Reitor da UFSC participa de seminário no Pará em preparação à COP 30

25/09/2025 16:43

Conselho Pleno da Andifes se reúne na UFPA. Foto: Andifes

Entre os dias 24 e 26 de setembro, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, esteve em Belém, no estado do Pará, para a 207ª Reunião Ordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), e participar dos debates e discussões sobre temas estratégicos para o ensino superior e a sustentabilidade.

A programação teve início no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) com o Seminário Temático “Universidades e Biomas: Ciência e Sustentabilidade rumo à COP 30”. A abertura contou com a presença da Diretoria Executiva da Andifes e a participação especial de Fafá de Belém. O seminário abordou o papel das universidades e dos Cefets na preservação dos biomas e no desenvolvimento sustentável. Durante o painel de abertura, reitores e professores destacaram o impacto das instituições de ensino nas agendas ambientais e sociais, trazendo múltiplas perspectivas sobre conservação, pesquisa e políticas públicas.

O anfitrião do encontro, reitor Gilmar Pereira da Silva (UFPA), enfatizou a importância da cooperação interinstitucional, destacando que “redes são decisivas” para enfrentar desafios. Ele também chamou atenção para o chamado “custo amazônico” de manter a floresta em pé, que recai sobre populações vulneráveis, como ribeirinhos e extrativistas. Gilmar alertou para a necessidade de transformar o “mantra” de preservação da floresta em políticas concretas, mencionando a expansão da soja no Pará e o iminente debate sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
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Tags: AndifesGabinete da ReitoriaUFPAUFSCUniversidades e Biomas: Ciência e Sustentabilidade rumo à COP 30

UFSC emite nota de pesar pelo trágico acidente com estudantes da UFPA

16/07/2025 10:34

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) manifesta seu profundo pesar pela tragédia ocorrida na madrugada desta quarta-feira (16/07), na BR-153, em Porangatu (GO), envolvendo um comboio de estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), que viajavam para participar do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), na Universidade Federal de Goiás (UFG).

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi causado pela invasão de uma carreta à contramão, que colidiu de frente com o primeiro ônibus do comboio, deixando cinco vítimas fatais: o motorista do ônibus e da carreta e três estudantes. Além disso, há relatos de feridos, que foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e pela concessionária Ecovias do Araguaia.

A UFSC lamenta profundamente a perda trágica de vidas tão jovens e cheias de sonhos, interrompidas de maneira tão abrupta. Este é um momento de imensa tristeza não apenas para a comunidade acadêmica da UFPA, mas para todas as universidades brasileiras, que compartilham dos mesmos ideais de formação, cidadania e transformação social.

Enviamos nossas mais sinceras condolências às famílias, amigos e colegas das vítimas, reforçando nossa solidariedade em meio a essa dolorosa tragédia. Que a memória desses estudantes inspire todos nós a continuarmos lutando por um futuro mais justo, seguro e solidário para nossa juventude.

Estamos unidos em luto e solidariedade.

Universidade Federal de Santa Catarina

Tags: Nota de pesarUFPAUFSCUNE

Pesquisa da UFSC realizada em parceria com a Polícia Federal e UFPA busca transformar maconha apreendida em biocombustível

03/04/2025 10:25

O cilindro, à esquerda da imagem, é onde ocorre a queima e a degradação controlada da maconha. Conectado a ele, há um conjunto de condensadores responsáveis por separar o biogás e o bio-óleo. O equipamento também está integrado a controladores de temperatura e a um computador para o monitoramento do processo.  (Foto: Divulgação)

Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), busca transformar maconha apreendida em biocombustível. O estudo, intitulado Projeto Cannabiocombustível, utiliza a pirólise – um processo de decomposição térmica – para gerar bio-óleo, biogás, biocarvão e vinagre pirolítico. O objetivo é reduzir os custos da Polícia Federal com armazenamento e logística da droga apreendida, além de minimizar as emissões diretas associadas à queima convencional.

O projeto teve início nos laboratórios de Simulação Numérica de Sistemas Químicos (Labsin) e de Transferência de Massa (Labmassa), ambos do Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da UFSC, onde o perito federal Antônio Augusto Canelas, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PósENQ), iniciou sua pesquisa, sob a orientação dos professores Adriano Silva e Ana Paula Immich Boemo. Posteriormente, devido a sua atuação em Belém, Canelas estabeleceu uma colaboração com a UFPA, onde dá continuidade aos experimentos, ainda com financiamento da UFSC.
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Tags: biocombustívelDepartamento de Engenharia de AlimentosDepartamento de Engenharia QuímicapirólisePolícia federalProjeto CannabiocombustívelUFPAUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUniversidade Federal do Pará

Chamada Pública Meninas das Ciências do CNPq seleciona projetos da UFSC

02/12/2024 13:53

Projetos de estímulo às carreiras de tecnologia, como os que envolvem robótica, receberão apoio federal na UFSC. (Foto: Raissa Hübner/Agecom/UFSC)

Projetos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram aprovados na Chamada Pública “Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, do Ministério das Mulheres, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O resultado final foi divulgado no último dia 12 de novembro.

Na categoria Projeto em Rede Nacional, foram contempladas as professoras Daniela Ota Hisayasu Suzuki, do Departamento de Engenharia Elétrica, Tatiana Renata Garcia, do Departamento de Engenharias da Mobilidade, do Campus de Joinville, e Roseline Beatriz Strieder, do Departamento de Física. Outras duas propostas foram selecionadas na categoria Projeto em Rede Regional: uma coordenada pela professora Eliane Pozzebon, do Departamento de Computação da UFSC Araranguá; e a segunda pela professora Adriana Passarella Gerola, do Departamento de Química. 

Os projetos têm como principal objetivo estimular o ingresso, a formação, a permanência e a ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. “Esperamos combater preconceitos e estereótipos femininos. É preciso incentivar e encorajar meninas desde cedo a atuar nas áreas STEAM [Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (Science, Technology, Engineering, Arts Mathematics)], mostrando que não existe diferença no potencial educacional técnico científico entre meninos e meninas”, reitera a professora Tatiana Garcia. “Além disso, é importante engajar as alunas de graduação nestas ações, para que elas também sejam estimuladas a combater esses preconceitos”.
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Congresso Brasileiro de Extensão Universitária prorroga inscrição

21/02/2014 07:15

Estão abertas as inscrições de trabalhos e de participantes para o 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), a ser realizado de 19 a 22 de maio, na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. Confira a programação.

Inscrição de trabalhos: até 20 de março.

Inscrição de participantes: até 2 de maio.

Modalidades de trabalho:

– Comunicações Orais;
– Rodas de Conversa;
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Tags: BelémCBEUCongresso Brasileiro de Extensão UniversitáriaFórum de Pró-Reitores de ExtensãoUFPAUFSC

Congresso Brasileiro de Extensão Universitária abre inscrições

06/02/2014 17:02

Estão abertas as inscrições de trabalhos e de participantes para o 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), a ser realizado de 19 a 22 de maio, na Universidade Federal do Pará (Belém). Confira a programação.

Inscrição de trabalhos: até 20 de fevereiro.

Inscrição de participantes: até 2 de maio.

Modalidades de trabalho:

– Comunicações Orais;

– Rodas de Conversa;

– Oficinas.
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Três espécies de salamandras são descobertas na Amazônia brasileira

23/08/2013 17:49

A recém descoberta salamandra B. tapajonica pode ser encontrada no Pará, na região do Rio Tapajós. Foto: Selvino Neckel de Oliveira

Após dois anos de estudos, uma equipe de pesquisadores divulgou a descoberta de três espécies de salamandra, originárias da região amazônica. A pesquisa foi publicada na edição de julho da revista internacional Zootaxa. Até o momento havia apenas duas espécies catalogadas, a Bolitoglossa paraensis e a Bolitoglossa altamazonica. O estudo, que analisou 278 indivíduos, concluiu que são cinco espécies diferentes. A descoberta faz parte da pesquisa de mestrado da bióloga Isabela Carvalho Brcko, junto à Universidade Federal do Pará (UFPA), e que teve orientação do professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Selvino Neckel de Oliveira, e do pesquisador do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Marinus Hoogmoed.

O objetivo da pesquisa foi investigar se, diante da diversidade da Amazônia, existiriam apenas duas espécies de salamandras. Por meio de colaboração com instituições de pesquisa da região amazônica e também da Colômbia e dos Estados Unidos, os pesquisadores começaram a receber os exemplares descritos como Bolitoglossa parensis, conservados em formol, que fazem parte das coleções científicas dessas instituições. A partir da análise de características morfológicas de cada exemplar, os pesquisadores concluíram que, na verdade, tratam-se de cinco espécies diferentes, a B. altamazonica, a B.paraensis e três outras novas espécies, que foram batizadas de B. caldwellae sp. nov., B. madeira sp. nov. e B. tapajonica sp. nov.

Para o professor Selvino Neckel de Oliveira, que é pioneiro no Brasil na pesquisa sobre salamandras, esta é uma das mais importantes descobertas científicas na área, pois se trata de um grupo de anfíbios pouco conhecido pela comunidade científica. “Ainda há muitas espécies para ser conhecidas e descritas. A descoberta reflete a situação atual da biodiversidade brasileira –  de que ainda  sabemos muito pouco sobre ela. A descrição de uma nova espécie representa mais uma ferramenta que poderá auxiliar na criação ou mesmo na proteção de unidades de conservação representativas da nossa biodiversidade”, analisa o professor. O próximo passo da pesquisa é analisar o DNA. “É uma forma de descobrir o grau de parentesco entre elas, ou seja, entender como o processo de especiação ocorreu ao longo do tempo”, explica o professor Selvino.

Trajetória de 23 milhões de anos

Exemplar de salamandra (Bolitoglossa paraensis) encontrado na região de Belém (PA). Foto: Selvino Neckel de Oliveira

As salamandras sul americanas são pequenos anfíbios, que podem medir de 3 a 12 centímetros de comprimento, respiram pela pele devido a ausência de pulmões e vivem geralmente em ambientes úmidos, na vegetação baixa, onde se alimentam de pequenos invertebrados, como cupins,  formigas, besouros. Seus predadores são serpentes, gaviões e gambás. No Brasil só ocorrem na região amazônica. O professor Selvino explica que as salamandras vieram da América do Norte há aproximadamente 23 milhões de anos. “Partindo de lá, passaram pelo istmo do Panamá e seguiram pelos Andes até a foz do Rio Amazonas, onde, em função do isolamento na floresta tropical, deu origem a novas espécies”, explica.

Dadas as suas características fisiológicas, salamandras servem como indicadores de qualidade do ambiente, tanto em relação a mudanças climáticas, como a perda de hábitats. “Se naquele local existiam salamandras e hoje elas não são mais encontradas é porque alguma alteração ambiental está acontecendo”, explica o professor Selvino.

Os cientistas ainda não conseguiram fazer estimativas do tamanho e da distribuição das populações das espécies recém catalogadas para saber se correm risco de serem extintas, como é o caso da B. paraensis, que está na lista de espécies ameaçadas no estado do Pará. Ela só foi  encontrada na região de Belém, uma área urbana com mais de 3 milhões de habitantes que avança rapidamente sobre os remanescentes florestais. No entanto, os cientistas já sabem que as ameaças existem para as novas espécies. A B. madeira sp. nov. vive na região do Rio Madeira, onde estão sendo construídas as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. A espécie B. tapajonica sp. nov. vive na região do Rio Tapajós, no Pará, em uma área de mineração de bauxita. A única que está relativamente protegida é a B. caldwellae, que pode ser encontrada no Acre. “Foram 23 milhões de anos de evolução para conquistar a Amazônia brasileira, e hoje, devido às atividades econômicas na região, essa conquista poderá ser perdida”, conclui.

Mais informações:

Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis do Departamento de Ciências Biológicas

Selvino Neckel de Oliveira – neckel@ccb.ufsc.br

Telefone: (48) 3721-5161

Site: http://herpetologia.ufsc.br/

Isabela Carvalho Brcko – isabelabrcko@gmail.com

 

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC

laura.tuyama@ufsc.br

Tags: CCBsalamandraUFPAUFSC