Projeto Imagine exibe minidocumentário sobre jogo acessível para ensino de biologia

08/09/2022 12:39

O Projeto Imagine, do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), irá exibir um minidocumentário feito pelas alunas de Ciências Biológicas sobre a experiência da aplicação do Ima-Gene, o “jogo de código genético”. A estreia do vídeo será no dia 12 de setembro, das 14h30 às 15h, com legendas em português, inglês e francês, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), mas a transmissão poderá ser assistida no canal do Projeto Imagine. O evento integra a programação da XXII Semana da Biologia.

O jogo aconteceu na Escola de Educação Básica Nossa Senhora da Conceição, em São José (SC), com alunos do final do ensino médio. Este utiliza peças de madeira encaixáveis para demonstrar processos biológicos importantes para a compreensão do funcionamento do organismo de todos os seres vivos. Segundo o organizador da exibição, professor André Ramos, “a utilização de recursos visuais e tácteis auxiliam, como será observado no vídeo, no ensino de estudantes com deficiência, que conseguem apreender de uma forma mais lúdica e divertida conceitos normalmente considerados de difícil compreensão”. 

Estarão presentes na exibição as alunas realizadoras do filme, a pró-reitora de extensão, professora Olga Regina Zigelli Garcia, a secretária adjunta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em Santa Catarina, professora Bárbara Segal, e a representante da escola Nossa Senhora da Conceição, professora Suzana Mara Machado.

Tags: acessibilidadebiologiacódigo genéticodocumentárioensinoEnsino Básicojogoslúdico

Feira de micologia apresenta a ciência dos fungos

19/07/2022 14:29

O Laboratório de Micologia (Micolab) da Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC) promove a I Feira de Micologia, no dia 1º de agosto, segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no bairro Córrego Grande.

A atividade é gratuita, aberta a escolas, famílias e interessados em natureza, jogos e educação. A proposta é apresentar de forma lúdica a ciência dos fungos.

A feira é composta de materiais elaborados por estudantes da disciplina de Micologia, sob monitoria da professora Maria Alice Neves, com a curadoria de especialistas em fungos. Os materiais são adaptados para todas as idades e podem ser utilizados em aulas sobre fungos e para despertar o interesse na natureza, nas relações entre organismos e na história natural.

Serviço

O que: I Feira de Micologia
Quando: Dia 1º de agosto de 2022, das 13h30 às 17h30
Onde: Auditório do CCB, UFSC, próximo à prefeitura do campus Trindade, na entrada do Córrego Grande.

Tags: biologiafeiraFungosLaboratório de Micologia (Micolab)lúdicoMicologiaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Especial Jogos Educacionais: Humanos contra o lixo espacial

17/09/2012 07:28

As ciências podem ser das mais variadas – humanas, exatas, da saúde – mas os professores em sala de aula têm a mesma preocupação: atrair a atenção e facilitar o entendimento dos conteúdos ministrados. Para isso, muitos deles se desdobram lançando mão da criatividade e, não raro, buscam no lúdico a alternativa para estimular a imaginação dos estudantes e auxiliar na fixação das matérias. A UFSC tem desenvolvido pesquisas sobre jogos educacionais e o Jornal Universitário n°429 trouxe algumas das tantas iniciativas desenvolvidas por seus professores e estudantes. As cinco matérias resumidas no JU estão sendo publicadas na íntegra no site da UFSC durante esta semana.

 

Humanos contra o lixo espacial

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Em uma das fases o jogador deve entender como funciona a transmissão de calor em diversos metais

“O mundo já nos apresenta tantos desafios que não é necessário criarmos vilões”, defende José Eduardo de Lucca. O professor do Departamento de Informática e Estatística (INE) explica a filosofia que sua equipe de dez pesquisadores segue para desenvolver um jogo eletrônico educativo: a verossimilhança.“É factível? Se não for, descartamos, porque foge da verdade científica atual”.

O jogo Universo de Ciências está sendo desenvolvido a partir da parceria entre a empresa Mentes Brilhantes Brinquedos Inteligentes e o Centro de Geração de Novos Empreendimentos em Software e Serviços (GeNESS) da UFSC, do qual de Lucca é coordenador. O edital do Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) do CNPq e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) propiciou a união de esforços, iniciada em 2009, e que tem como objetivo estimular a inserção de mestres e doutores nas micro, pequenas e médias empresas.

Wagner Saback Dantas é formado em Ciências da Computação e mestrando em Linguística na UFSC. Gerente do Projeto Universo de Ciências, ele explica que o jogo tem viés público, pois alguns recursos podem ser jogados gratuitamente na web e é todo concebido e executado em softwares livres como Inkscape, MyPaint e GIMP – ferramentas para criação e edição de imagens. Destinado a estudantes de 11 a 14 anos, o primeiro protótipo deverá ser apresentado pela equipe no fim de 2012. Wagner destaca que um dos maiores desafios é “dosar o lúdico e o educativo, conciliando ainda as possibilidades e distintas perspectivas da equipe multidisciplinar”, formada por pedagogos, físicos, designers, biólogos e cientistas da computação.

A missão do jogo – que pode ser atingida individual ou coletivamente, com auxílio de professor ou não – é coletar o lixo que ameaça uma estação espacial. São cinco desafios envolvendo conhecimentos de biologia, física, química e matemática, numa introdução à robótica. A aventura começa ainda em terra, quando o usuário deve construir um foguete, lidando com informações que precisa buscar fora do jogo – resistência de materiais, transmissão de calor –, ou descobrir por tentativa e erro. Já no espaço, os conhecimentos de biologia são requeridos: de que forma funcionam o braço humano, a tromba do elefante, a língua do sapo? A partir das comparações, o estudante pode criar seu próprio braço mecânico para captar o lixo.

Tanto Wagner quanto De Lucca demonstram preocupação com a transposição didática: como falar de ciências instigando a curiosidade e sem ser superficial? “A Física ensinada de maneira tradicional se afasta rapidamente do concreto e passa para o abstrato, o que dificulta o entendimento”, salienta De Lucca. “Os jogos auxiliam a compreensão da ciência, que pode ser vista como criativa e acessível”, completa.

Além de apresentarem vilões reais (como a poluição espacial) e darem ênfase à verossimilhança, os pesquisadores lidam com outras questões em que o lúdico e o educacional procuram, cada qual, seu espaço ideal. Wagner é quem relata: “estamos refletindo acerca do sistema de pontuação. Que mecanismos podemos criar para indicar o progresso do usuário sem recorrer ao sistema clássico de pontos?”.

De Lucca defende ainda que a influência dos brinquedos educativos talvez não seja sentida de imediato, mas faz diferença com o passar do tempo. “Você pode estimular uma criança de sete anos com um brinquedo que reproduza o funcionamento de engrenagens. Quando estudar o tema, na adolescência, o aluno terá principalmente a memória afetiva daquele sistema, e o assunto será mais facilmente assimilado porque é associado a boas lembranças”.

Mais informações: univerciencia@mentes-brilhantes.com e univerciencia.mentes-brilhantes.com.

 

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Por Cláudia Schaun Reis / Jornalista da Agecom

Tags: CTCINEjogos educacionaisJosé Eduardo de LuccalúdicoWagner Saback Dantas