
Lívio Amaral, diretor de Avaliação da Capes, na Semana de Integração da Pós-Graduação – Foto Henrique Almeida
“Se existe alguma coisa que no Brasil é política de Estado, e não de governo, é o incentivo à pós-graduação”, observou o professor Lívio Amaral, diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior (Capes), na conferência de abertura da 1ª Semana de Integração da Pós-Graduação, realizada nesta segunda-feira, no auditório da Reitoria. Amaral citou que, desde 1976, aumenta regularmente a quantidade de cursos de pós-graduação no país. Ainda assim, considera importante acelerar essa progressão: no atual ritmo, “só em 2035 o Brasil chegará ao índice de pós-graduados por população, apresentado hoje por um país como a Suíça”, diz.
Esses programas colocam o Brasil em 13º lugar no ranking da produção científica do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha, Inglaterra, Japão, França, Canadá, Itália, Espanha, Índia, Coreia do Sul e Austrália – de acordo com dados de 2010. Nessa listagem, depois do Brasil, vêm Holanda, Rússia, Taiwan, Turquia, Suíça, Suécia e Polônia. Ele ainda apontou a importância das diferente modalidades de pesquisa em instituições de outros países e do programa Ciência Sem Fronteiras. Os países que mais recebem estudantes brasileiros são Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Austrália.
A palestra foi aberta para coordenadores, professores e estudantes. Amaral recapitulou o histórico da pós-graduação no Brasil, da concepção da universidade como local para a pesquisa e da exigência de titulação para cargos e de profissionais com maior especialização para as instituições. O aumento do número de programas de pós-graduação “não pode dispensar a constante avaliação de qualidade desses programas. Quando não atendem aos critérios do controle de qualidade, muitos são fechados”, destaca.
De acordo com Amaral, o princípio que norteia a pesquisa – e que sempre deve ser lembrado pelos orientadores – é o do questionamento. “Cada um de nós tem a sua pergunta, e, nesse momento, a gente vai ao orientador. Nós não temos garantias de que vamos chegar a algum lugar. A única coisa que posso afirmar é que, se um dia a gente responder essa pergunta, no dia seguinte vamos ter outra”, observou.
Junto com Amaral na cerimônia de abertura estavam a vice-reitora da UFSC, Lúcia Pacheco; a pró-reitora de Pós-Graduação, Joana Pedro; Bruno Floriani, vice-presidente da Associação dos Pós-Graduandos (APG) da UFSC; e Jouhanna Menegaz, também da APG. A 1ª Semana de Integração da Pós-Graduação vai até 27 de agosto, no auditório do Centro Socioeconômico (CSE) e na Biblioteca Universitária, com oficinas e mesas-redondas sobre o tema principal: “Internacionalização, bolsas e experiências no exterior”. A promoção é da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) e da Associação dos Pós-Graduandos (APG) da UFSC.
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Fabio Bianchini/Jornalista na Agecom/UFSC
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