Literatura e política no Estado Novo: EdUFSC disponibiliza gratuitamente livro digital

01/04/2020 19:20

Um concurso literário promovido pelo Estado, voltado ao enaltecimento de valores como bondade, energia, inteligência e idealismo dos trabalhadores a agraciar escritores com reconhecimento e um consideravelmente elevado prêmio financeiro. O que parece algo grandioso, entretanto, mostra-se muito mais próximo de uma distopia do que de uma utopia. E ocorreu no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas.

Foram duas edições, uma em 1942 e outra em 1944 – na segunda metade do Estado Novo. Os premiados foram escritores que não prosperaram na carreira literária. O contexto, histórico, conjuntura e a íntegra das três obras vencedoras – sendo dois romances e uma peça teatral – constam no livro “Literatura e política no Estado Novo: os concursos literários promovidos pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio em 1942 e 1944”, lançado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) e organizado por Adriano Luiz Duarte, professor do Departamento de História na instituição. A obra está disponível gratuitamente na página da EdUFSC.
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Últimos Sonetos: obra póstuma de Cruz e Sousa reúne escritos derradeiros do grande poeta simbolista

06/03/2020 18:26

Em 1905 é lançada a obra Últimos Sonetos, do poeta catarinense Cruz e Sousa. Publicada postumamente, a coletânea reunida pelo amigo Nestor Vitor marca o apogeu estético do mais notório simbolista brasileiro. O ápice da forma contrasta, todavia, com a angústia do escritor, até então não reconhecido.

Lançada integralmente pela Editora da UFSC (EdUFSC), a obra com mais de 90 sonetos é permeada pela contradição entre o ideal de perfeição esteticamente realizado e a desconsideração desta grandeza pela sociedade da época, diante de um artista negro. Nos poemas, o temor da morte e o assombro do esquecimento convivem com a percepção da morte enquanto redentora diluição do artista na totalidade e nas visões de glória do escritor que pode ser reconhecido por outros artistas.
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O clássico dos clássicos: Editora da UFSC apresenta edição bilíngue de ‘As metamorfoses’

20/01/2020 07:30

Capa do livro reproduz pintura de Jean-Leon Geróme sobre a história de Pigmaleão, o rei e escultor que se apaixonou pela sua própria obra, Galatea. Foto: divulgação.

As Metamorfoses eternizaram Ovídio e mitos até hoje conhecidos como Pigmaleão, Eros e Psiqué, Narciso e Eco, e Ícaro, por exemplo. Inequívoca influenciadora de artistas de todas as áreas há 20 séculos, o livro foi redigido no final do Século I a.C. em forma de um grande poema dividido em 15 livros que narram 246 mitos de metamorfoses desde a criação do mundo até Júlio César.
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Negerplastik: quando a arte africana foi enfim reconhecida

08/01/2020 13:29

Capa do livro Negerplastik, com taça cefalomorfa. Foto: divulgação

Publicado em 1915 por Carl Einstein (1985-1940), Negerplastik colocou no Panteão da arte universal as artes primeiras da África e da Oceania. Naquele período, quando ainda eram conhecidas como “artes primitivas” e as artes africanas como “artes negras”, Einstein percebeu “as formas plásticas puras conservadas pela escultura negra” e empreendeu a primeira análise formal das artes africanas livre de etnocentrismo.

Segundo Einstein, o juízo escrupuloso das artes de origem africana demonstrou que a imensa maioria das críticas anteriores que a caracterizavam enquanto “primitiva” e supostamente ligada a uma origem perdida e ultrapassada, falavam mais sobre o crítico do que sobre a arte africana, propriamente dita.
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‘A Tempestade’: edição bilíngue de clássico do teatro de Shakespeare

10/12/2019 15:00

“A Tempestade” é provavelmente a última obra solo de William Shakespeare para o teatro. O enredo se desenvolve em uma remota ilha, onde Próspero, o legítimo duque de Milão, põe em ação um complexo e mágico estratagema para retomar seu ducado por direito: cria a grande ilusão de uma tempestade. A magia de Próspero desvia a embarcação em que navegava o usurpador de seu ducado e seu cúmplice: seu irmão Antônio e o rei de Nápoles, Alonso, respectivamente.
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