Professora moçambicana ministra aulas e palestra sobre gênero e medicina popular

10/10/2023 15:20

A professora moçambicana Esmeralda Celeste Mariano ministra uma disciplina, uma exposição fotográfica e uma palestra na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus de Florianópolis, durante o mês de outubro. Organizadas pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), as atividades contemplam temas como corpo, gênero, sexualidade, violências, medicina popular e biomedicina.

A disciplina concentrada Corpo, Gênero e Sexualidade tem o objetivo de pensar os estudos de gênero na África e em Moçambique. As aulas ocorrem nos dias 23, 25, 27 e 30 de outubro, das 9h às 13h, na sala de usos múltiplos da secretaria da Direção do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Bloco E anexo, 1º andar. As matrículas são online pelo e-mail ppgich@contato.ufsc.br, de 16 a 19 de outubro.

Os quatro encontros visam fomentar a discussão, a partir de embasamento teórico e audiovisual, de temas como “Pesquisar em ‘África’ e em Moçambique: estudos de gênero”; “Antropologia do corpo e da violência”; “Sexualidade e práticas de modificação genital feminina” e “Repensar o desenvolvimento, o sentido de ‘ajuda’ e as alternativas”, entre outros.

No dia 31 de outubro, terça-feira, às 17h, Esmeralda Mariano realiza a palestra “Conectando Saberes: tensões e coexistência de práticas de cuidados médicos plurais”. A docente irá dialogar sobre suas pesquisas acerca da medicina popular e da biomedicina. A atividade ocorre no auditório do CFH e tem o apoio da “Cátedra Antonieta de Barros: educação para a igualdade racial e combate ao racismo”. Os interessados devem preencher o formulário de inscrições. A atividade será transmitida no Canal do IEG no YouTube.

De 24 de outubro a 1º de novembro estará em exposição “Ti, Nyanga – Incorporações de Histórias e Memórias”, uma celebração da riqueza cultural, histórica e emocional de Moçambique, através das lentes de Esmeralda Mariano e da antropóloga e consultora independente Brigitte Bagnol. As duas investigadoras têm trabalhado  sobre as relações e dinâmicas de gênero, conceitualizações do corpo e sobre as diferentes práticas de cuidados que constituem o mosaico cultural e terapêutico de Moçambique. A exposição destaca momentos do cotidiano envolvendo as “escolas de iniciação”, suas dinâmicas e suas memórias, “as imagens documentam experiências vividas em diferentes regiões de Moçambique, nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia, Maputo, Gaza e Inhambane, entre 1999 e 2008. Mostram as faces dos curandeiros – ti -nyanga, os objetos e os instrumentos usados no processo diagnóstico e de adivinhação e de tratamento, Nyanga, plural ti-nyanga, em língua xi-tsonga do Sul de Moçambique, define genericamente os terapeutas da medicina dita tradicional, em língua portuguesa designados por  curandeiros. 

Sobre a professora

Esmeralda Celeste Mariano é professora de Antropologia Social e Cultural na Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Moçambique, desde 2005. Suas áreas de atuação envolvem as relações e dinâmicas de gênero, conceitualizações do corpo e sexualidade. No campo dos cuidados em saúde, seu enfoque incide principalmente sobre a saúde sexual e direitos reprodutivos, as múltiplas formas de violência estruturais e os sentidos e a qualidade de vida, olhando para as assimetrias em contextos de desenvolvimento social, humano e econômico.

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Instituto de Estudos de Gênero completa 15 anos

22/12/2020 08:13

O Instituto de Estudos de Gênero da Universidade Federal de Santa Catarina, voltado para o ensino, pesquisa e extensão no campo dos estudos de gênero e feminismos, completou 15 anos nesta segunda-feira, 21 de dezembro. Para marcar a data, o grupo irá compartilhar ao longo das próximas semanas, os momentos mais marcantes envolvendo o IEG e suas frentes.

Na mensagem de aniversário, o Instituto registra seu compromisso em  buscar a transformação da realidade social, reunindo diferentes pessoas, realidades e vivências. O IEG é formado por professoras e pesquisadoras da UFSC, da UDESC e de Instituições de Ensino Superior do país e do mundo, tanto na graduação, quanto na pós-graduação.

São seis frentes de atuação, com laboratórios e núcleos voltados aos estudos de gênero, feminismos, sexualidades, diversidades, interseccionalidades, etc. Entre essas frentes, estão o Centro de Documentação IEG-UFSC, um acervo de livros, periódicos, trabalhos acadêmicos, clippings de notícias, coleções de folders, banners e material audiovisual sobre feminismo, estudos de gênero, diversidade, sexualidade, entre outros.

Outro trabalho executado junto ao Instituto é a Revista Estudos Feministas, cuja última edição foi divulgada também nesta segunda-feira. O periódico pretende “proporcionar de forma acessível a todas e todos leituras críticas do contexto da história, da cultura e da sociedade em que vivemos a partir do olhar feminista”.

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Revitalização do Canal do Instituto de Estudos de Gênero enfoca vídeos didáticos

09/07/2020 08:21

Para potencializar as ações das diferentes frentes do Instituto de Estudos de Gênero UFSC (IEG), bolsistas, trabalhando de casa, criaram o Projeto IEG On-line, onde uma parte da equipe está envolvida para produzir, criar e dar visibilidade às atividades remotas do Instituto e suas frentes, voltadas ao ensino, pesquisa e extensão no campo dos estudos de gênero, feministas, das diversidades, sexualidades e interseccionalidades. O acervo de vídeo tem assuntos variados para serem utilizados como subsídio para o ensino.

No mês de julho o destaque é a revitalização do canal no YouTube, que vai ganhar nova cara a partir das postagens do 6º Curso de Curta Duração (CCD) em Gênero e Feminismos. As mesas que compõem o curso serão disponibilizadas semanalmente e acompanharão também a temática trabalhada nesse mês pelo Instituto, voltada às mulheres negras, latino americanas e caribenhas, ao feminismos diversos e plurais do nosso continente. A primeira mesa será a Conferência de Abertura, com as convidadas Luzinete Minella (UFSC) e Ângela Figueiredo (UFRB).

Para acompanhar os trabalhos audiovisuais é só se inscrever no canal Instituto de Estudos de Gênero UFSC e ativar o sininho para receber as notificações. Os vídeos serão disponibilizados todas as quintas-feiras direto no canal.

 

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Cineclube do LEGH apresenta o filme ‘Olmo e a gaivota’, seguido de roda de conversa

23/08/2017 11:52

O Cineclube do LEGH, projeto do Laboratório de Estudos de Gênero e História irá apresentar o filme Olmo e a gaivota no dia 29 de agosto. A exibição será às 18h30, na Sala Silvio Coelho dos Santos, nº 110, no departamento de Antropologia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).  

Olmo e a gaivota, uma produção de Petra Costa e Lea Glob, trata de questões difíceis da gravidez que muitas vezes são silenciadas.

Após o filme, haverá roda de conversa com a professora Joana Maria Pedro. A participação na atividade dá direito a certificado.

Mais informações na página do LEGH.

 

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PET Pedagogia promove formação sobre Introdução aos Estudos de Gênero

21/08/2017 10:26

O Programa de Educação Tutorial (PET) de Pedagogia da UFSC irá realizar uma formação sobre Introdução aos Estudos de Gênero nesta quarta-feira, 23 de agosto, às 9h, com Samira Vigano. O encontro será na sala 603 do bloco A do CED e é aberto a toda comunidade. 

Mais informações na página do PET Pedagogia no Facebook.

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Conselho Universitário aprova Moção em defesa da área de pesquisa em Estudos de Gênero no Brasil

04/05/2016 16:28

Moção em defesa da área de pesquisa em Estudos de Gênero no Brasil

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, reunido em sessão de 3 de maio de 2016, reitera o princípio fundamental da liberdade de expressão e de desenvolvimento de pesquisas, aspecto essencial para o progresso da ciência e para o bem-estar da humanidade e registra seu apoio a todas/os as/os cientistas que se dedicam à área de pesquisa em Estudos de Gênero.

Os estudos de gênero, desenvolvidos com seriedade e competência, entre os quais os realizados na UFSC, têm destaque nacional e internacional e partem de uma constatação central: as desigualdades e as diversidades de gênero já existiam em todas as sociedades, muito antes da criação dessa área de estudos, tendo assumido variadas formas ao longo dos séculos. Boa parte das pesquisas, além de contribuírem para o entendimento de questões epistemológicas complexas ligadas à diversidade humana, têm se dedicado ao estudo de realidades concretas relacionadas às desigualdades de gênero, favorecendo o entendimento mais amplo do assunto, de modo a construir e subsidiar políticas públicas e a permitir a extinção das violências de gênero de todo tipo.

As manifestações que visam atingir um tema específico – as pesquisas sobre relações de gênero e LGBTTTIs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexos) -, independentemente das posições políticas ou religiosas, atacam, além da temática em si e seus resultados, os próprios fundamentos da liberdade da atividade científica em qualquer área de conhecimento.

Para que os Estudos de Gênero continuem contribuindo para os avanços das conquistas humanas e especialmente de grupos historicamente marginalizados na sociedade brasileira, a UFSC enfatiza a importância de se respeitar e preservar esta importante área da ciência brasileira.

Florianópolis, 3 de maio de 2016.

Prof.ª Roselane Neckel

Presidenta

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