UFSC recebe 3º Simpósio Sul da Associação Brasileira de História das Religiões

16/11/2017 10:51

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe nos dias 20, 21 e 22 de novembro o 3º Simpósio Sul da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). O tema desta edição é ‘Educação, Religião e Respeito às Diversidades’, cujo objetivo é fomentar diálogos que valorizem e dignifiquem as diversidades como elementos centrais dos processos de formação educacional e humana.
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UFSC sedia 6º Congresso Nacional de Inclusão Social do Negro Surdo

14/11/2017 10:45

 A UFSC vai sediar o 6º Congresso Nacional de Inclusão Social do Negro Surdo (VI CNISNS), nos dias 16, 17 e 18 de novembro, sob coordenação do professor Victor Hugo Sepulveda da Costa, do Departamento de Língua de Sinais Brasileira, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), e da professora Maria Auxiliadora Bezerra de Araújo, do Instituto Federal Catarinense (IFC/Sombrio).

O Congresso Nacional de Inclusão Social do Negro Surdo é um evento importante para a comunidade Negra Surda brasileira, presumindo o empoderamento de lideranças dentro da comunidade surda, afim de lutar pela legitimação dos direitos sociais, perpassando temas transversais que envolve o arcabouço histórico desta comunidade.
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Café (Psico) Antropológico debate gênero, sexualidade e diversidade, nesta quinta

09/11/2017 07:31

Mais uma edição do Café (Psico) Antropológico será realizada nesta quinta-feira, 16 de novembro, a partir das 16h30, na Sala Silvio Coelho dos Santos (CFH/UFSC). Para participar, basta de dirigir até o local, não é necessária a inscrição.

O tema ‘Retrocessos nas políticas de gênero, sexualidade e diversidade no Brasil: fundamentalismos na educação e nos museus’ contará com o debate de Amurabi Oliveira (Ciências Sociais/UFSC), Eduardo Bonaldi (Ciências Sociais/UFSC), Nise Jenkings (Metodologia de Ensino/UFSC) e Thainá Castro (Museo/UFSC). A coordenação será de Miriam Grossi (Antropologia/UFSC).
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UFSC realiza recepção de indígenas, quilombolas e negros das vagas suplementares

28/07/2017 10:27

A Universidade Federal de Santa Catarina e a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) irão realizar a recepção dos calouros das vagas suplementares Indígenas, Quilombolas e Negros do segundo semestre de 2017. O evento ocorrerá no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas na próxima terça-feira, 1º de agosto, às 18h.

O reitor Luiz Luiz Carlos Cancellier de Olivo; o pró-reitor de Graduação, Alexandre Marino Costa; o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Pedro Luiz Manique Barreto; e a secretária de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD), Francis Solange Vieira Tourinho, estarão presentes. Os coordenadores e professores das fases iniciais também foram convidados à participar da recepção.

Os estudantes receberão as boas-vindas e serão orientados quanto a assuntos acadêmicos, procedimentos, auxílios permanência, locais de assistência, além de assistirem uma apresentação da Universidade de forma geral.

Mais informações na SAAD.

 

 

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UFSC promove oficina de cartazes em apoio ao orgulho LGBT na próxima terça-feira

21/06/2017 17:00

A Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento à Violência de Gênero (CDGEN) da Secreataria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) irá promover oficinas de confecção de cartazes e tarjetas em apoio ao orgulho LGBT no dia 27 de junho, terça-feira, véspera do Dia do Orgulho LGBTI.

A CGEN buscou parceria entre alunas de cada Centro de Ensino que, em horário que ficar melhor de acordo com o contexto de cada centro, farão oficina de confecção de cartazes com frases curtas de apoio à causa LGBT.

A CDGEN se responsabilizará pela confecção e colocação de cartazes para o  RU, BU e prédio da Reitoria.

Mais informações pelo e-mail diversidadesexual@contato.ufsc.br

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Aula Magna incentiva a quebra de paradigmas e defende a universidade como espaço de transformação

16/03/2016 20:52
Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

“Eu sou uma afronta para muitos colegas de trabalho. Sou uma afronta para muitos professores, reitores, pró-reitores. Também sou uma afronta para muitos discentes. Mas eu resisto, eu insisto, eu estou presente para ser o que quero ser.” Esse foi o tom que marcou todo o discurso da professora Luma Nogueira de Andrade, do Instituto de Humanidades e Letras (IHL) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), na aula magna do primeiro semestre letivo de 2016. Luma é a primeira travesti a conquistar o título de doutora e a ocupar o cargo de professora de uma universidade pública e federal no país.

A partir do tema “Moral, código (i)moral e (i)moralidade dos costumes: a relação entre sujeitos e normas em épocas e lugares diferentes”, Luma iniciou sua aula explicando que se identifica e se autodenomina como travesti por uma questão política: “Por que eu não posso me afirmar enquanto travesti? Enquanto transexual? O que fizeram com nossas travestis ao longo da história?” A professora argumentou que a sociedade, em diferentes épocas, excluiu as travestis de suas instituições, lares, escolas. Justamente por isso é preciso criar linhas de fuga, inventar outras possibilidades, “fissuras nas normas”: “Estou aqui para dizer que é possível, sim, para uma travesti, ser doutora, ser professora universitária”.

Luma relatou os desafios que enfrenta como docente da Unilab, uma instituição de ensino que se propõe a ser plural, com o duplo desafio da internacionalização e da interiorização. “Lá existe uma grande resistência à diversidade sexual. É uma cultura muito fechada. Mas acredito que é possível uma transformação. A universidade deve ser um lugar de quebra de paradigmas.” Tendo como principal referência a obra “História da Sexualidade”, de Michel Foucault, a professora expôs a evolução do conceito de moral e moralidade desde a Antiguidade, passando pela Idade Média, até os dias atuais. Segundo ela, a cultura condiciona nossa visão de mundo e interfere, inclusive, no plano biológico, quando institui um modelo idealizado de homem e mulher. “Se hoje somos racistas, sexistas, é porque fomos adestrados a compreender o mundo nessa perspectiva. Mas é preciso estar aberto para as diferenças.”

Outra questão que abordou foi o fato de vivermos o tempo todo rodeados de códigos e regras: “Buscamos nesses códigos o que parece natural. O que é belo? O que a sociedade define como belo? Temos que perceber que o mundo não nasceu a partir do momento em que abrimos os olhos. Achamos que tudo é natural, mas tudo são regras e normas. O tempo todo nos é imposta uma forma de ser.” A professora incentivou a reflexão e a desconstrução desses paradigmas, chamando a atenção do público para o fato de que, mesmo entre aqueles considerados “imorais”, existem normas e códigos: “No campo da diversidade há, muitas vezes, a reprodução de uma heteronormatividade. Não devemos reproduzir a mesma forma de pensar que tanto criticamos.”

A aula magna ocorreu no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos, na noite de terça-feira (15). Estiveram presentes a reitora Roselane Neckel, a vice-reitora Lúcia Helena Martins-Pacheco, e a pró-reitora de pós-graduação Joana Maria Pedro, que presidiu a mesa.

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Público

Minutos antes da aula começar, a caloura do curso de História, Thayná Costa, 22 anos, a aguardava com grandes expectativas: “Achei incrível uma travesti ser convidada para recepcionar os calouros. A universidade, principalmente a universidade pública, deve se posicionar contra as discriminações e dar o exemplo. Não sou trans, sou cis, mas quero aprender com a professora sobre respeitar o diferente e não reproduzir opressões.”

Quando Luma encerrou seu discurso, o público a aplaudiu de pé, demonstrando grande contentamento com o que acabara de ouvir. Dandara Manoela Santos, 23 anos, aluna da 5ª fase do Serviço Social, disse estar muito satisfeita: “Achei fantástico. Foi uma experiência bem positiva. Eu já tinha ouvido falar bem dela, mas ela me surpreendeu, foi além do que eu tinha imaginado. O que mais me chamou a atenção foi quando disse que a gente tende a reproduzir os mesmos comportamentos que criticamos.”

A estudante da 3ª fase de Ciências Sociais, Delza da Hora Souza, 20 anos, ressaltou a importância da presença de Luma na UFSC: “É um marco histórico para a universidade ter como convidada para uma aula magna uma professora travesti. Mais do que nunca, precisamos discutir as questões de gênero. A professora mostrou que as coisas nem sempre foram assim. É preciso sempre se reinventar, criar novas possibilidades. Se a homossexualidade ainda não é vista com bons olhos, podemos transformar essa realidade. Enquanto travesti, a professora deixa uma inspiração admirável para todas as mulheres.”

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Manifestações

Antes de iniciar a aula, integrantes do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) e do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) entraram no auditório portando cartazes com mensagens como “Mulheres na luta para mudar a universidade”; “Lugar de mulher é onde ela quiser”; “A violência contra a mulher não pode ter voz”. A manifestação foi breve e silenciosa. Em seguida, cerca de 30 estudantes, que se autodenominavam como um grupo independente, entraram no auditório proferindo gritos de protesto. Uma das principais reivindicações foi em relação à moradia estudantil. Nos cartazes, as mensagens: “Permanência e moradia”; “Resistir para permanecer”; “Não basta acessar, é preciso permanecer”. Estudantes indígenas também manifestaram insatisfação com as condições de permanência e indignação com comportamentos racistas dentro do campus.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC

daniela.canicali@ufsc.br

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Seminário sobre Educação reforça a urgência do combate a preconceitos e desigualdades

29/10/2015 18:20

Mesa-redonda com Ronaldo Crispim Sena Barros, Joana Maria Pedro e André Luiz de Figueiredo Lázaro. Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Racismo. Machismo. Xenofobia. Essas e outras formas de preconceito e discriminação foram debatidas pelos participantes do Seminário Regional de Acompanhamento do Plano Nacional de Educação (PNE), que ocorreu na última terça-feira, 27 de outubro, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento teve por objetivo discutir dois eixos da Conferência Nacional de Educação (CONAE): Eixo I – “Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos” e Eixo VI – “Valorização dos profissionais da educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”. Os convidados para a mesa-redonda da manhã, que debateu o primeiro eixo, foram o professor André Luiz de Figueiredo Lázaro, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), e  Ronaldo Crispim Sena Barros, da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. A responsável pela mediação foi a pró-reitora de pós-graduação da UFSC, Joana Maria Pedro.

André iniciou sua exposição ressaltando que os desafios da Educação são desafios de toda a sociedade brasileira: “Talvez a Educação seja o campo da vida onde a discussão dos direitos e da igualdade sejam mais pertinentes”. O professor se referiu à Educação como um mecanismo de luta contra a pobreza, a desigualdade, o preconceito e a discriminação. Segundo ele, é preciso valorizar o esforço dos professores e gestores e reestruturar o sistema educativo. “Sem ignorar as críticas, devemos reconhecer que temos um grande sistema escolar. Há uma rede de escolas por toda parte. Mas ainda é preciso transformar esse sistema escolar em um sistema educativo.” Ele argumenta que a Educação ainda não conseguiu diminuir os preconceitos de gênero e de cor que persistem na sociedade: “A desigualdade não é um evento, é estrutural. Por isso o debate sobre racismo e sexismo não pode ser só dos negros e das mulheres, deve ser de todos”.

Após expor gráficos que indicam que as diferenças entre homens e mulheres, pobres e ricos, negros e brancos não têm diminuído ao longo dos anos, André afirmou que o principal desafio da sociedade brasileira é identificar de que maneira a Educação pode romper com preconceitos e promover a igualdade. “A escola ainda valida os processos de exclusão. Mas não podemos demandar dos profissionais da Educação algo sem lhes oferecer as condições adequadas para executá-lo”. O professor elogiou a inclusão do tema gênero nas provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro. Por outro lado, criticou o fato de as universidades brasileiras estarem cada vez mais voltadas à profissionalização e menos à reflexão. “Nossas universidades foram capturadas pelas corporações. Não se formam mais cidadãos críticos, nosso ensino está despolitizado”. Uma das formas de reverter esse quadro seria estimular a aproximação entre o ensino superior e a educação básica, que compreende educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. “As pesquisas acadêmicas raramente se traduzem em material didático. As universidades deveriam buscar linhas de financiamento para  traduzir o material rico que produzem em algo acessível aos professores e estudantes da educação básica”. As escolas seriam, dessa forma, continuamente subsidiadas com informações contemporâneas sobre diversidade e igualdade.

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

‘Um ambiente mais diverso é um ambiente mais rico’

Antes de começar sua palestra, Ronaldo Crispim Sena Barros pediu um minuto de silêncio pelo haitiano Fetiere Sterlin, 33 anos, que morreu após ser esfaqueado em Navegantes, litoral norte de Santa Catarina, no dia 17 de outubro. O agressor agiu, supostamente, movido por sentimentos xenofóbicos e racistas. A seguir, o professor disse: “Há momentos em que o silêncio fala mais. Esse acontecimento representa algo que a gente tenta explicar. O que provoca o racismo? O machismo? O que provoca esses fenômenos universais?”. Ele argumenta que a ausência de conhecimento pode gerar ações irracionais e de ódio. “As pessoas operam sem refletir, sem pensar. São guiadas por estereótipos, por construções estigmatizadas que geram hierarquias”. A atribuição de diferentes valores aos indivíduos é o que causa a exclusão social. Ronaldo reconhece que há, ultimamente, mais espaço no Brasil para a discussão dessas problemáticas. Mas ao mesmo tempo, também há uma reação conservadora em todas as esferas políticas e sociais: desde as esferas de poder até a vida cotidiana e os ambientes virtuais. “É preciso compreender como essas manifestações encontram moradia no coração dos indivíduos e se retroalimentam. Hoje há uma inversão de valores. Desejo que isso seja superado. Não podemos correr o risco de passar de uma reação conservadora a um retrocesso de direitos. As conquistas antes do Golpe de 1964 levaram muito tempo para serem recuperadas.”

O professor expôs que não existe base ideológica, moral, legal ou raciocínio intelectual que possa dar a um indivíduo menos valor por seu aspecto físico, seu gênero ou sua cor de pele. Isto é, não é possível sustentar a ideia de que há diferentes níveis de humanidade. “Apenas a superação de fenômenos como machismo e racismo pode restabelecer a condição humana das pessoas. Não é nossa consciência que determina nossa vida, é nossa vida prática que determina nossa consciência”. Reiterando os argumentos do professor André, Ronaldo ressaltou que toda a sociedade seria beneficiada com o combate aos preconceitos: “Um ambiente mais diverso é um ambiente mais rico. A diversidade representa riqueza social.”

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Profissionais e pesquisadores da Educação abrem o evento

A abertura do evento teve a participação de Elza Marina da Silva Moretto, coordenadora do Fórum Estadual de Educação de Santa Catarina; Pedro Rodrigues da Silva, representando a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis; Vera Lúcia Bazzo, representando a Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE); Rute da Silva, coordenadora do Comitê Gestor Institucional de Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação Básica (COMFOR/UFSC); Nestor Manoel Habkost, diretor do Centro de Ciências da Educação (CED) e Roselane Neckel, reitora da UFSC.

Rute inaugurou as exposições citando Paulo Freire: “Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”. A seguir, Vera Lúcia ressaltou a importância de se defender o direito à educação como marco fundamental das políticas públicas. Nestor afirmou que a precariedade das condições de trabalho dos profissionais representa uma precariedade geral da Educação: “Os professores se dedicam integralmente à Educação do país”. Roselane ressaltou a importância  de uma reflexão sobre misoginia, machismo e preconceitos nas escolas e afirmou que a universidade pública é responsável pela produção de conhecimento e formação de cidadãos: “O conhecimento deve combater preconceitos. Opiniões devem ser baseadas em conhecimentos”. Ela ressaltou que, além do sofrimento físico, também é importante evitar os sofrimentos psíquicos e da alma. “Tristeza e sofrimento não se dão apenas pela pobreza, mas também por preconceitos étnicos e de gênero. O grande desafio é fazer a transformação no cotidiano, no dia a dia. Um mundo melhor é um mundo de respeito a todos e todas.”

O evento ocorreu no auditório Garapuvu, Centro de Eventos, das 9h às 18h. O período da tarde foi dedicado à discussão do Eixo VI do PNE: “Valorização dos profissionais da Educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”. Os palestrantes convidados para essa mesa-redonda foram a professora Gisele Masson, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Andrea do Rocio Caldas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC

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TV UFSC: confira a edição do telejornal UFSC Cidade desta sexta

04/09/2015 20:36

O telejornal UFSC Cidade traz na edição desta sexta-feira as seguintes reportagens:

– Acessibilidade no Projeto Tamar
– Exposição “Memórias Migratórias”
– Reabertura do Restaurante Universitário
– Fórum da Diversidade
– Agenda cultural para o feriadão

Produzido pela equipe da TV UFSC, o telejornal UFSC Cidade Revista vai ao ar às sextas-feiras, às 20h15min, com notícias variadas de interesse da comunidade.

:: Acompanhe a TV UFSC:

– canal 15 da NET Florianópolis; – canal aberto 63.1 digital.

– http://www.tv.ufsc.br

– http://www.youtube.com/tvufsc

– http://www.facebook.com/tvufsc

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Antropólogo português participa de videoconferência aberta sobre gênero

28/02/2013 08:49

O antropólogo português Miguel Vale de Almeida ministrará uma videoconferência no dia 1º de março, das 19h às 21h, como parte das atividades do curso Gênero e Diversidade na Escola, promovido pela UFSC. O tema da palestra é  “Masculinidade e Homoparentalidades”.  A comunidade universitária poderá acompanhar a palestra pelo link (http://server.stream.ufsc.br/aovivo) ou no Pólo Universidade Aberta do Brasil (UAB) Florianópolis, localizado na Rua Ferreira Lima, 82, Centro.

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“Trote é para brincar, não para maltratar” é tema de cartilha

23/02/2011 16:52

Capa da cartilha foi feita por Charles Fernandes, aluno do Ensino Médio e bolsista do Pibic

A musiquinha é velha e a tradição de cantá-la se perpetua de um semestre a outro, de um ano a outro, há pelo menos uma década. A letra rima frases em que se alardeiam a dificuldade em conseguir boas notas, a bebedeira recorrente e o alto índice de “mulheres feias” nos cursos de engenharia. Comum é ver calouros, a cada semestre, sendo incitados a cantá-la pelos veteranos no campus da UFSC e redondezas e encontrar dentre eles as novas alunas participando também do ritual que entoa sua suposta feiúra. Lá vão eles: passam na frente do Restaurante Universitário, do Básico, do próprio Centro Tecnológico e os graves gritos de guerra contêm as notas agudas tão características das vozes femininas; todos os novatos são a atração do horário do almoço, e as futuras engenheiras bradam aos quatro ventos que são feias por tabela.

Quem defende o trote sujo sempre alega que “participa quem quer”. Mas é sabido que a “adesão espontânea” não é tão espontânea assim. “Todos os calouros querem se integrar. Há a ideia de que quem não passa pelo ritual do trote pode ficar marcado durante todo o curso”, explica a professora Miriam Pilar Grossi, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) e do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC. “Muitas vezes as mulheres concordam em participar de uma atividade que, no início, não é violenta, mas depois se transforma e então desistir é mais difícil”, completa.

Neste semestre, no entanto, calouros e veteranos terão novos argumentos para discutir a respeito das atividades de recepção dos novatos. Com o lema “trote é para brincar, não para maltratar”, a Cartilha de prevenção às violências sexistas, homofóbicas e racistas nos trotes universitários será lançada no primeiro dia de aula, 14/03, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), às 18h30.

Muitas mãos em favor da diversidade

A publicação foi concebida pelo NIGS – cerca de vinte alunos de graduação, mestrado e doutorado participaram da confecção -, contando com a colaboração de estudantes do segundo ano do Ensino Médio das escolas Jurema Cavalazzi (do bairro José Mendes, da Capital, onde estuda Charles Fernandes, criador da capa) e Idelfonso Linhares (Aeroporto), que tomaram parte da atividade através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do CNPq voltado ao Ensino Médio, numa iniciativa pioneira em convênio com a UFSC.

O principal objetivo, de acordo com Miriam, é alertar os alunos sobre a realização de trotes violentos, preconceituosos e discriminatórios. “Geralmente as palavras de ordem envolvem piadas contra o homossexualismo, tratando as diferenças de forma negativa. Entendemos que uma universidade – principalmente pública – deve incitar a cidadania, ressaltando o respeito à diversidade”, justifica a professora.

Ilustrações e textos didáticos incentivam o trote solidário e as confraternizações em detrimento das atividades consideradas sexistas, racistas ou homofóbicas, vexatórias, violentas e humilhantes. A participação obrigatória em qualquer dessas brincadeiras também é condenada pela cartilha.

Conceituando e cercando o preconceito

O documento traz ainda conceitos sobre sexismo, racismo e homofobia, e contatos úteis àqueles que se sentirem violentados ou constrangidos, seja dentro da própria UFSC, como os da Ouvidoria e da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), seja de organizações não-governamentais que atuam na defesa de direitos humanos ou órgãos do governo para os quais tais situações podem ser denunciadas.

A reunião dessas informações teve como ponto de partida pesquisa de campo realizada pela professora Miriam e seus alunos durante vários anos. “Obtivemos excelentes relatórios de observação. Os veteranos de hoje foram calouros ontem, e o histórico de humilhações vai se reproduzindo, já que, como passaram por aquela situação vexatória, desejam que outras pessoas vivenciem experiências semelhantes”.

Os argumentos da publicação estão amparados pela Lei Estadual nº 15.431/2010, que entrou em vigor em dezembro último e proíbe a realização de trotes nos estabelecimentos de ensino públicos e privados. Para essa lei, são considerados trotes condutas e práticas que ofendam, constranjam e exponham de forma vexatória os alunos. Ficam proibidas ainda as doações de bens e as tradicionais arrecadações de dinheiro que seguidamente acontecem nas sinaleiras no entorno da UFSC.

Barulho contra a humilhação

Junto com a cartilha, veteranos e calouros receberão um apito. O objeto tem dupla função; a simbólica – lembrar a forma como os movimentos feministas acusavam as situações de violência e solicitavam ajuda -, e a prática – incentivar os alunos a denunciar as atividades humilhantes realizadas durante os trotes.

A confecção da cartilha contou com o apoio de diversas instâncias da UFSC: Instituto de Estudos de Gênero (IEG), Laboratório de Estudos das Violências (Levis), Núcleo de Pesquisa Modos de Vida, Família e Relações de Gênero (Margens), o Núcleo de Estudos em Serviço Social e Relações de Gênero (Nusserge), o Coletivo LGBT da UFSC (Gozze), Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH), Revista Estudos Feministas, Grupo de Ação Feminista (GAFe) e Agência de Comunicação (Agecom). Trata-se também de atividade apoiada pelo CNPq, por meio de projetos de pesquisa e de atividades de bolsistas de doutorado, mestrado, de graduação e de alunos do Ensino Médio da Grande Florianópolis que participam do projeto pioneiro de bolsas PIBIC de Ensino Médio na UFSC.

Mais informações: Profa. Miriam Pillar Grossi | miriamgrossi@gmail.com | Fone: 3721-9714, ramal 5
Mestranda Fernanda Moraes (PPGAS/UFSC) | fermoraesazeredo@gmail.com | Fone: 9900-1322
Doutorando Felipe Fernandes (DICH/UFSC) | complex.lipe@gmail.com | Fone: 3304-7564

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UFSC abre inscrições para especialização gratuita em Educação de Jovens e Adultos e Educação na Diversidade

27/12/2010 15:08

Estão abertas até o dia 16 de fevereiro as inscrições para o processo seletivo do Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos e Educação na Diversidade.

A pós-graduação em nível de especialização será oferecida na modalidade presencial na UFSC. É uma promoção do Departamento de Ciências Contábeis em parceria com o Departamento de Metodologia de Ensino, sendo direcionada a professores da rede pública e que atuam com educação de jovens e adultos e educação para a diversidade.

Financiada pelo Ministério da Educação, a capacitação é gratuita. A proposta está organizada em duas áreas: fundamentos de educação de jovens e adultos e fundamentos da economia solidária. O objetivo é a formação continuada de professores e outros profissionais da educação das redes públicas (prioritariamente), e demais instituições públicas que atuam na educação de jovens, adultos e idosos.

Podem também participar alfabetizadores populares e de instituições carcerárias, de instituições que atendem pessoas
com deficiência, indígenas e demais entidades da diversidade. A coordenação é do professor da UFSC Marcos Laffin.

O edital do curso que será oferecido para a região de Florianópolis está no site www.eja.fepese.ufsc.br/

Mais informações:  marcoslaffin@gmail.com / (48) 3721-9383

Tags: diversidadeeducação de jovens e adultosespecializaçãoindígenas

Lançamento do livro “É legal ser diferente” uniu pais, alunos e professores

08/12/2010 18:43
pais, crianças e a professora comemoram o lançamento do livro

O lançamento reuniu os pais orgulhosos de seus pequenos escritores (fotos: Thaine Machado)

O dia 08 de dezembro foi especial para os alunos do 3º ano B do Colégio de Aplicação. Além de marcar o fim de mais um ano letivo, foi uma ocasião onde os pais puderam conhecer o livro “É legal ser diferente”, que une dois poemas de cada criança com ilustrações feitas pelos próprios autores. “Achei maravilhoso, uma riqueza! Durante o ano meu filho comentava várias coisas positivas que ele tinha aprendido durante as aulas”, diz Carmen Rech, orgulhosa do filho Gabriel.

Com a coordenação da professora Amanda Leite, as crianças trabalharam o tema diversidade, que foi base dos textos produzidos. “O projeto teve início com a ideia da inclusão a partir das diferenças. Temos um aluno com paralisia cerebral que já era visto como diferente pelas crianças, mas ajudamos os alunos a compreenderem que diferença não é algo pejorativo”, explica.

crianças recebem o livro “É legal ser diferente” de sua autoria

Crianças apreciam sua primeira obra literária

O evento contou com a declamação dos poemas como o de Júlia, que escreveu sobre as diferenças de cada colega e o de Thales, que falou sobre a alegria que as crianças sentem ao sair para o recreio e a tristeza que é ter que voltar para a sala de aula. Músicas como “O vira”, do grupo Secos & Molhados e “A casa”, de Toquinho e Vinícius de Moraes foram interpretadas pelos alunos sobre o violão da professora Amanda.

O trabalho que foi realizado durante seis meses resultou no inesperado livro que será distribuído à Biblioteca Universitária e Às bibliotecas setoriais do Centro de Educação e do Colégio de Aplicação.

Leitura dos textos fez parte do lançamento

Leitura dos textos fez parte do lançamento

Mais informações com a professora através do telefone (48) 9957 4724 ou pelo e-mail amandapleite@hotmail.com.

Por Murilo Bomfim/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: Colégio de Aplicaçãocriançasdiversidade

Alunos do Colégio de Aplicação lançam livro “É legal ser diferente”

08/12/2010 11:45
capa do livro "É legal ser diferente!"

capa do livro "É legal ser diferente!"

O resultado do trabalho realizado junto à turma do 3º ano B do Colégio de Aplicação (CA) durante as aulas de português do terceiro trimestre deste ano poderá ser conferido nesta quarta, 08/12. A obra “É legal ser diferente” reúne poemas e ilustrações com a temática diversidade, criados pelos próprios alunos do Ensino Fundamental. O livro será lançado às 16h30, no próprio CA.

O processo de criação incluiu, inicialmente, muita leitura, como atesta a professora que coordenou todo o trabalho, Amanda Leite, no prefácio da obra: “A cada roda de leitura embarcamos numa gostosa viagem. Visitamos todos os animais da Arca de Nóe, de Vinicius de Moraes, ouvimos alguns dos seus poemas musicados, cantamos, imaginamos cenas, objetos diferentes, casas engraçadas… Depois desenhamos borboletas, meninas na janela, um burrinho, um menino azul, duas velhinhas que tomavam chocolate quente, fomos à Chácara do Chico Bolacha na companhia de Cecília Meireles; também conhecemos um pouquinho mais de José Paulo Paes, Ruth Rocha, Mário Quintana e outros poetas que entusiasmaram as crianças a se aventurarem nos caminhos inventivos da escrita”.

Amanda ainda explica como a diversidade foi abordada pelas crianças. “Temas como natureza, animais, escola, brinquedos, amigos e cenas cotidianas permitiram aos nossos pequenos escritores trabalharem a diversidade em variados contextos. Nossos diálogos giraram em torno do respeito e da inclusão, sobretudo pelo viés das diferenças. Foi assim que as poesias, os acrósticos e as divertidas imagens surgiram. De forma alegre e inventiva passeamos com rimas, cores, estrofes e versos”.

Mais informações com a professora Amanda: (48) 9957-4727 ou amandampleite@hotmail.com.

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Gozze! faz ato de conscientização na Concha Acústica

01/12/2010 18:01
Grupo Gozze! se manifestou no Dia Mundial de Combate à Aids

Grupo Gozze! chamou a atenção para o respeito às pessoas com Aids (fotos: Thaine Machado)

Sob o anúncio da banda Habitantes do Zion, que tocava no Projeto 12h30, um dos membros do grupo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) da UFSC, o *Gozze!*, Ringo Bez, subiu ao palco para discursar sobre questões referente à AIDS, no dia mundial de combate à doença. “As pessoas com HIV não estão mortas, estão por aí e é preciso que saibamos respeitá-los”, disse o estudante, com interpretação simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Após lembrar o propósito do grupo à comunidade, que havia recebidopreservativos, Ringo convidou todos a contemplar a “manifestação de amor público” na Concha Acústica. Em frente a uma grande bandeira com as cores doarco-íris – o símbolo LGBT – e ao laço vermelho – símbolo de luta contra a AIDS – casais homossexuais e heterossexuais trocaram beijos e abraços. Depois, todos se uniram em círculo e comemoraram a realização do ato.

A comemoração pelas ações do grupo será a “Gozze!, a festa”, que acontece nessa quinta-feira, 2 de dezembro, às 22h, no Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Mais informações pelo e-mail diversidadeufsc@gmail.com ou pelo twitter @gozzeufsc.

Por Murilo Bonfim/bolsista de Jornalismo na Agecom.

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