UFSC e Celesc firmam parceria para levar transformadores a locais de difícil acesso
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Celesc uniram esforços para resolver um desafio na operação e na manutenção do sistema elétrico: a instalação de transformadores em espaços confinados. Os equipamentos podem chegar a três toneladas e dois metros de altura, o que dificulta seu transporte e sua manobra. Para vencer esses obstáculos, 22 pesquisadores da Universidade e cinco técnicos da distribuidora irão desenvolver um protótipo de uma plataforma robotizada reconfigurável e autopropelida para transporte de transformadores em locais de difícil acesso.
A parceria se concretizou por meio de chamada pública da Celesc, que buscava soluções inovadoras para incrementar a eficiência e a qualidade do setor elétrico. O projeto será contemplado com recursos da ordem de R$ 3,2 milhões, a serem repassados pela Celesc por meio da Fundação Stemmer para Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (Feesc). A assinatura do contrato ocorreu em 6 de dezembro.
Conforme explica o doutorando Elias Renã Maletz, um dos participantes do projeto, muitos condomínios usam transformadores de grandes proporções para que a energia elétrica chegue com qualidade, sendo que a manutenção destes equipamentos é de responsabilidade da Celesc. “O problema enfrentado é realizar o transporte entre a entrada do condomínio (meio-fio da rua) até o local de instalação, bem como posicionar o transformador no seu local correto, além de desníveis no solo, grelhas coletoras de água, escadas, portas, entre outros”, pondera.
O engenheiro Mecânico Roberto Kinceler, que tem mestrado pelo Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC e hoje atua na Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Celesc, foi designado para acompanhar o projeto. Ele exemplifica as dificuldades que a operação com transformadores impõe à distribuidora: “São equipamentos muitos pesados, o que pode danificar os caminhos de transporte. Além disso, subir e descer rampas com transformadores não é uma tarefa simples, sendo necessário o deslocamento de vários técnicos para realizar a operação com segurança”. Kinceler complementa que “uma plataforma robótica, autopropelida e reconfigurável certamente será de grande valia tanto para a área de manutenção como de outras áreas da Celesc”.
Mais informações no site do Departamento de Engenharia Mecânica UFSC.