UFSC produzirá hidrogênio verde em projeto em parceria com Cooperação Alemã

30/06/2022 10:06

 

Novo espaço do Fotovoltaica vai produzir hidrogênio verde (Fotos: Amanda Miranda)

Há cerca de 25 anos a geração de energia solar parecia um projeto de alto custo, uma realidade restrita a poucos ambientes. Mas olhar para esse passado, hoje, faz o professor Ricardo Ruther, coordenador do Grupo Fotovoltaica, da Universidade Federal de Santa Catarina, projetar um futuro promissor para uma inovação que começa a ganhar o mundo: a produção e utilização do chamado hidrogênio verde, o H2V. A UFSC, em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, a Cooperação Técnica Alemã, começa a investir em pesquisa para construir um pioneirismo na área.

A comparação não ocorre à toa. O professor recorda como a geração solar tinha um custo alto e era vista como uma fonte de energia apropriada apenas para sistemas isolados e distantes dos centros urbanos, até se popularizar. Não foi de uma hora para outra: como qualquer inovação, exigiu investimento público em ciência, em projetos que muitas vezes eram mais custosos do que a economia inicial que geravam. Hoje, os frutos desse processo são visíveis na popularização da tecnologia e no seu consequente barateamento.

A curva de aprendizado com a tecnologia de geração de energia solar fotovoltaica serve como um espelho para o que pode vir a ser o aproveitamento do hidrogênio verde a longo prazo. Segundo o professor, esse assunto não é novo: pelo menos desde 2005 se fala sobre isso, mas naquela época as questões ambientais não pareciam uma pauta tão central quanto são hoje. Além disso, a produção bastante cara dificulta uma aplicação mais ampla.

O gás hidrogênio, que recebe o adjetivo de “verde” por conta da sustentabilidade da produção via eletrólise utilizando somente água e energia renovável, vem sendo pesquisado pelos principais países do mundo. Segundo a consultoria internacional Bloomberg New Energy Finance, a geração solar fotovoltaica é capaz de oferecer o hidrogênio verde de baixo custo, o que fez com que o Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC (www.fotovoltaica.ufsc.br) fosse um foco imediato de interesse de parceiros.

O professor explica que o hidrogênio verde é aquele obtido com o uso de uma fonte renovável de energia, no processo de eletrólise da água que o separa do oxigênio naquela molécula. “Você pode usar o hidrogênio para, a partir dele, fazer diversas coisas, desde usá-lo numa célula combustível para convertê-lo de volta em eletricidade até ser usado como combustível. Por exemplo, os foguetes são todos movidos a hidrogênio”. Na prática, a energia empreendida para obter o gás com o selo de “verde” precisa ter sua fonte original no sol ou nos ventos.
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Centro Internacional para o Desenvolvimento de Energia Sustentável oferece bolsas na Rússia

25/02/2016 10:12

Centro Internacional para o Desenvolvimento de Energia Sustentável (ISEDC), localizado em Moscou (Rússia) oferece, em parceria com a Unesco, 20 bolsas de estudo com duração de quatro semanas no âmbito do Programa de Bolsas Unesco/ISEDC – Edição 2016. O curso será realizado na capital russa entre 3 e 28 de outubro de 2016. As aulas serão ministradas em inglês, portanto, apenas serão elegíveis os candidatos com proficiência nessa língua.

Os candidatos poderão escolher entre as seguintes áreas de estudo, que estão alinhadas com os objetivos da UNESCO e com as prioridades do programa:

  1. Energia e desenvolvimento sustentável;
  2. Gestão ecológica de recursos energéticos;
  3. Energia renovável;
  4. Geração de energia sustentável e renovável.

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