Pós em Saúde Coletiva promove palestra sobre legalização da maconha no Canadá

28/11/2022 09:26

Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove a palestra Non-medical Cannabis legalization in Canadá, com o professor Benedikt Fischer, nesta quarta-feira, 30 de novembro, às 14h, no auditório de graduação do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC). A atividade será ministrada em inglês, e não haverá tradução. As inscrições devem ser feitas neste link.

A palestra dará certificado de uma hora e meia e tratará sobre a legalização da maconha no Canadá, com uma visão geral dos principais objetivos, desenvolvimentos e resultados para a saúde pública. Benedikt Fischer tem vínculo acadêmico com as universidades de Auckland, na Nova Zelândia, de Toronto, no Canadá, e com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele é pesquisador nas áreas de substâncias psicoativas, saúde pública e epidemiologia.

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UFSC testará cannabis em profissionais de saúde da linha frente do combate à Covid-19

14/07/2020 12:24

Uma pesquisa inédita no Brasil irá recrutar voluntários entre profissionais de saúde em situação de estresse e ansiedade provocada pelo enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no último dia 29 de junho. Intitulado Impacto do óleo integral de ​cannabis na saúde mental de profissionais da linha de frente no combate à Covid-19, o projeto vai selecionar cerca de 300 participantes de todo o país entre médicos e enfermeiros envolvidos no atendimento de casos suspeitos e confirmados da doença.

Para Erik Amazonas de Almeida, professor responsável pela pesquisa, a iniciativa é importante para a construção de uma política pública que possa incorporar a planta como alternativa terapêutica às condições psíquicas e emotivas da população em geral. “Sendo já comprovadamente menos danosa do que o uso de quaisquer ansiolíticos ou antidepressivos atualmente empregados, uma confirmação da nossa hipótese de trabalho pode trazer o óleo de cannabis para o posto de medicamento preferencial para o alívio dos sintomas de ansiedade e transtornos do humor”, afirma.

O protocolo a ser utilizado no estudo será o teste duplo-cego, com os voluntários divididos em dois grupos. Metade irá tomar o óleo integral da erva e a outra metade, placebo. A medicação à base de cannabis será produzida pela Associação Brasileira de Apoio a Cannabis Esperança (Abrace), com sede em João Pessoa, na Paraíba. As inscrições ocorrem neste mês de julho (podem ser feitas neste link), e os testes clínicos devem iniciar em agosto.
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Uso da maconha na medicina é tema de novo episódio do podcast UFSC Ciência

12/03/2020 09:06

A Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nesta quinta-feira, dia 12 de março, o décimo episódio do podcast UFSC Ciência. O tema do primeiro programa deste semestre é o uso da maconha na medicina. Para falar sobre o tema, foram entrevistados os professores Paulo César Trevisol Bittencourt, do curso de Medicina, Tadeu Lemos, do departamento de Farmacologia, e Matheus Felipe de Castro, do curso de Direito. Eles vão nos falar sobre os efeitos da planta, como seus princípios ativos agem no organismo e como é a regulamentação para o uso destes medicamentos.

Mais informações na página UFSC Ciência.

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UFSC debate descriminalização da maconha diante do Conselho Estadual de Entorpecentes

06/07/2018 13:16

Professor Alberto Groisman, representante da UFSC no Conen-SC. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

O professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (ANT/UFSC), Alberto Groisman, representante da entidade universitária no Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen-SC), se reuniu com a comunidade acadêmica para discutir o tema “Legalização/descriminalização/uso recreativo, medicinal de drogas (maconha/cannabis)”.

A reunião ocorreu na sala Laranjeira, do Centro de Cultura e Eventos, na noite da última quarta-feira, dia 4 de julho. Com o objetivo de definir o posicionamento da Universidade sobre o tema, Groisman abriu espaço para os presentes discutirem e apresentarem propostas. No fim da conversa, ficou decidido que a UFSC não se posicionará nem contra nem a favor da descriminalização no momento, visto que ainda faltam estudos científicos que comprovem todos os benefícios e malefícios da substância. Além de Groisman e de universitários, o debate contou com a presença do professor Cid Gomes, também membro do conselho, e a vice-reitora Alacoque Erdmann.

Além de definir uma posição parcial, também foram encaminhados três questionamentos ao Conen. O primeiro foi sobre a definição de certos termos, como “droga”, “maconha” e “cannabis”, a fim de exigir a criação de um glossário. O segundo apontamento diz respeito às forças econômicas, que busca entender o que está envolvido na decisão sob o viés financeiro. Por fim foi sugerido um levantamento de quantos pacientes, em Santa Catarina, poderiam usar a cannabis e seus derivados em tratamentos de doenças (como a epilepsia). Esta foi a primeira reunião da representação no Conen sobre o tema no âmbito da Universidade. O parecer da UFSC será levado para o Conen-SC para avaliação.

O Conen é um órgão colegiado, de caráter permanente, criado em 2005. É constituído por 22 membros titulares e igual número de suplentes, representantes paritários de órgãos governamentais e entidades não-governamentais. Vinculado à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), sua função é deliberar, normatizar e executar a política estadual de prevenção, fiscalização, recuperação e repressão de entorpecentes no Estado, de acordo com objetivos da Política Nacional Sobre Drogas, além de promover e incentivar a realização de eventos, estudos e pesquisas.

 

Alan Christian / estagiário de jornalismo da Agecom / UFSC

 

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Perspectivas de mudança na política de drogas

30/05/2012 09:11

O Instituto da Cannabis (InCa), organizado por estudantes de graduação e de pós-graduação de diversos cursos da Universidade Federal de Santa Catarina, e o Coletivo Marcha da Maconha Florianópolis, promovem nesta quinta e sexta (31 de maio e 1° de junho) o seminário ´Perspectivas de mudança na política de drogas`, para discutir a descriminalização da maconha.  Na quinta o encontro será realizado a partir de 16h20min, e na sexta a partir de 9h, sempre no auditório do Centro Sócio-Econômico (CSE).

Entre os nomes confirmados estão a ex-juíza Maria Lúcia Karam e o delegado de polícia civil do Rio de Janeiro Orlando Zaccone, ambos defensores da legalização das drogas.

De acordo com os organizadores, o objetivo é debater um panorama sobre a situação da proibição da cannabis no Brasil e tratar de novas proposições em relação à saúde, segurança pública e legislação reguladora da produção, comércio e consumo.

 

Mais informações com Lucas de Oliveira, presidente do InCa: (48) 9949-4969 e lucaseconomiaufsc@gmail.com ou Moniky Bittencourt, assessoria de imprensa: (48) 9126-2090 e moniky@textopontocom.net.

 

Programação:

Dia 31 de maio (quinta-feira)

16h20 – Abertura: apresentação do InCa, balanço do evento passado, apresentação oficial da programação 2012
Convidados: Lucas Oliveira – Presidente do Instituto da Cannabis

18h – A história da Maconha em Florianópolis e ” O que é 4:20 ?” : Dados históricos e recentes do uso ecônomico e recreacional de Cannabis em Florianópolis, e a os motivos e fatos que tornaram os números 4 – 20 símbolos da luta antiproibicionista mundial.
Convidados: Lucas Lichy – Tesoureiro e Pesquisador do Instituto da Cannabis

19h30min – Lançamento da 1ª revista especializada do Brasil – SemSemente
Convidados: William Leite Filho e Matias Maax – fundadores do Growroom  (primeiro site de cultura cannábica do Brasil)

Dia 01/06 – sexta-feira

9h30min – Abertura

10h30min às 12h – Discussão Drogas e Cultura: o uso/abuso de drogas em contexto histórico, movimentos sociais pela legalização, disputas judiciais no campo antiproibicionista
Convidados: Henrique Carneiro (historiador), Marcelo Mayora (advogado Marcha POA), Mariana Garcia (advogada Marcha POA), Gerardo Santiago (advogado marcha nacional), Alejo Alvarado ( Jornalista da Revista THC/
Argentina).

13h – Oficina de Arte – “Liberdade de Expressão”

14h às 16h – Discussão Drogas e Saúde Pública: Cannabis medicinal, Agência Reguladora, Redução de Danos
Convidados: Ari Seller, Daniel Feliciano, Ricardo Camargo Vieira (Vereador),   Cintia Ertel (Psicóloga) e Emerson (RD Florianópolis).

17h às 20h – Discussão Drogas e Segurança Pública: segurança pública, mudanças na legislação
Convidados: Orlando Zacconi, Maria Lucia Karam, Gerardo Santiago

20h30min – Encerramento: Apresentação da Carta de Florianópolis com as propostas de mudanças na política pública de drogas e assinatura dos presentes

Por Mariana Marques / Diretora de Comunicação do Instituto da Cannabis
Mais informações: institutodacannabis@gmail.com

Tags: canabisdescriminalizaçãomaconhaUFSC

Na mídia: Revista Ciência Hoje destaca pesquisa da UFSC

06/09/2011 10:17

Mais uma aplicação medicinal para a maconha

Estudo da UFSC engrossa lista de benefícios que substância presente na planta pode proporcionar à saúde humana. Experimentos mostram que composto é eficaz no tratamento de memórias traumáticas.

Por: Célio Yano

Uma erva conhecida pela humanidade há mais de 4 mil anos e que tem uma série de aplicações medicinais comprovadas se mostrou promissora também no tratamento de sequelas emocionais causadas por traumas. O efeito é produzido pelo canabidiol, substância presente na maconha (Cannabis sativa) e que pode substituir vários medicamentos usados em tratamentos psicológicos, evitando seus efeitos colaterais.

O potencial de uso de C. sativa para a atenuação de traumas foi apontado recentemente pela equipe liderada pelo farmacologista Reinaldo Takahashi, no Laboratório de Psicofarmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os pesquisadores utilizaram um modelo experimental comum em estudos que trabalham com estresse pós-traumático, que consiste em provocar traumas em camundongos por meio de choques elétricos sutis nas patas.

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Tags: maconha

Pesquisas reforçam potencial da Cannabis no alívio da ansiedade provocada por trauma

20/06/2011 13:05

Um componente químico da maconha mostra cada vez mais potencial de se transformar em aliado no tratamento das sequelas emocionais deixadas pelo trauma. Experimentos indicam que o canabidiol, um dos mais de 80 constituintes da Cannabis sativa, pode ajudar no tratamento de indivíduos que sofrem de ansiedade provocada por experiência traumática. Resultados positivos têm sido obtidos em pesquisas desenvolvidas junto ao Laboratório de Psicofarmacologia, ligado ao Departamento de Farmacologia da UFSC. Os estudos com animais em laboratório resultaram em artigos científicos publicados em importantes periódicos internacionais, como o European Neuropsychopharmacologye.

Assalto ou atropelamento

Nestas pesquisas os animais recebem um choque moderado nas patas, simulando uma situação traumática. Quando são novamente expostos ao ambiente de condicionamento, relembram a situação e expressam uma reação de medo, caracterizada por imobilidade e conhecida como congelamento. Registrando o tempo de congelamento, os pesquisadores avaliam a intensidade do medo provocado pela lembrança do trauma.

O coordenador dos estudos, professor Reinaldo Takahashi, explica que é semelhante ao que acontece com uma pessoa que foi assaltada numa determinada rua da cidade e fica com medo sempre que tem que passar por ali. Ou ao medo sentido por uma pessoa que foi atropelada. toda vez que ouve uma freada de carro.

Segundo ele, em uma perspectiva terapêutica, a maneira mais eficaz de se reduzir o medo em animais de laboratório consiste em realizar sucessivas exposições ao ambiente de condicionamento. Assim os animais se adaptam à situação e reaprendam que aquele local deixou de ser ameaçador.

Em humanos, este tratamento é chamado de terapia de exposição e funciona mais ou menos da mesma forma. “Os principais resultados de nossos estudos demonstraram que o canabidiol facilita esse processo de reaprendizado emocional, tornando a exposição terapêutica muito mais eficiente e com efeitos prolongados”, explica o professor Takahashi.

Função ansiolítica

A pesquisa indica que o canabidiol poderia ser associado a tratamentos psicológicos como a terapia comportamental, ajudando a atenuar traumas. Além disso, o canabidiol reduziu a ansiedade dos animais que passaram pelo processo de condicionamento. A avaliação faz a equipe supor que esse constituinte da maconha funciona como um ansiolítico, o medicamento que combate a ansiedade. A vantagem é que o canabidiol possui características mais interessantes do que as substâncias benzodiazepínicas comumente usadas nesta terapia e que podem ter entre seus efeitos colaterais dependência, sonolência excessiva, piora da memória, tonturas e zumbidos.

Outra vantagem sinalizada pelos estudos realizados na UFSC é que o canabidiol também não provoca efeitos típicos da maconha, como falhas na memória recente, taquicardia, boca seca, incoordenação motoraagitação e tosse. Esses sintomas são causados principalmente por outro canabinóide, o conhecido tetrahidrocanbinol (THC). “Então, além de ser terapêutico, estima-se que se o canabidiol for utilizado como medicamento, terá menospoucos efeitos colaterais”, complementa o professor.

Reaprendizado emocional

Os estudos desenvolvidos na UFSC auxiliam também na compreensão da fisiologia do cérebro, dos processos cerebrais relacionados à retomada da memória traumática e ao consequente reaprendizado emocional. Dando continuidade aos experimentos, o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC Rafael Bitencourt, orientando do professor Reinaldo Takahashi, aprofundou as pesquisas e obteve resultados importantes.

Seus estudos sugerem que há uma interação entre o sistema responsável por parte das respostas ao estresse, o sistema corticosteróide, e o sistema endocanabinóide, que ocorre no decorrer do processo de reaprendizado.

O primeiro está relacionado a hormônios que possuem um papel importante na regulação do metabolismo e o segundo, o sistema endocanabinóide, é formado por mensageiros cerebrais produzidos pelo próprio organismo e que parecem ter evoluído como parte da comunicação entre os neurônios (uma espécie de “fábrica natural” de maconha que os vertebrados possuem).

“Um determinado nível de estresse diante de uma situação traumática é necessário para que ocorra liberação de substâncias no nosso cérebro, levando à indução da produção dos endocanabinóides. Estes endocanabinóides facilitariam o processo de reaprendizado emocional, impedindo ou amenizando as chances de uma pessoa desenvolver um trauma”, explica Rafael.

Para os pesquisadores, o melhor entendimento do processo de reaprendizado emocional em situações potencialmente traumáticas pode facilitar a procura por condutas terapêuticas para aqueles indivíduos que desenvolvem algum transtorno relacionado à persistência de uma memória traumática. O conhecimento sobre os endocanabinóides também pode ajudar na concepção de terapias que aproveitem as propriedades terapêuticas da maconha.

“O futuro dirá se os canabinóides um dia passarão de substâncias proibidas a aliados no tratamento das sequelas emocionais deixadas pelo trauma”, complementa o professor Takahashi, pesquisador que será homenageado em outubro com o Prêmio Destaque Pesquisador UFSC 2011.

Mais informações: takahashi@farmaco.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-9764 Ramal: 227

Por Reinaldo N. Takahashi e Rafael M. Bitencourt, com edição de Arley Reis

Tags: Cannabis sativafarmacologiamaconha

Um mundo mais legal: perspectivas para mudanças na política de drogas

19/05/2011 10:10

O seminário Um Mundo Mais Legal: Perspectivas para Mudanças na Política de Drogas será realizado na próxima sexta-feira, 27 de maio, no auditório do Centro Sócio-Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Programação:
–  9h30min – Abertura: O que é o InCa?
InCa – Instituto da Cannabis – Lucas de Oliveira.

–  10h30min – Um Mundo Mais Legal
Panorama da legalidade ao redor do mundo – Lucas Lichy e Gerardo Xavier Santiago
– Advogado Nacional da  Marcha da Maconha;
– Consequências do proibicionismo – Alanna Souza.

–  13h – Oficina de Arte

– 14h30min – Cannabis Medicinal em Debate
Prof° Reinaldo Takahashi – Neuropsicofarmacologista UFSC
Daniel Feliciano Ferreira – Exec. Sênior da Ind. Farmacêutica

– 16h30min – Exibição do filme Cortina de Fumaça
Com a presença do diretor do filme: Rodrigo Mac Niven, que responderá perguntas
após a exibição.

– 18h30min – Mesa-redonda A Nova Lei de Drogas no Brasil, Lei n° 11.343/06
Pedro Vieira Abramovay – Ex-Secretário Nacional de Justiça
Orlando Zaccone D’Ella Filho – Delegado RJ, autor do livro Acionistas do nada:  quem são os traficantes de drogas
Profª Vera Regina Pereira Andrade – Direito UFSC
Deputado Estadual SC –  Sgto Amauri Soares
Emerson Silva dos Santos – PRD/Pref. Municipal de Florianópolis

Os organizadores providenciarão certificados aos participantes

Mais informações  rodrigo_merege@yahoo.com.br / 3721-7746

Tags: maconhaPolítica de Drogas