Nota de Pesar: falece Américo Cruz Junior, técnico em Química da Pró-Reitoria de Pesquisa

20/11/2021 14:00

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do técnico em Química lotado na Pró-Reitoria de Pesquisa, Américo Cruz Júnior. O servidor, que atuava no Laboratório Central de Microscopia Eletrônica (LCME), faleceu neste sábado, 20 de novembro. Américo sofria de problemas cardíacos, foi submetido neste ano a uma substituição de válvula mitral, e mais recentemente foi hospitalizado com insuficiência respiratória, o que, segundo nota publicada no site do LCME, culminou em seu óbito.

Américo era servidor da UFSC desde 1986, e desde 2007 atuava no LCME. Era natural do estado do Rio de Janeiro e morava em Palhoça. Ele deixa dois filhos, já adultos.

Graduou-se em Química (Licenciatura e Bacharelado) pela UFSC, e foi na universidade onde trabalhava que também atuou como pesquisador, e concluiu seu mestrado e doutorado pelo Programa de Pós- Graduação em Engenharia Química. Durante o doutorado, Américo fez estágio sanduíche na Universidad Autónoma de Madrid, na Espanha. Suas pesquisas com a produção de biodiesel a partir da reutilização do óleo de soja do Restaurante Universitário rendeu uma matéria feita pela Agecom em 2007.

O Laboratório no qual Américo trabalhava lamentou sua partida em uma Nota de Falecimento. “Nosso amigo nos fará falta!” manifestou a equipe técnica que assina a nota.

A Pró-Reitoria de Pesquisa expressou pesar e votos de solidariedade com familiares, amigos e colegas de trabalho de Américo.

O velório ocorre no domingo, às 9h, no Cemitério Municipal Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça.

A comunidade universitária expressa seu imenso pesar neste momento de luto, e oferece suas condolências à família e os amigos de Américo.

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Prêmio Mulheres na Ciência: Maria José Hötzel

19/11/2021 10:38

Professora Maria José Hötzel atualmente é uma das coordenadoras do Leta. Foto: Acervo pessoal

As memórias das experiências vividas no meio do campo, dos verões que passou junto com a família em uma fazenda de seus tios, na Argentina, despertaram em Maria José Hötzel o interesse pelos animais ainda na infância. Do início da graduação em Medicina Veterinária ao posto de pesquisadora mundialmente reconhecida na área do bem-estar animal, Maria edificou uma carreira exemplar e agora acrescenta ao currículo o Prêmio Mulheres na Ciência 2021, concedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A homenagem tem como objetivo estimular, valorizar e dar visibilidade às mulheres da UFSC que fazem pesquisas científicas, tecnológicas e inovadoras, inspirando a comunidade científica interna e externa nas diferentes áreas do conhecimento e contribuindo para diminuir a assimetria de gênero na ciência. Docente do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, vinculado ao Centro de Ciências Agrárias (CCA), Maria sagrou-se vencedora na área de conhecimento Ciências da Vida, na Categoria Plena, voltada a pesquisadoras que ingressaram no quadro permanente da Universidade entre 31 de dezembro de 2000 e 31 de dezembro de 2013.

Nascida em Buenos Aires, Maria José Hötzel viveu parte da infância no Rio de Janeiro (RJ) e na capital argentina até se estabelecer com a família em Porto Alegre (RS), aos 12 anos. Cursou Medicina Veterinária na graduação e concluiu o mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Obteve o título de PhD pela University of Western Australia, experiência que compartilhou com o marido, o professor Ricardo Ruther, do Departamento de Engenharia Civil da UFSC. “As pessoas que nos conheciam acharam meio exótico a gente ir para a Austrália, um país que poucos conheciam na época. Eu tive muita sorte com o orientador, o tema da tese, o grupo de pesquisa, a universidade e a cidade. Tive uma excelente formação e foram quatro anos muito bons do ponto de vista pessoal”, recorda a professora.

A trajetória acadêmica 

Ao retornar para o Brasil, a pesquisadora conquistou uma bolsa recém-doutor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1997, e logo se interessou pelo comportamento animal, passando a acompanhar e participar das pesquisas do Laboratório de Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal (Leta), onde atualmente é co-coordenadora. Desde então, Maria Hötzel seguiu na UFSC, primeiro como pós-doc, depois como professora substituta, pesquisadora visitante do CNPq e professora visitante. Em 2006, conquistou o primeiro lugar em um concurso público realizado para vaga de docência no Departamento.

Atualmente Professora Associada IV da UFSC, Maria José desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão e tem seu trabalho direcionado ao desenvolvimento de agroecossistemas sustentáveis, por meio da compreensão e melhoria do bem-estar dos animais, considerando as várias implicações éticas, ambientais, sociais e econômicas das práticas e dos sistemas de criação e da produção animal. Tem experiência com pesquisas em laboratório controlado e estudos na fazenda em diferentes espécies, bem como as atitudes dos cidadãos e das partes interessadas em relação às práticas e sistemas de produção pecuária.
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Professor Aloísio Klein é um dos indicados de SC ao Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação

17/11/2021 14:00

Fórmulas matemáticas costumam fazer parte da carreira de um pesquisador com formação em Física e Engenharia, mas apesar da trajetória na área das Exatas, a fórmula que predomina na vida profissional do professor Aloisio Nelmo Klein vai muito além dos números. Pensar à frente, ensinar com motivação e acreditar na parceria – com os colegas e alunos e com organizações externas – são algumas das características que culminaram com a indicação ao Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação – Francisco Romeu Landi.  A iniciativa do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) reconhece aqueles que se destacaram em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação com resultados positivos para o desenvolvimento e o bem-estar das populações brasileiras. A indicação foi feita pela UFSC à Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), representante catarinense na premiação.

Professor titular no Departamento de Engenharia Mecânica, Klein foi também um dos fundadores do curso de Engenharia de Materiais e do programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais e é um dos líderes do Laboratório de Materiais, centro científico pioneiro e um dos pólos do desenvolvimento científico e tecnológico na área, no Brasil. “O Brasil demanda a solução de problemas que já estão à prova. O que fiz, ao longo desses anos, foi pensar em fazer algo que pudesse contribuir com o mundo”, comenta.

Nesse processo, Klein acumulou parcerias que não deixa de mencionar quando cita pontos da sua biografia. O vínculo com a indústria, com quem construiu soluções ao longo de toda a sua trajetória, permitiu que as pesquisas tivessem um impacto direto na realidade. Já a proximidade com os alunos, de graduação e pós-graduação, possibilitou que formasse um grupo de profissionais e de cientistas motivados a buscarem respostas para grandes problemas tecnológicos. “Quando o aluno tem as condições adequadas de realizar o seu trabalho experimental e quando temos boas parcerias com as empresas o resultado tende a ser positivo”, resume.

A metalurgia do pó e a tecnologia de plasma foram duas das frentes de trabalho que o colocaram na vanguarda da inovação. Com a investigação de materiais sinterizados porosos, construiu dois produtos patenteados, com uma dessas patentes já concedida nos Estados Unidos. O pesquisador também investiga as novas técnicas de processamento assistidas por plasma e o desenvolvimento de reatores de plasma – área em que o Laboratório de Materiais da UFSC se destaca como centro de excelência. Essa tecnologia é responsável por uma série de processos físico-químicos que beneficiam diretamente a indústria de materiais.

Ao longo da sua carreira na UFSC e à frente do LabMat, Klein também coordenou uma série de projetos aprovados em concorrência para a obtenção de recursos nos editais das agências de fomento. A soma chega a R$ 70 milhões, somente nos últimos 20 anos. “A interação contínua entre os pesquisadores da universidade e os engenheiros e pesquisadores das empresas parceiras se mostrou ser a forma mais adequada para aquilo que frequentemente é chamado de ‘Interação Universidade/ICTs x Empresa’, pois permite correções de rumo em tempo real durante o desenvolvimento do projeto”, pontua.

Muitos desses parceiros foram formados por Klein, que revela um entusiasmo com sua atuação docente. “O registro na carteira de trabalho está lá: sou professor”, comenta. Olhar “frente a frente”, sem lançar mão da autoridade ou da superioridade acadêmica e trabalhar como um motivador de trabalhos que impactem à realidade são duas das suas práticas. “Minha prioridade é ser professor e orientador. É formar gente muito bem. O resultado disso é que conseguimos desenvolver bons estudos, que rendem inovação e patentes”.

O professor da UFSC foi responsável por um total de 142 cartas de patentes, no exterior e também no Brasil, que resultaram em 22 famílias de patentes de invenção, com os pedidos de deposição em 11 países distintos. Em torno de 40 % destes pedidos ainda estão em fase de análise e algumas dessas patentes já caíram em domínio público.

O início

A saga do pesquisador em busca da inovação tem um marco que ele recorda com saudosismo. Formado em Física, com mestrado em Engenharia Metalúrgica e dos Materiais, foi com um professor na Universidade de Karlsruhe, na Alemanha, durante o doutorado, que aprendeu a buscar problemas de pesquisa que resultassem em soluções inovadoras. “Quando apresentei minha primeira proposta ele me questionou: ‘para que isso vai servir? o que vamos fazer com isso depois?’ e me sugeriu buscar algo que servisse para melhorar algo no mundo”, lembra.

A tese, na área da metalurgia de pós, já resultou na primeira patente. “Tentei pensar em um tema que utilizasse os conceitos da área, mas que resultasse em produto mais barato e com melhores propriedades”. Em todo o percurso atuou com aquilo que chama, brincando, de “índice de viração própria”. “Fui atrás das coisas pessoalmente. Depois, quando voltei ao Brasil, encontrei na UFSC, no Departamento de Engenharia Mecânica, um ambiente muito maduro para seguir”.

Desde o começo da trajetória, Klein aposta em uma atuação multidisciplinar. Físicos, químicos e engenheiros trabalham de forma coletiva na busca por solucionar problemas que aumentem a competitividade da indústria. Essa perspectiva, de uma ciência aplicada e que congrega diversas áreas do conhecimento em torno de um problema, também é um atrativo para as empresas. Entre as organizações parceiras do Laboratório de Materiais, há indústrias multinacionais de ponta que investem nas pesquisas coordenadas por Klein há mais de 30 anos. “E há 30 anos nós não tínhamos tecnologia. Aprender era um grande desafio. Por isso hoje eu vejo que um aluno motivado é capaz de tudo”.

Essas parcerias na pesquisa resultaram em 395 artigos publicados, somando-se os artigos publicados em periódicos internacionais – 189 deles listados na base de dados Scopus, com citações, e 216 publicados em Anais de Congressos Nacionais e Internacionais. O professor também foi responsável pela orientação de 48 alunos de mestrado, 32 de doutorado, 20 supervisões de Pós-Doutorado e pelo registro de 89 alunos de iniciação científica. Hoje, é pesquisador 1A do CNPq, figurando em um grupo restrito de cientistas reconhecidos pela alta produtividade e impacto de seus estudos.

O agora

Em todo o seu discurso, Klein faz questão de lembrar e celebrar a importância do trabalho em equipe. Reverencia colegas de departamento, alunos e parceiros de iniciativas em pesquisa e desenvolvimento ciente de que o trabalho científico exige colaboração. “Temos muitas coisas a fazer e a construir na área de materiais, de novos materiais. A forma de fazer é uma das coisas mais importantes, por isso a parceria precisa ser contínua”, comenta.

Por conta do tempo escasso, o pesquisador já não atua mais na bancada, mas na liderança de grandes projetos e parcerias e na orientação de estudos com potencial de inovação. “A ideia é sempre pensar à frente”, sintetiza. Por isso, uma das iniciativas mais recentes ainda está sob sigilo: sua equipe está prospectando uma série de pesquisas junto a um instituto de tecnologia que está de olho no futuro. “É uma grande parceria que foi iniciada para desenvolvermos novos materiais e aperfeiçoarmos processos”, completa.

Como todo visionário, o professor da UFSC também se mostra entusiasmado e otimista com o futuro. Prestes a completar 71 anos, ele está confiante de que o volume de informações e a tecnologia disponíveis hoje vão formar cientistas cada vez mais bem preparados para enfrentar os problemas que ele sempre perseguiu, desde o primeiro contato com a ciência dos materiais. “Com esse fator e com as parcerias vai aumentar a capacidade de resolver os grandes problemas do futuro”, pontua. “Estou convencido de que a ciência e a tecnologia estão entre as principais forças motrizes para o desenvolvimento de uma nação, além da educação e escolas de qualidade”.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Prêmio Mulheres na Ciência: Ione Ceola Schneider

10/11/2021 09:00

Com um exemplar currículo no ensino superior, construído em instituições públicas, a professora Ione Jayce Ceola Schneider destaca-se hoje na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e é uma das vencedoras do Prêmio Mulheres na Ciência 2021, concedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq). Filha de um pedreiro e de uma professora da educação infantil, seu Ivo Schneider e dona Leopoldina Ceola, a caçula de três irmãos recorda com orgulho da luta dos pais para garantir boas condições de estudo e um melhor futuro.

Professora Ione Schneider é natural de Presidente Getúlio, no Vale do Itajaí. Foto: Acervo pessoal

Ione deixou a cidade de Presidente Getúlio, localizada na região do Vale do Itajaí, em 1995, para cursar o ensino médio em Florianópolis. Três anos depois passou no vestibular do curso de Fisioterapia para Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). “Tudo isso [a possibilidade de sair da cidade natal para estudar] foi um sacrifício da minha família, pois não havia possibilidade de arcarmos com os custos de uma universidade privada”, relembra.

Depois da graduação, a fisioterapeuta começou a trabalhar em uma clínica oncológica. Nesse período, realizou um curso de coordenação da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica e recebeu o prêmio de Profissional do Ano, em 2006. Paralelamente, tornou-se voluntária da Associação Brasileira de Portadores de Câncer, entre os anos 2003 e 2009, e participou de alguns cursos da American Cancer Society, que lhe ampliaram o conhecimento sobre gerência e gestão de projetos e controle do câncer.

A trajetória acadêmica

A carreira acadêmica iniciou-se com a graduação em Fisioterapia pela Udesc. Foto: Acervo pessoal

Em 2006, Ione Schneider decidiu dar continuidade à pesquisa e ingressou no mestrado em Saúde Pública da UFSC, com o objetivo de analisar a sobrevida de mulheres com diagnóstico de câncer de mama. “Nesse programa conheci a professora Eleonora d’Orsi, que me acolheu de forma acadêmica e maternal e me auxiliou no meu direcionamento. A Eleonora trabalhava com a linha de pesquisa de Epidemiologia do Câncer, área que eu me identificava totalmente e estava vinculada às minhas experiências anteriores”.

A pesquisadora conta que no período da pós-graduação iniciou a busca por novos cursos, aprendeu estatística e gerenciamento de banco de dados para, assim, “entender e saber fazer o que os artigos científicos mostravam”. Ela defendeu sua dissertação e enviou o resumo para dois importantes eventos: o Congresso Mundial de Epidemiologia, promovido em 2008 no Brasil, e o San Antonio Breast Cancer Symposium, no Texas, Estados Unidos. Os resultados de sua dissertação repercutiram na imprensa, uma vez que o trabalho relacionou o maior risco de óbitos em decorrência do câncer de mama a mulheres de baixa escolaridade, resultados que previamente não eram muito explorados, conforme explica Ione.

Pesquisadora auxiliou na organização e condução do estudo EpiFloripa. Foto: Acervo pessoal

Durante o doutorado, a pesquisadora auxiliou na organização e condução do estudo EpiFloripa – Condições de Saúde de Adultos e Idosos de Florianópolis. Em sua tese, defendida em 2013, na UFSC, a professora explorou o conhecimento e prática em relação à mamografia em mulheres adultas e idosas de Florianópolis. A partir do trabalho, publicou dois artigos científicos: um na Revista Brasileira de Epidemiologia e outro na Revista Cadernos de Saúde Pública. Dois anos após sua defesa, iniciou um estágio pós-doutoral no Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da University College London (UCL), no Reino Unido, com uma bolsa CNPq – Ciências sem Fronteiras. Na experiência, foi supervisionada pelo pesquisador brasileiro Cesar de Oliveira e teve contato com os dados do estudo sobre envelhecimento daquele país, o ELSA (English Longitudinal Study of Ageing).

Em uma declaração de apoio à candidatura da professora Ione, Cesar de Oliveira, principal research fellow no ELSA, ressaltou que a colega aprofundou seus conhecimentos científicos nas áreas dos determinantes sociais da saúde e do envelhecimento populacional. “Seu brilhante domínio na área estatística foi um dos destaques de seu período na UCL. A colaboração científica existente entre a UFSC e a UCL, liderada pela professora Ione, tem resultado em publicações importantes em revistas científicas internacionais de alto impacto. Além do aspecto científico de alto nível, a professora possui uma ética e profissionalismo que impressionaram os professores e equipes de pesquisa do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da University College London”, escreveu.

A carreira docente

Ione é docente docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação (Araranguá) e em Saúde Coletiva e em Neurociências (Florianópolis). Foto: Acervo pessoal

O ingresso como docente da UFSC ocorreu em outubro de 2015. Atualmente a professora integra o Departamento de Ciências da Saúde, do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá. É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, em Araranguá, e dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e em Neurociências, em Florianópolis, todos da UFSC. “Ao assumir como professora, cria-se o desafio de entender todos os processos que a instituição tem e que, como estudante, eram desconhecidos. Conciliar ensino, pesquisa, extensão e administração são tarefas, às vezes, desgastantes”, diz.

Ione revela que sempre procurou também participar ativamente das atividades administrativas. “Ainda durante o estágio probatório fui chefe de departamento, e atualmente sou coordenadora de ensino do Departamento de Ciências da Saúde. Nos programas de pós-graduação, oriento mestrado e doutorado. Já tive 6 orientações de mestrado concluídas e todas de estudantes mulheres”. Faz parte também do quadro de colaboradores do Global Burden of Disease (GBD), coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e do grupo de pesquisadores da Rede GBD Brasil. Desde 2014, Ione colaborou em mais de 30 artigos publicados pelo grupo, sendo que um desses trabalhos possui mais de 6 mil citações.

No ano passado, Ione Schneider foi citada na pesquisa conduzida por uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que utilizou as citações da base de dados Scopus até 2019. O estudo publicado no Journal Plos Biology, em 16 de outubro de 2020, identificou os cientistas mais influentes do mundo, e o nome da pesquisadora da UFSC figura entre os 2% melhores cientistas de sua área de subcampo principal, entre aqueles que publicaram pelo menos cinco artigos. Dos professores da Universidade listados na pesquisa, Ione é a única servidora de fora do Campus Florianópolis. A citação fez com que recebesse uma Moção de Aplausos da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) e uma Moção de Aplausos e Reconhecimento da Câmara de Vereadores de Presidente Getúlio, sua cidade natal.

A mais recente conquista da professora Ione foi o Prêmio Mulheres da Ciência, na área de conhecimento Ciências da Vida, na Categoria Júnior, voltada a pesquisadoras que ingressaram no quadro permanente da Universidade a partir de 2014. “Essa conquista me remete a relembrar todas as etapas da minha vida, todas as pessoas que passaram pelo meu caminho, que me auxiliaram, que estiveram ao meu lado. Não foram só momentos exitosos nesses anos. Assim, sou grata a todos que contribuíram para que eu tivesse a oportunidade de chegar até aqui. Também sei das responsabilidades que essa conquista traz: ser exemplo, especialmente às minhas orientandas. É um caminho árduo para muitas que têm filhos, trabalham, ficam longe das famílias, mas incentivo a seguirem e estarei aqui para ajudá-las a superar esses desafios”, diz a docente.

A pesquisadora destacou a importância da UFSC em toda sua formação após a graduação. “Aprendi muito aqui e ainda aprendo. Agradeço aos professores que me ajudaram na formação e aos meus colegas de Departamento, os quais fizeram a indicação do meu nome para o prêmio. Esses reconhecimentos são importantes para que os profissionais sejam lembrados. Atuamos em diversas atividades dentro da Universidade e, muitas vezes, somos pouco reconhecidos pela sociedade. Somos professores, ministramos aulas, compartilhamos, mas desenvolvemos pesquisas, vamos sempre em busca de novos conhecimentos”, finalizou.

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

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Mulheres cientistas premiadas pela UFSC falam sobre suas trajetórias em mesa da Semana Nacional de C&T

08/10/2021 19:02

As nove mulheres premiadas no Prêmio Mulheres na Ciência 2021, iniciativa da Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (Propesq/UFSC), participaram, nesta sexta-feira, de uma mesa de debates na qual puderam narrar parte das suas experiências como pesquisadoras. O evento fez parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e antecede a cerimônia formal de premiação, que será realizada no dia 11 de fevereiro, o dia internacional das mulheres e meninas nas ciências.

O evento foi conduzido pela professora Maique Weber Biavatti, da Superintendência de Projetos da Propesq, e também teve a participação do reitor da UFSC, Ubaldo Cezar Balthazar, que parabenizou a excelência dos trabalhos desenvolvidos pelas pesquisadoras. “Quero parabenizá-las e que continuem sendo esse exemplo de mulheres cientistas”, disse.

A presidente da Comissão de Equidade da UFSC, professora Miriam Grossi, abriu a solenidade e fez um balanço dos trabalhos da comissão, que está prestes a completar um ano e que encaminha ações institucionais relacionadas à questões de gênero na universidade. Ela também lembrou que uma mulher em um lugar de poder pode mudar radicalmente o mundo e agradeceu a professora Maique por inserir esse debate institucionalmente.

Todas as nove premiadas, nas categorias júnior, plena e sênior, nas áreas de Ciências Humanas, Ciências da Vida e Ciências Exatas e da Terra puderam falar brevemente sobre suas trajetórias e desafios na construção das carreiras. Muitas delas egressas da UFSC, as cientistas também salientaram seu compromisso com a universidade, com a formação dos seus alunos e com o exemplo e a representatividade para outras mulheres.

O Prêmio Mulheres na Ciência 2021 foi criado com o objetivo de homenagear mulheres cientistas e incentivar a participação feminina de forma igualitária na pesquisa acadêmica.

Assista ao evento
Dedicação e exemplo

Christiane Fernandes Horn, do Departamento de Química, premiada na categoria júnior, fez uma comparação da Química com o papel da mulher na academia, na vida cotidiana e no mundo. “Somos as catalisadoras de novas reações e tal como os catalisadores, as lutas não nos degradam, mas nos preparam para novos desafios”. Já a professora Lucila Maria de Souza Campos, do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, vencedora na categoria plena, lembrou das mulheres que foram referência para a sua formação e celebrou os currículos das premiadas. “Tenho orgulho de, agora, ser parte desse seleto grupo que inicia uma jornada de valorização das mulheres cientistas”.

A professora Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, destaque na categoria sênior, falou sobre o seu vínculo com a UFSC e enalteceu o papel da diversidade na instituição, registrando também a importância do prêmio em um ano em que tanto se está precisando de acolhimento e de abraços. “Esse nosso olhar feminino é muito importante. Nós somos tão vibrantes e brilhantes cientistas dentro do mundo que é muito diverso”.

Marília de Nardin Budó, do Departamento de Direito, vencedora na categoria júnior das Ciências Humanas, discursou em favor da universidade, das bolsas de pesquisa e do estímulo à ciência, que vem sofrendo cortes orçamentários milionários. Ela também destacou o papel da diversidade na instituição para uma ciência comprometida. “A cada ano que passa eu vejo a universidade mais plural e inclusiva e esse dado é determinante”, resumiu.

Lugar de afeto

A maternidade e os vínculos afetivos também fizeram parte das falas das professoras. Daniela Karine Ramos, do Departamento de Metodologia de Ensino, premiada na categoria plena, lembrou que, sendo mãe de três filhos, passou por inúmeras necessidades de adaptação durante a pandemia. “O prêmio registra o esforço e o comprometimento com a ciência e com a formação dos nossos alunos. Que a gente possa inspirar a vida de muitos ao longo da nossa atuação”.

Cristina Scheibe Wolff, do Departamento de História, destaque na categoria sênior, disse estar muito honrada e emocionada com o prêmio. Ela, que estuda justamente a história das mulheres e do gênero, não deixou de registrar a importância da família e das colegas – estudantes e amigas. “A ciência é uma construção coletiva e também é ou pode ser afetiva”, disse.

Ione Jayce Ceola Schneider, do Departamento de Ciências da Saúde, Campus Araranguá, destaque na categoria júnior, lembrou das suas orientandas – seis delas já diplomadas como mestras. “Tento sempre acolhê-las, pois muitas têm filhos, trabalham e ficam longe da família para conseguir fazer suas pesquisas”. Este aspecto também fez parte da fala da professora Maria Jose Hotzel, do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, destaque na categoria plena. “Que isso possa ser um alento e um estímulo para pessoas que a gente sabe que terão dificuldades, como as mulheres, que têm um grau de dificuldade a mais”. Já a professora Ana Lucia Severo Rodrigues, do Departamento de Bioquímica, vencedora na categoria sênior, lembrou que a carreira, mesmo com as dificuldades, tem valido a pena. “Essa carreira nos oferece tanto, como a gratificação em formar pessoas qualificadas e ver as conquistas dos orientandos. Que com nosso exemplo a gente possa inspirar várias mulheres”, registrou.

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UFSC oferece teste de treinamento e alfabetização em Sustentabilidade por meio de programa internacional

14/07/2021 17:47

Como estão os seus conhecimentos sobre Sustentabilidade? A UFSC pode te ajudar a descobrir por meio do Sulitest (versão em português), um teste on-line, disponibilizado em parceria com um programa internacional do qual a UFSC faz parte já está disponível a todos os estudantes de Graduação e Pós-Graduação da Universidade.

O Sulitest é uma iniciativa internacional que avalia a alfabetização básica em sustentabilidade com um teste padronizado, e tem como missão melhorar a Alfabetização em Sustentabilidade em todo o mundo, fornecendo ferramentas educativas e interativas para universidades. Para fazer o teste on-line é preciso inscrever-se no site, e, após o registro, adicionar uma sessão à conta e iniciar o teste usando o código 2EC2-717D-A74D
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Tags: Change the ClimateCoordenadoria de Gestão AmbientalErasmusMudar o ClimaPró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ/UFSC)

UFSC e Casan discutem termos de Cooperação Técnica com foco em pesquisa, desenvolvimento e inovação

08/03/2021 21:56

O pró-reitor de Pesquisa da UFSC, Sebastião Soares e a presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos. (Foto: Divulgação/Casan)

A UFSC, representada pelo pró-reitor de Pesquisa, Sebastião Soares, e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), representada pela presidente Roberta Maas dos Anjos, promoveram uma reunião na última quinta-feira, 4 de março. O encontro foi para discutir termos da Cooperação Técnica assinada entre as instituições em outubro de 2020.

O acordo tem enfoque na pesquisa, desenvolvimento e inovação. O objetivo é aproximar a Casan e a UFSC, prevendo estudos, intercâmbio de profissionais e de estudantes, em projetos colaborativos na área de saneamento.

Durante a reunião, o pró-reitor de Pesquisa, ressaltou que solicitações e propostas de estudos por profissionais da Universidade devem ser encaminhados à Propesq, que é gestora do convênio, para que seja estruturado como um projeto institucional.

A presidente da Casan destacou que a Companhia trabalha na elaboração de Editais de Pesquisa com temas que demandam cooperação, como o recente evento ocorrido na Lagoa da Conceição.

 

Texto e foto: Casan

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Série ‘Elas na Ciência’ prestigia trabalho de pesquisadoras da UFSC

08/03/2021 11:36

Segunda-feira, dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher e dia 11 de fevereiro foi comemorado o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. 

Pensando nisso e participando da agenda oficial da UFSC, a Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) elaborou uma série descontraída, em formato de minientrevista com cinco perguntas. A intenção da série é prestigiar o trabalho das pesquisadoras e a importância de tê-las na UFSC.

Elas na Ciência’ traz um pouco das pesquisas, da perspectiva e dos conselhos que as cientistas têm para dar àquelas jovens mulheres que almejam ingressar no mundo científico. A série conta com a entrevista de cinco pesquisadoras de diferentes departamentos da UFSC. 

Confira as minientrevistas no site da PROPESQ.

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Comunidade acadêmica é chamada a produzir projeções e propostas científicas para conter a pandemia

27/03/2020 17:25

O Ministério Público Federal, em ofício circular, faz um chamamento a toda a comunidade acadêmica, para a produção, em caráter urgente, de projeções e propostas científicas para questões relativas à pandemia do Covid-19, com o objetivo de colaborar com conhecimento acadêmico para qualificação das políticas públicas de contenção do vírus que estão sendo adotadas no Brasil.

Os objetos de estudo são:

1) Critérios objetivos de decisão de início, duração e encerramento de medidas de restrição de circulação social (como quarentenas e isolamento); e

2) Cálculo e metodologia de cálculo de estimativa de número de infectados pelo covid-19 que necessitarão de leitos de UTI/ventiladores durante o pico do surto do covid-19; número de UTIs/ventiladores disponíveis/disponibilizáveis durante o pico do surto do covid-19 e outras estimativas e projeções relativas às demandas e disponibilidades do Covid-19 em relação ao sistema de saúde brasileiro.

A data limite para entrega das propostas para a 1ª chamada de apresentação é 03/04/2020. O email para encaminhamento das respostas e dúvidas: prsp-gabinete3-campinas@mpf.mp.br, com cópia ao o email da Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (Propesq/UFSC): propesq@contato.ufsc.br

Os resultados serão agregados e estarão disponíveis para consulta e análise em www.brasilxcovid19.com

O ofício na íntegra pode ser acessado abaixo:

Ofício Ministério Público Federal

Tags: coronavírusMinistério Público FederalPró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ/UFSC)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pró-Reitoria de Pesquisa promove palestra sobre lei da biodiversidade

20/11/2019 16:00

A Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove, no próximo dia 28 de novembro, uma palestra sobre a Lei da Biodiversidade, conduzida por Bruno Barbosa, analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O encontro ainda abordará aspectos relacionados ao sistema SISGEN, as competências do Ibama e tópicos relevantes para a produção acadêmica brasileira.

O evento, que integra a programação da 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e associa-se também à Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), será realizado no auditório Henrique Fontes, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), no Campus Florianópolis, a partir das 14h. A palestra é voltada ao público em geral, em especial aos estudantes dos cursos de Biologia e Engenharia Sanitária e Ambiental.
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Pesquisadores da UFSC podem ficar sem bolsas do CNPq em setembro

27/08/2019 10:26

Com o caixa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) zerado a partir de setembro, 1.831 pesquisadores da UFSC estão prestes a ficar sem bolsa nas próximas semanas. Desse total, 561 são estudantes da graduação, que fazem Iniciação Científica, mas há também professores sêniores com bolsas de Produtividade em Pesquisa (431) e bolsistas de mestrado (321), doutorado (346) e pós-doutorado (38).

Em muitos casos, o auxílio, que vai de R$ 400 a R$ 2.200, é a principal fonte de renda desses pesquisadores, já que uma das exigências para o recebimento da bolsa é a dedicação exclusiva às atividades de pesquisa. “Nós não tivemos até o momento nenhuma bolsa suspensa oficialmente, mas o que vem daqui para frente nos preocupa”, diz o Pró-Reitor de Pesquisa da UFSC, Sebastião Roberto Soares.

No País inteiro, cerca de 84 mil pesquisadores do CNPq correm o risco de perder a bolsa a partir do mês que vem. Ligada ao Ministério da Ciência, a agência de fomento à ciência tem uma folha de pagamentos de R$ 82,5 milhões por mês e não tem recursos para bancar os próximos quatro meses – um total de R$ 330 milhões. Para cobrir esse rombo, o governo teria de tirar recursos de outro lugar e aprovar essa “transferência” no Congresso.

Em entrevista ao Jornal da USP, na semana passada, o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo, disse que na melhor das hipóteses, teria como pagar os bolsistas do exterior, que custam R$ 12 milhões por trimestre. “Essa seria minha primeira opção, pois entendo que esses não têm muito para onde correr”, avalia Azevedo.

Na UFSC, sem saber ao certo o que vem pela frente, Soares reclama da falta de informação e da consequente dificuldade de planejamento. “Isso é bastante sério, bastante grave. Sobretudo a forma como isso está acontecendo. Está sendo de uma maneira muito abrupta. As notícias estão chegando e não dá tempo para se preparar ou se planejar a uma eventual situação mais grave”, afirmou. “Esperava que houvesse um chamamento aos nossos dirigentes, reitores, e que colocasse de uma maneira clara o que está acontecendo.”

Com a falta de recursos, que pode culminar com o não pagamento das bolsas no mês que vem, o CNPq vem anunciando, em pílulas, uma série de medidas para conter gastos. Primeiro,  foram suspensas as indicações de bolsas especiais e a implementação de novas bolsas ligadas à Chamada Universal de 2018.

No dia 15 de agosto, foram bloqueadas cerca de 4.500 bolsas, que não estavam ocupadas por alunos ou que ficariam disponíveis em breve.  O Pró-Reitor de Pesquisa da UFSC, Sebastião Roberto Soares, disse que não teria como precisar, no momento, o impacto desse último bloqueio entre os bolsistas da universidade.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, tem dito que está negociando com a Casa Civil e com o Ministério da Economia a liberação de um crédito suplementar para evitar a suspensão do pagamento de bolsistas.
Eduardo Melo, Vinicius Cláudio e Victor Lacombe / Apufsc-Sindical

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Pesquisador é contemplado em chamada pública do Instituto Serrapilheira

30/04/2019 11:48

O Instituto Serrapilheira anuncia os 24 cientistas contemplados com até R$ 100 mil para desenvolver seus projetos por um ano. Eles foram selecionados pela 2ª Chamada Pública de Pesquisa Científica, que buscou identificar pesquisas que fizessem perguntas fundamentais criativas e audaciosas, sem exigência de aplicabilidade, nas áreas de Ciências Naturais, Ciência da Computação e Matemática.

Os novos grantees terão flexibilidade para utilizar os recursos da forma que julgarem mais conveniente para o desenvolvimento das pesquisas. Após um ano, os projetos serão reavaliados e até três poderão receber até R$ 1 milhão, por três anos. O apoio pode ser renovado anualmente. Com isso, o Instituto reafirma seu compromisso de concentrar os recursos disponíveis em pesquisas de excelência, apoiadas em longo prazo.

Além de receber o apoio financeiro, os novos grantees participarão de treinamentos, workshops e eventos de integração, como o “Encontros Serrapilheira”, realizado anualmente.

Todos os candidatos foram avaliados por 44 painelistas internacionais, listados abaixo, que compuseram oito painéis de avaliação. As revisões coletivas aconteceram nos Estados Unidos, Austrália e Israel. Confira os detalhes do processo de seleção.

Conheça o novo pesquisador da UFSC apoiado pelo Serrapilheira:

José Henrique Oliveira
Inibindo vias de tolerância em mosquitos vetores para bloquear a transmissão de Dengue
MIP/CCB/Universidade Federal de Santa Catarina, SC

Fonte: https://serrapilheira.org/chamada-publica-no2-resultado/

 

Com informações da Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ/UFSC).

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