Pesquisa da UFSC mostra que plástico PET intoxica microcrustáceo na base da cadeia alimentar

07/03/2025 16:28

Estudo foi realizado no Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox). Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Um estudo conduzido no Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que o descarte inadequado de garrafas PET pode causar uma série de efeitos tóxicos em um pequeno crustáceo de água doce, a dáfnia. Por meio de testes em laboratório, os pesquisadores mostraram que a degradação do PET na água causa danos em células e mitocôndrias e afeta a reprodução, a alimentação e a locomoção desses animais, que estão na base da cadeia alimentar. Os resultados foram publicados na revista científica internacional Science of The Total Environment e fizeram parte da pesquisa de doutorado de Bianca Vicente Costa Oscar, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental.

“Pela literatura, a gente já sabe que os materiais plásticos, quando são liberados na água, sofrem fragmentação e liberam compostos químicos. Só que até que ponto essa fragmentação, cada vez em pedaços menores, interfere no organismo dos animais? E até que ponto esses compostos que o PET libera interferem também na vida do animal?”, questiona Bianca.

O animal escolhido para os testes foi a dáfnia (mais especificamente a espécie Daphnia magna), um microcrustáceo que pode chegar a cinco milímetros de comprimento. Elas vivem em água doce e se alimentam de partículas finas de matéria orgânica em suspensão, incluindo leveduras, bactérias e microalgas. Por outro lado, servem de alimento a peixes e diversos outros animais aquáticos. Então, qualquer impacto na população de dáfnias pode desequilibrar toda a cadeia alimentar. 
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Nota de Pesar: falece Américo Cruz Junior, técnico em Química da Pró-Reitoria de Pesquisa

20/11/2021 14:00

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do técnico em Química lotado na Pró-Reitoria de Pesquisa, Américo Cruz Júnior. O servidor, que atuava no Laboratório Central de Microscopia Eletrônica (LCME), faleceu neste sábado, 20 de novembro. Américo sofria de problemas cardíacos, foi submetido neste ano a uma substituição de válvula mitral, e mais recentemente foi hospitalizado com insuficiência respiratória, o que, segundo nota publicada no site do LCME, culminou em seu óbito.

Américo era servidor da UFSC desde 1986, e desde 2007 atuava no LCME. Era natural do estado do Rio de Janeiro e morava em Palhoça. Ele deixa dois filhos, já adultos.

Graduou-se em Química (Licenciatura e Bacharelado) pela UFSC, e foi na universidade onde trabalhava que também atuou como pesquisador, e concluiu seu mestrado e doutorado pelo Programa de Pós- Graduação em Engenharia Química. Durante o doutorado, Américo fez estágio sanduíche na Universidad Autónoma de Madrid, na Espanha. Suas pesquisas com a produção de biodiesel a partir da reutilização do óleo de soja do Restaurante Universitário rendeu uma matéria feita pela Agecom em 2007.

O Laboratório no qual Américo trabalhava lamentou sua partida em uma Nota de Falecimento. “Nosso amigo nos fará falta!” manifestou a equipe técnica que assina a nota.

A Pró-Reitoria de Pesquisa expressou pesar e votos de solidariedade com familiares, amigos e colegas de trabalho de Américo.

O velório ocorre no domingo, às 9h, no Cemitério Municipal Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça.

A comunidade universitária expressa seu imenso pesar neste momento de luto, e oferece suas condolências à família e os amigos de Américo.

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