
Eliane Schimidt fala sobre a reforma da previdência, no auditório do Colégio de Aplicação. (Foto: Lavinia Kraucz/Agecom/UFSC)
O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (CA/UFSC) promoveu, nesta quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, um debate envolvendo mulheres que falaram sobre a perda de direitos essenciais e questões feministas atuais. O auditório do Colégio ficou cheio de alunos, docentes, técnicos e comunidade universitária em geral. O evento foi promovido pelo Laboratório de Ensino de História do CA (Lehca).
A primeira manifestação, da diretora Josalba Ramalho, foi a de reforçar o caráter de luta da data. Josalba ressaltou a importância da sororidade, da união entre mulheres baseada na empatia e no companheirismo. “As amigas são essenciais para que eu possa me ver, rever, apoiar, contar as verdades que muitos não querem dizer. Queria dedicar esse dia às amigas”, reforçou. Josalba agradeceu às palestrantes e foi aplaudida quando afirmou: “Na escola vai ter discussão de gênero, sim! E cada vez mais”.
A primeira palestrante, Eliane Schimidt, foi servidora de carreira e superintendente do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) da região sul entre 2005 e 2012. Eliane apresentou dados e criticou a proposta de reforma da previdência. “As pessoas que hoje recebem benefícios da previdência são 34 milhões de brasileiros. Mais da metade são mulheres. A previdência social tem critérios, requisitos para a pessoa acessar os direitos. Quando se estabelece uma redução sistemática das políticas públicas na saúde, educação, assistência e previdência, teremos impacto imediato sobre a condição da mulher na sociedade”, apontou. “As mulheres na nossa sociedade estão muito dedicadas ao cuidados – filhos, doentes e idosos – e se não há política pública que ampare as crianças, doentes e idosos, a mulher será sobrecarregada”.
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