Projeto de monitoramento ambiental da UFSC conclui três anos de coleta de dados

16/03/2017 19:24
Integrantes do projeto MAArE durante última expedição oceanográfica.
Integrantes do projeto MAArE durante última expedição oceanográfica

O Projeto de Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Entorno (MAArE/UFSC) está concluindo suas atividades e em breve disponibilizará um banco de dados e um livro com os resultados de todo o trabalho de campo desenvolvido ao longo de três anos. Coordenado pelas professoras Bárbara Segal Ramos e Andrea Santarosa Freire, do Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ/UFSC), o projeto teve início em junho de 2013 e contou com uma equipe de cerca de 80 pessoas (entre pesquisadores, técnicos, bolsistas e pessoal de apoio).

A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo é uma área de 17.600 hectares de superfície, situada ao norte da Ilha de Santa Catarina, entre Florianópolis e Bombinhas. A região abrange as Ilhas do Arvoredo, Deserta, Galé, Calhau de São Pedro e a área marinha que circunda esse arquipélago. Por ser considerado um espaço de grande importância biológica, em 12 de março de 1990 a reserva foi decretada unidade de conservação federal, de proteção integral. Nesse contexto, o MAArE foi criado com o objetivo de realizar o monitoramento ambiental da região, através da amostragem de diferentes indicadores biológicos para a avaliação da conservação do ecossistema marinho. Entre esses indicadores estão peixes, algas, crustáceos, invertebrados e plâncton. Outra finalidade era verificar a ocorrência de espécies invasoras, como o coral sol, que pode gerar danos no ecossistema.
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Tags: biologiaCCBICMBioMAArEoceanografiaProjeto de Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Entornoreserva biológica marinha do arvoredoUFSC

Pesquisadoras da UFSC estudam bactérias na Antártica

20/02/2017 21:41
Carolina e Giulia. (Foto: Renato Gamba Romano)

Carolina e Giulia. (Foto: Renato Gamba Romano)

Duas estudantes de Agronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carolina Alves Fernandes e Giulia Fabrin Scussel, estiveram na Antártica por 24 dias, entre janeiro e fevereiro, participando de uma pesquisa sobre as bactérias presentes naquele ambiente e sua ligação com as mudanças climáticas que acontecem no planeta. As alunas trouxeram as amostras coletadas para a Universidade, para serem analisadas. A pesquisa é realizada por meio do Laboratório de Ecologia Molecular e Extremófilos (LEMEx), do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB), sob a coordenação do professor Rubens Duarte.

O projeto é o Microsfera – A Vida microbiana na Criosfera Antártica: mudanças climáticas, e bioprospecção, que tem como objetivos estudar as bactérias da Antártica e verificar se esses micro-organismos podem fornecer informações sobre mudanças climáticas. É coordenado pela professora Vivian Pellizari, do departamento de Oceanografia Biológica do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), com a participação de muitos outros docentes, entre eles o professor Rubens Duarte. “A ideia é que as bactérias respondem muito rapidamente às mudanças do clima e ambientais, adaptando seu metabolismo de forma a se adequar ao frio, ciclos de congelamento e descongelamento, aos períodos de muita luz ou de escuridão (verão e inverno antártico, respectivamente) etc. Quando há mudanças no clima, numa escala de vários anos, as bactérias do ambiente também mudam: algumas espécies aparecem, outras continuam no ambiente e outras somem”, explica o professor Rubens.

(Foto: Giulia Scussel)

(Foto: Giulia Scussel)

Para irem à Antártica, as estudantes precisaram se preparar no Rio de Janeiro, em agosto de 2016, onde estiveram durante uma semana realizando atividades físicas, provas de resistência, preparação de trabalho em equipe com a supervisão de psicólogos e assistindo a palestras sobre o que iriam enfrentar. “Lá conhecemos o pessoal que trabalha no Programa Antártico Brasileiro (Proantar), da Marinha do Brasil, e recebemos orientações sobre vestimentas, o que levar, entre outras informações”, explica Giulia. O treinamento é oferecido a todos os pesquisadores que participam do programa.

(Foto: Giulia Scussel)

(Foto: Giulia Scussel)

Carolina e Giulia ficaram alojadas na base Professor Julio Escudero, do Instituto Antártico Chileno (Inach). “A presença das pesquisadoras nessa base deveu-se ao fato da estação científica brasileira Comandante Ferraz estar em obras, após o incêndio que destruiu 80% da sua estrutura em 2012”, detalha o professor Rubens. Além disso, ele ressalta, “a área de coleta dos solos e do gelo fica bem próximo à base chilena”. As alunas coletaram amostras de solo e gelo das geleiras, que ficaram guardadas em freezers do navio do Proantar, para chegarem congeladas ao Brasil, garantindo que não haja distúrbios nas bactérias durante o transporte.

Carolina explica que as coletas foram realizadas no solo do recuo da Geleira Collins e de blocos de gelo. “As amostras nos ajudarão a realizar estudos da comunidade microbiana e sua biodiversidade, além de realizar o levantamento de dados sobre os organismos adaptados a sobreviver em um ecossistema frio, seco, oligotrófico e com grandes flutuações de temperatura, especialmente na Península Antártica, um dos ambientes que mais sofre os efeitos das mudanças climáticas”, salienta a pesquisadora. “Queremos saber como essas mudanças podem exercer pressões seletivas nos microrganismos, como ocorre a sucessão microbiana no recuo de geleira e qual a sua contribuição nos ciclos biogeoquímicos, e como essa reativação das comunidades microbianas através da exposição do solo podem influenciar o efeito estufa”, explica.

Rotina e experiências

Base onde as pesquisadoras da UFSC ficaram alojadas.  (Foto: Carolina Fernandes)

Base onde as pesquisadoras da UFSC ficaram alojadas.
(Foto: Carolina Fernandes)

Em sua temporada no continente congelado, Carolina e Giulia trabalharam em uma equipe que contava também com a participação de Renato Gamba Romano, graduando em Oceanografia da USP e Antônio Calvo, alpinista profissional contratado pelo Proantar. O grupo tinha uma rotina definida e marcada pelo clima e compromissos dos demais pesquisadores. Elas explicam que a região onde estavam tem variações climáticas constantes, com mudanças muito drásticas e bruscas. “Definíamos a rotina um dia antes, geralmente na parte da noite. Sentávamos com o grupo de brasileiros que estava conosco e, com a previsão do tempo em mãos, planejávamos os próximos passos da pesquisa. Junto com o alpinista, era decidido quem sairia a campo e quem ficaria no laboratório”, relata Giulia. Carolina complementa que as coletas duravam praticamente o dia todo, as pesquisadoras caminhavam muitos quilômetros, quebravam gelo, carregavam muitas amostras e em algumas saídas contavam com o apoio de transporte e em outras não.

(Foto: Carolina Fernandes)

(Foto: Carolina Fernandes)

Durante o período na Antártica, as pesquisadoras da UFSC fizeram sete saídas a campo. Nos dias em que não era possível realizar coletas (pelo mau tempo ou outros fatores de logística) as alunas se dedicavam aos trabalhos internos no laboratório da estação, como a realização de processos de filtragem de gelo e preparação e esterilização de materiais utilizados na coleta.

(Foto: Giulia Scussel)

(Foto: Giulia Scussel)

“Nas horas vagas tínhamos a oportunidade de conhecer novos pontos da Antártica que não eram os de coleta, enriquecíamos a nossa experiência fazendo novas amizades com pessoas de outros países, conhecendo outros projetos de pesquisa e trocando informações. Tirávamos um tempinho para leitura e também para a diversão jogando ping-pong e assistindo a filmes e vídeos em espanhol com o pessoal da base”, complementa Carolina.

Giulia conta que, na ilha onde estavam, as mudanças climáticas eram muito evidentes. “É onde a temperatura mais aumentou. Não tenho um parâmetro de comparação, para saber como eram nos anos anteriores. Mas percebe-se grandes áreas de degelo e, conversando com outros pesquisadores, nota-se grande preocupação sobre o efeito do aquecimento climático nas espécies que vivem naquela área”, ressalta.

Carolina relata que, entre os pesquisadores da região, a preocupação com o aquecimento global e o degelo consequente dessas mudanças climáticas é uma constante. “Presenciamos uma frequência grande de chuva. Ao caminhar até os locais de coleta era possível observar como o cenário e a paisagem sofrem alterações típicas dessa época do verão, além do elevado processo de retração da geleira estudada. Muitos pesquisadores realizam estudos em áreas diferentes, porém com o mesmo propósito de entender como a dinâmica na Antártica está ligada às mudanças climáticas do nosso planeta. Ainda há muitos experimentos, análises e estudos a serem realizados para que possamos obter as respostas necessárias para essa questão. A Antártica é uma das regiões mais envolvidas nos debates sobre os efeitos de mudanças climáticas e ainda há muito o que ser estudado”, salienta.

(Foto: Giulia Scussel)

(Foto: Giulia Scussel)

(Foto: Giulia Scussel)

(Foto: Giulia Scussel)

As experiências no continente gelado foram marcantes para as duas pesquisadoras. Tanto pela descoberta de um novo ambiente como pelo autoconhecimento de viver em um local sem acesso a muitas facilidades da vida moderna, como um banho demorado, a proximidade aos amigos e familiares, a escolha da alimentação.

Mesmo com algumas dificuldades, estar na Antártica foi algo inesquecível para as alunas: “realizar pesquisa a campo no lugar mais inóspito, mais frio, mais seco, mais alto, mais ventoso, mais desconhecido e o mais preservado de todos os continentes é incrível! Desejo que essa experiência seja a porta de entrada para novas oportunidades de pesquisa nessa área. E como lição de vida, foi a superação de muitos limites, se ver tão pequeno em meio a imensidão, poder ouvir a si mesma e a natureza e apenas isso por horas, perceber como o planeta é grande e o quanto é possível quebrar as barreiras da distância. Eu percebi o quanto sou capaz de fazer coisas que jamais imaginei e quantas outras ainda estão por vir! Conheci pessoas maravilhosas, pesquisas e projetos incríveis, vivenciei outras culturas e fiz muitas amizades, sendo que algumas serão para a vida inteira. Até participei de uma maratona no continente gelado! A Antártica é o continente dos superlativos, e posso dizer que foi um novo marco na minha vida”, conta Carolina.

 

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista da Agecom/UFSC
agecom@contato.ufsc.br

Tags: AntárticaAntártidaCCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Departamento de MicrobiologiaGeleira CollinsImunologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB)Laboratório de Ecologia Molecular e ExtremófilosLEMExOperação AntárticaPrograma Antártico BrasileiroUFSC

Egressos da UFSC arrecadam recursos para documentário sobre espécie de tubarão

13/01/2017 08:35

_MG_1925Dois ex-alunos da UFSC estão produzindo um filme sobre o Tubarão Mangona (Carcharias taurus), que está desaparecido do Brasil. Edson Faria Junior e Renato Morais Araújo cursaram graduação em Ciências Biológicas e mestrado em Ecologia. O documentário contará a história da espécie nas águas brasileiras, por meio de entrevistas com pescadores, mergulhadores e pesquisadores. Ambientes em que a espécie ainda pode ser avistada e estratégias para sua manutenção também serão foco da produção.

De acordo com o diretor, Edson Faria – que trabalhou como cinegrafista para a Globo e a British Broadcasting Corporation (BBC) –, foi criada uma ação no site Catarse com o objetivo de arrecadar fundos para conclusão do trabalho. Há uma parceria com o professor do Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ) do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Renato Hajenius, que atua como consultor. “A ideia é que, com o desenrolar do projeto, consigamos absorver mais parceiros, muitos deles alunos da UFSC”, afirma Edson.

Confira o vídeo sobre o documentário no youtube.

 

Tags: CatarseCCBCiências BiológicasdesaparecidadocumentárioecologiaECZespéciegraduaçãomestradotubarãoUFSC

Centros de Ensino e Cursos da UFSC posicionam-se sobre manifestações estudantis

22/11/2016 11:56

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) atualmente tem três Centros de Ensino ocupados, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), o Centro de Ciências da Educação (CED) e o Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O Colégio de AplicaçãoCentro de Ciências Biológicas (CCB), o Centro Socioeconômico (CSE) e parte do prédio do Departamento de Arquitetura (CTC) estão parcialmente ocupados. No CSE, aulas foram suspensas na segunda e terça-feira (21 e 22/11) em virtude de conflitos entre grupos de alunos favoráveis e contrários à ocupação.

Diversos cursos divulgaram manifestações de grupos de professores em apoio às manifestações estudantis. Professores dos Departamentos de Artes Cênicas, Jornalismo, Língua e Literatura Vernáculas, Letras Estrangeiras, Serviço Social, entre outros pronunciaram-se por meio de carta aberta. Também posicionaram-se professores do CCB e do CFH. Professores ligados à Comissão de Mobilização dos Docentes da UFSC deliberaram em assembleia na última quinta-feira, 17, favoráveis a um acampamento e vigília em frente ao prédio da Reitoria. O acampamento está montado de 22 a 25 de novembro. Discentes de cursos de graduação e pós-graduação também publicaram cartas abertas.

O Departamento de Sociologia e Ciência Política, do CFH, posicionou-se contrário à ocupação do Centro em nota.

Todas as manifestações e ocupações estudantis são contrárias à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 55, que tramita no Senado e terá votação em 1º turno na próxima terça-feira, dia 29. Também são contrárias a outras iniciativas do governo federal, como a Medida Provisória de reforma do Ensino Médio, a PEC da Escola Sem Partido e a PEC 65, do licenciamento ambiental.

O reitor Luiz Cancellier reuniu-se com diretores dos Centros de Ensino e no Colégio de Aplicação na manhã de terça-feira (22) para tratar das ocupações.

Agenda de debates

A Comissão de Mobilização Unificada UFSC, formada por docentes, técnicos e estudantes, divulgou uma agenda de assembleias e debates nesta semana, que culmina em um dia de paralisação geral na sexta-feira, dia 25.

Dia Hora Evento Local Organização
22/11 Terça-feira 12h Assembleia de Estudantes da Pós-Graduação Centro de Convivência Associação de Pós-Graduandos da Universidade Federal de Santa Catarina
23/11 Quarta-feira 12h30 Assembleia Geral Universitária Hall da Reitoria Comissão de Mobilização Unificada UFSC
24/11 Quinta-feira 9h Assembleia dos Técnicos Administrativos em Educação Reitoria Sintufsc
14h30 Assembleia Docente Praça da Cidadania Andes/UFSC
25/11 Sexta-feira Paralisação Geral Nacional

 

Mayra Cajueiro Warren
Jornalista da Agecom / UFSC

Tags: CCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Centro de Comunicação e ExpressãoCSEOcupaçõesPEC 241PEC 55UFSC

Pós em Farmacologia recebe inscrições para mestrado e doutorado até dia 22

08/11/2016 10:21

A coordenadoria do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia (PPGFMC), do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, iniciou o processo de seleção e admissão para os níveis de mestrado e doutorado.

As inscrições vão de 8 a 22 de novembro.

Mais informações disponíveis na página do programa.

Tags: CCBfarmacologiapós em FarmacologiaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

15ª Sepex: minicurso ‘Caminhando com a dor’ é oferecido para a comunidade

17/10/2016 13:35

O departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece minicurso “Caminhando com a Dor – trocando em miúdos suas causas e tratamento”, na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPEX), no dia 21 de outubro, das 14h às 18h. Será ministrado na sala FMC 14, Bloco D do Centro de Ciências Biológicas (CCB). 
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Tags: CCBsepexUFSC

Seminário em Ecologia trata ‘Transporte e o Meio Ambiente’

11/10/2016 17:05

Nesta segunda-feira, 10 de outubro, foi realizado o Seminário em Ecologia com o professor Werner Kraus Júnior, que abordou o tema Transporte e o meio ambiente –aquecimento global, poluição urbana e a busca por cidades sustentáveis.

Palestra Transporte e meio-ambiente - Foto Henrique Almeida-5

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

O professor iniciou o seminário com vídeos comerciais sobre carros e cigarros, mostrando de que forma a publicidade mostrava a cidade e a natureza em suas propagandas. Em seguida comentou sobre o automóvel ser um responsável na emissão de gás carbono no mundo.

Também foi discutida a mobilidade urbana de Florianópolis e o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus). Um projeto com soluções para o trânsito com priorização de projetos para ciclistas e pedestres, seguidos de transporte coletivo e transporte privado.

 

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Doutorandas da Pós em Recursos Genéticos Vegetais se classificam em premiação internacional

06/10/2016 11:12

brasao_288A Fundação Barilla anunciou os dez projetos finalistas do prêmio Young Earth Solutions. Entre eles está a proposta das doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais da UFSC, Anabel González Hernandez e Emanuela Pille da Silva, e de Diana Marcela Morales Londoño, que concluiu seu doutorado este ano, e está no Pós-Doc do Programa. No final de novembro, as três acadêmicas irão a Milão, em viagem custeada pela Fundação, para apresentar o projeto “Produção agrícola em áreas recuperadas de mineração de carvão: as fronteiras entre risco e segurança alimentar” (Agricultural production in recovered areas after coal mining in Brazil: the boundaries between risk and food security).  Entre os dez finalistas, o projeto vencedor receberá 20 mil euros para financiamento de sua pesquisa. O trabalho é coordenado pelo professor Cláudio Roberto Fonseca Sousa Soares, do Centro de Ciências Biológicas da UFSC (CCB).

Mais informações no site.

Tags: CCBCláudio Roberto Fonseca Sousa SoaresPrograma de Pós-Graduação em Recursos Genéticos VegetaisUFSC

Aluna de Ciências Biológicas da UFSC é premiada no Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia

16/09/2016 16:21

Figura_ilustrativaA aluna de graduação Karin do Santos, do curso de Ciências Biológicas da UFSC, foi premiada no Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia – Ecotox 2016, realizado de 7 a 10 de setembro, em Curitiba (PR). Seu trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica (Labcai), orientado pelos professores Guilherme Razzera e Afonso Bainy. Nele, a aluna mostrou aplicações de Bioinformática Estrutural à área de Ecotoxicologia e consiste em identificar in silico o efeito de fármacos (comumente encontrados em ambientes aquáticos) em proteínas receptoras de organismos aquáticos, permitindo antecipar efeitos ou mesmo usar os estudos como estratégias de monitoramento ambiental.

A aluna, responsável pela execução da maior parte do trabalho, concorreu com alunos que apresentavam trabalhos finais de mestrado e doutorado, demostrando o grau de inovação desta área de pesquisa.

 

Tags: CCBCiências BiológicaseCOTOXKarin do SantosUFSC

Professor da UFSC recebe Troféu Governador Celso Ramos

19/08/2016 11:28
No dia 17 de agosto, o professor do Centro de Ciências Biológicas (CCB), João de Deus Medeiros, foi contemplado com o Troféu Governador Celso Ramos, instituído pela Câmera de Vereadores de Florianópolis. O troféu foi concedido em razão da contribuição prestada ao município para a implantação e aperfeiçoamento da política ambiental e pelas diversas ações de conservação da natureza que ajudou a consolidar.

Professor recebendo Troféu Governador Celso Ramos (Foto: Divulgação)

Professor recebendo Troféu Governador Celso Ramos (Foto: Divulgação)

O troféu foi entregue pelo vereador Afrânio Boppré, na Câmara de Vereadores.
Tags: CCBUFSC

Pesquisadores do projeto MAArE realizam última expedição oceanográfica para coleta de dados

12/08/2016 15:09

Pesquisadores do projeto de Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e Entorno (MAArE/UFSC) realizaram, nos dias 3, 4 e 5 de agosto, a última expedição oceanográfica para a coleta de dados. O projeto MAArE teve início em junho de 2013 e conta com uma equipe de cerca de 80 pessoas, entre coordenadores, pesquisadores, técnicos, bolsistas e pessoal de apoio. Seu objetivo é realizar o monitoramento ambiental, através da amostragem de diferentes indicadores biológicos relevantes para a avaliação da conservação do ecossistema marinho da região, tais como peixes, algas, corais, plâncton, clorofila, crustáceos e outros invertebrados. Também são caracterizadas as condições oceanográficas e meteorológicas, a avaliação sazonal de parâmetros físicos, químicos e físico-químicos. O projeto MAArE envolve um trabalho multidisciplinar, com a participação de diversos laboratórios de pesquisa da UFSC, nas áreas de Geociências, Biologia, Química e Engenharia Ambiental.

Confira o vídeo da última expedição oceanográfica:

Vídeo: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Tags: biologiaCCBexpedição oceanográficaoceanografiaProjeto de Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica MarinhaProjeto MaareUFSC

Departamento de Ciências Fisiológicas divulga atividades do ‘Science Club’

09/08/2016 16:55

O Departamento de Ciências Fisiológicas (CFS/UFSC) divulga o calendário de seminários do Science Club deste semestre. O Science Club tem o objetivo de apresentar aos integrantes do CFS e demais interessados o que vem sendo desenvolvido em pesquisa, ensino e extensão no CFS e também no Centro de Ciências Biológicas (CCB/UFSC), podendo se estender a outros departamentos e centros da UFSC. Os seminários consistem na contextualização de técnicas utilizadas, linhas de pesquisas e resultados emergentes, oportunizando a discussão dos temas, integração e colaboração entre docentes e pesquisadores. Cada apresentação tem duração de uma hora e será  realizada semanalmente, às quartas-feiras, das 11h às 12h. Toda a comunidade universitária pode participar como ouvinte.

O Science Club é coordenado pelo professor Alex Rafacho.

Mais informações na página do CFS.

CRONOGRAMA
Data Sala a definir – aos fundos do CFS/MOR (Carvoeira) –  11h às 12h
24/08 Prof. Gustavo J Santos – O Princípio da falseabilidade na ciência e o impacto na rotina do cientista
07/09 Feriado – Independência do Brasil
14/09 ProfªCilene L Oliveira – A importância do manejo correto dos animais de laboratório na ciência
21/09 Prof. Odival C Gasparotto – A ética na ciência e na educação
05/10 Prof. José M Neto – Ensino (?) de graduação (?) na Universidade (?)
12/10 Feriado – Nossa Srª Aparecida
19/10 Prof. Everson A Nunes – Relato de uma experiência Pós-Doc na McMasterUniversity
09/11 Prof. Eduardo LG Moreira – Perfil dos pós-graduandos que estamos formando e o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil
16/11 Ms. Anderson S Ribas – Um olhar sobre o CFS segundo os pós-graduandos
23/11 Prof. Guilherme FF Speretta – Um olhar sobre o CFS segundo os docentes recém contratados
07/12 Prof. Alex Rafacho – O que nos falta para iniciarmos o PPG em Fisiologia?

Tags: 'Science Club'CCBCFSDepartamento de Ciências FisiológicasseminárioUFSC

Curso de férias ‘Explorando a Ciência’ recebe inscrições até 5 de julho

27/06/2016 16:46

RNECO curso de férias “Explorando a Ciência”, destinado a alunos do ensino fundamental e médio, recebe inscrições até 5 de julho. O curso ocorrerá no Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC, de 18 a 20 de julho. A atividade, promovida pela Rede Nacional de Educação e Ciência: Novos Talentos da Rede pública (RNEC/UFSC), visa estimular o questionamento e o pensamento científico, motivando os alunos para o desenvolvimento de uma observação crítica acerca dos fenômenos naturais e cotidianos. As inscrições devem ser feitas através do e-mail novostalentosccb@gmail.com. Terão prioridade alunos do 8° e 9º ano das escolas de educação básica da Grande Florianópolis.

Mais informações estão disponíveis aqui.

A ficha de inscrição está disponível aqui.

 

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Laboratório de Neurometria e Biofeedback da UFSC oferece serviço gratuito para tratamento de estresse

17/06/2016 13:20

Um tratamento para abrandar ou suprimir sintomas de ansiedade, ataques de pânico, depressão, estresse pós-traumático, entre outros. Esse é o objetivo do projeto de extensão “Auxílio no tratamento do estresse por meio do biofeedback” desenvolvido pelo Laboratório de Neurometria e Biofeedback (Lanebi) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculado ao Departamento de Ciências Fisiológicas (CFS) do Centro de Ciências Biológicas (CCB). O serviço é ofertado a estudantes, servidores e à comunidade externa.

© Pipo Quint / Agecom / UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/UFSC

“O emocional do indivíduo acaba se expressando organicamente – na tensão muscular, nas expressões faciais, nos vasos sanguíneos que se contraem ou se dilatam, nos batimentos cardíacos e no sistema nervoso. O que a gente faz é registrar esses parâmetros para modular determinada atividade por meio de um treinamento”, explica o coordenador do Lanebi, professor Odival Cezar Gasparotto.
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Seleção no Mestrado Acadêmico em Biologia Celular e do Desenvolvimento

15/06/2016 12:57

O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e do Desenvolvimento (PPGBCD), do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC, informa que, no período de 27 de junho a 11 de julho, estarão abertas as inscrições para a seleção no mestrado acadêmico.

Mais informações no edital.

http://pbcd.ufsc.br

Tags: CCBMestrado AcadêmicoPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e do DesenvolvimentoUFSC

Semana de Prevenção de Queimaduras: evento no dia 6 discute avanços e perspectivas de cuidado

06/06/2016 08:01

Os Projetos de Extensão da UFSC “Atenção ao paciente queimado: estratégias para o cuidado e autocuidado no processo de reabilitação” e “Ações de orientação e conscientização sobre prevenção de queimaduras” realizam a Semana de Prevenção de Queimaduras 2016, com participação da Sociedade Brasileira de Queimaduras – Regional Santa Catarina, e apoio de diversas instituições.
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Tags: CCBCCSSemana de Prevenção de QueimadurasUFSC

Rede Sisbiota-Mar lança vídeo sobre pesquisas no ambiente marinho

16/03/2016 17:00

SisbiotaA Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha (Sisbiota-Mar) apresentará, para a comunidade universitária, o vídeo “Rede Sisbiota-Mar: um mergulho nos recifes brasileiros”, produzido com imagens feitas por seus pesquisadores durante expedições científicas pela costa brasileira. A exibição está prevista para a próxima segunda-feira, dia 21, às 13h, no Laboratório Morfofuncional do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Em seguida, haverá um debate sobre o ambiente marinho e sua preservação. O evento é gratuito e aberto ao público.

O vídeo foi produzido no âmbito de um projeto de extensão de divulgação científica, com o objetivo divulgar, para o público em geral, as pesquisas da Rede Sisbiota-Mar e seu trabalho no sentido da conservação do ambiente marinho brasileiro. Foi elaborado e editado pela estudante de Ciências Biológicas e bolsista de extensão da UFSC, Débora Ferrari da Silva, com a supervisão do professor Sergio Floeter, coordenador da Rede. A narração é do professor Alberto Lindner. O vídeo está disponível online e tem legenda em inglês.

Sobre a Rede Sisbiota-Mar

A criação da Rede Sisbiota-Mar permitiu que estudos antes realizados de forma separada por cada universidade fossem integrados e envolvessem toda a costa brasileira. São sete universidades envolvidas, sendo a sede do projeto na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Cerca de 30 pesquisadores participantes se reúnem periodicamente, planejam e executam os estudos nas três linhas de pesquisa principais — ecologia, conectividade genética e prospecção de substâncias químicas de organismos marinhos.Os pesquisadores padronizaram a linguagem, criando uma linearidade nos trabalhos que permite comparar os resultados com mais facilidade. Um avanço destacado pela equipe é a descoberta de que recifes isolados ou realmente protegidos da pesca no Brasil possuem mais peixes grandes do que locais próximos à costa ou desprotegidos, além da existência de alguns organismos fixos no fundo do mar que produzem substâncias químicas que podem ser usadas como medicamentos.

Mais informações no site.

O que: Apresentação do vídeo “Rede Sisbiota-Mar: um mergulho nos recifes brasileiros”.
Data: 21 de março de 2016, segunda-feira.
Horário: 13h
Local: Laboratório Morfofuncional (CCB – Setor F – Prédio Fritz Müller Térreo – Sala 10B)

Tags: CCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Rede Sisbiota-MarUFSC

Inscrições abertas para douturado em Neurociências

14/03/2016 08:41

O Programa de Pós-Graduação em Neurociências, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC abre inscrições até 28 de março para seleção de Doutorado para ingresso em abril de 2016.

Mais informações:

Edital – Seleção Doutorado

Site: http://ppgneuro.posgrad.ufsc.br

E-email: ppgneuro@contato.ufsc.br

Telefone: (48) 3721-9970

 

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‘The World Academy of Science’ confere título de membro afiliado a professor da UFSC

03/12/2015 10:43

WMW3929-750693O professor Marcelo Farina, do Departamento de Bioquímica do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),  foi nomeado membro afiliado da The World Academy of Science (TWAS), em solenidade que ocorreu em Viena, Austria, no dia 20 de novembro.

Para o professor, essa nomeação representa um reconhecimento internacional muito importante: “Sou de um país em desenvolvimento e, assim como vários colegas, conheço muito bem os inúmeros obstáculos relacionados a fazer pesquisa científica como professor universitário brasileiro. Apesar das dificuldades, seguimos em frente, pois sabemos que o conhecimento científico e tecnológico será crucial na tomada de decisões em situações críticas, como acidentes ambientais, epidemias, mudanças climáticas, etc. É uma pena que muitos, incluindo gestores do dinheiro público, não compreendam que apoiar a ciência é uma questão de sobrevivência.”

A TWAS se caracteriza por fomentar pesquisas voltadas ao desenvolvimento sustentável, à diminuição da pobreza mundial,  à igualdade — temas que o professor considera cruciais: “Fazer parte desta Academia me estimula a um efetivo engajamento em prol da pesquisa e formação de recursos humanos com especial foco nesses objetivos”.

Em 2015, Marcelo também se tornou membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC). A cerimônia de diplomação ocorreu na UFSC, em 17 de setembro. Confira a reportagem aqui.

Mais informações sobre a trajetória acadêmica do professor estão disponíveis aqui.

Sobre a TWAS

A TWAS é uma entidade voltada ao avanço da ciência em países em desenvolvimento. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento sustentável através da pesquisa; promover excelência em pesquisa científica em países em desenvolvimento; empregar a pesquisa científica na abordagem dos desafios globais.

A Academia foi fundada em 1983, por um grupo de cientistas de países em desenvolvimento, sob a liderança de Abdus Salam, físico paquistanês ganhador do Prêmio Nobel. Hoje, a TWAS tem cerca de 1.150 membros nomeados, de mais de 90 países; 16 deles são ganhadores do Prêmio Nobel. A sede da Academia está localizada em Trieste, Itália, no Centro Internacional de Teorias Físicas Abdus Salam.

Mais informações no site da TWAS.

 

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Projeto Rondon seleciona estudantes de graduação da UFSC para operações de 2016

10/11/2015 13:29

O Projeto Rondon, coordenado pelo Ministério da Defesa, lançou o Edital n° 8/2015 referente às operações que serão realizadas em julho de 2016. A seleção dos rondonistas que irão participar pela UFSC já tem data marcada.

Primeira reunião seletiva:

Dia: 12/11/15, quinta-feira, às 12h

Local: sala 1, térreo do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP/CCB), entrada Córrego Grande, primeiro bloco.

Os interessados, alunos de graduação da UFSC, devem ler com atenção o edital no site do Projeto Rondon. Escolher uma das duas operações que quer participar: “Forte dos Reis Magos”, no Rio Grande do Norte (RN) ou “Itapemirim”, no Espírito Santo (ES).
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‘Simpósio de Integração das Pós-Graduações do CCB’ ocorre em dezembro

10/11/2015 10:06

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediará, nos dias 10 e 11 de dezembro, o IV Simpósio de Integração das Pós Graduações do Centro de Ciências Biológicas (CCB). No evento, haverá palestras, mesas-redondas, debates científicos eunnamed (1) apresentações de trabalhos. As inscrições podem ser feitas no link até 4 de dezembro, e custam R$ 20, para estudantes de graduação; R$ 35, para estudantes de pós-graduação; R$ 50, para público externo. O Simpósio será realizado no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI-1) e as vagas são limitadas.

Mais informações no Facebook e no site do evento.

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Professor da UFSC é diplomado na Academia Brasileira de Ciências

17/09/2015 13:50
Jacob Palis, presidente da ABC; Marcelo Farina, professor do Departamento de Bioquímica e novo membro afiliado; João Batista Calixto, vice-presidente da Regional Sul. Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC.

Jacob Palis, presidente da ABC; Marcelo Farina, professor do Departamento de Bioquímica e novo membro afiliado; João Batista Calixto, vice-presidente da ABC-Sul. Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC.

A importância da ciência para o desenvolvimento do país foi tema recorrente nos discursos da cerimônia de diplomação do professor Marcelo Farina como membro afiliado da Regional Sul da Academia Brasileira de Ciências (ABC-Sul). O evento ocorreu na tarde de quarta-feira, 16 de setembro, na Sala dos Conselhos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Estavam presentes na mesa de abertura do Acadêmico  Jacob Palis, presidente da ABC; João Batista Calixto, vice-presidente da ABC-Sul; Jorge Guimarães, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Sérgio Luiz Gargioni, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc); Roselane Neckel, reitora da UFSC; e  Jamil Assreuy, pró-reitor de Pesquisa da UFSC.

O professor Calixto ressaltou a importância da afiliação à ABC para a carreira de um pesquisador. “Esse tipo de reconhecimento é fundamental. A região Sul tem alta competitividade científica; espero que Santa Catarina tenha cada vez mais indicações. A tendência é que esses que são hoje membros afiliados sejam no futuro membros efetivos.” Já Sérgio Luiz Gargioni afirmou ser fundamental que “a sociedade veja que não há futuro sem uma Universidade forte, competente, atuante”.

A programação começou com a palestra de Jorge Guimarães, com o tema “Pesquisa e pós-graduação no Brasil: passado, presente e futuro”. O Acadêmico elogiou a iniciativa do presidente da ABC que, em 2007, criou a categoria membro afiliado. “A presença do jovem pesquisador trouxe um alento à Academia e também foi importante para os jovens, que ganham confiança para enfrentar as dificuldades que inevitavelmente aparecem.” Guimarães elogiou o desempenho da UFSC no contexto nacional e internacional, ressaltando que boa parte do sucesso de Santa Catarina e do que é considerado inovador no estado tem uma contribuição considerável da Universidade.

Diplomação

Jacob Palis afirmou ser uma honra e satisfação poder absorver o professor Marcelo Farina na ABC: “Ele é um jovem muito brilhante.” Para o presidente da entidade, essa diplomação reflete o desempenho da UFSC que, mesmo sendo uma Universidade jovem, tem se destacado progressivamente. Calixto igualmente disse ser  “o maior prazer entregar esse diploma”. Após ser diplomado, o professor apresentou a palestra “Mecanismos relacionados à toxicidade induzida por metilmercurio”, abordando o tema de sua pesquisa.

Os quatro pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que também seriam  diplomados (Jairo Francisco Savian, Raquel Giulian, André Quincozes dos Santos e Jackson Damiani Scholten) não puderam comparecer à cerimônia devido ao mau tempo em Porto Alegre, que provocou o cancelamento de diversos vôos na manhã de quarta-feira. Farina explicou que havia planejado para a ocasião uma palestra mais curta, com cerca de meia hora, já que haveria outras, mas, mesmo sendo o único, ateve-se ao plano.

Antídoto contra intoxicação por mercúrio

Antes de iniciar, citou seus agradecimentos, já que parte dos presentes, entre eles Palis e Assreuy, precisaria deixar o evento antes do final por causa do horário de seu voo para Porto Alegre. Também fez questão de destacar a importância da atenção à pesquisa básica. “Tem que fazer. A inovação é crucial, claro, todo mundo quer a aplicação, o medicamento novo, mas não adianta pensar só na cereja do bolo”, destacou.

Falou também sobre sua pesquisa com os mecanismos de toxicidade induzida por xenobióticos. Ele estudou a maneira como o mercúrio altera a propagação dos impulsos sinápticos e, assim, ocasiona doenças neurogenerativas, que podem ter efeitos permanentes, especialmente se o organismo for exposto ao metal em fases críticas do desenvolvimento, como a gestação. Mostrou que o metil-mercúrio causa esse efeito ao inibir a captação de glutamato, importante aminoácido neurotransmissor, pelos neurônios pós-sinápticos e apresentou o trabalho para obter antídotos ou protetores contra os males causados no organismo humano. Os testes com o antioxidante Ebselen, diz, têm mostrado efeito restaurador essa captação de glutamato.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
daniela.canicali@ufsc.br

Fábio Bianchini/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
fabio.bianchini@ufsc.br

 

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Um pesquisador impulsionado por um ‘descontentamento persistente’

15/09/2015 14:19

Marcelo Farina, pesquisador do Departamento de Bioquímica do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e novo membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências (ABC), é motivado por “um certo descontentamento persistente”. “O que seria isso?” – ­­ele explica­ – “É estar sempre querendo algo a mais, estar sempre buscando melhorar e realizar mais. Minha busca nunca foi no sentido de almejar este ou aquele posto. Eu prefiro estar focado em aprimorar o meu dia a dia, a minha pesquisa, a formação dos meus alunos.” A diplomação na ABC é uma conquista decorrente de sua atuação como pesquisador; por isso, a notícia foi recebida com alegria. “Quando chegou o e-mail do presidente da Academia Brasileira de Ciências dizendo ‘parabéns’, fiquei muito feliz, não tem como descrever de outra forma. Um reconhecimento é sempre uma motivação.”

© Pipo Quint / Agecom / UFSC

Marcelo Farina em seu laboratório. Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC.

Diferentemente da categoria de membro titular, a de membro afiliado é destinada a pesquisadores jovens, de até 40 anos, que usufruem o direito de participar nas atividades da Academia por um período de cinco anos. Antes de Marcelo, apenas um professor da UFSC havia sido diplomado como membro afiliado: André Luiz Barbosa Báfica, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia. O pesquisador Juliano Ferreira, do Departamento de Farmacologia, é membro afiliado desde 2012, quando ainda era professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Para o período 2015-2019, foram escolhidos cinco pesquisadores da Regional Sul, dos quais quatro são da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Marcelo, da UFSC.

A escolha de novos afiliados ocorre em duas etapas: na primeira, um membro titular indica o pesquisador; na segunda, todos os titulares votam para eleger dentre os indicados. A escolha é feita em função da trajetória acadêmica: anos dedicados à pesquisa, principais conquistas do ponto de vista científico. Marcelo foi indicado por João Batista Teixeira da Rocha, da UFSM, seu orientador de mestrado e doutorado. “Esse pesquisador já orientou dezenas de doutores. Ele se tornou membro titular em 2014. O fato de sua primeira indicação ser alguém que não é da sua universidade me causa bastante alegria.”

Marcelo tem 39 anos e considera importante a participação das novas gerações de pesquisadores na ABC. “Um membro titular geralmente se baseia no que vivenciou há algumas décadas. Os jovens trazem o diferencial de terem uma experiência mais recente de aspectos importantes relacionados à ciência no Brasil. Por isso podemos trocar experiências e ideias de como podemos avançar em termos de política, ciência e tecnologia. Eu pretendo contribuir justamente dessa forma, a partir da minha experiência pessoal como pesquisador jovem.” A atuação política da entidade é algo que lhe motiva como novo membro. “É uma grande oportunidade poder participar das reuniões da Academia. A ABC é muito atuante politicamente, é uma instituição que luta em prol da ciência brasileira.”

 

A ciência

Em sua pesquisa, Marcelo busca averiguar de que forma compostos tóxicos presentes na natureza afetam a saúde humana. “Hoje em dia estamos mais suscetíveis à exposição de agentes tóxicos: medicamentos; pesticidas; produtos derivados da atividade industrial, como metais pesados, solventes etc. Tudo isso é lançado na natureza a partir da atividade humana. Eu investigo de que forma alguns desses componentes, que antes eram inexistentes ou existentes em menor quantidade, atuam no organismo.” Em seus experimentos, o pesquisador tenta compreender até que níveis o ser humano pode estar exposto a essas substâncias sem correr risco de sofrer seus efeitos nocivos. “Muitas doenças – como Alzheimer, Parkinson, diabetes, câncer – têm causas que ainda não são totalmente compreendidas. Por isso é importante definir os limites aceitáveis de exposição a esses compostos e, a partir disso, desenvolver uma base científica para implementar políticas ambientais. Por que se diz que o nível aceitável de chumbo no sangue é ‘tanto’? Porque se sabe que, até esse nível, em princípio, ele não prejudica a saúde.”

Caso se comprove que determinado componente possa desenvolver uma doença, a tendência seria, primeiramente, banir ou minimizar ao máximo sua presença na natureza. Marcelo explica que sua pesquisa busca, em uma segunda etapa, desenvolver estratégias que funcionem como antídoto. “Ou seja: se você se expõe agudamente a um agente tóxico, existe alguma forma de bloquear essa toxicidade? Após o indivíduo ter sido exposto e já estar apresentando sintomas crônicos que não são revertidos a curto prazo, é possível atuar farmacologicamente para minimizar esse estado?”

Entre os muitos compostos tóxicos que poderiam ser analisados, Marcelo decidiu estudar a atuação de metais e pesticidas. “O Brasil é um grande e talvez o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Alguns agentes que já foram banidos em alguns países ainda são utilizados aqui.” A pertinência desse tipo de investigação se deve ao fato de não haver, hoje, uma legislação que regulamente o uso de muitas dessas substâncias. O pesquisador se sente motivado, fundamentalmente, pela possibilidade de “fazer a diferença” e de melhorar a vida do ser humano. “Seria uma realização enorme se algumas das moléculas que estou investigando como potencial agente terapêutico para essas condições viessem a se tornar um medicamento, trazendo benefícios para a população. Eu sei que para isso existem várias etapas, e eu estou numa fase muito inicial. Mas estou tentando dar um passo significativo em termos científicos na minha área, adquirindo resultados que possam ser realmente benéficos à sociedade – imaginar isso até me emociona.”

 

Trajetória acadêmica

O caminho que o levou à Bioquímica começou quando partiu de sua cidade natal, Erechim (RS), para cursar, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a graduação em Farmácia. Essa não foi, entretanto, uma escolha premeditada. “Há pessoas que dizem ‘desde pequeno eu queria ser farmacêutico’. Não é o meu caso. Quando chegou o momento de fazer vestibular, fiz um teste vocacional, que apontou para as ciências da vida. Decidi fazer Farmácia, pois gostava de Química. Na época foi o primeiro curso que me passou pela cabeça. Eu não tinha um sentimento genuíno de ‘ah, eu quero ser isso!’. Se o teste vocacional dissesse ‘você deve ser músico’, talvez eu me tornasse músico. Eu inclusive gosto de tocar bateria.”

Mas o teste vocacional provavelmente estava certo. Já durante a graduação, Marcelo se identificou com a Farmacologia e a Bioquímica – área em que fez Iniciação Científica. Posteriormente, no mestrado, o pesquisador diz ter sido influenciado por seu orientador. “O professor João Batista trabalha, principalmente, a toxicologia de compostos metálicos; então, eu comecei a me interessar por isso. No mestrado, eu me voltei para o efeito das substâncias no organismo como um todo; no doutorado, optei focar o sistema nervoso central e as doenças neurodegenerativas.” Marcelo considera que ainda existe muito a ser descoberto nessa área, mas as lacunas de conhecimento são, para ele, uma característica de todo campo do saber. “O ser humano sabe muito pouco de si próprio e do Universo, por isso acho muito importante a continuidade da ciência, a busca do conhecimento científico, daquilo que não se compreende.”

O ingresso no mestrado foi, para ele, o momento decisivo de sua trajetória profissional. Após concluir a graduação, voltou a Erechim para trabalhar em um hospital. “Depois de seis meses em um laboratório de Análises Químicas, percebi que aquilo não me motivava tanto, era muito monótono.” Nessa época, soube que a Capes havia recém-aprovado o mestrado em Bioquímica da UFSM, e que, em alguns meses, haveria a seleção para a primeira turma. “Fui da primeira turma do mestrado em Bioquímica da UFSM.” Aos 22 anos, Marcelo retornou àquela universidade e integrou a equipe de pesquisadores do laboratório de Bioquímica. “Quando saí daquele ambiente hospitalar e voltei ao acadêmico, tudo parecia mais lindo, mais espontâneo, mais alegre, mais criativo. Eu me senti feliz cursando mestrado e atuando em um laboratório de pesquisa. Isso me motivou muito; eu me vi fazendo aquilo pelo resto da vida.”

Marcelo cursou o doutorado na mesma área, mas na UFRGS, em Porto Alegre. Assim que o concluiu, em 2003, foi aprovado em concurso para professor efetivo do Departamento de Análises Clínicas e Toxológicas da UFSM. Dessa vez sua passagem por Santa Maria durou apenas seis meses: nesse período, ele também foi selecionado em concurso para professor da UFSC e optou mudar-se para Florianópolis pela característica que lhe é intrínseca: o “descontentamento persistente”. “Busquei um pouco de independência científica.”

Na UFSC, Marcelo teve o desafio de “começar do zero”: conquistar desde um espaço físico para seus experimentos, passando pela compra da primeira geladeira para seu laboratório, até a criação do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da Universidade. “O fato de me sentir mais independente me motivava muito. Embora eu atue numa linha muito próxima da em que eu atuava na UFSM, aqui tive a oportunidade de construir algo. Eu entrei na UFSC em 2004, e, em 2008, conseguimos criar o Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, com mestrado e doutorado. Posso dizer que houve uma contribuição significativa de minha parte: fui o presidente da comissão de implantação do curso. Mas é claro que isso foi possível por já haver aqui uma equipe competente.” O professor se sente feliz por fazer parte da Universidade. “Eu considero a UFSC uma universidade respeitável, muito ativa e importantíssima para Santa Catarina. Para mim é um orgulho ser professor da UFSC.”

Atualmente, Marcelo orienta dois alunos de Iniciação Científica, três mestrandos, quatro doutorandos e dois pós-doutorandos. O ensino é, para ele, parte muito importante de sua atuação como acadêmico. “Gostaria de contribuir para a formação de novos cientistas, que talvez venham a gerar conhecimentos importantes para a sociedade.” O pesquisador reafirma que se sente feliz como membro da ABC, mas que o mais importante é ser cada vez melhor no que faz. “Mais do que fazer mais, quero fazê-lo benfeito. O lançamento de um novo medicamento não ocorre se nós, como pesquisadores, não fizermos um excelente trabalho.”

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
daniela.canicali@ufsc.br

Revisão: Claudio Borrelli/Revisor de Textos da Agecom/DGC/UFSC

 

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Obra para construção de novos blocos do CCB deve ser concluída em 2016

27/08/2015 18:19

O Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), localizado no Campus Trindade, em Florianópolis, receberá os novos blocos E, F e G – dois com oito pavimentos e um com cinco – e uma subestação de 3.500 kVA. A previsão é de que os serviços sejam finalizados em dezembro do próximo ano.

Orçada em mais de R$ 40 milhões e com uma área de 13.080,70 m², a obra conta com uma equipe de fiscalização reforçada, composta de dois fiscais com formação em Engenharia Civil e um eletricista. Os trabalhos iniciaram-se em janeiro de 2014. “Atualmente, esta é a obra de maior complexidade em execução na UFSC”, afirma o diretor do Departamento de Fiscalização de Obras (DFO) da Universidade, Rodrigo Bossle Fagundes.
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Inscrições para doutorado em Neurociências vão até 30 de julho

08/07/2015 13:00

O Programa de Pós-Graduação em Neurociências do Centro de Ciências Biológicas (CCB) divulgou o edital do processo de seleção de doutorado para ingresso em agosto. As inscrições vão até 30 de julho e a seleção será no dia 6 de agosto.

Mais informações no site, pelo e-email ppgneuro@contato.ufsc.br ou telefone (48) 3721-9970.

 

 

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