Direitos Indígenas, políticas públicas e os desafios da perícia antropológica são tema de palestra

07/12/2023 17:09

O núcleo de pesquisa Arandu, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC (PPGAS), irá realizar palestra “Direitos Indígenas, políticas públicas e os desafios da perícia antropológica”, da professora Senilde A. Guanaes (PPG-ICAL/UNILA). O evento será realizado no dia 15 de dezembro, às 10h, na sala 110 do Bloco D do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. A participação dá direito a certificado de duas horas.

O evento irá  abordar a importância do trabalho antropológico, especificamente na realização de perícias técnicas, para a garantia de direitos dos povos indígenas, usando como exemplo o acordo firmado entre a UNILA e a prefeitura de São Miguel do Iguaçu, Paraná.

Mais informações no Instagram e no site.

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Doutoranda da UFSC recebe prêmio de Direitos Humanos por estudo sobre violência obstétrica

06/09/2022 10:12

Divulgação do Facebook Mães na luta contra a Violência obstétrica

A estudante de doutorado da Universidade Federal de Santa Catarina, Bruna Fani Duarte Rocha, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, recebeu menção honrosa no Prêmio de Direitos Humanos da Associação Brasileira de Antropologia por conta de um artigo sobre o reconhecimento da dor e da violência obstétrica no cotidiano de mães enlutadas e de mães especiais. Os dados foram coletados a partir de uma pesquisa de mestrado sobre o movimento Mães na Luta contra Violência Obstétrica, realizada na Universidade Federal de Santa Maria.

O grupo estudado surgiu, inicialmente, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no contexto online e off-line, em agosto de 2016. Depois, se desenvolveu em municípios como Pelotas e Rio Grande. No artigo premiado, a pesquisadora, que atualmente é orientada pela professora Alinne Bonetti, trata do desdobramento da violência obstétrica no cotidiano de mães enlutadas e de mães especiais, da formação de “comunidades emocionais” e do lugar das emoções nesse processo.

Ela realizou uma observação participante e também estudou os relatos de parto das interlocutoras nas mídias digitais. “Embasada pela antropologia das emoções, compreendo que o discurso emocional contribui para o reconhecimento dessa violência como uma possível violação de Direitos Humanos básicos, bem como fortalece o vínculo entre as mulheres a partir do momento em que se identificam vítimas dessa violação”, indica, no estudo.

Bruna conclui, no artigo premiado, que diante do reconhecimento e identificação de seus corpos, as mulheres que protagonizaram a pesquisa passaram a formar alianças, primeiro pelas mídias digitais, em seguida pelas ruas, criando uma narrativa que estabelece uma continuidade entre o online e o off-line. “Ao organizar intervenções, inclusive, artísticas, elas mobilizam o corpo e as emoções”, pontua. Ainda, segundo ela, a partir do momento que mães, vítimas de violência obstétrica, propõem-se a ir às redes sociais e às ruas denunciar suas narrativas de parto, elas buscam justiça e reparação dos danos dessa violência. “Elas passam, inclusive, a ser reconhecidas pelo Estado, o qual passa a agir, em alguma medida, em prol de seus interesses”.

No doutorado, realizado no Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividades, ela pretende realizar uma pesquisa sobre a formação de outros movimentos sociais contra violência obstétrica, pela perspectiva feminista, já como um desdobramento da investigação premiada. “O universo empírico será um movimento social de fora do Brasil. A intenção é investigar, de forma mais ampla, o que favorece esse contexto de politização da maternidade, que facilita a criação desses movimentos a partir de demandas da maternidade, pensando no nascimento e suas traduções interculturais em contextos europeus e latinoamericanos”, explica.

Bruna irá observar a formação do movimento social El parto es nuestro, de Madrid, na Espanha, e pensar a formação desses movimentos na América Latina. “Tenho buscado desenvolver uma pesquisa antropológica no campo dos estudos feministas e de gênero, discutindo maternidade, ativismo de mulheres mães, parto e violência obstétrica”, resume.

O tema do Prêmio de Direitos Humanos deste ano era “Cuidar, resistir e lembrar”. Concorriam categorias de graduação, mestrado e doutorado 30 pesquisadores, sendo 14 na categoria mestrado. Ao todo, foram 35 pareceristas. Devido a qualidade dos trabalhos, além do primeiro lugar, foram concedidas duas menções honrosas. Em breve, o artigo na íntegra será publicado na coleção de Direitos Humanos da ABA, em uma edição especial.

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Professora de pós-graduação da UFSC participa de seminário on-line sobre Segurança Pública

06/05/2022 15:38

A professora Flávia Medeiros Santos, do departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGAS/UFSC) participa da 8ª sessão dos seminários “Projeto para um Brasil Novo”, que será realizado no dia 11 de maio, às 16h. O tema do debate on-line é Segurança Pública e será transmitido pelo canal da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no YouTube

A discussão será coordenada por Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e professor do Departamento de Gestão Pública da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), com a participação da professora Flávia e outros acadêmicos.
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Pesquisadora mapeia trajetórias negras e racismos na infância

19/11/2021 13:21

Eu não denominava, mas aquela questão de ser chamada de macaca eu percebia que eram dirigidas para as pessoas negras…Pra mim foi uma ruptura profunda entender este mundo agressivo e hostil… Ai o que aconteceu: eu comecei a dizer pra minha mãe que eu tinha dor de cabeça, ai eu não ia para a aula. Eu amava estudar só que, ao mesmo tempo, eu não queria passar por aquilo todos os dias. De ser xingada, hostilizada.

O tempo todo eu era chamada de negrinha suja, suco de pneu, suco de asfalto. E isso se estendeu até a sexta série quando mudei de escola.

Hoje eu consigo ver que, se eu cheguei ao ponto de aos nove anos, de bater, foi o último assim, um estresse muito grande… eu tinha chegado no meu limite. Como a criança negra ela se sente sozinha assim porque… talvez hoje se tenha uma atenção porque a gente fala mais disso, mas antes se não era como a minha mãe respondeu… como se fosse algo simples sabe, tipo “ah, esquece, não dá bola que para”, “ah, se o fulaninho briga muito. iiih é porque gosta”. Sabe estas coisas assim de não dar bola pra um problema que é grave só porque é criança. Só que, com certeza, isso nos afeta muito.

Os trechos acima são reprodução de depoimentos coletados pela pesquisadora Sandra Tonhote Sousa ao longo da sua pesquisa de mestrado, defendida em junho de 2020 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Hoje cientista social e pesquisadora, ela também já foi criança. E embora tenha feito parte de um núcleo familiar que sempre positivou a negritude, a aproximação com coletivos e movimentos sociais fez com que decidisse se dedicar ao que precisa ser dito e enfrentado socialmente.

Por meio de entrevistas concedidas a ela por quatro mulheres e de narrativas públicas de quatro personalidades, ela investigou o racismo na infância. Mesmo sabendo que estaria diante de dores compartilhadas, foi um percurso fundamental para trazer à tona um debate importante. “A ideia de explicitar o racismo é justamente para combater. Temos bastante debate sobre relações raciais na academia e na política, mas na sociedade falta um pouco esse olhar para a infância, para esse sujeito que está começando a se entender e já está sendo vítima”, contextualiza.

Na dissertação Trajetórias Negras e Racismos: Memórias da Convivência Inter-racial na Infância, orientada pela professora Ilka Boaventura Leite, ela conclui que a descoberta do racismo pela criança negra pode ser interpretada em analogia com o mito da caverna de Platão. “Antes da primeira experiência amarga, acreditamos conhecer o mundo de uma maneira, mas, após, ele vai mudar significativamente quando somos de repente jogados para fora, lançados a outra realidade. Assim, depois de um episódio terrivelmente desconfortável, passamos a conhecer a realidade com a qual vamos conviver a partir de então”, escreve. As pesquisas bibliográficas também indicaram que as crianças negras podem experienciar ou passarem a ser vítimas da radicalização desde o berçário, na educação infantil ou até mesmo no interior das famílias.

O percurso não foi prazeroso. Sandra teve de se confrontar com as suas memórias e remexer nas dores das suas entrevistadas. Apesar disso, tanto ela, quanto as interlocutoras na pesquisa compartilhavam de um mesmo objetivo: “a gente tem que promover mais esse debate como forma de acabar com isso, de mostrar que existe, de chamar atenção para esse ponto”.

No caminho, deparou-se com pesquisas que retratavam a infância e o racismo sob a ótica da educação e usou a antropologia para se aproximar desse campo de estudos. Também investigou questões relacionadas à memória e à diáspora africana e, com o auxílio da autora portuguesa Grada Kilomba, remonta ao que a escritora chama de “a dor indizível do racismo”.

Nesse aspecto, lembranças de olhares, de apelidos e de gestos de censura a traços físicos identitários – como o cabelo, por exemplo – permeiam as narrativas trazidas na pesquisa. “Lembro de uma vez em que meu pai fez um trabalho, ele foi cobrar um dono de um restaurante e o dono do restaurante não tinha dinheiro, então falou que o meu pai poderia ir jantar com a família dele. E nós fomos comer num restaurante bem classe média no centro da cidade. Eu nunca vou esquecer quando a gente entrou e todo mundo olhou. Foi horrível”, disse uma das entrevistadas.

Para Sandra, nem mesmo a classe social é um mecanismo que afasta o racismo. A entrevista do cantor e compositor Gilberto Gil, que ela analisa na pesquisa, é um retrato disso: mesmo pertencendo a uma elite, à classe média, quando ele sai do contexto familiar e social em que os pais eram reconhecidos, o racismo passa a permear a sua existência. “No ciclo em que ele estava inserido ele podia ser lido como branco, depois que ele sai daquele ciclo acaba se deparando com o racismo. A racialização está na estrutura social, em todas as sociedades”, comenta.

Precisamos falar sobre

Na pesquisa, Sandra também remonta o momento em que opta pela construção de um objeto capaz de acionar dores e memórias tristes. Ela lembra que, quando começou a estudar relações raciais, sua ideia era fugir de assuntos delicados e investigar outros aspectos de fortalecimento identitário. Mas as leituras a fizeram subverter esse pensamento. “Fui entendendo a gravidade do tema e vi que não tinha como fugir. O debate é urgente. Precisamos falar do racismo, da juventude negra assassinada e de assuntos dolorosos”.

Por conta das características da pesquisa, ela teve dificuldades, por exemplo, em formar uma rede maior de entrevistados. As vozes que ecoam no estudo são, em sua maioria, de mulheres. Todas as entrevistas realizadas por ela também são com interlocutoras femininas. “Eu não consegui entrevistar homens. E entendo que isso tenha acontecido porque, para um homem, é mais difícil se colocar nesse lugar de fragilidade. É uma parte da masculinidade que se tenta esconder”.

Em contrapartida, as vivências captadas no estudo de Sandra revelam muitos padrões de comportamento de uma sociedade racista. Para ela, trata-se de uma disputa de narrativas, já que a ideia de raça é uma construção que vem afetando a toda a sociedade, por séculos e gerações. “Isso nubla a nossa percepção de realidade, tanto os sujeitos brancos, quanto os não-brancos, seja um para se sentir superior e outro inferiorizado”, pondera. “A gente tem consciência de que é uma narrativa e tem que tentar construir outra, contribuir minimamente para isso. E o esforço das pesquisas vai nesse sentido”, completa.

 

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Novo número dos ‘Cadernos Naui’ aborda o patrimônio imaterial no Brasil

23/02/2021 17:16

Está disponível a nova edição da revista eletrônica Cadernos Naui, publicação semestral do Núcleo de Pesquisa Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural (Naui), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A partir de artigos inéditos, resenhas, traduções, entrevistas, dossiês temáticos e ensaios fotográficos, os Cadernos Naui têm como proposta reunir pesquisadores, professores e alunos de diversas áreas do saber ao redor de dois eixos temáticos amplos: dinâmicas urbanas e patrimônio cultural.

O novo número reforça essa premissa reunindo artigos por meio de um dossiê intitulado Patrimônio imaterial no Brasil: trajetórias, participação social e políticas de reconhecimento, organizado por Letícia C. R. Vianna, Patrícia Alcântara e Patrícia Martins. A escolha da temática tem o propósito de contribuir para a visibilidade e o reconhecimento de diversos bens culturais da sociedade brasileira, sua historicização, trajetória e problemática.

A edição pode ser acessada no site da revista.

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Cidades rebeldes: artigos convidam a refletir sobre direito à cidade

28/08/2020 17:25

Cidades rebeldes: invisibilidades, silenciamentos, resistências e potências é resultado do trabalho textual criativo de diversos autores, instigados pelo ciclo de cinema de mesmo nome desenvolvido no primeiro semestre de 2018 e que buscou tornar visíveis intervenções artísticas, engajamentos políticos, pesquisas e reflexões que promovessem a discussão sobre o direito à cidade na contemporaneidade. Organizado por Paulo Raposo, docente do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), em parceria com Allende Renck e Scott Head, a obra disponibilizada em e-book gratuitamente pela Editora da UFSC (Edufsc) reverbera esta rica experiência iniciada no ciclo de cinema.
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Pós-Graduação em Antropologia Social lança nova edição de revista eletrônica

29/08/2019 11:39

O Volume 8 da revista eletrônica de trabalhos acadêmicos do Núcleo de Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural (NAUI), do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da UFSC, está disponível onlineA revista “Cadernos NAUI”, como é chamada, publica pesquisas e investigações dentro dos temas de dinâmica urbana e patrimônio cultural. Esta edição conta com pesquisas realizadas no primeiro semestre de 2019. Confira o texto de apresentação redigido pelos editores da revista:

Apresentação

O dossiê dos Cadernos NAUI intitulado “Ecos e reverberações patrimoniais”, como o nome sugere, e por meio das reflexões e da criatividade de seus autores, pretende trazer para leitura temas patrimoniais que são resultados de discussões, por vezes acaloradas, mantidas no primeiro semestre do ano letivo de 2018, no transcorrer da disciplina Antropologia e Patrimônio, do PPGA.
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Pós em Antropologia Social realiza seminário sobre os desafios das ações afirmativas

31/10/2018 15:39

O I Seminário de Ações Afirmativas do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGAS/UFSC) ocorre nos dias 6 e 7 de novembro. O evento ocorre nos auditórios da UFSC, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e do Espaço Físico Integrado (EFI). A atividade nasce com o intuito de ser um espaço de diálogo, articulação e mobilização de agentes modificadores da realidade da produção científica e acadêmica, no âmbito das ações afirmativas. Também visa incentivar o pensar e repensar as políticas que estão sendo implementadas, alocadas e construídas dentro do próprio programa, da universidade e de outras instituições de ensino do Brasil.

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Colóquio Etnologia Indígena no Brasil Meridional ocorre nos dias 19 e 20 de outubro

11/10/2017 16:14

O Colóquio Etnologia Indígena no Brasil Meridional, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFSC) e pelo curso de Licenciatura Indígena da UFSC, será realizado nos dias 19 e 20 de outubro. As atividades ocorrerão na Sala Silvio Coelho dos Santos (110), no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC). A programação está disponível aqui. O evento é aberto a todos.
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Pós em Antropologia Social da UFSC realiza palestra ‘Os indígenas e o nascimento do Brasil’

29/09/2017 11:32

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC irá promover a palestra “Os Indígenas e o nascimento do Brasil: ‘pacificação’, regime tutelar e formação de alteridades”, com o professor João Pacheco de Oliveira (MN/UFRJ). O encontro será no dia 3 de outubro, no auditório do CFH, às 18h30. 

O evento terá a coordenação de Edviges Ioris (PPGAS/UFSC) e a participação de Ana Lúcia Vulfe Nötzold (PPGH/UFSC) e  Oscar Calávia Saez (PPGAS/UFSC), como comentaristas, e de Joziléia Kaingang (Doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural/UFPel), Davi Timoteo (guarani – mestrado Antropologia/UFSC) e Joseane de Lima Tschucambang (professora Laklãnõ-Xokleng – Licenciatura Indígena/UFSC) como debatedores.

Mais informações na página do programa.

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Professora da UFSC homenageada pela contribuição à Antropologia brasileira

29/08/2016 11:41

A professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Carmen Rial foi homenageada na 30ª Reunião Brasileira de Antropologia com a medalha Roquette Pinto pela significativa contribuição à Antropologia brasileira.  O prêmio da Academia Brasileira de Antropologia, entidade que presidiu entre 2013 e 2015, emocionou Carmen: “Não há reconhecimento maior do que aquele que vem dos pares. Uma trajetória, a gente faz com os colegas”. A carreira dela, que atua no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e no Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC e já orientou dois vencedores de Prêmio Capes de Tese na área Interdisciplinar, começou no radiojornalismo em Porto Alegre e hoje é desenvolvida em Florianópolis, mas com pesquisas multi-situadas, que caracterizam seus trabalhos sobre globalização, seja estudando  fast-food ou jogadores de futebol.

Atualmente, Carmen é vice-presidente do Conselho Mundial de Associações de Antropologia, que reúne mais de 50 associações de diferentes países.
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Doutoranda da UFSC lança livro ‘Prazer e risco nas práticas homoeróticas entre mulheres’

27/07/2016 09:18

Prazer e risco nas práticas homoeróticas entre mulheresDurante a 30ª Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), que ocorre de 3 a 6 de agosto na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), haverá o lançamento do livro Prazer e risco nas práticas homoeróticas entre mulheres, escrito por Jainara Oliveira, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFSC). O livro é resultado de sua dissertação de mestrado, defendida em 2014 na UFPB. A Revista Brasileira de Sociologia da Emoção (RBSE) do Grupo de Pesquisa em Antropologia e Sociologia das Emoções (GREM) publicou, recentemente, uma resenha sobre a obra.

Sobre o livro

“O livro traz uma contribuição para o campo da antropologia da saúde, ao defender uma definição de risco ampliada em relação àquela da epidemiologia, que inclui, nas palavras da autora, ‘estilos de vida, visões de mundo, projetos individuais e coletivos e negociações cotidianas’. Nesse sentido, a análise de Jainara coloca-se na esteira de outros trabalhos que têm chamado a atenção para a polissemia da palavra risco e para a centralidade que essa categoria possui para compreender aspectos diversos das sociedades contemporâneas, especialmente no âmbito da saúde. Trata-se de um trabalho sobre mulheres que mantêm relações sexuais e de afeto com outras mulheres, recorte que ainda continua minoritário no crescente campo de estudos LGBT.” [Mónica Franch, no prefácio da obra]

“É um livro significativo para todos que almejam compreender a heterogeneidade do ser indivíduo na contemporaneidade. De entender os riscos, os medos e receios, e a permanente busca identitária, sempre tensa e sempre móvel, de ser pessoa, pertencente a uma sociabilidade dada, e, ao mesmo tempo, indivíduo, em uma busca individual e coletiva de viver sua diferença. O leitor vai encontrar mulheres que vivenciam uma sexualidade dissidente. Vai se deparar com o medo de se descobrirem diferentes, com o receio e a vergonha de revelarem o seu desejo, e com o embaraço de se sentirem e serem acusadas de diferentes. Mas, ao mesmo tempo, o leitor também vai encontrar a busca dessas mulheres de se situarem como pessoas e da sua construção como mulheres de e com direito de expressarem a si próprias como diferentes, e vai compreender, por fim, a luta dessas mulheres pelo reconhecimento e respeito individual e coletivo de serem diferentes, e de viverem a diferença em uma sociabilidade complexa, no agora.” [Mauro Guilherme Pinheiro Koury, na apresewntação da obra]

O livro está à venda no site da editora Appris.

Mais informações pelo e-mail gomes.jainara@gmail.com

 

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Seminário sobre Antropologia reafirma princípios éticos e científicos na Universidade

11/04/2016 17:12

Antropologia Poder e Direitos Tradicionais - Foto Henrique Almeida-5A abertura da segunda parte do Seminário Antropologia, Poder, e Direitos Tradicionais: A CPI que investiga a Funai e Incra começou com a leitura, pela Reitora Roselane Neckel, da nota aprovada pelo Conselho Universitário em dezembro do ano passado, em apoio ao trabalho dos profissionais da Antropologia e à atividade científica. “O elenco de impropérios e acusações infundadas no requerimento da CPI, contra o conhecimento antropológico e a atuação profissional dos antropólogos, revela não apenas total desconhecimento do corpo teórico-metodológico científico e do código de ética de uma disciplina que registra mais de dois séculos de existência. Ele revela também clara intenção de ignorar, depreciar e distorcer a verdade científica produzida de acordo com os códigos e métodos legítimos nas Ciências Sociais, para desvalidar direitos constitucionalmente constituídos”, diz o texto.

A segunda parte do Seminário, realizada na quinta e sexta-feira passadas, dias 7 e 8 de abril, abordou os argumentos presentes na justificativa para instalação da CPI, em relação aos processos de regularização fundiária que realizam para indígenas e comunidades remanescentes de quilombo. O presidente da Associação Brasileira de Antropologia, Antônio Carlos Souza Lima, contextualizou politicamente a CPI a partir do histórico brasileiro, a Assembleia Constituinte de 1987/88 e a sedimentação de poder após o regime militar.

A professora Ilka Boaventura Leite, da Pós-Graduação em Antropologia Social, alertou para a formação de estado de exceção e observou que a Antropologia não se sustenta em bloco único. Para garantir os direitos constitucionais de indígenas e quilombolas e a atividade antropológica, é preciso “descer do palco e trabalhar duro somo sempre fazemos para refinar nossas ferramentas críticas, não tomar posição heróica”, disse. E perguntou: “Quem está perdendo agora para que os relatórios antropológicos sejam alvos de ataques?”.

A professora Maria Dorothea Post Darella, do Museu de Arqueologia e Etnologia, falou sobre o histórico e os critérios de demarcação de terra Guarani em Santa Catarina e a aplicação de conceitos científicos. Oscar Calávia Saez, também da Pós-Graduação em Antropologia Social, afirmou que ese tipo de ataque com CPIs é constante. “Sempre com as mesmas preocupações, divulgam os mesmos tipos de boatos, certamente movidos pelos mesmos interesses”. Para ele, os dirigentes brasileiros “ignoram a população como premissa e só se referem a ela como problema”.

Antropologia Poder e Direitos Tradicionais - Foto Henrique Almeida-15A doutoranda Joziléia Daniza Jagso Inácio Schild e a mestranda Ana Patté, ambas da Pós em Antropologia, subiram à mesa ao final. Joziléia é kaingang e Ana é Laklãnõ/Xokleng. Joziléia lembrou a importância de conhecer os diferentes povos indígenas, suas características, hábitos e organização social. E observou ainda que todas as conquistas e melhoras passam pela terra. “Para ter saúde e educação, tem que ter território. No Rio Grande do Sul é tão grave que somos tratados como invasores em nossa própria terra. É assim que isso é mostrado”, disse.

A primeira parte da programação, realizada entre 14 e 17 de março, discutiu o conhecimento antropológico produzido na UFSC. A TV UFSC fez matéria sobre a mesa da manhã de 8 de abril. É a primeira da edição do UFSC Cidade Revista.

 

 

 

 

 

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Indígenas Huni Kuin realizam oficina de pintura corporal nesta sexta-feira

25/09/2015 11:51

O departamento de Antropologia da UFSC promove “Experiência, Estética e Narrativa Huni Kuin – Oficina de Pintura Corporal”, nesta sexta-feira, 25 de setembro, às 14h, na sala 110 do bloco D do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

As atividades serão conduzidas por, e com, duas indígenas Huni Kuin, Timá e Maspã, filha e mãe, e que fazem e vão falar sobre pintura corporal.

Mais informações pelo e-mail alberto@cfh.ufsc.br

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Ciclo de palestras no CFH ‘Línguas, Traduções e Narrativas Ameríndias’

29/10/2013 11:01

O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Santa Catarina promove o Ciclo de palestras “Línguas, Traduções e Narrativas Ameríndias”, nesta quinta-feira, 31 de outubro de 2013, às 18h30min, no auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE) da UFSC.

Palestrantes:

João Rivelino Rezende Barreto (Ufam)

José Ribamar Bessa Freire (UERJ/Unirio)
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