Acompanhe mais uma edição do ‘UFSC Cidade Revista’

13/06/2015 12:38

Nesta edição do “UFSC Cidade Revista” você acompanha matérias sobre a greve dos servidores da UFSC, o programa Ciência Sem Fronteiras na Universidade, a 14ª Mostra de Cinema Infantil em Florianópolis, a exposição “Carnaval Brasileiro” na Reitoria e o encontro da ministra com a reitora para a promoção da igualdade social.

Tags: cinemaGreveTV UFSCUFSC Cidade Revista

Curso de Cinema promove reuniões para leitura dramática de roteiros

25/05/2015 10:00

As inscrições – gratuitas – de roteiros de cinema para o projeto “Leituras dramáticas de roteiros” da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) seguem abertas até segunda-feira, 25 de maio. As rodadas de leitura vão ser realizadas a cada quinze dias, às terças-feiras, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), bloco B, das 18h30 às 21 horas. A primeira será no dia 2 de junho.

O projeto, cujo objetivo é melhorar os textos desenvolvidos pela cinematografia catarinense, está aberto à participação não só de autores da comunidade acadêmica, mas também a roteiristas de toda a região. Os roteiros devem ser enviados para o e-mail leiturasdramaticasUFSC@gmail.com e serão recebidos e salvos no banco de dados a qualquer tempo. De acordo com o regulamento do projeto, são aceitos somente roteiros de ficção, podendo prever ou não uso de técnicas de animação.

A ideia partiu da produtora júnior “Café e Fita Crepe”, do curso de Cinema da UFSC, com apoio da Secretaria de Cultura (Secult) da Universidade. Os roteiros recebidos até 25 de maio serão considerados para as primeiras leituras; os que chegarem após esse prazo serão realocados para as próximas rodadas.

A seleção do elenco de leitura será feita de acordo com as exigências do roteiro, e os candidatos interessados devem entrar em contato e se inscrever. A organização entrará em contato com aqueles que se enquadrarem no perfil dos personagens a serem lidos. As sessões são abertas ao público.

Interessados em receber informações sobre as rodadas de leitura podem fazer cadastro no grupo de e-mails do projeto.

Mais informações no regulamento.

Gisele Flôres/Estagiária de Jornalismo Agecom/DGC/UFSC

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Agenda Cultural: Cinema, Chá e Cultura exibe ‘Casablanca’ nesta sexta-feira

24/07/2014 09:38

casabA exibição gratuita de Casablanca (Michael Curtiz, 1942), baseado na peça Everybody Comes To Rick’s (“todo mundo vem ao café do Rick”) de Murray Burnett e Joan Alison, será a atração do mês de julho do projeto Cinema, Chá e Cultura, nesta sexta-feira, 25 de julho, às 19h, na Fundação BADESC – rua Visconde de Ouro Preto, 216, Florianópolis.

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos fugitivos tentavam escapar dos nazistas por uma rota que passava pela cidade de Casablanca. O exilado americano Rick Blaine (Humphrey Bogart) encontrou refúgio na cidade, dirigindo uma das principais casas noturnas da região. Clandestinamente, tentando despistar o Capitão Renault (Claude Rains), ele ajuda refugiados, possibilitando que eles fujam para os Estados Unidos. Quando um casal pede sua ajuda para deixar o país, ele reencontra uma grande paixão do passado, a bela Ilsa (Ingrid Bergman). Este amor vai encontrar uma nova vida e eles vão lutar para fugir juntos. O filme tornou-se um clássico de sucesso quase inigualável, que imortalizou a famosa cena em que Bogart pede ao pianista: “Play it again, Sam.” (toque de novo, Sam) e a canção pedida por ele, “As time goes by”.

 

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Alunos de Artes Cênicas estreiam ‘Fando & Lis’ no Teatro da UFSC neste fim de semana

27/06/2014 15:05

Alunos da sétima fase do curso de Artes Cênicas da UFSC convidam a comunidade para o espetáculo “Fando & Lis”, nos dias 4, 5 e 6 de julho (sexta a domingo), às 20h,  no Teatro da UFSC. A entrada é gratuita e limitada. Os ingressos devem ser reservados pelo e-mail daadeixa@hotmail.com.

“Fando & Lis” é resultado da disciplina de Processos Criativos e orientado pela professora e diretora Marília Carbonari.

Sinopse

Fando leva sua noiva, Lis, em seu carrinho rumo a TAR: o lugar aonde nunca ninguém chegou, mas todos almejam chegar. Logo, ele é surpreendido pela aparição de três estranhas figuras, Namur, Mitaro e Toso, que acrescentam um toque absurdo ao intrigante universo criado por Fando a sua amada. Nessa história, todos são convidados a embarcar numa viagem fantástica e com um único fim.
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Cinema, Chá & Cultura apresenta ‘Os Sonhadores’

26/05/2014 10:05

Os sonhadores ( Bertolucci)

A exibição gratuita de Os Sonhadores (I Sognatori, 2003), de Bernardo Bertolucci, no projeto Cinema, Chá & Cultura, será na segunda-feira, 26 de maio, às 19 horas. Matthew (Michael Pitt) é um jovem que, em 1968, vai estudar na capital francesa, onde conhece os irmãos gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Os três logo se tornam amigos, dividindo experiências e relacionamentos em meio à efervescência da revolução estudantil.

Promovido pela Fundação Cultural BADESC e pela Cultura Inglesa de Florianópolis, o Cinema, Chá & Cultura é um projeto dedicado à exibição de filmes ligados à tradição anglófona, com a participação dos organizadores e de convidados. Para os organizadores Anelise R. Corseuil (UFSC), Brígida de Miranda (UDESC), Maria Teresa Collares (IFSC) e Maria Cecília de M. N. Coelho (UFMG), os encontros – que também contam com o apoio do IFSC por meio do edital APROEX – são uma oportunidade de promover conversas sobre literatura, teatro e cinema. A atividade é gratuita, e a sessão começa com os participantes servindo-se de chá – preparado ao modo inglês, oferecido pela Cultura Inglesa de Florianópolis – e acompanhando uma breve fala do mediador. Em seguida, exibe-se o filme legendado, e, ao final, há a palavra do mediador e conversas sobre o filme.

 

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FAM 2014: UFSC sedia festival de cinema latino-americano com início nesta sexta

23/05/2014 15:30

Em 2014, o Florianópolis Audiovisual Mercosul chega à 18ª edição e traz a pluralidade do audiovisual dos países latino-americanos e convidados de muitas partes do mundo. De 23 a 30 de maio, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o FAM 2014 vai exibir em sete mostras gratuitas 79 filmes, de 11 países (Brasil, Colômbia, Venezuela, Argentina, Chile, Uruguai, Turquia, Paraguai, México, Nicarágua e Panamá). A programação inclui mais uma vez o Fórum Audiovisual Mercosul, polo de promoção dos debates sobre política e estética do audiovisual na região e oficinas gratuitas.

O evento deste ano recebeu o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura; FunCultural; Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte; Governo do Estado de Santa Catarina; Eletrobras; Petrobras; Ministério da Cultura; Governo Federal, e apoio da Fundação Franklin Cascaes; Secretaria de Cultura/Prefeitura Municipal de Florianópolis e Departamento Artístico Cultural/Secretaria de Cultura/UFSC e realização da Associação Cultural Panvision.

Na principal mostra do FAM, a Longas Mercosul, sempre às 21h, no Auditório Garapuvu, serão exibidos nove filmes, sendo dois no encerramento. O festival abre com “Amor, plástico e barulho”, de Renata Pinheiro, do Recife. Outros três filmes brasileiros estão na grade, “A oeste do fim do mundo”, de Paulo Nascimento, “Cidade de Deus: 10 anos depois”, de Cavi Borges e Luciano Vidigal, e “Riocorrente”, de Paulo Sacramento.
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Agenda Cultural: exibição dos filmes ‘Jane Eyre’ e ‘Educação Proibida’ nesta sexta

25/04/2014 09:14

 

PET Serviço Social 

O PET Serviço Social programou algumas atividades culturais para esta semana. Iniciou nesta terça-feira, 22 de abril, às 14h, a exposição de fotos históricas do grupo PET e cartazes do CinePET. A visitação está aberta no hall do Centro Sócioeconômico (CSE). No dia 24 de abril, às 15h, ocorre a roda de conversa sobre cinema com o professor Jair Fonseca e, no dia 25, às 14h, encerramento da exposição e primeiro CinePET do ano com a exibição do filme “Educação Proibida”, com direito a coffee break, na sala 217 do bloco D do CSE.

Cinema, Chá e Cultura

Nesta sexta-feira, 25, às 19h, o projeto Cinema, Chá e Cultura exibe gratuitamente o filme de Cary Fukunaga, Jane Eyre (2011), uma co-produção Reino Unido-Estados Unidos. Com Mia Wasikowska, Michael Fassbender e Jamie Bell, o filme, ambientado na Inglaterra do século XIX, conta as desventuras de Jane, que, após uma infância triste, torna-se governanta e se apaixona pelo soturno patrão. A história baseia-se no romance homônimo escrito por Charlotte Brontë, um clássico da literatura inglesa publicado em 1847, que enseja a discussão de temas ainda muito atuais.

Promovido pela Fundação Cultural Badesc e pela Cultura Inglesa de Florianópolis, o Cinema, Chá & Cultura é um projeto dedicado à exibição de filmes ligados à tradição anglófona, com a participação dos organizadores e de convidados. Para os organizadores Anelise R. Corseuil (UFSC), Brígida de Miranda (Udesc), Maria Teresa Collares (IFSC) e Maria Cecília de M. N. Coelho (UFMG), os encontros são uma oportunidade de promover conversas sobre literatura, teatro e cinema. A atividade é gratuita, e a sessão começa com os participantes servindo-se de chá, preparado ao modo inglês e oferecido pela Cultura Inglesa de Florianópolis, acompanhado de uma breve fala do mediador. Em seguida exibe-se o filme legendado e, ao final, temos a palavra do mediador e conversas sobre o filme.

Mais informações

Fundação Badesc: Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Florianópolis – (48) 3224-8846 – fundacaocultural@badesc.gov.br
Cultura Inglesa de Florianópolis: Rua Rafael Bandeira, 335 – Florianópolis – (48) 3224-2696 – recepcaofln@culturainglesa-sc.com.br

Tags: cinemaCinema Chá e CulturaJane EyreUFSC

Cinema, Chá & Cultura reinicia nesta sexta com o filme ‘Nunca te Vi, Sempre te Amei’

28/02/2014 11:00

A exibição gratuita de Nunca te Vi, Sempre te Amei (84 Charing Cross Road, 1987), filme britânico dirigido por David Hugh Jones, inicia as atividades do projeto Cinema, Chá & Cultura, no ano de 2014, no próximo dia 28 de fevereiro, sexta-feira, às 19h, na Fundação Cultural Badesc.

Helene Hanff (Anne Bancroft) é uma escritora americana que se corresponde com Frank Doel (Anthony Hopkins), o gerente de uma livraria especializada em edições raras e esgotadas. Tudo começou pelo fato de Helene, que vive em Nova York, adorar livros raros. Uma carta para uma pequena livraria em Londres a leva a iniciar uma correspondência afetuosa com Frank. Neste período uma amizade muito especial surge entre os dois.


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Tags: Chá & CulturacinemaUFSC

Cinema, Chá & Cultura reinicia nesta sexta com o filme ‘Nunca te Vi, Sempre te Amei’

24/02/2014 11:14

A exibição gratuita de Nunca te Vi, Sempre te Amei (84 Charing Cross Road, 1987), filme britânico dirigido por David Hugh Jones, inicia as atividades do projeto Cinema, Chá & Cultura, no ano de 2014, no próximo dia 28 de fevereiro, sexta-feira, às 19h, na Fundação Cultural Badesc.

Helene Hanff (Anne Bancroft) é uma escritora americana que se corresponde com Frank Doel (Anthony Hopkins), o gerente de uma livraria especializada em edições raras e esgotadas. Tudo começou pelo fato de Helene, que vive em Nova York, adorar livros raros. Uma carta para uma pequena livraria em Londres a leva a iniciar uma correspondência afetuosa com Frank. Neste período uma amizade muito especial surge entre os dois.

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Reserva Biológica Estadual do Aguaí na TV UFSC

22/11/2013 18:03

TV UFSC exibe Reserva Biológica Estadual do Aguaí

A TV UFSC exibe domingo, às 21h30min, documentário realizado pelos alunos do Curso de Jornalismo da UFSC Daiana Meller e Diego Kerber, que  mostra a Reserva Biológica do Aguaí, considerado o segundo maior remanescente de Mata Atlântica em área, ficando atrás apenas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

Localizada na Serra Geral, em altitudes que variam de 200 a 1470 metros, a reserva abrange os municípios de Morro Grande, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso. Criada em 1º de julho de 1983, através do Decreto nº 19.635, protege uma área de 7.672 hectares. Entre as justificativas para a formação da Reserva Biológica do Aguaí estão o relevo acidentado, a presença de diversos canyons, riqueza de ecossistemas e grande variedade de espécies de plantas e animais, que fazem da região um cenário valioso para a conservação da biodiversidade.
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Cinema Chá e Cultura exibe ‘Os Inocentes’ nesta sexta-feira

23/09/2013 12:45

Na sexta-feira, 27 de setembro, às 19h, o “Cinema, Chá e Cultura”, exibe Os Inocentes (The Innocents), filme britânico de 1961, produzido e dirigido por Jack Clayton. Este filme de “horror psicológico”, com roteiro de William Archibald, Truman Capote (diálogos adicionais) e John Mortimer, adapta brilhantemente para o cinema a obra de Henry James, A Outra Volta do Parafuso (The Turn of the Screw). Filmado em uma mansão gótica localizada em Parque Sheffield, East Sussex, é a primeira participação em filme da atriz-mirim Pamela Franklin e conta com memorável desempenho de Deborah Kerr como atriz principal.

Os Inocentes conta a história da governanta Giddens contratada para cuidar de Flora e Miles, dois irmãos que ficaram órfãos em circunstâncias misteriosas. Com o passar do tempo, Giddens acredita que existe alguma coisa escondida nas trevas da mansão, fazendo com que as crianças tenham um comportamento assustador. O evento será realizado na Fundação Badesc, na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis. Gratuito e aberto ao público.
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4ª Conferência Internacional Small Cinemas começa nesta quarta na UFSC

04/09/2013 09:08

A quarta edição da Conferência Internacional Small Cinemas – Crossing Borders, organizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será realizada de 4 a 6 de setembro, no Centro de Cultura e Eventos. As inscrições como ouvintes terminam em  3 de setembro, e as vagas são limitadas. A isenção da taxa de inscrição para estudantes (com ou sem apresentação de trabalho) e ouvintes em geral visa incentivar a iniciação científica, a divulgação e o compartilhamento de conhecimentos.
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Ex-aluna da UFSC assume presidência do Funcine

03/09/2013 13:48

Produtora executiva da Novelo Filmes foi eleita para mandato tampão

A produtora executiva Carol Gesser é a nova presidente do Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis (Funcine). Ela foi eleita pelo conselho do órgão e ocupa o lugar deixado pela professora e cineasta Cláudia Cárdenas, que pediu exoneração. Carol assume o mandato tampão, que vai até novembro.

Carol é formada em Cinema pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e possui pós-graduação em Gestão de Empreendimentos e Cidades Criativas, pela Universidade de Córdoba (Argentina). Integrou as diretorias da Cinemateca Catarinense e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Audiovisual de SC (Sintracine) e por duas gestões foi conselheira municipal de cultura. Começou sua carreira no meio audiovisual em 2005, e desde 2001 é sócia da produtora Novelo Filmes. Atua como produtora executiva dos projetos autorais da casa,como os curtas Qual Queijo Você Quer?, O Tempo Que Leva, O Gato, O Último Dente e o longa-metragem Nem Caroço Nem Casca, além de vídeos institucionais, videoclipes e outros conteúdos. 
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Cinema, Chá & Cultura apresenta filme ‘Shirley Valentine’

27/08/2013 08:05

Atriz Pauline Collins no filme de 1989, que é adaptação de uma peça de Willy Russel

A exibição de Shirley Valentine inicia as atividades do projeto Cinema, Chá & Cultura, no segundo semestre de 2013, na sexta-feira, 30 de agosto, as 19h.  O filme de 1989 é a adaptação de uma peça de Willy Russel, que no Brasil teve montagem com Renata Sorrah e, depois, com Betty Faria. A narrativa debruça-se a trajetória de uma dona de casa de Liverpool que sente-se estagnada ao chegar à meia-idade. Ao acompanhar a melhor amiga em uma viagem à Grécia, ela repensa sua vida e sua visão de mundo. Dirigido por Lewis Gilbert, com atuação memorável da atriz teatral inglesa Pauline Collins no papel principal.

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Seminário internacional de tradução e cinema na área de Estudos Irlandeses

22/07/2013 15:49

Programa de Pós-Graduação em Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promoverá, no dia 21 de agosto, seminário de tradução e cinema na área de Estudos Irlandeses, organizado pelos professores José Roberto O’Shea (UFSC) e Beatriz Kopschitz Bastos (W.B. Yeats Chair of Irish Studies/USP/ABEI).
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Cinema, Chá & Cultura exibe o filme “Tom e Viv” nesta sexta

11/06/2013 16:06

Nesta sexta-feira, dia 14 de junho, às 19h, no auditório da Fundação Badesc (1º andar), o projeto Cinema, Chá & Cultura exibe o filme Tom e Viv, cuja trama se passa durante a década de 1910. O filme de 1994 é dirigido por Brian Gilbert, e narra o turbulento relacionamento entre o poeta americano T. S. (Tom) Eliot e sua instável esposa, a aristocrática inglesa Vivienne Haigh-Wood, com atuação de Willem Dafoe, Miranda Richardson e Rosemary Harris, estas duas indicadas ao Oscar de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente. Em 1915, após um breve namoro, Eliot e Vivienne casaram-se e a separação aconteceu em 1933, embora nunca tenha havido oficialmente o divórcio.

Promovido pela Fundação Cultural Badesc e pela Cultura Inglesa de Florianópolis, o Cinema, Chá & Cultura é um projeto dedicado à exibição de filmes ligados à tradição anglófona, com a participação dos organizadores e de convidados, alternadamente. Para os organizadores, Anelise R. Corseuil (UFSC), Brígida de Miranda (Udesc), Leon de Paula (Udesc), Maria Teresa Collares (UFSC) e Maria Cecília de M. N. Coelho (UFMG), os encontros são uma oportunidade de promover conversas sobre literatura, teatro e cinema.
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“Justiça do Trabalho na TV” discute novos direitos dos trabalhadores domésticos

02/05/2013 19:09

O filme “O Homem das Novidades”, produzido em 1928, será exibido no “Sessão Cinema” desta sexta-feira, 3, às 14h. Dirigido por Edward Sedgwick, conta a história de Luke Shannon (Buster Keaton), que trabalha como fotógrafo de retratos e se apaixona por Sally (Marceline Day), secretária de um cinejornal. Para se aproximar da moça,  ele sai nas ruas de Nova York para registrar fatos que ache interessantes e que possa vender aos estúdios que ela trabalha. O filme discute o cinema e a relação entre ficção e realidade no momento derradeiro do cinema mudo, através de organização caótica dos elementos.

Programação da semana da TV UFSC

Keaton: “O homem das novidades”

No sábado, assista ao “Justiça do Trabalho na TV” que vai falar sobre os novos direitos dos trabalhadores domésticos. Nesta edição, a entrevista com o advogado trabalhista, Prudente José Silveira Mello, discute as novas leis promulgadas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das domésticas. Você pode conferir o programa às 17h30.

Programação da semana da TV UFSC

Prudente: direitos domésticos

Já no domingo, às 20 h, você acompanha o documentário “Favelas”. O vídeo mostra o surgimento do termo “favela” no Brasil. Depois das várias pessoas que foram morar na encosta do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, a denominação passou a se referir a qualquer comunidade que vive nessas encostas. A proposta do filme também é problematizar essa palavra, que para muitas pessoas, tem um sentido pejorativo.

Programação da semana da TV UFSC

“Favelas”

Para acompanhar a TV UFSC, sintonize o canal 15 da NET Florianópolis e veja a programação completa no site www.tv.ufsc.br/grade.pdf. Assista aos boletins de notícias também no www.youtube.com/tvufsc.

Dayane Ros/Estagiária de Jornalismo/TV UFSC

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TV UFSC exibe 40 anos do Curso de Biblioteconomia e “Anjo Azul”

26/04/2013 18:08
TV UFSC exibe os 40 anos do curso de Biblioteconomia e "O Anjo Azul"

“O Anjo Azul”

O “Sessão Cinema” deste sábado traz o filme “Anjo Azul”, do diretor Josef von Sternberg. Na estória, Immanuel Rath (Emil Jannings) é um respeitado professor que vai até um cabaré para descobrir quais dos seus alunos estão frequentando o clube local. Rath é envolvido pela atmosfera da sensual cantora Lola Lola (Marlene Dietrich) e, a partir daí, muitas reviravoltas esperam por ele. O filme foi produzido em 1930, uma época em que o som ainda era novidade no mundo do cinema. Um detalhe interessante é que ele tem parentesco com o expressionismo alemão, que pode ser observado nos cenários, no uso das sombras e no contexto, que mostra a degradação moral da nobreza intelectual alemã, personificada na figura do professor. Você pode assistir o filme às 14h15.
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Pesquisa da UFSC analisa cinema feito por mulheres durante a ditadura

26/04/2013 17:30

Com linguagens, temáticas e estratégias diferentes, três brasileiras ousaram fazer cinema na década de 1970, enfrentando a ditadura e pela primeira vez colocando em pauta a situação da mulher. O cinema realizado por Tereza Trautman, Ana Carolina e Helena Solberg é o tema da tese de doutorado da historiadora Ana Maria Veiga, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina e que teve orientação da professora Joana Maria Pedro. Apesar das diferenças, o cinema de cada uma trazia questões ligadas à situação da mulher e deu visibilidade a temas como a busca pela emancipação social, política e a livre manifestação da sexualidade. “Ao longo do estudo faço um contraponto entre a ditadura e o movimento feminista”, explica Ana Maria.
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Pesquisa da UFSC analisa cinema feito por mulheres durante a ditadura

01/04/2013 14:57

Com linguagens, temáticas e estratégias diferentes, três brasileiras ousaram fazer cinema na década de 1970, enfrentando a ditadura e pela primeira vez colocando em pauta a situação da mulher. O cinema realizado por Tereza Trautman, Ana Carolina e Helena Solberg é o tema da tese de doutorado da historiadora Ana Maria Veiga, defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina e que teve orientação da professora Joana Maria Pedro. Apesar das diferenças, o cinema de cada uma trazia questões ligadas à situação da mulher e deu visibilidade a temas como a busca pela emancipação social, política e a livre manifestação da sexualidade. “Ao longo do estudo faço um contraponto entre a ditadura e o movimento feminista”, explica Ana Maria.

Durante quatro anos de pesquisa, as buscas levaram Ana Maria a arquivos em São Paulo, Rio de Janeiro e Paris (França), onde passou um ano para o seu doutorado sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Ela teve acesso a revistas e jornais do período, aos filmes das autoras, além de conseguir entrevistar duas das diretoras. Também realizou um estudo aprofundado sobre o cinema que estava sendo feito na época por mulheres em países como Argentina, Cuba, Itália, França, Bélgica, Inglaterra e Brasil. A tese traz um panorama do cinema que influenciou as três cineastas, retratando desde o Neorrealismo italiano, a Nouvelle Vague francesa, o Cinema Novo brasileiro e o chamado Cinema de Mulheres, que mostra o feminismo em debate no cinema.

O resultado deste trabalho está registrado na tese “Cineastas brasileiras em tempos de ditadura: cruzamentos, fugas, especificidades”, que faz de Ana Maria uma das poucas pesquisadoras brasileiras a trabalhar na intersecção entre história, cinema e gênero. Uma das propostas é desvendar experiências importantes que aconteceram no período, além do Cinema Novo. “A ideia é mostrar que outras formas de cinema existiram e que foram maneiras de instrumentalizar o cinema também por uma revolução que era social, que era política, e que era essa revolução das mulheres proposta pelo feminismo”, afirma. Nesta entrevista, Ana Maria relata como foi a sua trajetória de pesquisa:

Como você escolheu o tema de pesquisa?

Durante as pesquisas de mestrado, que era sobre Brasil e Argentina, descobri os primeiros curtametragens da argentina Maria Luiza Bemberg, a única mulher cineasta daquele período que atuava no país. Seu primeiro curta, de 1972, “El mundo de la mujer”, me chamou a atenção pela estética e política. Comecei a pesquisar gênero e ditadura, cinema e ditadura, mulheres que fizeram filmes naquele momento. No Rio de Janeiro, fiz uma pesquisa no Programa Avançado de Cultura Contemporânea, coordenado pela Heloísa Buarque de Hollanda, que lançou um catálogo sobre as cineastas brasileiras do período da ditadura. Foi quando descobri a Helena Solberg, a Tereza Trautman e a Ana Carolina.

– O que as cineastas têm de comum e o que é único para cada uma?

Em comum, as três são brasileiras, fizeram filme durante o período da ditadura militar, embora cada uma tenha escolhido uma estratégia diferente. Politicamente elas vinham na onda de emergência dos movimentos feministas, principalmente naqueles anos 70, e da resistência de esquerda ao governo autoritário.

– As temáticas são parecidas?

Não, cada uma enfrentou o período da ditadura militar de uma maneira diferente. Enquanto a Helena Solberg saiu do Brasil e fez documentários, a Tereza Trautman ficou, bateu de frente com a censura e saiu perdendo. A Ana Carolina é o exemplo mais conhecido e foi a cineasta que conseguiu driblar a censura. Naquele momento da história, mulheres fazendo filmes foi um acontecimento, nos chamados “novos cinemas”. Outro ponto interessante é como cada uma utilizou o cinema para questionar, por um lado, gênero, que era condição feminina, e por outro lado o regime militar e seus valores moralizantes.

Helena Solberg mudou-se para os EUA na década de 70, onde passou a dirigir documentários sobre a mulher na América Latina. Foto: reprodução.

– Qual foi a trajetória de cada uma?

A Helena Solberg mudou-se para os Estados Unidos em 1971, então conseguiu fugir da ditadura. Aí está uma das fugas de que o título da tese aborda. Ela teve uma formação profissional dentro do cinema novo, apoiada pelo Glauber Rocha. Ela teve a montagem do primeiro curta feita pelo Rogério Sganzerla, que não era cinema-novista, mas era do cinema marginal. Se ela tivesse continuado no Brasil, provavelmente iria fazer o cinema dentro dessa linha também. Nos EUA, ela teve contato com o movimento feminista, participou de encontros, cursos, envolvendo-se com a temática das mulheres naquele momento.

O primeiro documentário foi em 1973 e se chamou “The Emerging Woman”, que falava dos 200 anos da história da mulher estadunidense. Para surpresa dela, foi um grande sucesso, recebeu prêmios e foi adotado por todas as escolas do país para discutir a questão que, na época, era denominada “condição feminina”. Conseguiu um contrato com a TV pública estadunidense, a Public Broadcasting Service (PBS) e começou a produzir documentários sobre na América Latina. Formou um grupo de mulheres que trabalhavam com cinema e viajou com elas pelo continente latino-americano. Ela ficou conhecida nos EUA e no Brasil como a cineasta da América Latina.

Seus dois primeiros filmes, “La doble jornada” e “Simplemente Jenny”, foram voltados para as mulheres pobres trabalhadoras, um cinema de cunho social e político. Uma estética em que ela colocava a equipe em cena, uma proposta também de contra-cinema, das teóricas feministas dos anos 70, que era expor que aquilo que está sendo mostrado é uma construção também, mesmo sendo um documentário. No “Simplemente Jenny”, de 1979, ela tematizou a sociedade boliviana com jovens infratoras de um reformatório. Ali ela vai explorando a partir da fala delas o sonho de cada uma e vai contrapondo com imagens de desfiles de moda, daquilo que se queria mostrar como a mulher boliviana e que era bem distante da realidade delas.

Em “La doble jornada” ela vai atrás de mulheres trabalhadoras, vai às minas da Bolívia, indústrias argentinas, camponesas carregando os filhos nas costas, então é a dupla jornada dessas mulheres no trabalho e dentro de casa. Na Nicarágua, ela fez “From the ashes: Nicaragua today”, que relata a crise no final dos anos 1970. Em 82 ela volta ao Brasil e faz “Brazilian Connection”  (A conexão brasileira), falando sobre os 18 anos do regime militar no Brasil. Em 83, realizou “Chile by reason or by force”, falando dos dez anos do regime do general Pinochet no Chile.

Tereza Trautman dirigiu “Os homens que eu tive”, de 1973, que ficou sete anos interditado pela censura. Foto: reprodução.

– Como foi a experiência da Tereza Trautman?

A Tereza Trautman abordou a liberação da mulher em 1973, num momento tomado nas telas cinematográficas pelas pornochanchadas. Basicamente eu trabalho na tese com o filme “Os homens que eu tive”. Ela faz um filme de produção própria colocando a mulher como dona do seu corpo, do seu desejo sexual, podendo usar isso da maneira como ela bem entender. O filme não tem cenas explícitas de sexo. A protagonista é da zona sul carioca, que era para ter sido interpretada pela Leila Diniz, que morreu antes de iniciar as filmagens.

O filme estreou no Rio no Cine Roxy, com os 1800 lugares completamente lotados. Depois estreou em Belo Horizonte até que, de acordo com a justificativa de um funcionário da censura, houve um telefonema para o alto escalão do Ministério da Justiça dizendo que o filme era imoral, que atentava contra a mulher brasileira, que era um absurdo que aquilo estivesse em cartaz.

Quando vai estrear em São Paulo, coincidentemente na Semana da Pátria de 1973, o filme é interditado por questões morais. Eu pesquisei em 28 documentos existentes sobre a interdição do filme pela censura e a questão principal é que a protagonista era uma mulher casada, e que o marido permitia que ela tivesse amantes. A produtora Herbert Richers entrou com vários pedidos de liberação. A própria Tereza ia para o Ministério diariamente para tentar conseguir uma explicação, porque outros filmes que ela julgava semelhantes eram liberados e o dela não.

A liberação só aconteceu em 1980, sete anos depois, e depois de tanto tempo havia uma expectativa sobre o filme e sobre a Tereza Trautman, ovacionada como a primeira diretora do cinema brasileiro. Mas quando estreou, o filme já estava defasado. A crítica o considerava pequeno, com a temática superada, pois nos anos 80 a TV brasileira já apresentava Malu Mulher, a Marta Suplicy falava de sexo na TV. Em 1980 aquele filme ganhou interpretações anacrônicas. Não há uma compreensão histórica do que ele representou naquele momento. Depois ela foi fazer um filme só em 87, que é “Sonhos de Menina Moça”, em que ela ainda traz temas da ditadura.

Cineasta Ana Carolina realizou na década de 70 a trilogia “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”. Foto: reprodução.

– E a Ana Carolina?

A Ana Carolina acaba sendo o exemplo mais conhecido pela trilogia sobre o que ela chamou na época de “condição feminina”: “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”. A diretora usa provérbios e a linguagem popular para discutir o senso popular, o não questionamento das coisas e dos acontecimentos, a opressão militar e das mulheres. Em “Mar de Rosas”, de 1977, ela trabalha com a questão da mãe e da filha, do casamento, da sua condição de “santa esposa”. A protagonista, Felicidade, corta o pescoço do marido com uma gilete e foge com a filha. Ela começa a ser perseguida por um homem misterioso num fusca preto, o que remete aos grupos paramilitares, à repressão, aos torturadores. A filha é a revolucionária, aquela que senta de pernas abertas, fala palavrão, e que os adultos tentam reprimir, mas não conseguem. A personagem mostra a nova geração de mulheres que vêm se levantar contra os padrões estabelecidos. O filme foi o grande sucesso de Ana Carolina, inclusive fora do Brasil.

O segundo filme, “Das Tripas Coração”, foi interditado 10 meses, mas depois foi exibido na íntegra. Ela usa uma metáfora que hoje pode ser considerada ingênua, mas foi sua maneira de driblar a censura. Na história, um interventor vai a um colégio interno para fechá-lo. Enquanto as diretoras não chegam, nos cinco minutos que fica esperando, ele cochila. O filme todo é o sonho dele. As internas do colégio revolucionam. É toda a questão do desejo, da sexualidade, elas discutem, aparece o desejo lésbico, uma consonância com as discussões do movimento feminista. Mostra também a questão da igreja católica. Uma das alunas faz xixi no meio da missa. Uma coisa que eu falo na minha tese que eu não encontrei em outros autores que trabalham com esse filme é a questão de alvejar a ditadura por meio da incidentalidade musical. Ela trabalha muito com os hinos nacionais, seja com a ida do interventor ao banheiro assoviando o hino nacional, seja com uma brincadeira com o hino da independência.

Mesmo o terceiro filme, “Sonho de Valsa”, de 1977, Ana Carolina ainda discute o regime, a ditadura civil-militar. Mostra uma mulher que sai da tubulação de esgoto e vai para o meio de uma parada militar de 7 de setembro, toda suja, maltrapilha. É muito interessante a maneira como ela ainda traz presente a sensação que eu imagino que ficou para grande parte dos brasileiros depois que o regime acabou: a sensação de que houve uma continuidade, de que o poderio militar ainda continuou. O governo seguinte foi do José Sarney, que foi parte civil da ditadura.

– As três fizeram parte do movimento feminista?

A Helena Solberg e a Teresa Trautman se envolveram com o movimento feminista, participaram de grupos. A Ana Carolina não. A gente vê que ela tem toda uma postura feminista, que os filmes têm uma tendência de ser considerados feministas, mas no discurso dela, ela se identifica com o “cinema de autor”, lançado pela Nouvelle Vague francesa. Ela não queria ser rotulada apenas como feminista, porque isso era assumir todo um preconceito que viria junto com esse termo naquele momento e até posteriormente. Então a Ana Carolina não participou do movimento, seguiu a linha dela, mas os filmes dela são muito importantes para essa discussão naquele momento.

– Elas fizeram parte de algum grupo em comum, se encontravam, faziam parte de um movimento?

Não. Apesar de duas delas terem participado de um guarda-chuva, que foi o movimento feminista, de encontros e de reuniões de conscientização. Eu tentei explorar isso como um leque de possibilidades. Não houve uma homogeneidade ao lidar com isso como produção cinematográfica. O que houve foram caminhos próximos.

– Qual é a relação dos cinemas realizados pelas diretoras com o Cinema Novo?

Nos anos 60 e 70, o cinema novo brasileiro se consolidou mundialmente por seu cunho político. O Glauber Rocha, que foi seu ícone, tinha voz fora do Brasil, com artigos nos Cahiers du Cinéma e em outras revistas. Eles estavam preocupados com a revolução, a opressão geral da América Latina. E é claro que, em se falando de cinema brasileiro nos anos 60 e 70 o que se valoriza? Esse cinema novo. Uma das propostas da minha tese é justamente isso: contrapor o cinema realizado por mulheres ao cinema novo, que era o único que esteve iluminado. O resto era como se não existisse. Venho trazendo isso para mostrar que outras formas de cinema de contestação existiam, tendo chegado ao público ou não. Foram maneiras de instrumentalizar o cinema também por uma revolução que era social, que era política, e que era essa revolução das mulheres proposta pelo feminismo.

– Você estudou o cinema feito por mulheres de outros países?

Estudei a Agnès Varda que, apesar de belga, realizou toda a sua carreira na França. Seu primeiro filme, La Pointe Courte, de 1954, foi visto como precursor da Nouvelle Vague francesa: uma nova proposta, nem tanto na política, mas o começo de uma revolução estética. Outra que eu trabalho é a Chantal Akerman. Seu filme mais polêmico e emblemático é o “Jeanne Dielman, 23, Quai du Commerce, 1080 Bruxelles” (1975). É uma mulher na situação do pós-guerra, que ficou viúva, tem um filho, recebe uma pequena pensão do marido, morto na guerra, e que se prostitui para viver. O filme relata três dias na vida da Jeanne Dielman e está totalmente alinhado com a proposta feminista do contra-cinema. Outra diretora foi a cubana Sara Gómez, que em 1974 fez “De Cierta Manera”, uma crítica da chamada condição feminina e da estrutura cubana do pós-Revolução. Trabalhei também com a italiana Lina Wertmüller e com a britânica Laura Mulvey, que fez “Riddles of the Sphinx” (O Enigma da Esfinge), de 1976, e coloca na prática a proposta teórica de contra-cinema, da ruptura com o cinema hegemônico, hollywoodiano, e reverte a situação da representação da mulher, o que ela trabalha no seu principal texto que é “Prazer visual e cinema narrativo”. Então eu vi toda essa ligação e segui as influências apontadas pelas três brasileiras. A Helena e a Tereza mencionam a Varda e a Lina Wertmüller. A Ana Carolina, pela questão de cinema de autor, até fala da Varda, mas ela se identifica e até é comparada com Luis Buñuel. Trabalho com filmes do Neorrealismo italiano, da Nouvelle Vague francesa, venho discutindo um pouco esses cinemas com o que elas estavam fazendo, no que se diferenciavam. É um panorama daqueles anos, dos novos cinemas no pós-guerra e a ruptura radical delas também com os próprios inspiradores.

– O que é cinema de mulheres?

A expressão “cinema de mulheres” foi cunhada de maneira política. Ali nos anos 70, principalmente, houve uma teoria feminista do cinema na Inglaterra que propunha um contra-cinema, principalmente a partir dos trabalhos da Laura Mulvey e da Claire Johnston. Elas falavam da importância das mulheres em reverter a representação das mulheres no cinema, sempre realizada por diretores homens. Elas alegavam que havia uma manipulação, que estava na hora das mulheres tomarem as câmeras como um ato político e mostrar que o cinema era uma construção. Dentro dessa proposta cunhou-se o termo “Cinema de mulheres”. Na época começaram os festivais de filmes de mulheres em Nova York (Estados Unidos) e em Edimburgo (Escócia), em 1972. No final dos anos 70 surgiu na França o Festival International de Films de Femmes, que existe até hoje, em Créteil. Naquele momento era o cinema como instrumento do movimento feminista. Por isso que eu falo que o cinema de mulheres é datado, é um acontecimento principalmente dos anos 70. Na tese, eu trabalho com o termo “cinema realizado por mulheres”, que não é só o “cinema de mulheres”. A Ana Carolina se recusa a dizer que fez “cinema de mulheres”. Mesmo assim, ela levou seu filme para o festival de cinema de Créteil, que é de cinema de mulheres. Essa é uma das muitas contradições e ambiguidades que eu procuro discutir na tese. A própria questão do essencialismo, uma das principais contradições do movimento feminista. Porque é essencializar dizer que existe um cinema de mulheres, que é diferente ter uma mulher por trás da câmera. Esse debate aparece na imprensa, com diversos pontos de vista, mesmo dentro de uma mesma revista. Algumas diretoras acham que sim, que é um posicionamento político importante, outras acham que não, que elas são autoras, são artistas.

– Qual foi a repercussão do trabalho delas que você encontrou nas pesquisas?

Nas pesquisas na Cinemateca de São Paulo fui atrás de jornais da época, do que se falava sobre as três cineastas. Nos anos 70 e 80 estava em alta a discussão das mulheres no cinema, “as novas diretoras”, “mulheres por trás das câmeras”. De certa maneira elas foram conhecidas. Em uma matéria na Folha de São Paulo nos anos 70, a Helena Solberg é vista como cineasta da América Latina. Ela ficou bastante conhecida nos EUA, por ter tido acesso a TV. Na França, da Ana Carolina eu encontrei duas situações em jornais de lá, mas no Brasil ela estava em quase todas as matérias sobre mulheres no cinema. Claro, o Cinema Novo brasileiro aparecia muito mais. Da Tereza Trautman não aparece nada nos jornais franceses, pois ela tinha sido interditada. No Brasil ela foi bastante comentada em dois momentos: quando o filme saiu em 73, a imprensa noticiou bastante e depois em 80, no relançamento do filme. Uma coisa interessante da Tereza é que ela conseguia liberação para participar dos festivais fora do Brasil. Por exemplo, em 76 houve um festival em Toronto de filmes censurados. O filme dela foi exibido em sessão dupla com “Mimì metallurgico ferito nell’onore” (1972), da Lina Wertmüller. Ou seja, ela participou em festivais fora do Brasil, enquanto o filme estava interditado.  Um dos críticos que é elogioso ao filme fala que “Tereza Trautman está longe de ser identificada com a postura feminista, o filme dela vai muito além disso”. Ele tenta “salvar” a Tereza do estigma do feminismo, só que ela mesma confirma que estava totalmente envolvida. Então quem se assumia como feminista corria um risco.

– Risco de que?

Risco de que na carreira ela fosse estigmatizada como uma cineasta feminista, apenas. Porque os debates sobre feminismo eram muito acalorados. Falavam que as mulheres eram lésbicas, mal-amadas. Isso aparece em vários textos analisados e nas entrevistas. No Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) da UFSC, do qual faço parte, temos mais de 150 entrevistas de mulheres no período da ditadura militar e muitas delas falam exatamente nisso: além da luta pela emancipação e igualdade, elas tinham que enfrentar esse rótulo reacionário.

– Como foram as entrevistas?

Tive a sorte de a Heloísa Buarque de Hollanda ter me colocado em contato com a Helena Solberg e com a Tereza Trautman, então além dos filmes eu trabalhei também com entrevistas. Elas me ajudaram muito com a versão delas daquela história toda, o que elas, mulheres, pessoas, estavam vivendo naquele momento, sentindo. Quando a Tereza Trautman fala da interdição, os olhos dela cospem fogo, até hoje. Então são vidas atravessadas por toda essa situação.

– Como foi a experiência na França?

Foi bem proveitosa. Passei um ano vinculada à École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), com financiamento da Capes. A possibilidade de acessar outros arquivos e acervos abre a cabeça, dá uma visão mais geral. Tanto que apesar de falar nas três cineastas, trago muita coisa de outros cinemas também, porque para mim é impossível fazer um recorte e não olhar para todo o entorno e o que está acontecendo. Principalmente se elas sinalizaram alguns caminhos, algumas trocas e influências, por onde elas passaram, e a própria crítica foi apontando o caminho delas, as associações, as identificações de cenas com as de outros autores. Olhando hoje, fazer esta tese foi um trabalho grande, mas no final as coisas foram se encaixando de uma maneira que eu achei interessante.

 

Saiba mais:

Veja alguns artigos escritos pela historiadora Ana Maria Veiga sobre temas que aborda na tese :

:: ‘Cineastas amordaçadas’: A ditadura militar e alguns filmes que o Brasil não viu. Revista História Agora, v. 1, p. 142-166, 2012.

:: Gênero e cinema: uma abordagem sobre a obra de duas diretoras sul-americanas. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFSC), v. 11, p. 111-128, 2010.

Mais informações:
Ana Maria Veiga – amveiga@yahoo.com.br

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

Fotos: reprodução.

Tags: CFHcinemagênerohistóriaUFSC

“Anônimo” abre o Cinema, Chá & Cultura de 2013

20/03/2013 09:08

Cena de “Anônimo” que inicia as atividades do projeto Cinema, Chá & Cultura em 2013.

A exibição deAnônimo” no próximo dia 22, sexta-feira, às 19 horas, inicia as atividades do projeto Cinema, Chá & Cultura em 2013. O filme, de 2011, se passa na época política da Inglaterra Elizabetana e especula uma questão que há séculos intriga acadêmicos e mentes brilhantes… quem foi o autor das peças em nome de William Shakespeare? “Anônimo” coloca uma possível resposta, centrada em uma época em que a intriga política secreta, romances ilícitos na Corte Real e os esquemas dos nobres gananciosos e famintos de poder eram expostos nos lugares mais incomuns: o palco de Londres. Dirigido por Roland Emmerich tem no elenco, entre outros atores, Vanessa Redgrave.
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