Colóquio Etnologia Indígena no Brasil Meridional ocorre nos dias 19 e 20 de outubro
O Colóquio Etnologia Indígena no Brasil Meridional, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFSC) e pelo curso de Licenciatura Indígena da UFSC, será realizado nos dias 19 e 20 de outubro. As atividades ocorrerão na Sala Silvio Coelho dos Santos (110), no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC). A programação está disponível aqui. O evento é aberto a todos.
Etnologia Indígena
A etnologia brasileira ganhou impulso a partir de 1970, com pesquisas regionais sobre parentesco, organização social, tempo e espaço nas terras baixas da América do Sul. Temas clássicos como a corporalidade, afinidade potencial e diferentes modos de relação com a alteridade provocaram intensos efeitos nas etnografias realizadas em diferentes contextos amazônicos.
Todavia, as pesquisas realizadas junto aos coletivos ameríndios no Brasil Meridional no mesmo período (décadas de 1970 e 1980, principalmente) enfatizaram as formas de relação dos coletivos indígenas com a sociedade em geral. O estigma de “aculturação” vigente intensificou o distanciamento entre as etnologias indígenas produzidas no Brasil meridional e aquelas referentes à Amazônia e Brasil central.
No entanto, pesquisas mais recentes realizadas por pesquisadores não indígenas e indígenas têm aproximado os modos de vida indígena no Brasil Meridional às reflexões feitas em diferentes regiões amazônicas e alhures. O objetivo do colóquio é reunir pesquisadores e pesquisadoras indígenas e não indígenas, que tenham como foco etnografias que reflitam sobre as transformações vivenciadas por coletivos indígenas que vivem na porção meridional brasileira por perspectivas interessadas em reflexões sobre territorialidades ameríndias, relações de gênero, cosmopolíticas, formas expressivas, xamanismo e conversão.