Pesquisadores selecionam voluntários com hipertensão para estudo sobre realidade virtual e desempenho cognitivo

11/07/2024 15:42

Pesquisadores utilizarão realidade virtual para treinamento cognitivo dos participantes. Foto: Minh Pham/Unsplash

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Neurociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) selecionam voluntários para participar de estudo sobre efeitos do uso de realidade virtual no desempenho cognitivo de pessoas com hipertensão. O projeto é coordenado pela estudante de doutorado Iara Gonçalves Teixeira e pelo professor Guilherme Speretta.

Segundo os cientistas, cerca de 30% das pessoas com hipertensão apresentam algum tipo de comprometimento cognitivo, o que pode dificultar a execução de tarefas cotidianas, como dirigir ou trabalhar. “Pensando nisso, desenvolvemos uma pesquisa onde treinamos a cognição dessa população”, afirma Guilherme. O objetivo é avaliar o efeito do treinamento com realidade virtual no desempenho cognitivo e possíveis mecanismos associados em pessoas hipertensas. “Fundamentados em outras pesquisas, esperamos que os resultados sejam favoráveis ao ganho cognitivo”, complementa o professor.

Para ser incluído no estudo, o participante precisa preencher alguns critérios: 

  •   Ter entre 45 e 60 anos de idade;
  •   Ter hipertensão e estar fazendo tratamento para hipertensão;
  •   Apresentar comprometimento cognitivo, como lentidão na tomada de decisões que exigem rapidez e dificuldades de memória de curto prazo, atenção e concentração nas atividades cotidianas. Não é necessário diagnóstico médico. A equipe realizará avaliação no laboratório; 
  •   No caso de mulheres, serão incluídas apenas aquelas que já estejam na menopausa.

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Visitantes da Sepex podem conhecer Parque Nacional em ação com Realidade Virtual

27/10/2023 12:25

O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração – Biodiversidade de Santa Catarina (PELD/BISC) apresenta pela primeira vez uma experiência imersiva criada para mostrar a biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim. Com óculos de Realidade Virtual, visitantes podem descobrir quatro paisagens — os campos de altitude, as matas nebulares, a Pedra Furada e o Morro do Baú — que estão na área de estudo do programa. O estande faz parte da Feira de Ciências da 20ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Experiência de Realidade Virtual atraiu mais de cem visitantes. Foto: Luiza Casali.

Esta é uma iniciativa do PELD/BISC para aproximar a ciência da comunidade. O projeto levou cerca de cinco meses para ser concluído e envolveu uma equipe de estudantes e pesquisadores da biologia, do jornalismo e do cinema.

A ideia partiu do coordenador do programa, Selvino Neckel de Oliveira, e contou com o apoio da Agência de Comunicação da UFSC, que forneceu equipamento para gravação do vídeo 360 e óculos de realidade virtual. Com duas visitas ao local, os integrantes puderam elaborar um vídeo 360 de aproximadamente cinco minutos que revela as paisagens do parque, onde ocorrem diversas pesquisas do programa.

Mais de cem pessoas já visitaram o estande, como a estudante de Ciências Biológicas da UFSC, Amanda Stuermer. “Achei muito legal porque eu já estive no parque, mas todas as vezes estava nublado. E parece que você está ali mesmo”, conta. O Morro da Igreja, de onde se observa a Pedra Furada, e o Morro do Baú estão entre os pontos mais altos de Santa Catarina.

A feira está aberta para visitação até sexta-feira, 27, às 18h, no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no bairro Trindade. A equipe do PELB-BISC também pretende levar a experiência às escolas, que podem entrar em contato pelo e-mail para agendar a visita. Além disso, o vídeo 360 está disponível no Youtube para quem quiser assistir.


Luiza Casali / estagiária de Jornalismo da Agecom / UFSC

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17ª Sepex: realidade virtual simula comportamentos de pedestre para estudo sobre trânsito autônomo

19/10/2018 16:16

Matheus Zimmerman, da Technische Hochschule Ingolstadt (THI), auxilia visitante da Sepex em experiência com realidade virtual do projeto AWARE, parceria entre a UFSC, UFPR e a universidade alemã. (Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC)

Uma parceria estratégica entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a universidade alemã Technische Hochschule Ingolstadt (THI) trouxe para a 17ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC uma experiência em realidade virtual na pesquisa de mobilidade autônoma. O programa chama-se Applied Networks on Automotive Research and Education (AWARE) e o objetivo principal é desenvolver tecnologias para um trânsito conduzido por máquinas.

O pesquisador da THI, Matheus Zimmermann conduzia os visitantes da Sepex pela experiência de vivenciar o ambiente em realidade virtual utilizado nas pesquisas do grupo. Para participar da experiência, é necessário prender ao corpo uma série de sensores, e utilizar óculos de realidade virtual. O espaço para caminhar é pequeno, mas é suficiente para sentir-se dentro de um ambiente que congrega o trânsito de veículos, pessoas, e a interação com elementos de uma cidade.

Marcus Vinicius Silveira da Silva, 12 anos, estudante do 7º ano no colégio Virgílio dos Reis Várzea, no bairro Canasvieiras, experimentou caminhar com os sensores presos ao corpo e simulando atravessar a rua em realidade virtual. “Eu me interesso por tecnologia, gosto de estudar sobre isso e achei muito legal a simulação. Você enxerga ruas, prédios, e vai se movimentando pelos lugares,” explica.

A intenção é divulgar a parceria da UFSC com as outras universidades. A THI e a UFPR mantêm, inclusive, um mestrado com dupla diplomação nas áreas de engenharia mecânica, elétrica e automotiva. Zimmermann esclarece que o projeto está na fase de cadastrar dados, padrões de como as pessoas atravessam a rua, como reagem ao avanço de um veículo, como o pedestre se comporta em um ambiente com diferentes padrões de fluxo de carros, velocidade e distância entre veículos.  

“Nosso principal objetivo neste ano aqui na Sepex é mostrar o estudo, que consiste em entender como o pedestre se comporta ao atravessar a rua. Temos vários cenários com diferentes situações de trânsito. Já coletamos os dados no ano passado na UFSC, este ano trouxemos a tecnologia para mostrar para a sociedade um projeto que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade”, salienta o pesquisador. “Ainda tem muita pesquisa a ser feita, muitos anos pela frente até que se desenvolva o trânsito autônomo. Os carros autônomos, numa cidade totalmente autônoma é muito mais seguro que com motoristas. As variáveis humanas são um pouco mais complicadas”, afirma.

A Sepex segue até sábado, 20 de outubro. Confira a programação completa aqui.

 

Mayra Cajueiro Warren / jornalista da Agecom / UFSC

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