Notícias da UFSC

O Abril Indígena na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ocorre de 1º a 30 de abril, com atividades planejadas para ocorrerem no campus da UFSC em Florianópolis. Com o tema “Demarcando e Protagonizando os Espaços Institucionais”, os eventos têm a intenção de fortalecer a presença e o protagonismo indígena na UFSC.

A programação conta com mesas-redondas, debates, exibição de filmes, exposições culturais e rodas de conversa com lideranças indígenas, docentes e estudantes. Os eventos buscam promover reflexões e diálogos sobre a presença e o protagonismo indígena nos espaços institucionais, fortalecendo a luta pelos direitos e o reconhecimento dos Povos Originários.

Palestra

Na próxima terça-feira, 15 de abril, às 18h30, ocorre a palestra “Marco ancestral: direitos territoriais dos povos indígenas em Santa Catarina”. Promovida pelo Centro Acadêmico XI de Fevereiro (Caxif), do curso de Direito, a palestra tem o objetivo de suscitar o debate acerca dos direitos dos povos indígenas à terra, por meio do ponto de vista dos indígenas e também do Direito.

Para abordar a temática de forma ampla, a mesa contará com o cacique Guarani Hyral Moreira, coordenador da Funai em Santa Catarina, o cacique Kaingang Sadraque Lopes, da Goj Ty Sá, ou ‘Goitaxá’, no Saco dos Limões em Florianópolis, o cacique Laklanõ/Xokleng Brasílio Priprá, que participou do julgamento do ‘marco temporal’ no STF, e a advogada especialista em direitos indígenas Juliana de Paula Batista, que atuou durante nove anos no Instituto Socioambiental (ISA).

O evento é aberto ao público. Participantes registrados podem ter certificado de participação de duas horas.

Acompanhe a programação completa no Instagram da UFSC e no perfil Conexão Saberes Indigenas UFSC.

Estudantes da UFSC em Brasília. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC.

Cerca de 20 estudantes indígenas e não indígenas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram, na última segunda-feira, 24 de abril, a Brasília para participar do 19º Acampamento Terra Livre (ATL). O evento ocorre do dia 24 a 28 de abril. O acampamento é parte do movimento estudantil de luta pela moradia específica, bolsa permanência, demarcação de território, saúde e educação. Participa do evento uma delegação da Maloca UFSC. 

O ATL é a maior mobilização indígena do país. Este ano reúne cerca de 6 mil indígenas de todo Brasil. Tem como tema o Futuro indígena é hoje sem demarcação não há democracia.

“Esse movimento é muito importante para a luta do movimento indígena como um todo, porque a gente tá ocupando cada vez mais espaços importantes na política, educação e na mídia. Portanto esse é um momento histórico para todos os povos indígenas do Brasil”, declara Samela Sateré Mawé, membro da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e coordenadora geral da comunicação colaborativa do evento.

Ariclenes Patté / estagiário de Jornalismo da Agecom / UFSC

A Editora da UFSC (EdUFSC) promove nesta sexta-feira, 28 de abril, uma nova edição do evento Livro na Praça, com a professora do Departamento de História e coordenadora da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, Juliana Salles Machado. Parte da programação do Abril Indígena, o evento ocorre na Igrejinha da UFSC, no Campus de Florianópolis, a partir das 18h.

Juliana irá conduzir uma conversa sobre os povos indígenas, suas trajetórias históricas, seus protagonismos e desafios contemporâneos. Também haverá apresentação musical, com o violonista Josué Silva, e audiovisual, além da venda de livros a preços promocionais.

Jafé Sateré defendeu monografia sobre Direito do povo Sateré-Mawé. Foto: divulgação

As lideranças Sateré-Mawé Jafé Ferreira e João Ferreira ministram a palestra Ordenamentos consuetudinários indígenas enquanto ordenamentos jurídicos não estatais: o Direito do povo Sateré-Mawé da Amazônia na próxima segunda-feira, 24 de abril, às 14h30, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina (CCJ/UFSC). Na sequência, haverá um debate com professores do CCJ. A atividade faz parte da programação do Abril Indígena na UFSC.

Jafé é graduado em Direito pela UFSC e, em seu trabalho de conclusão de curso, fez uma análise de instituições, fenômenos jurídicos e de princípios norteadores que regem a nação indígena Sateré-Mawé, presente na bacia do rio Amazonas. Atualmente, é mestrando no programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD). João é uma liderança tradicional do povo Sateré-Mawé do Amazonas, fundador da Coordenação e Articulação do Povos Indígenas do Brasil (Capoib) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coaib) e vice-presidente das Lideranças Tradicionais do Povo Sateré-Mawé do Amazonas (Kapi). 

Confira a programação do evento:

14h30 – Abertura
14h45 – Conferência da liderança Sateré-Mawé João Ferreira
15h15 – Conferência da liderança Sateré-Mawé e mestrando do PPGD, Jafé Ferreira
15h45 – Debatedores: professores Arno Dal Ri Jr., Danielle de Ouro Mamed, Diego Nunes e Caetano Dias Corrêa
16h30 – Encerramento

O Restaurante Universitário (RU) do Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no bairro da Trindade, terá um cardápio especial em celebração ao Dia dos Povos Indígenas, na quarta-feira, 19 de abril. 

O estudante indígena Laklãnõ/Xokleng Djeimi Camlem foi ao RU na última quinta-feira, 13 de abril, onde ensinou a chef do restaurante a preparar o totol (pronuncia-se totolo), um dos pratos que será servido no dia 19. O cardápio completo você encontra no site.

Totol  é um prato bem simples do povo Laklãnõ/Xokleng, uma espécie de cuscuz à base de fubá, água, sal e uma pitada de azeite, preparado na panela. Pode ser servido sobre ty (folhas de caetê) ou no prato, com klágnē (carne) ou kagklo (peixe).

>> Assista ao vídeo do preparo:

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Estudantes e liderança indígenas participam de dois eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na próxima terça-feira, 18 de abril. Às 10h, o Centro Acadêmico Livre de História organiza a palestra Nimoa so sehay – a história, a resistência e o protagonismo do movimento indígena na Amazônia, com Jafé Sateré e João Sateré.

Jafé é mestrando no programa de Pós-Graduação em Direito da UFSC, e João é uma liderança tradicional do povo Sateré-Mawé do Amazonas, fundador da Coordenação e Articulação do Povos Indígenas do Brasil (Capoib) e da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coaib) e vice-presidente das Lideranças Tradicionais do Povo Sateré-Mawé do Amazonas (Kapi). O encontro ocorre às 10h, no auditório do térreo do bloco B do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), no Campus de Florianópolis.

Às 12h30, o hall da UFSC Joinville sedia uma roda de conversa com estudantes indígenas da UFSC. Organizado em parceria com a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), o evento tem os objetivos de conscientizar a comunidade de que a Universidade também é Território Indígena e de discutir questões críticas que envolvem os povos indígenas do nosso país.

As atividades fazem parte da programação do Abril Indígena.

Imagens estão expostas no Hall da Reitoria, em Florianópolis. Foto: Robson Ribeiro/Agecom/UFSC.

Estudantes indígenas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promovem a exposição fotográfica Ocupação Maloca contra o marco temporal por permanência estudantil, com início nesta quinta-feira, 6 de abril, e com término em 30 de abril. A exposição conta sobre as lutas e mobilizações dos estudantes indígenas da UFSC, que ocorreram ao longo de 2022. O evento é gratuito e realizado no Hall da Reitoria, em Florianópolis.

A exposição, que faz parte da programação do Abril Indígena, é organizada pelo Curso de Jornalismo da UFSC e por alunos indígenas de diversos cursos de Graduação. 

A professora do Curso de Jornalismo Isabel Colucci explica que a parceria com a Ocupação Maloca nasceu de seu trabalho como supervisora da monitoria indígena. “Ao estar com os estudantes indígenas no dia a dia, fui conhecendo a luta deles por permanência e outras questões. Fui vendo como a rotina universitária deles era intensa justamente porque, além da vivência do curso, tem as lutas. A importância da exposição entra justamente aí. Porque ela é um relato dos estudantes indígenas sobre a sua vida na UFSC, que, além de muito estudo, é de muita articulação por moradia, permanência estudantil e pelos direitos dos povos indígenas de forma geral”.

Estão expostas mais de 50 imagens jornalísticas, tiradas por 12 fotógrafos. Dentre eles, 11 são estudantes de diferentes universidades e localidades e uma é criança. As fotos foram tiradas em vários lugares, como Brasília; algumas embaixadas visitadas em 2021 e 2022; no Acampamento Terra Livre Sul de 2022, que aconteceu na Terra Indígena Toldo do Chimbangue; e nos protestos contra o Marco Temporal que foram realizados em Florianópolis.
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Fernanda Maria da Fonseca Pinheiro, do povo parintintim. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC.

O Abril Indígena, evento que destaca a cultura e as contribuições dos povos indígenas de todo o Brasil, começou com debates sobre universidade, políticas públicas e direitos na sexta-feira, 31 de março, no Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os participantes se reuniram no auditório do Bloco B, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), por volta das 10h30. O evento se estendeu para a tarde, quando seguiram os debates e houve uma apresentação cultural. O primeiro dia do Abril Indígena teve transmissão pela TV UFSC e pode ser visto no canal do YouTube.

>> Confira a programação completa do evento.

Logo após a composição da mesa de abertura, a pró-reitora de Extensão da UFSC, Olga Regina Zigelli Garcia, que representou o reitor da Universidade, Irineu Manoel de Souza, saudou os presentes. Ela comentou que a atenção aos povos indígenas é prioridade nesta gestão. “A Universidade tem reunido todos os esforços para atender às necessidades de seus estudantes indígenas”. Também compuseram a mesa a pró-reitora de Graduação e de Educação Básica, Dilceane Carraro; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; a pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sobral Sampaio; e o coordenador do projeto UFSC na Aldeia, Daniel Castelan.

Em sequência, iniciou-se o trabalho do grupo vai estudar e propor uma política de permanência para estudantes indígenas e quilombolas na UFSC. Participaram dessa mesa, Thaira Priprá, estudante xokleng; Ícaro Patté, estudante xokleng; Luciana Freitas, das comunidades quilombolas de Santa Catarina; e Giovani Fiuza Oliveira, estudante xakriabá, do Campus de Araranguá. Logo depois, com o tema “Qual o papel da universidade para as comunidades indígenas?”, falaram as lideranças guarani Elizete Antunes e Jeferson Gomes Leopoldino. Ao final da manhã, se juntaram também aos presentes no debate as lideranças xokleng Setembrino Camlém e Carli Caxias Popó.

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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) planeja várias ações ao longo do mês de abril para destacar a cultura e as contribuições dos povos indígenas de todo o Brasil, além de combater o racismo. De 31 de março a 30 de abril, haverá palestras com lideranças indígenas, além de apresentações artísticas e culturais, rodas de diálogo, exposições e um cardápio especial no Restaurante Universitário (RU), incluindo a típica culinária indígena brasileira.

>> Confira a programação completa do Abril Indígena UFSC.

O evento contará com transmissão on-line pelo canal da TV UFSC bem como certificado de horas. Para ter acesso ao certificado, é necessário inscrever-se pelo link. O Abril Indígena é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), e da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). 
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