneiro no estudo profundo de vários grupos de animais invertebrados e de plantas, tornou-se naturalista viajante do Museu Nacional do Rio de Janeiro durante 15 anos (1876 a 1891), colaborou com dezenas de cientistas do Brasil e do mundo em um raro exemplo de rede social de cooperação científica. Foi pioneiro no estudo da Ecologia em sua concepção moderna como ciência e descreveu o primeiro modelo matemático para estudo de dinâmica populacional, descreveu uma forma de mimetismo que hoje leva o seu nome e é tema de estudos em todo o mundo (mimetismo mülleriano), entre outras realizações no campo científico e social.

“Homenageá-lo no ano de 2012, quando completaria 190 anos de idade, representa resgatar para a memória nacional o nosso maior naturalista novecentista, brasileiro por opção e com grandes feitos para a história da ciência brasileira e mundial. Representa também homenagear o Estado de Santa Catarina, que em suas publicações tornou-se mundialmente conhecido, principalmente as localidades de Blumenau, Itajahy e Desterro”, destaca Luiz Roberto Fontes, um dos tradutores do livro Para Darwin (Für Darwin, 1864), escrito por Fritz Müller e publicado pela Editora da UFSC em 2009. Fontes é um dos entusiastas que encaminharam a sugestão aos Correios.

Segundo ele, para a ciência brasileira, conquistar a homenagem a Fritz Müller por parte dos Correios pode colaborar para a divulgação de uma belíssima história, ainda pouco valorizada e carente de estudos, mas pronta para encantar os cientistas e estudantes de muitas carreiras e interesses acadêmicos ou não.

Mais informações: Luiz Fontes / e-mail: lrfontes@uol.com.br

Na UFSC também com o professor Mário Steindel / e-mail: ccb1mst@ccb.ufsc.br ou telefone (48) 3721-5163.

Fritz Müller: movimento quer selo dos Correios com biólogo

O ano de 2012 marca 190 anos de nascimento do biólogo Fritz Müller. Pessoas de diferentes instituições e professores de diversas universidades, entre elas a UFSC, apoiam um movimento para homenagear Fritz Müller em um selo dos Correios. Diversas indicações foram encaminhadas e agora a Comissão Filatélica Nacional avalia as sugestões.

Fritz Müller, biólogo e médico alemão, chegou em Santa Catarina em 1852, aos 30 anos de idade. Com residência fixa em  Blumenau foi durante 11 anos professor em Florianópolis (antiga Desterro), naturalizando-se brasileiro. Viveu no país 45 anos, até seu falecimento em 1897. Seu corpo está sepultado em Blumenau.

Foi o maior naturalista do Brasil no século XIX e um dos mais expressivos do mundo. É mais conhecido por sua correspondência com Charles Darwin durante 17 anos, de quem foi um grande colaborador científico e recebeu a denominação de “Príncipe dos Observadores”.

Entre outras realizações, foi pioneiro ao publicar, em 1864, o primeiro livro no mundo em apoio à teoria evolutiva de Darwin, com provas factuais obtidas de estudos sobre crustáceos, realizados em Florianópolis. Este livro, que atuou decisivamente na consolidação da teoria da evolução das espécies proposta por Darwin, tornou-o mundialmente famoso e o levou a receber, em vida, duas vezes o título de Doutor Honoris Causa, emitido por universidades alemãs. Estas instituições o convidaram a retornar e se tornar professor, honra que ele recusou, pois não desejava abandonar a pátria que adotou por definitiva, o Brasil, e a casa e família em Blumenau.

Em 2009, Fritz Müller recebeu o título de Doutor Honoris Causa (pós-morte) da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele não é importante apenas pelo contato com Charles Darwin e seu valioso livro. Foi pioneiro no estudo profundo de vários grupos de animais invertebrados e de plantas, tornou-se naturalista viajante do Museu Nacional do Rio de Janeiro durante 15 anos (1876 a 1891), colaborou com dezenas de cientistas do Brasil e do mundo em um raro exemplo de rede social de cooperação científica. Foi pioneiro no estudo da Ecologia em sua concepção moderna como ciência e descreveu o primeiro modelo matemático para estudo de dinâmica populacional, descreveu uma forma de mimetismo que hoje leva o seu nome e é tema de estudos em todo o mundo (mimetismo mülleriano), entre outras realizações no campo científico e social.

“Homenageá-lo no ano de 2012, quando completaria 190 anos de idade, representa resgatar para a memória nacional o nosso maior naturalista novecentista, brasileiro por opção e com grandes feitos para a história da ciência brasileira e mundial. Representa também homenagear o Estado de Santa Catarina, que em suas publicações tornou-se mundialmente conhecido, principalmente as localidades de Blumenau, Itajahy e Desterro”, destaca Luiz Roberto Fontes, um dos tradutores do livro Para Darwin (Für Darwin, 1864), escrito por Fritz Müller e publicado pela Editora da UFSC em 2009. Fontes é um dos entusiastas que encaminharam a sugestão aos Correios.


Segundo ele, para a ciência brasileira, conquistar a homenagem a Fritz Müller por parte dos Correios pode colaborar para a divulgação de uma belíssima história, ainda pouco valorizada e carente de estudos, mas pronta para encantar os cientistas e estudantes de muitas carreiras e interesses acadêmicos ou não.

Mais informações: Luiz Fontes / e-mail: lrfontes@uol.com.br
Na UFSC também com o professor
Mário Steindel / e-mail: ccb1mst@ccb.ufsc.br

Tags: Fritz Müller

Equipes identificam e monitoram águas-vivas no litoral e orientam sobre acidentes

01/03/2011 07:49
Jonathan Lawley/Biodiversidade Marinha SC/UFSC

Foto: Jonathan Lawley/Biodiversidade Marinha SC/UFSC

Observações do projeto Biodiversidade Marinha do Estado de Santa Catarina, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, indicam que a espécie de água-viva que pode ter causado a maior parte dos acidentes nesse verão é Olindias sambaquiensis, espécie descrita pelo naturalista Fritz Müller em Santa Catarina e previamente conhecida por causar “queimaduras”. A equipe observou e fotografou a espécie em vários pontos do litoral de Florianópolis e na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Os biólogos e alunos da UFSC também observaram as células urticantes, conhecidas como cnidócitos, no Laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC.

Apesar de a equipe também ter avistado outras espécies de águas-vivas a partir de dezembro de 2010, relatos de banhistas e a observação de exemplares grandes (entre 10 e 15 cm de diâmetro) apontam Olindias sambaquiensis como uma das principais espécies responsáveis pelos acidentes nesse verão. Em verões passados, muitos acidentes foram também causados pela espécie Physalia physalis, conhecida como caravela-portuguesa.

Segundo Alberto Lindner, coordenador do projeto Biodiversidade Marinha do Estado de Santa Catarina, o desafio agora é monitorar a presença de águas-vivas no Estado também no inverno e compreender melhor a biologia destes animais.Ele salienta que é importante lembrar que as águas-vivas e caravelas não atacam os banhistas, apenas capturam alimento passivamente na água com seus tentáculos urticantes e “queimam” quando são acidentalmente tocadas.

Números disponibilizados pelo Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT), que funciona junto ao Hospital Universitário da UFSC, mostram que no final de 2010 foram registradas 48 intoxicações por celenterados (águas-vivas, caravelas e suas larvas) no final de 2010. No início de 2011 já foram 32 casos registrados no CIT/SC.

O Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina mantém um serviço de plantão permanente durante 24 horas. O contato deve ser feito pelo telefone 0800-643-5252. Além de registrar as ocorrências, a equipe alerta para o que fazer no caso de queimaduras por águas-vivas e caravelas:

Orientações do Centro de Informações Toxicológicas:

– Antes de entrar no mar é fundamental observar na areia da praia se existem águas-vivas mortas. Caso isto ocorra deve-se tomar mais cuidado pois provavelmente existem outras vivas no mar. É importante ter bastante atenção para não encostar em alguma.

– Como neste período do ano, quando a água é mais quente existem muitas águas vivas as pessoas deveriam levar na bolsa de praia um frasco de vinagre para o caso de um acidente

– Quando houver queimadura com água viva, não se deve colocar água doce no local, visto que os nematocistos rompem por osmose e liberam mais “veneno”, aumentando a reação local.

– Se houver tentáculos aderidos a pele, estes podem ser retirados com uma pinça ou por “raspagem” com a borda não cortante de uma faca por exemplo.

– A melhor medida a ser tomada é colocar vinagre no local. O vinagre deve permanecer em contato com a pele de 15 a 30 minutos. O ideal é “esguichar” um pouco diretamente na pele e após isso embeber um pano, por exemplo uma fralda, com vinagre e mantê-la em contato com todo o local “queimado” por 15 a 30 minutos.

– Nos casos de dor leve a moderada, pode ser utilizado um analgésico comum do tipo paracetamol ou dipirona. Se a dor for intensa ou houver outros sintomas como vômitos, é importante encaminhar o acidentado a uma unidade de saúde para ser realizado uma analgesia mais potente.

– Felizmente as águas vivas do nosso litoral não são tão tóxicas como as “australianas”. Lá as águas vivas são os animais que mais matam. Existem espécies tão tóxicas que podem causar a morte em poucos minutos.

Saiba Mais:
48 Intoxicações por Celenterados registrados no CIT/SC, no período de 2010:
Água-Viva: 43
Caravela: 4
Larva de Cnidário: 1

32 Intoxicações por Celenterados registrados no CIT/SC, no período de Janeiro a 16 de Fevereiro de2011.
Água-Viva: 30
Caravela: 2

Mais informações sobre registros de acidentes com águas-vivas e caravelas junto ao Centro de Informações Toxicológicas: (48) 3721-9083 / 0800-643-5252 (Ligação Gratuita 24h) / www.cit.sc.gov.br

Mais informações sobre a identificação da espécie Olindias sambaquiensis no litoral de Florianópolis: Alberto Lindner / (48) 3721-9460 / alindner@ccb.ufsc.br

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia também:
Portal reúne informações sobre biodiversidade marinha de Santa Catarina


Tags: agua-vivaBiodiversidadeFritz Müller