Essa é a primeira vez dos estudantes Victor Fagundes Brasil e Edson Luiz na 17ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (Sepex). Eles vieram em um dos dois ônibus junto com outros colegas da Escola de Educação Básica Tenente Almachio, localizada no Bairro Tapera (Sul da Ilha de Florianópolis), especialmente para participar da Sepex.
Visitaram diversos estandes, mas foi no de Festival do Equilíbrio – PET Educação Física que os amigos mais se divertiram. Jogando dardos tendo como apoio uma tábua de equilíbrio, os estudantes se desafiavam para ver quem era mais preciso no acerto dos dardos. Para Victor estar na Sepex “foi da hora! Gostei muito de conhecer a UFSC, nunca tinha vindo aqui”. “A Sepex é massa! As atividades nos desafiam, e tudo é muito profissional”, complementa Edson.
Segundo Alisson Flores Packeiser, graduando em Educação Física, a proposta é levar o equilíbrio para todos os locais como opção de lazer e, também, apresentá-lo como uma opção de saúde física e mental. “O equilíbrio pode ser uma atividade de lazer prazerosa e uma ação mental, por ser um exercício alegre, divertido e que libera o estresse. No aspecto físico, a atividade é importante para desenvolver o fortalecimento da musculatura e encontrar o centro de gravidade do corpo, o que é muito importante”, relata ele.
O Festival do Equilíbrio levou para a Sepex materiais como tábuas de equilíbrio, perna de pau, carrinho que só anda se girarmos o volante, raquete de badminton, skate, patinete. “São equipamentos que temos no PET e que podem ser usados tanto por crianças como adultos. O equilíbrio pode ser trabalhado em diversas atividades e brincadeiras lúdicas, por exemplo, ele está envolvido no caminhar”, salienta Packeiser.
Alguns metros mais a frente foi instalado o estande do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (LABTATE) que visa representar mapas táteis em formato 3D e Tátil para serem utilizados em ambientes escolares.
Clara Babina Nascimento Wanderley, Jonas Ambrósio Hamud, estudantes de Geografia, e Laura Lavinia Sabino dos Santos, estudante de Biblioteconomia, explicaram para crianças e adultos as funcionalidades dos materiais. O local despertou o interesse de muitos, principalmente porque apresenta uma metodologia ativa que convida o visitante à interação.
Os mapas em alto relevo e em braile são produzidos pelo LABTATE há 14 anos e tem por objetivo traduzir materiais educativos representados nos livros para uma linguagem mais acessível e interativa, além de transformar as informações para as pessoas que têm deficiência visual. “A cartografia auxilia a entender o mapa, sendo que partimos de projeções de estudo e ensino na geografia, mas que é verticalizada para várias áreas como, por exemplo, matemática, biologia e história”, explica Clara.
Segundo Jonas, as crianças têm dificuldades em ver como a terra é representada. “Ao sai do papel do livro tornamos o conhecimento maleável. Com o globo, por exemplo, é muito mais fácil entender coordenadas geográficas e o centro da terra. Chama a atenção dos alunos e permite a ele fixar mais facilmente o conteúdo”.
Propostas de inclusão são novas no país e é fundamental aos ambientes educacionais estarem preparados para receber todo tipo de usuário. “Estar na Sepex é maravilhoso para abordar a inclusão social como, ainda, expor às pessoas as pesquisas e os aprendizados que temos em sala de aula”, finaliza Laura.
Mais sobre o LABTATE
A atividade desenvolvida no LABTATE é gratuita e está disponível para acesso dos professores e interessados de duas formas: 1) Com modelos disponíveis no site que ensinam o passo a passo de como desenvolver o projeto de acordo com o interesse e a área; 2) Por meio de capacitações e cursos ofertados de acordo com a demanda.
O material necessário para a confecção dos mapas é barato, sendo que os alunos também podem confeccioná-los. “O professor interessado pode entrar em contato com o Laboratório para nós o orientarmos ou produzirmos o material de mapas 3D e tátil, de acordo com a demanda. Também reproduzimos material na termocópia sob demanda interna ou externa”, explica Clara.
Saiba mais sobre o projeto no site: http://www.labtate.ufsc.br/.
Mais sobre o Festival do Equilíbrio
O Festival do Equilíbrio é um Programa de Educação Tutorial (PET) em Educação Física que desenvolve há 10 anos ações na Escola de Educação Básica Getúlio Vargas com crianças do primeiro ano. Uma sala de equilíbrio foi montada com fita de equilíbrio (slackline), fita acrobática, parede de escalda para a realização de intervenções com os estudantes.
Na UFSC, ações já foram realizadas na fila do Restaurante Universitário (RU) para mostrar que o equilíbrio pode ser praticado em vários ambientes. Neste segundo semestre, uma sala de equilíbrio foi montada no CDS para atender os terceirizados, como forma de transformar os intervalos das refeições em momentos de lazer e descontração.
Saiba mais sobre o projeto no site: http://petef.paginas.ufsc.br/.
Nicole Trevisol / Jornalista da Agecom / UFSC
*Fotos: Ítalo Padilha / Agecom / UFSC