Jeferson Tenório na UFSC: ‘Imaginar e fantasiar nos dias de hoje é um ato de resistência’

25/03/2025 16:59

Escritor Jeferson Tenório durante aula magna na UFSC. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

“Ler é um modo de vida. Escolher os livros é um modo de viver. Quando queremos que alguém leia algo, queremos que aquela pessoa tenha a mesma experiência estética, sentimental, afetiva e intelectual que tivemos”, afirmou o escritor Jeferson Tenório para um público de cerca de 1200 pessoas na noite de segunda-feira, 24 de março. O premiado autor proferiu a Aula Magna da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no Auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos do campus de Florianópolis, com transmissão ao vivo pelo canal no Youtube da TV UFSC. A plateia era composta por membros da comunidade interna e externa, jovens, estudantes, professores, idosos e até crianças. Houve momentos de reflexões profundas, outros para ouvir histórias, rir, cantar, se emocionar. 

O tema da Aula Magna, De onde eles vêm: uma reflexão sobre a formação de leitores no espaço acadêmico, fazia uma referência direta ao mais recente livro de Jeferson Tenório, cujo título é De onde eles vêm (Companhia das Letras, 2024). A obra narra a história de um estudante negro retinto que ingressa na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pelo sistema de cotas raciais logo no início de sua implementação. O personagem Joaquim sente a universidade como um ambiente hostil e de exclusão, que lhe demanda um enorme esforço para vencer as dificuldades financeiras e a falta de acolhimento. A narrativa foi inspirada na história de vida do próprio autor, já que Jeferson foi o primeiro estudante cotista negro a se formar na UFRGS. “Esse personagem é um pouco parecido comigo e  com as pessoas com quem eu convivi durante todos esses anos. É uma mistura dessas experiências que eu tive.” 
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Professora da UFSC vence prêmio Jabuti com tradução de James Joyce

06/12/2023 10:32

A professora Dirce Waltrick do Amarante, do curso de Artes Cênicas e da Pós-Graduação em Estudos da Tradução, e um grupo de autores do Coletivo Finnegans venceu o prêmio Jabuti na categoria Tradução com a obra Finnegans Rivolta, do romancista e poeta James Joyce. O resultado foi divulgado na noite desta terça-feira, 5 de dezembro. A docente foi a organizadora da obra e tem livros publicados na área de tradução, teoria literária, teatro e literatura infantil e juvenil. “Prêmios dão visibilidade ao trabalho, à proposta de trabalho. Não é a primeira vez que sou premiada por trabalhos que envolvem tradução e James Joyce – tenho alguns livros publicados a respeito do autor e de sua obra. Mas é a primeira vez que sou premiada coletivamente, e isso me deixa bastante feliz”, comenta.

A professora explica que o projeto de uma tradução coletiva era antigo. Ela começou a estudar Joyce e mais especificamente esse romance/poema, no início dos anos 2000, e percebeu que era um projeto que tinha tudo a ver com o coletivo. “Primeiro, porque o grande protagonista do romance é alguém conhecido como HCE, Here Comes Everybody, todos estão incluídos (numa interpretação mais abrangente). Segundo, porque o romance narra a ‘história da humanidade’, segundo o autor, e, para ele, a história era como a brincadeira do telefone sem fio, ou seja, um conta algo no ouvido do outro, e no final surge uma história nova. A proposta era cada tradutor contar sua versão da história, pois traduzir é antes de tudo ler e interpretar, e nunca há, pelo menos nas ciências humanas, uma única interpretação para os fatos”, explica a organizadora da obra.

Dirce comenta que esse projeto de tradução coletiva foi gestado por muito tempo, mas que queria achar o grupo certo. “Por fim, achei. É um grupo heterogêneo: formações diferentes, gerações diferentes, mas todos entusiastas das vanguardas. Trabalhar em grupo é algo que o Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução sempre incentivou. Sou também professora do curso de Artes Cênicas, no qual o trabalho em equipe é uma constante. É importante o coletivo, todos os coletivos! No que tange à tradução, não acredito que seja um trabalho isolado”, reitera.
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Livro traduzido por pesquisadores da UFSC é finalista do Prêmio Jabuti

21/11/2023 15:41

O livro Finnegans Rivolta está entre os cinco finalistas do Prêmio Jabuti 2023, na categoria Tradução. Lançada pela editora Iluminuras, a obra é uma tradução integral de Finnegans Wake, de James Joyce. A lista com os finalistas foi divulgada nesta terça-feira, 21 de novembro, e os vencedores serão anunciados em 5 de dezembro, em cerimônia de premiação no Theatro Municipal de São Paulo.

Organizada pela professora da UFSC Dirce Waltrick do Amarante, a tradução de Finnegans Rivolta é assinada pelo Coletivo Finnegans, que além de Dirce, é composto por Afonso Teixeira Filho, Andréa Buch Bohrer (com mestrado e doutorado em Estudos da Tradução na UFSC), André Cechinel (professor da UFSC), Aurora Bernardini, Daiane de Almeida Oliveira Bohrer (com doutorado em Estudos da Tradução na UFSC), Fedra Rodríguez (com mestrado e doutorado em Estudos da Tradução na UFSC), Luis Henrique Garcia Ferreira, Tarso do Amaral, Vinícius Alves e Vitor Alevato do Amaral. A imagem de capa e as ilustrações são do professor da UFSC Sérgio Medeiros. O livro foi publicado com apoio do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução e da organização irlandesa Literature Ireland
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Pesquisadores da UFSC estão entre indicados à 65ª edição do Prêmio Jabuti

09/11/2023 16:08

Duas obras com participação de pesquisadores da UFSC estão entre as semifinalistas do Prêmio Jabuti 2023, na categoria Tradução: Abobrificação do Divo Cláudio e Finnegans Rivolta, ambos lançados pela editora Iluminauras. As listas dos dez semifinalistas de cada categoria da 65ª edição do Prêmio Jabuti foram divulgadas nesta quinta-feira, 9 de novembro, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Ainda neste mês, no dia 21, às 12h, será feito o anúncio dos cinco finalistas. Todas as informações oficiais são compartilhadas pelo site da premiação.

A tradução de Abobrificação do divo Cláudio nasceu de projeto de extensão da área de latim da UFSC e é assinada pelos professores da UFSC Luiz Queriquelli e Pedro Heise e pelos formados Letras – Língua Portuguesa e Literaturas pela UFSC Miguel Mangini e Maria Helena Adriano. 

A tradução de Finnegans Rivolta foi organizada pela professora da UFSC Dirce Waltrick do Amarante, assinada pelo Coletivo Finnegans, que além de Dirce, é composto por Afonso Teixeira Filho, Andréa Buch Bohrer (com mestrado e doutorado em Estudos da Tradução na UFSC), André Cechinel (professor da UFSC), Aurora Bernardini, Daiane de Almeida Oliveira Bohrer (com doutorado em Estudos da Tradução na UFSC), Fedra Rodríguez (com mestrado e doutorado em Estudos da Tradução na UFSC), Luis Henrique Garcia Ferreira, Tarso do Amaral, Vinícius Alves e Vitor Alevato do Amaral.

Na categoria Biografia e Reportagem, a egressa do curso de Jornalismo da UFSC Juliana Dal Piva concorre com o livro O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro, publicado pela editora Zahar.

“Chegar aos dez melhores em cada categoria não foi uma tarefa fácil diante da grande qualidade das obras inscritas. O júri enfrentou o desafio com competência e nos entrega uma lista admirável. É uma alegria poder compartilhar esses primeiros nomes e, no dia 5 de dezembro, vamos conhecer os vencedores em uma cerimônia já consagrada e sempre muito aguardada”, afirma Hubert Alquéres, curador do Prêmio Jabuti.

Prêmio Jabuti

Realizado desde 1958, o Prêmio Jabuti consolidou-se como a mais importante premiação nacional do livro e é referência no mercado editorial brasileiro. Patrimônio cultural do país, o Prêmio é responsável por reconhecer e divulgar a potência da produção nacional, com a valorização de cada um dos elos que formam a cadeia do livro, dialogando com os diversos públicos leitores e, junto com eles, assimilando as mudanças da sociedade.

Com informações da assessoria da Câmara Brasileira do Livro

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Evento reúne escritores da UFSC premiados pelo Jabuti em 2021

21/06/2022 10:56
O professor da UFSC, Daniel Martineschen, do curso de Letras Alemão, e a doutoranda  Monique Malcher de Carvalho, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), participam, na próxima segunda-feira, 27 de junho, do evento Jabutis da UFSC, que destaca os prêmios literários recebido por ambos em 2021. O evento será realizado no  Auditório Henrique Fontes, do Centro de Comunicação e Expressão, às 18h30. A mediação é das professoras Telma Scherer e Eleonora Frenkel Barreto. Haverá sessão de autógrafos, com uso de máscara obrigatório.

O livro Divã ocidento-oriental (editora Estação Liberdade, 460 p.), de Johann Wolfgang Goethe, traduzido por Daniel Martineschen, foi vencedor no na categoria Tradução. A obra foi publicada em março de 2020 como resultado do doutorado do professor. A tese, intitulada O lugar da tradução no West-östlicher Divan de Goethe, foi defendida em 2016 no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e trata de questões de tradução na poetologia do Divã.

Já Monique Malcher de Carvalho ganhou o prêmio com a obra Flor de Gume (editora Jandaíra, 112 p.), livro de estreia da autora paraense, contemplado na categoria Conto. O livro é composto por 37 contos que abordam a vida de mulheres de diferentes gerações, tendo como cenário paisagens de Santarém – cidade natal da autora. “Uma obra mística, que chama entidades e ancestralidades. Contos desenhados em cartas de taró, estética literária que roda junto com as saias. Uma riqueza de referências”, como descreveu Jarid Arraes, escritora e editora de Flor de Gume pelo selo Ferina, na apresentação da obra.

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Professor e doutoranda da UFSC são vencedores na 63ª edição do Prêmio Jabuti

26/11/2021 09:33

O professor Daniel Martineschen e a doutoranda Monique Malcher de Carvalho sagraram-se vencedores na 63ª edição do Prêmio Jabuti, que condecora as melhores obras literárias do país. O resultado foi anunciado em uma cerimônia transmitida na noite da última quinta-feira, 25 de novembro, pelo canal da Câmara Brasileira do Livro (CBL) no YouTube (acesse aqui o vídeo completo). A premiação divide-se em quatro eixos principais: literatura, não ficção, produção editorial e inovação, que comportam vinte categorias.

O livro Divã ocidento-oriental (editora Estação Liberdade, 460 p.), de Johann Wolfgang Goethe, traduzido por Daniel Martineschen, foi vencedor no Eixo: Produção Editorial, categoria Tradução. A obra foi publicada em março de 2020 como resultado do doutorado do professor da área de alemão do Curso de Letras e Literaturas Estrangeiras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A tese, intitulada O lugar da tradução no West-östlicher Divan de Goethe, foi defendida em 2016 no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e trata de questões de tradução na poetologia do Divã.

“O Divã ocidento-oriental é o resultado do movimento de Goethe em direção ao Oriente, ‘de onde há milênios têm chegado a nós tantas coisas grandiosas, boas e belas’. Este desejo teve sua gênese no encontro do poeta alemão com o Diwan — palavra persa para ‘coletânea’ ou ‘ciclo de poemas’ — do poeta persa Hafez. Reunindo mais de 500 gazéis (poemas curtos e líricos, de temática mística ou amorosa), o Diwan de Hafez circulava pelo Oriente desde o século XIV”, traz a apresentação do trabalho.

Daniel Martineschen atuou durante anos como tradutor técnico e juramentado para o idioma alemão no estado do Paraná. Atualmente é professor do curso de Letras Alemão da UFSC e é coordenador da área de alemão. Sua pesquisa na Universidade gira em torno da área da prática de tradução, com um projeto de investigação das possibilidades da tradução em dupla.

Vencedora na categoria Conto

Outra representante da UFSC a ser premiada na noite foi a doutoranda Monique Malcher de Carvalho, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH). A obra Flor de Gume (editora Jandaíra, 112 p.), livro de estreia da autora paraense, foi a grande vencedora no Eixo: Literatura, categoria Conto. O livro é composto por 37 contos que abordam a vida de mulheres de diferentes gerações, tendo como cenário paisagens de Santarém – cidade natal da autora.

Flor de Gume é um livro escrito para peles cortadas. Literatura como mergulhar as pernas nos rios do Pará e ouvir palavras que contam meninas presas em infâncias machucadas, mães e mulheres que crescem como plantas de verde profundo, apesar da realidade de violência, e avós que nutrem raízes, que aplicam ervas restauradoras no corpo ferido. Uma obra mística, que chama entidades e ancestralidades. Contos desenhados em cartas de taró, estética literária que roda junto com as saias. Uma riqueza de referências”, descreve Jarid Arraes, escritora e editora de Flor de Gume pelo selo Ferina, na apresentação da obra.

Além de escritora, Monique é colagista, artista visual e pesquisadora do Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (NAVI) da UFSC. Sua tese no PPGICH, intitulada Subversão nos quadrinhos: Os tentáculos da cidade de São Paulo e as mulheres na década de 20 nas páginas de Sem Dó, foi orientada por Carmen Rial e Caroline Almeida.

João Luiz Guimarães e Nelson Cruz foram os ganhadores do Livro do Ano no Prêmio Jabuti, com a obra Sagatrissuinorana, que conta a fábula dos Três Porquinhos, tendo como pano de fundo o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. Eles foram agraciados com o prêmio de R$ 100 mil. Os vencedores das 20 categorias levaram a estatueta e o prêmio de R$ 5 mil cada.

> Conheça os vencedores de todas as categorias do Prêmio Jabuti

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Livro de Goethe traduzido por professor da UFSC é finalista do Prêmio Jabuti

19/11/2021 12:38

O livro Divã ocidento-oriental (em alemão West-östlicher Divan), de Johann Wolfgang Goethe, está entre os cinco finalistas do prêmio Jabuti de 2021, na categoria Tradução. A obra foi publicada em março de 2020, e a tradução é um dos resultados do doutorado do professor Daniel Martineschen, da área de alemão do Curso de Letras e Literaturas Estrangeiras do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A tese, intitulada O lugar da tradução no West-östlicher Divan de Goethe, foi defendida em 2016 no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e trata de questões de tradução na poetologia do Divã.

“O Divã ocidento-oriental é o resultado do movimento de Goethe em direção ao Oriente, ‘de onde há milênios têm chegado a nós tantas coisas grandiosas, boas e belas’. Este desejo teve sua gênese no encontro do poeta alemão com o Diwan — palavra persa para ‘coletânea’ ou ‘ciclo de poemas’ — do poeta persa Hafez. Reunindo mais de 500 gazéis (poemas curtos e líricos, de temática mística ou amorosa), o Diwan de Hafez circulava pelo Oriente desde o século XIV”, traz a apresentação do trabalho pela editora Estação Liberdade (460 p.).

Daniel Martineschen atuou durante anos como tradutor técnico e juramentado para o idioma alemão no estado do Paraná. Atualmente é professor do curso de Letras Alemão da UFSC e é coordenador da área de alemão. Sua pesquisa na Universidade atualmente gira em torno da área da prática de tradução, com um projeto de investigação das possibilidades da tradução em dupla.

Outras traduções suas incluem: Travessia: uma história de amor, de Anna Seghers (2014) e Béla Guttmann: Uma lenda do futebol do século XX, de Detlev Claussen (2014), ambos publicados pela editora Estação Liberdade; e Gente alemã: uma coleção de cartas, organizada por Walter Benjamin (2020), pela editora Nave de Florianópolis.

Sobre o prêmio

O professor Daniel não é o único representante da UFSC entre os finalistas do Prêmio Jabuti neste ano. A doutoranda Monique Malcher de Carvalho, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, também é finalista na categoria Conto, com a obra Flor de Gume (editora Pólen Livros, 112 p.), seu livro de estreia. A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou a relação dos finalistas de cada uma das 20 categorias do prêmio na última terça-feira, 16 de novembro.

Os vencedores serão revelados na cerimônia de premiação, que está marcada no dia 25 de novembro, às 19h, pelo YouTube da CBL. O evento ocorrerá de forma remota pelo segundo ano seguido por causa da pandemia. O mestre de cerimônia será o ator Dan Stulbach. O vencedor de cada categoria recebe R$ 5 mil e a estatueta do Jabuti. E os premiados dos eixos Literatura e Não Ficção concorrem ao troféu de Livro do Ano, com premiação no valor de R$ 100 mil.

O editor e tradutor Marcos Marcionilo é o responsável pela curadoria da 63ª edição do prêmio. No conselho, que selecionou os jurados, há especialistas e profissionais de diversas áreas do conhecimento. A edição deste ano registrou 3.422 inscrições, um aumento de 31% em relação a 2020. Neste ano, o Prêmio Jabuti homenageia ainda Ignácio de Loyola Brandão. Autor de 47 livros e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), a Personalidade Literária do ano também coleciona prêmios, entre eles, cinco estatuetas do Jabuti.

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Livro de contos de doutoranda da UFSC é finalista do Prêmio Jabuti

18/11/2021 12:34

A doutoranda Monique Malcher de Carvalho, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é finalista da maior honraria em literatura do país: o Prêmio Jabuti. A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou a relação dos finalistas de cada uma das 20 categorias do prêmio na última terça-feira, dia 16 de novembro. A obra Flor de Gume (Editora Pólen Livros, 112 p.), livro de estreia da autora e artista plástica paraense, é uma das finalistas no Eixo: Literatura, categoria Conto.

Flor de Gume é um livro escrito para peles cortadas. Literatura como mergulhar as pernas nos rios do Pará e ouvir palavras que contam meninas presas em infâncias machucadas, mães e mulheres que crescem como plantas de verde profundo, apesar da realidade de violência, e avós que nutrem raízes, que aplicam ervas restauradoras no corpo ferido. Uma obra mística, que chama entidades e ancestralidades. Contos desenhados em cartas de taró, estética literária que roda junto com as saias. Uma riqueza de referências”, descreve Jarid Arraes, escritora e editora de Flor de Gume pelo selo Ferina, na apresentação da obra.

Concorrem ainda na categoria Conto: Cada um a seu modo, de Marcelo Freddi Lotufo; Mapas para desaparecer, de Nara Vidal; O senhor índice de Rouen, de Marlise Corradi e Rodrigo Hees; e Utensílios-para-a-dor: histórias-com-hífens, de João Anzanello Carrascoza.

> Clique AQUI para conhecer os finalistas em cada categoria

Os vencedores serão revelados na cerimônia de premiação, que está marcada no dia 25 de novembro, às 19h, pelo Youtube da CBL. O evento ocorrerá de forma remota pelo segundo ano seguido por causa da pandemia. O mestre de cerimônia será o ator Dan Stulbach. O vencedor de cada categoria ganha R$ 5 mil e a estatueta do Jabuti. E os premiados dos eixos Literatura e Não Ficção concorrem ao troféu de Livro do Ano, com premiação no valor de R$ 100 mil.

O editor e tradutor Marcos Marcionilo é o responsável pela curadoria da 63ª edição do prêmio. No conselho, que selecionou os jurados, há especialistas e profissionais de diversas áreas do conhecimento. A edição deste ano registrou 3.422 inscrições, um aumento de 31% em relação a 2020.

Neste ano, o Prêmio Jabuti homenageia ainda Ignácio de Loyola Brandão. Autor de 47 livros e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), a Personalidade Literária do ano também coleciona prêmios, entre eles, cinco estatuetas do Jabuti.

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Livro de mestrando da UFSC está na final do Prêmio Jabuti 2020

18/11/2020 11:09

O livro ‘Ildefonso Juvenal da Silva: um memorialista negro no Sul do Brasil´, publicado em 2019 pelo historiador Fábio Garcia, discente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFSC) e membro do Conselho Editorial da Raça, está na final do Prêmio Jabuti de Literatura 2020. O livro foi publicado pela Editora Cruz e Sousa e reúne 90 artigos escritos por Ildefonso Juvenal entre os anos de 1911 e 1964, totalizando 448 páginas.

Realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) desde 1958, o Prêmio Jabuti recebeu 2.599 inscrições para esta edição, 20% a mais que em 2019. A edição deste ano reuniu nomes consagrados como Chico Buarque, Maria Valéria Rezende, Djamila Ribeiro, Paulo Scott, Edney Silvestre, Luiz Ruffato e Itamar Vieira Junior.

Nascido na antiga Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, no outono de 1894, Ildefonso Juvenal utilizou-se da Educação como instrumento de superação dos estigmas que mantinham a população negra à margem dos meios e mecanismos de ascensão social na provinciana capital do estado. Sua estreia no cenário literário de Florianópolis ocorreu em 1914, aos 20 anos, ao publicar com recursos próprios o livro “Contos Singelos”.

Era apenas o início daquele que viria a ser uma das mais célebres expressões culturais na terra do autor de “Broquéis” ou, no dizer de Liberato Bittencourt, “Ildefonso Juvenal é assim, fiel, reprodução de Cruz e Sousa em terra Santa”. Ao longo de cinquenta anos, publicou sobre os mais variados campos do saber, totalizando dezessete obras, além de numerosos artigos dispersos nos jornais locais e nos periódicos do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

O resultado dos livros vencedores será divulgado no dia 26 de novembro, às 19h, pelo canal da Câmara Brasileira do Livro, em cerimônia ao vivo.

Fábio Garcia é historiador e mestrando do PPPGE/UFSC, sob orientação do professor Fábio Machado Pinto.

 

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Professor da UFSC é finalista do Prêmio Jabuti pela terceira vez

27/10/2020 11:13

Professor voluntário do Programa de Pós-Graduação em Inglês da UFSC, José Roberto O´Shea está concorrendo ao Prêmio Jabuti na categoria Tradução, por Aventuras de Huckleberry Finn: o parceiro de Tom Sawyer, de Mark Twain, lançado pela editora Zahar. Os vencedores da premiação, promovida pela Câmara Brasileira do Livro, serão anunciados no dia 5 de novembro.

O’Shea já recebeu a menção honrosa do Prêmio Jabuti por Cimbeline, rei da Britânia, em 2002, e foi finalista por O Conto do inverno, de 2008, ambas traduções da obra de Shakespeare. O autor britânico foi o eixo central da pesquisa que O’Shea desenvolveu na UFSC, de 1990 a 2015.

Mais informações na página do Prêmio Jabuti.

 

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Professores da UFSC recebem prêmios de literatura e de Teses

17/10/2014 14:31

O Departamento de Artes e Libras da UFSC homenageia os seus professores Neiva Aquino e Carlos Rodrigues, que receberam o prêmio Jabuti e UFMG de Teses, respectivamente.

“Este livro é fruto da produção do grupo de pesquisa de que participo, e foi publicado pela editora da universidade onde fiz o doutorado. Escrevi três capítulos do livro Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à libras e educação de surdos, com foco na formação de professores”, diz a professora Neiva Aquino. Confira matéria.

 

 

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Professora da UFSC é indicada ao prêmio Jabuti 2013 pela obra sobre psiquiatria

25/09/2013 15:02

Professora Sandra Caponi é indicada ao Prêmio Jabuti 2013

A professora Sandra Caponi, do Departamento de Sociologia e Ciências Políticas da Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC), teve o seu livro “Loucos e degenerados: uma genealogia da psiquiatria ampliada” indicado para concorrer ao prêmio Jabuti 2013 na categoria Psicologia e Psicanálise.

Em seu livro, que levou dois anos para ser concluído, Sandra Caponi discute, pelo referencial teórico de Michel Foucault, o conceito de degeneração ao longo do século XIX e sua relação com a “psiquiatria ampliada”, na qual os discursos e práticas psiquiátricas se expandiram para fora dos hospícios, englobando um número cada vez maior de pessoas.

Sandra conta que ficou bastante surpresa quando soube que o seu livro estava entre os dez melhores na área de Psicologia e Psicanálise, pois não havia se inscrito para concorrer ao prêmio. “A editora Fiocruz normalmente inscreve no prêmio Jabuti todos os livros que lançou no ano anterior”, comenta. 

O prêmio Jabuti, com 52 anos de existência, é a mais tradicional premiação de livros do Brasil. Há vinte anos ainda era restrita, pois somente cerca de 300 livros eram inscritos. Atualmente cerca de três mil obras disputam esta estatueta. Entre os escritores premiados estão o baiano Jorge Amado, Vinícius de Moraes, Nelson Rodrigues, Zuenir Ventura e Ruben Alves. Este ano os vencedores serão divulgados no dia 17 de outubro. Veja a lista dos classificados nas 29 áreas do Prêmio.

Mais informações:

Sandra Caponi – sandracaponi@gmail.com


Vitória Greve/ Estagiária da Agecom/ UFSC

vitoriagreve08@gmail.com 

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