Egresso da UFSC lança livro sobre migrações infantis

09/06/2022 17:01

O egresso do curso de Relações Internacionais da UFSC João Pina lança na próxima quarta-feira, 15 de junho, o romance A jornada de Fahim, uma história sobre migração infantil desacompanhada, coragem, altruísmo, família, travessia por mar e terra, acolhimento em diferentes países, perigos e xenofobia. O evento de lançamento ocorre na Sala Aroeira, no segundo andar do Centro de Cultura e Eventos, às 19h30. Na ocasião, o autor conduzirá um bate-papo sobre as migrações infantis.

A jornada de Fahim conta a história de um garoto de 15 anos que decide emigrar sozinho para a Europa quando descobre que sua irmã foi diagnosticada com um câncer raro. “Este livro está intimamente ligado com o TCC que desenvolvi na UFSC. Trabalho de conclusão este orientado pela professora Karine [de Souza Silva], com quem tive a honra de trabalhar em seus projetos, desenvolvendo atendimento aos imigrantes em Florianópolis”, relata João

Outra experiência que influenciou a escrita da obra foi o intercâmbio que fez na França durante a graduação, em 2018. Na ocasião, foi voluntário em um campo de refugiados, onde conheceu adultos e crianças do Afeganistão. “Fahim é do Afeganistão e parte da história se passa nesse campo de refugiados onde estive”, conta.

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Pesquisa analisa o processo de globalização e a acentuação da desigualdade no futebol

06/01/2022 12:42

Pesquisa utilizou dados de jogadores, seleções e clubes em competições mundiais profissionais e de base. Foto: Danilo Borges/copa2014.gov.br/CC BY 3.0

Entender como o processo de globalização e os fluxos de migração de atletas se relacionam com a acentuação da desigualdade no futebol e as especificidades do mercado do futebol praticado por mulheres foram os objetivos da pesquisa conduzida por Juliano Pizarro durante seu doutorado, realizado no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Utilizando fontes bibliográficas e documentais, a tese Globalização e o sistema-mundo moderno do futebol: modernidade e (de)colonialidade na circulação de atletas a partir dos mundiais FIFA se valeu de dados de 25.921 jogadores, 1.240 equipes e 76 competições mundiais de categorias de base, seleções e clubes.

Juliano conta que a motivação para o projeto partiu de uma inquietação que vem desde a infância: “Sou natural da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, uma cidade que respira futebol. Desde pequeno fui a estádios, sou torcedor do Pelotas. Muita gente torcia para Grêmio e Inter, né, e eu torcia sempre para o Pelotas. Eu via jogos do Pelotas contra a dupla Grenal, e sempre era muito difícil de ganhar. Então, eu pequeno já queria entender porque é tão difícil um time do interior ganhar de um time da capital. Ficava mais assustado ainda quando me diziam que a folha salarial de um jogador de Grêmio ou Inter pagava toda a folha salarial do Pelotas. Aquela diferença, aquele abismo, já desde pequeno me assustava e me indignava”. As desigualdades financeira e competitiva no mercado do futebol impactam tanto localmente quanto em nível mundial. O processo de globalização, salienta o pesquisador, é um elemento fundamental para entender esse fenômeno.

Falando, inicialmente, da modalidade masculina, historicamente temos duas grandes potências continentais: Europa e América do Sul. Dos 21 mundiais já disputados, há 12 títulos de seleções europeias e 9 de sul-americanas. Já na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, foram 26 conquistas de times sul-americanos contra 32 de clubes europeus. Essa lógica, contudo, vem se alterando em função da cada vez maior concentração de renda.
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Revista Zero-a-Seis publica dossiê sobre Migrações Internacionais e Infâncias

15/03/2021 09:26

Pesquisadoras(es) das áreas de Antropologia, Artes, Geografia, Educação, Sociologia, Psicologia, Direito e Literatura, entre outras, participaram da discussão que deu origem ao Dossiê: Migrações Internacionais e Infâncias. Publicado pela Revista Zero-a-Seis, do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Educação na Pequena Infância (Nupein) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no dia 12 de março, essa edição tem como objetivo ressaltar e analisar o protagonismos de crianças em idade entre zero e seis anos nos fluxos migratórios internacionais.

O Dossiê, que teve entre os envolvidos parceiras(os) latino-americanos, estadunidenses, europeus e asiáticos, é composto por um total de 28 textos, que incluem uma carta ao leitor, sete artigos internacionais e 15 nacionais, um ensaio, dois relatos de experiência, uma entrevista e uma resenha. Ao fim da organização do material, foi destacada uma sub-representação e/ou invisibilidade de concepções de infância e da presença de crianças nas experiências de mobilidade e deslocamento internacional, o que é demonstrado pela quase ausência de pesquisas a respeito de crianças migrantes de até seis anos.

A Revista Zero-a-Seis é comprometida com a divulgação de pesquisas acadêmicas sobre Educação Infantil que aprofundem temas que tenham como foco a criança, enquanto sujeito de direito, e a educação. A edição é coordenada por Márcia Buss-Simão, professora do Departamento de Estudos Especializados em Educação da UFSC. 

A coletânea foi organizada por Flávio Santiago, pós-doutorando em Educação na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Sociologia da Infância e Educação Infantil (Gepsi/USP), e por Katia Norões, professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e da Universidade Federal do ABC e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas, Educação e Sociedade (GPPES/ Unicamp).

O dossiê pode ser conferido no site da Revista Zero-a-Seis.

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Live ‘Conversas sobre direitos humanos’ discute migrações e refúgios em tempos de pandemia

24/09/2020 08:39

O Instituto Memória e Direitos Humanos (IMDH) e Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia (LEFIS) da UFSC promovem a live “Conversas sobre direitos humanos: Migrações e refúgios em tempos de pandemia”, nesta segunda-feira, 28 de setembro, às 10h, pelo YouTube

O evento terá participação de Jean Samuel Rosier (Cáritas e Projeto Esperançar), Bruna Kadletz (Círculos de Hospitalidade) e André de Carvalho Ramos (Direito USP e Ministério Público Federal), com moderação de Juliana Viggiano(CSE-UFSC e IMDH).

Mais informações na página no IMDH, pelo Facebook, Instagram, Twitter e email imdh@contato.ufsc.br

 

 

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Núcleo de Estudos sobre Psicologia, Migrações e Culturas promove encontro nesta quinta

26/10/2016 16:10

A I Jornada do Núcleo de Estudos sobre Psicologia, Migrações e Culturas (NEMPsiC), do Departamento de Psicologia da UFSC, será realizada no dia 27 de outubro. O encontro será no auditório do Centro de Ciências da Educação (CED) da UFSC.

O evento visa promover a troca e a disseminação de conhecimentos produzidos pela comunidade acadêmica acerca da pesquisa, ensino e extensão ancorados nas abordagens interculturais.

Por meio de exposições dialogadas por convidados nacionais e internacionais, que desenvolvem trabalhos atravessados pela temática da interculturalidade nas ciências humanas e ciências da saúde, a Jornada pretende colaborar para a formação de estudantes e profissionais das diferentes áreas do conhecimento interessados nas temáticas das migrações, do refúgio e do encontro entre culturas.

No evento, haverá arrecadação de alimentos e materiais de higiene para os imigrantes que frequentam a Pastoral do Migrante.

Mais informações no site.

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III Semana Internacional da Paz discute migrações e refúgio

14/09/2015 15:49

O  Núcleo de Pesquisas e Extensão sobre as Organizações Internacionais e a Promoção da Paz, dos Direitos Humanos e da Integração Regional (Eirenè) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove, de 15 a 17 de setembro, a III Semana Internacional da Paz – migrações e refúgio. As inscrições vão até 14 de setembro e devem ser feitas no link.

A temática central deste ano será “Migrações e refúgio no sistema internacional”. A III Semana da Paz contará com palestras, debates, exibição de documentários, apresentações de artigos científicos e outras atividades.

O encontro receberá professores e pesquisadores dedicados à temática central, o representante da Agência da ONU para refugiados (ACNUR) no Brasil, bem como membros da Polícia Federal (PF). A mostra audiovisual contará com a exibição do documentário “Acesso à zona de perigo” produzido pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MsF) e do documentário premiado pelas Nações Unidas, “Refugiados na America Latina: A Saída é a Fuga” da TV Brasil Internacional.

Haverá no dia de encerramento Roda de Conversa com os profissionais responsáveis pela produção e execução das filmagens do vídeo “Pode um ser humano ser menos humano que o outro?”. No período da tarde, ocorrerão as apresentações dos trabalhos aprovados pela Comissão Científica do evento.

A III Semana Internacional da Paz será realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e conta com o apoio da Academia Nacional de Estudos Transnacionais (Anet), International Law Association (ILA-Ramo Brasil), Capes e CNPq.

Inscrições aqui.

Mais informações: www.irene.ufsc.br.

paz

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‘Migrações’ é tema de ciclo de cinema nesta terça

26/05/2015 08:20

Cartaz-Ciclo-MigracoesO ciclo de cinema do Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas (Nuer) debate o tema “Migrações”, com a exibição comentada de três filmes. A discussão irá contar com o professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Alejandro Labale, e será realizada no dia 26 de maio, a partir das 14h, na sala Harry Laus, Biblioteca Central.

As problemáticas das migrações contemporâneas, em seus diversos olhares, aspectos e perspectivas, serão analisadas junto com a apresentação dos filmes Larga distancia (2010, Cuba), de Esteban Insausti; Buscándote Havana (2006, Cuba), da diretora Alina Rodriguez; e Fronteiras de amor e ódio (2009, Moçambique), dirigido por Camilo de Sousa.

Mais informações: Nuer

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História Ambiental e Migrações em debate na UFSC

17/09/2012 15:06

O  Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), por meio do Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA), o Departamento de História e o Programa de Pós-Graduação em História da UFSC promovem o 2° Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações,  de 17 a 19 de setembro. Temas:  Migrações e expansão inter- e intracontinental de espécies animais e vegetais;  Agricultura, pecuária e impactos ambientais; Migrações e a saúde nos trópicos; Águas: usos e representações; Discursos, ideias e percepções sobre o meio ambiente;  Ambiente e saberes de comunidades tradicionais  e Desastres ambientais e políticas públicas.

Informações: http://labimha.ufsc.br/2simposio/

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História Ambiental e Migrações

14/09/2012 09:47

O  Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) por meio do Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA), o  Departamento de História, e o Programa de Pós-graduação em História do CFH   promovem o 2° Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações   de  17 a 19 de setembro. Temas:   Migrações e expansão inter- e intracontinental de espécies animais e vegetais;   Agricultura, pecuária e impactos ambientais;  Migrações e a saúde nos trópicos; Águas: usos e representações;  Discursos, ideias e percepções sobre o meio ambiente;  Ambiente e saberes de comunidades tradicionais  e Desastres ambientais e políticas públicas. Informações: www.labimha.ufsc.br.

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Sociólogos italianos fazem conferência na UFSC sobre migração, turismo e saúde

12/03/2012 13:57

Os sociólogos Umberto Melotti e Marxiano Melotti

Os sociólogos italianos Umberto Melotti e Marxiano Melotti estiveram na UFSC para falar sobre migração na Europa, turismo arqueológico na pós-modernidade e migração e saúde. Eles participaram do seminário “Sociedade e Cultura Política – Debates Contemporâneos”, no dia 29 de fevereiro. No dia 1º de março, o professor Umberto Melotti participou do seminário “Diálogos sobre Sociedade, Saúde e Cultura Política”.

Na primeira conferência, o professor Umberto Melotti, da Faculdade de Sociologia da Universidade de Roma La Sapienza, abordou o panorama da migração na Europa contemporânea. De acordo com o professor, a migração deve ser vista não apenas como um fenômeno econômico ou social, mas principalmente como um fenômeno político. Melotti falou sobre as diferentes políticas migratórias de quatro países: França, Alemanha, Reino Unido e Itália.

A França caracteriza-se pelo assimilacionismo etcnocêntrico, em que a integração busca assimilar os novos grupos à cultura local, com o objetivo de transformar o imigrante em cidadão francês. Hoje o país enfrenta problemas de integração social, decorrentes da contradição entre os problemas reais com esse projeto de assimilação, principalmente no caso de imigrantes muçulmanos, por exemplo.

Já a cultura do Reino Unido possui uma forte característica etcnocêntrica, na qual não existe o projeto de transformar o estrangeiro em britânico. Lá a solução foi aceitar as diferenças, com a constituição de comunidades étnicas culturais e suas particularidades. O problema ficou visível nos conflitos de 2005: os filhos de imigrantes, principalmente os muçulmanos do Paquistão, não se sentindo verdadeiramente britânicos, usaram espaços de ataques para afirmar sua identidade.

A Alemanha, embora com grande número de imigrantes, não se considerava um país de migração. Do ponto de vista político, os migrantes eram considerados uma força de trabalho temporária, destinada a voltar a seu país. Somente no ano 2000, o país mudou a lei para permitir que os nascidos no país pudessem ter a cidadania alemã, uma mudança profunda de impacto em políticas públicas de diferentes países.

Ao completar cem anos de fundação na década de 1950, a Itália viu uma crescente saída de sua população para outros países. Hoje é um dos países que mais recebe migrantes: são oficialmente 500 mil estrangeiros, cerca de 8% da população, que é de 60 milhões de habitantes. O professor Melotti explica que na Itália se fala mais retoricamente sobre abertura cultural e multiculturalismo, uma visão mais otimista, que valoriza a riqueza cultural trazida pelos imigrantes. Ainda que na prática não seja bem assim, pelo menos teoricamente o conceito é bem aceito. Ele acredita que posturas xenofóbicas são as formas mais agudas da experiência do contato com o migrante, mas com o tempo acabam sendo superadas.

Professor Umberto Melotti estuda a questão de migrações

“Quando se fala sobre migração, sempre se fala também sobre integração, o que não é algo fácil de definir. Para mim, integração é o desenvolvimento de relações sociais normais entre pessoas de origem diferente no que concerne à etnia, cultura, religião, orientação sexual e outras características”, afirma Melotti. O professor recomenda a leitura de Gilberto Freyre, que tem muitas lições importantes para o mundo de hoje, pois considera a diversidade como valor, um recurso, e não como um problema. Melotti acredita que as experiências brasileiras podem ser muito importantes para o mundo de hoje. “Uma coisa que me chamou a atenção foi chegar ao aeroporto brasileiro e ver um outdoor dizendo que ‘o Brasil é contra a discriminação social, racial, orientação sexual’. É o primeiro país em que vejo isso”, conta Melotti.

No Seminário Diálogos sobre Sociedade, Saúde e Cultura Política, realizado na quinta feira dia 01/03, o professor  Umberto Melotti debateu sobre migrações e saúde. A migração provoca mudanças que têm consequências demográficas. Como a população europeia está envelhecendo, a migração ajuda a limitar as consequências desse processo. A média de idade dos migrantes é de 32 anos, enquanto dos italianos é de 44 anos. Outro fenômeno que ocorre é a baixa natalidade, que na Itália está em 1,29 filhos por mulher. Oficialmente o número de emigrantes na Itália é de 8% da população e eles contribuem com 14% dos novos nascidos.

A migração e a mobilidade trazem/levam doenças típicas dos países de origem que chegam à Europa. Na década de 1970, a Itália tinha erradicado a tuberculose e a sífilis. Essas doenças apareceram novamente no país. Médicos italianos não conheciam doenças tropicais como malária, que atinge tanto imigrantes quanto italianos que vão ao exterior.


Sociólogo Marxiano Melotti discute a
autenticidade relativa das experiências turísticas

O sociólogo Marxiano Melotti pesquisa o turismo e a cultura na pós-modernidade

Em sua palestra Marxiano Melotti, falou que o aspecto fundamental do turismo hoje é a sua autenticidade relativa, sobretudo nos EUA. O sociólogo é professor de Facoltà di Scienze della Formazione – Università delle Scienze Umane “Niccolò Cusano” (UNISU), de Roma. Sua palestra é uma interessante leitura sobre o turismo arqueológico e como é o nosso imaginário com o passado.

O professor apresentou vários exemplos, como a proposta do Hotel Luxor, de Las Vegas (EUA), que oferece um turismo de entretenimento com a temática egípcia. “O turismo aparece como descoberta, exploração, uma mistura de educação e entretenimento, em que o papel da cultura é divertir. A autenticidade não conta muito, basta a sensação de autenticidade”, explica Melotti.

O Museu Egípcio de Turium, Itália, passou por uma transformação em 2006, a partir da contratação de um light designer, que utilizou as mesmas obras e com a luz criou um novo clima para a exposição. O museu passou de 300 mil visitantes anuais para mais de 510 mil. Na Caverna de Altamira, Espanha, passou por uma reforma, com a construção de réplicas, e conseguiu ampliar o número de visitantes para mais de 275 mil anuais. “O contato visual com uma réplica representa um novo tipo de autenticidade”, explica. Outra experiência são as atrações turísticas em que a população local veste-se e age como povos de outras épocas, como os os vikings na ilha de Lofoten, Noruega.

O professor Melotti abordou também do uso de museu como cenário de mostras de caráter comercial. É o caso da exposição do estilista italiano Valentino, que mostrou sua coleção de moda no Museu Ara Pacis, de Roma. “Este é um ponto crítico, pois o público não está interessado na estátua exposta no museu. A dimensão histórica diminui em relação à força do mercado, do marketing”, explica.


Sobre os eventos

O Seminário Sociedade e Cultura Política – Debates Contemporâneos, de 29 de fevereiro, foi uma promoção conjunta dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva, Sociologia Política e Interdisciplinar em Ciências Humanas, através do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva (NUPEBISC), Núcleo de Pesquisa em Ecologia Humana e Saúde (ECOS) e Núcleo de Estudos em Filosofia e Saúde (NEFIS).

O Seminário Diálogos sobre Sociedade, Saúde e Cultura Política, realizado no dia 1º de março, foi promovido pelo Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva (NUPEBISC) do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, e pelo Núcleo de Pesquisa e Estudos em Enfermagem, Quotidiano, Imaginário e Saúde (NUPEQUIS) do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom. Fotos:  Wagner Behr

 

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