Planeta.doc Film Festival adota água como tema central de sua nona edição

15/12/2023 15:30

O Planeta.doc Film Festival lança nesta sexta-feira, 15 de dezembro, a sua nona edição, com conteúdo inteiramente focado na temática da água. A programação do Festival, um dos maiores do Brasil na área socioambiental,  inicia com a abertura do concurso audiovisual Planetadoc Estudantes: um minuto para mudar o mundo. O concurso é realizado para estudantes de todo o país em colaboração com a gincana Primavera X. Trata-se de uma oportunidade para alunos do ensino fundamental, médio e universitário mostrarem em um filme de até um minuto a realidade sobre o uso e a importância da água em suas regiões, destacando os desafios com os cuidados dos mananciais e corpos d’água de seus territórios.

A nona edição do Festival Planeta.doc prevê a exibição de filmes que abordem a temática da água e do saneamento para universidades e escolas a partir de fevereiro de 2024, com a ativação das Plataformas Streaming Planeta na Escola e Planetdoc.org,  “O objetivo desta edição é destacar a importância da água como bem comum e inspirar  alunos e professores do ensino fundamental e ensino médio  colaborarem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), realizando trabalhos e a promovendo práticas pedagógicas com esta temática, olhando para a realidade da água em suas regiões”, destaca Mônica Linhares, diretora do Festival.

A Plataforma Planeta na Escola visa apoiar o movimento geral de sensibilização sobre a importância vital de uma convivência harmoniosa do ser humano com a natureza, utilizando a arte cinematográfica como mecanismo de educomunicação. Oferece conteúdo audiovisual por streaming e integra o melhor do cinema científico e socioambiental ao ensino, disponibilizando aos professores filmes documentários e animações que visem contribuir para a educação de crianças e jovens.
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‘Cidades Resilientes, o planejamento a partir das águas’ é tema de roda de conversa nesta sexta

15/07/2021 16:46

O projeto Ecoando e o Roda das Águas promovem a roda de conversa ‘Cidades Resilientes, o planejamento a partir das águas’ nesta sexta-feira, 16 de julho, às 19h. A atividade faz parte da série de diálogos sobre o planejamento territorial saudável e justo do território da Baixada do Massiambu e do litoral de Santa Catarina. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do Youtube do projeto Ecoando.

A conversa abordará as estratégias para a sustentabilidade e a justiça social, econômica e ambiental no território catarinense. Também será tratada a importância do zoneamento como instrumento para salvaguardar as águas e os riscos que se corre quando o desenho natural não é respeitado.

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Live aborda ‘O direito à água como um direito humano’

14/09/2020 15:10

O Instituto Memória e Direitos Humanos (IMDH) e o Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia (Lefis) da UFSC promovem a live “O direito à água como um direito humano”, com Luiz Fernando Scheibe (UFSC e Projeto Rede Guarani/Serra Geral em SC). O evento acontecerá no dia 18 setembro, sexta-feira, às 10 horas, com moderação do professor Fernando Ponte de Souza (UFSC e IMDH).  A transmissão poderá ser acompanhada pelo Canal YouTube do IMDH: https://bit.ly/YouTubeIMDH. Mais informações em imdh.ufsc.br, facebook.com/imdhufsc, instagram.com/imdh.ufsc, twitter.com/ImdhUfsc e no email imdh@contato.ufsc.br

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Qualidade da água da Lagoa do Peri é tema de palestra de doutoranda da UFSC

03/12/2019 15:46

Na quinta-feira, 5 de dezembro, o Auditório da Justiça Federal em Florianópolis recebe Lorena Pinheiro Silva, doutoranda em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para proferir a palestra “A qualidade da água da Lagoa do Peri – monumento natural de Florianópolis”. O evento é aberto ao público e inicia às 18h. O auditório da Justiça Federal está localizado na Avenida Beira-Mar Norte, ao lado da Polícia Federal.

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UFSC na mídia: Escola do Mar e UFSC promovem ações para preservar animais marinhos

16/06/2017 15:43

A Escola do Mar, projeto da Secretaria de Educação de Florianópolis, participa da Jornada, que acontece esta semana, sobre Acidificação dos Oceanos. O evento, que discute as origens e as conseqüências do aumento da acidez nas águas, foca também na compreensão dos problemas globais associados ao oceano, como a sobrepesca e a deficiência de estratégia de conservação. Estes temas estão sendo debatidos igualmente na ONU, Organização das Nações Unidas, para promover um desenvolvimento sustável.

No último sábado, numa atividade da Escola do Mar e do curso de Oceanografia da UFSC, universitários e professores receberam a comunidade para divulgar os temas da Jornada e quantificar o lixo flutuante. A bordo do barco-escola, utilizado pela Escola do Mar, também foram coletadas amostras de água e de sedimentos da Baía Norte para análise dos contaminantes derivados de petróleo e provenientes do uso de remédios (como hormônios das pílulas e os anti-inflamatórios), que são liberados no ambiente pelos esgotos domésticos.
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TV UFSC prepara programação especial para o Dia Mundial da Água

21/03/2017 09:02

A TV UFSC preparou uma programação especial para o Dia Mundial da Água, comemorado no neste 22 de março. O destaque é a estreia de quatro episódios da série de interprogramas “Corredor das Águas”, que traz uma entrevista com o geólogo Luiz Amore, assessor internacional da Agência Nacional de Águas (ANA). Além dos novos interprogramas, a TV UFSC faz uma reapresentação especial do documentário AGUA_VIDA e da entrevista com a pesquisadora Camila Moreno, na série Diálogos.

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Rio Canoas, na Serra Catarinense. Foto: Divulgação

O geólogo Luiz Amore estava presente nos debates que deram origem à lei 9433, a Política Nacional de Recursos Hídricos, que completou 20 anos em 2017. Até aquele momento, a água subterrânea não era considerada na política de gestão de águas. Outro assunto abordado é a criação do projeto Aquífero Guarani.

A água tem sido uma temática constante na pauta na TV UFSC a partir da parceria com Rede Guarani/Serra Geral (RGSG) em 2013. Os projetos são coordenados pelo professor Luiz Fernando Scheibe e pelo cineasta Zeca Nunes Pires. As equipes da RGSG e da TV UFSC já realizavam várias saídas de campo para coletar imagens, depoimentos e retratar as diferentes realidades da utilização dos recursos hídricos no Estado.

Entre os resultados até o momento estão a série de interprogramas Corredor das Águas, o documentário AGUA_VIDA e dois episódios da série Diálogos, com Carlos Walter Porto Gonçalves e Enrique Leff e com Camila Moreno. O objetivo das produções é chamar a atenção dos espectadores e da comunidade para a importância de preservação da água no mundo, com ênfase ao estado de Santa Catarina.

Serviço

O quê: estreia de novos episódios da série Corredor das Águas e programação especial da TV UFSC no Dia Mundial da Água

Quando: ao longo da programação no dia 22 e março

Onde: TV UFSC pelo canal 15 da Net e 63.1 da TV aberta digital na Grande Florianópolis

Confira:

 

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Cinedebate convida para filme ‘Água_Vida’

29/05/2015 10:21
O Cinedebate convida turmas do oitavo e nono anos do ensino fundamental e estudantes do ensino médio, para assistir ao documentário ÁGUA_VIDA, produzido pela TV UFSC e pelo projeto Rede Guarani/Serra Geral. Haverá, também, debate com o cineasta Zeca Pires, diretor do filme, e responsáveis pelo roteiro. As exibições serão realizadas nesta sexta-feira, 29 de maio, das 14h40 às 15h30, e segunda-feira, 1º de junho, das 8h30 às 9h30, no auditório Elke Hering da Biblioteca Universitária.
Na noite do dia 1º de junho, às 18h30, aberta ao público em geral, também haverá uma exibição do ÁGUA_VIDA; porém, em vez de debate, haverá palestra com o professor Luis Fernando Scheibe, um dos roteiristas.

O documentário – que tem a direção de Zeca Nunes Pires e roteiro de Luiz Fernando Scheibe, Arthur Schmidt Nanni e Luciano Augusto Henning – pretende revelar os problemas ambientais e civilizatórios que ameaçam as reservas hídricas superficiais e subterrâneas, além de destacar iniciativas que mostram ser possível uma convivência harmoniosa com o planeta.

Para receber certificado de participação, os interessados devem preencher o formulário da Semana do Meio Ambiente na página da Coordenadoria de Gestão Ambiental.

Esses eventos fazem parte da Semana do Meio Ambiente da UFSC, cuja programação completa pode ser acessada neste link.

 

 

 

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Agenda Cultural: ‘Uso da água’ é tema de Ciclo de Cinema até 24 de abril

23/04/2015 08:30

Mais dois filmes com o tema “Água e seus diferentes usos, formas e valores” serão exibidos no Ciclo de Cinema organizado pelo Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas (NUER) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nesta quinta e sexta-feira, 23 e 24 de abril, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

O filme desta quinta é  Habitantes do Arroio, documentário sobre as populações que habitam a bacia do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, apresentado a partir das 19h. Na sexta-feira, é a vez de A Guerra da Água, com quatro histórias sobre a escassez do líquido no cotidiano de Moçambique, às 14h.
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Tags: Agenda culturaláguaCFHNUERUFSC

Agenda Cultural: ‘Uso da água’ é tema de Ciclo de Cinema de 22 a 24 de abril

22/04/2015 10:40

Três filmes com o tema “Água e seus diferentes usos, formas e valores” serão exibidos no Ciclo de Cinema organizado pelo Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas (NUER) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre 22 e 24 de abril, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

O filme de abertura é También la lluvia (2010), do diretor Icíar Bollaín, uma ficção que relaciona a história de Cristóvão Colombo com a luta atual contra a privatização da água na Bolívia. A película será apresentada e discutida a partir das 19h do dia 22. A programação completa de horários de exibição e sinopses dos filmes estão disponíveis no site do evento.
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UFSC celebra Dia Mundial da Água

16/03/2012 10:05

A UFSC, através do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense para a Rio+20, promove no próximo dia 22, das 9 às 12 horas, no Auditório Luís Antunes Teixeira, o Teixeirão, no Centro Tecnológico, uma celebração ao Dia Mundial da Água. A programação prevê discussões sobre o panorama mundial da água, programa de vigilância da água no estado, a situação da água e esgoto na região de Florianópolis e o uso da água na universidade. Contato: comitesc.rio20@gmail.com 48 3721-7736.

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Aquíferos exigem mais atenção com mudanças climáticas

10/11/2011 08:00

As águas subterrâneas, caracterizadas pelo acúmulo em aquíferos abaixo da superfície terrestre, correspondem a 30% da água doce do mundo. São também responsáveis pelo abastecimento público da maior parte das cidades da América Latina. Por permanecerem confinadas em rochas porosas, estas águas são mais “protegidas” de ações que provocam a poluição dos mananciais superficiais. Por estas e outras características, representam para muitos países uma reserva estratégica que merece ainda mais atenção diante de preocupações relacionadas a mudanças climáticas.

A preocupação com aquíferos será abordado nesta quinta-feira, 10 de novembro, no segundo dia do I Congresso Internacional “O Futuro da Água no Mercosul”, que acontece em Florianópolis, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A partir de 9h será relaizada a Mesa 2, com a temática “Água e Mudanças Climáticas”. Participam a professora Beate Frank (FURB/Projeto Piava), o professor Tássio Dresch Rech (Epagri/Rede Guarani-Serra Geral), o empresário Bernhard Vormann (Alemanha), o geólogo Franz-Josef Struffert (Alemanha), o professor Luis Filipe Tavares Ribeiro (Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa – Portugal) e o professor Ricardo Hirata (Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada da USP).

Integrante da comissão organizadora do evento e coordenador técnico do projeto Rede Guarani-Serra Geral, o professor do Departamento de Geociências da UFSC Luiz Fernando Scheibe considera os aquíferos mais profundos, como o Sistema Guarani, reservas fundamentais.

Segundo ele, enquanto os rios renovam-se continuamente, principalmente pela dinâmica das chuvas, o movimento da água no Sistema Aquífero Guarani, no interior da Bacia do Prata, é da ordem de um metro por ano. Por esse motivo, os aquíferos são relativamente “protegidos”. A água de superfície, de rios e lagos, é mais vulnerável à ação humana. Os rios são usados não apenas para suprir as necessidades de abastecimento público, industriais e de irrigação, mas também para o descarte e diluição dos efluentes domésticos e industriais, além de se trasformarem em grandes barragens para geração de energia hidrelétrica.

Em sua opinião, em um cenário em que as águas superficiais podem surpreender tanto pela violência das enxurradas e inundações, como por grandes períodos de estiagem, o retardo dos efeitos das variações no comportamento dos aquíferos merece atenção como uma possibilidade de oferta de água para abastecimento.

Uso é limitado

O Sistema Aquífero Guarani é considerado o mais importante aquífero do Cone Sul da América. Esse manancial abrange área de 1,1 milhão de quilômetros quadrados, onde vivem mais de 15 milhões de pessoas, em quatro países da América do Sul (mais de 90 milhões de pessoas em sua área de influência, conforme a Organização dos Estados Americanos).

“Há muita ênfase na gestão das bacias e seus rios, mas 50% da água dessa região é subterrânea. Se os estudos sobre o Aquífero Guarani mostram que temos uma reserva maravilhosa, nos alertam também que o seu uso não pode ser desregrado”, ressalta o geólogo.

“Intervenções têm sido responsáveis pela perda da qualidade das águas. Na região oeste dos estados de Santa Catarina e do Paraná, e noroeste do Rio Grande do Sul, por exemplo, há uma intensa migração dos serviços públicos de abastecimento, assim como das agroindústrias e dos produtores de suínos, no sentido da captação de águas subterrâneas, inicialmente do Sistema Aquífero Serra Geral, constituído pelos basaltos, e num segundo momento, que se intensifica, do próprio Sistema Aquífero Guarani, mais profundo nessas regiões”, complementa.

Scheibe lembra que no caso do Brasil, a Lei das Águas (Lei nº 9.433/97) estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos, que prevê um sistema de gerenciamento pelos Comitês de Bacia Hidrográfica. “Mas apenas nos últimos anos, e graças em parte à ação do projeto Rede Guarani-Serra Geral, é que alguns desses comitês estão levando em consideração as águas subterrâneas, apesar da sua decisiva importância no abastecimento público de inúmeras cidades e pequenas comunidades”, ressalta o professor.

Ao mesmo tempo, explica, embora o volume total de água armazenada seja imenso, sua diversidade impõe limitações ao uso. Há restrições nos volumes exploráveis do Sistema Aquifero Guarani, devido a características geométricas das camadas e hidráulicas da rocha. Equipes que já estudaram esse aquífero definem diferentes “zonas de gerenciamento do recurso” e respectivos volumes seguros de extração (veja abaixo).

As observações sobre o aquífero mostram que áreas de recarga permitem a infiltração da água da chuva e a reposição do manancial. Mas há também áreas profundas, em que a água está confinada e não chega a ser reposta.

“Em determinadas regiões, a exploração seria do tipo mineração não renovável, pela total ausência de processos de renovação da água em um tempo condizente com novo aproveitamento dentro do atual processo civilizatório”, explica o geólogo.

O congresso

O I Congresso Internacional “O futuro da água no Mercosul” é uma iniciativa do grupo de estudos “A geopolítica da água e os bens comuns”, ligado ao projeto Rede Guarani/Serra Geral, e tem apoio da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, dos programas de pós-graduação em Direito e em Geografia da UFSC; do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Caxias do Sul e da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

O evento tem ênfase na discussão do princípio da água como um direito humano, promovendo também o debate sobre a necessidade de gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas no âmbito da Bacia do Prata, região em que se localiza uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo: o Aquifero Guarani.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site www.rgsg.org.br

Por Arley Reis (jornalista da Agecom) e Gabriele Duarte (BOlsista de Jornalismo na Agecom)

Saiba Mais:

Classificação de zonas do Aqüífero Guarani:

– Zona “Não Confinada” (ou aflorante), com renovação significativa pela recarga natural, mas que apresenta alta vulnerabilidade à poluição antrópica e potencial redução dos fluxos de base dos rios, se houver superexploração

– Zona “Semiconfinada e Coberta” (<100m) Basalto, com possível exploração sustentável, apesar de sua recarga ser parcial.

– Zona “Confinada Intermediária” (<400m) de Basalto, sem recarga significativa e com tempo de residência da água no aquífero maior do que 10.000 anos

– Zona “Confinada Profunda” (>400m) com Cobertura Basaltica, com águas ainda mais antigas (eventualmente salinizadas ou com excessivo teor de

flúor).

– Zona “Confinada com Água Subterrânea Salina”, não potável, que seria restrita regionalmente à área de ocorrência do Sistema Aquífero Guarani na Argentina.

Mais informações sobre o evento pelo telefone (48) 3721-8813

 Assessoria de Comunicação:

– Diretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina: (48)3221-2752
– Agência de Comunicação da UFSC: (48)3721-9601

 

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Autora do best-seller “Água, pacto azul” participa de congresso em Florianópolis

08/11/2011 11:03

Nesta quarta-feira, 9 de novembro, a canadense Maude Barlow participa do I Congresso Internacional “O Futuro da Água no Mercosul”. O encontro será realizado em Florianópolis, no auditório Antoniete de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A conferência de Maude terá como tema Uma Nova Cultura da Água e acontece a partir de 16h.

Influente defensora do direito humano à água, a advogada esteve em outras ocasiões no Brasil, inclusive em Santa Catarina, quando em 2009 divulgou seu livro “Água, pacto azul”. Nesta viagem alertou os brasileiros sobre a importância de não superestimar a água doce do país, que corresponde a 13,7% da reserva mundial. “Mas não é infinita e é mal gerenciada”, alertou. “O Brasil é abençoado, mas tem uma grande responsabilidade nessa questão”, disse em entrevistas no país.

Nobel Alternativo do Meio Ambiente
Maude Barlow Victoria nasceu em 24 de maio de 1947 e é chefe do Council of Canadians, ou Conselho dos Canadenses, a maior organização canadense de militância pública. É também fundadora do Blue Planet Projetc, que trabalha internacionalmente a favor do direito humano à água. Entre 2008 e 2009 atuou como consultora-sênior em água do presidente da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). É autora e co-autora de 16 livros, incluindo os best-sellers “Água: Pacto Azul” e “Água, o Ouro Azul”.

Maude preside o conselho de Washington baseado no Food & Water Watch, e é membro-fundadora do Fórum de São Francisco Internacional sobre Globalização, além de conselheira do Conselho Futuro Mundial, com sede em Hamburgo. A ativista já recebeu 11 títulos de honoris causa, além de gratificações como o Livelihood Award Rights 2005 (conhecido como o “Nobel Alternativo do Meio Ambiente”).

O congresso
O I Congresso Internacional “O futuro da água no Mercosul” é uma iniciativa do grupo de estudos “A geopolítica da água e os bens comuns”, ligado ao projeto Rede Guarani/Serra Geral, e tem apoio da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, dos programas de pós-graduação em Direito e em Geografia da UFSC; do Programa de pós-graducação em Direito da Universidade de Caxias do Sul e da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

O evento tem ênfase na discussão do princípio da água como um direito humano, promovendo também o debate sobre a necessidade de gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas no âmbito da Bacia do Prata, região em que se localiza uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo: o Aquifero Guarani.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site www.rgsg.org.br

Mais informações sobre o evento com o professor Luiz Fernando Scheibe pelo e-mail scheibe2@gmail.com, fone (48) 3721-8813

Por Gabriele Duarte / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Assessoria de Comunicação:
– Diretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina / (48) 3221-2752 / imprensa@alesc.sc.gov.br
– Agência de Comunicação da UFSC: (48) 3721-9601 / agecom@agecom.ufsc.br

 Saiba Mais:

– Maude Barlow no 5º Fórum Mundial da Água, em 2009: http://www.youtube.com/watch?v=ShwJHknY9IU

– Trechos de entrevista com Maude Barlow concedida ao Planeta Sustentável, em 2009:

 Um alerta aos brasileiros:
O Brasil e o Canadá tendem a pensar que o abastecimento de água está garantido porque temos água em abundância. Isso não é verdade! Não podemos enxergar a água como uma oportunidade econômica, mas, sim, como parte da natureza e ela está muito comprometida, contaminada, desperdiçada.

 Modelo exportação: água virtual
Minha maior crítica ao Brasil é o modelo criado para exportação, no qual se usa muita água para produzir cana-de-açúcar, por exemplo, mais água para fazê-la crescer e produzir etanol. Depois, isso é exportado para outro país. Chamamos isso de “água virtual”. Austrália, Estados Unidos e Canadá fazem a mesma coisa, mas o Brasil nem parou para questionar se isso está errado. Aumentar as exportações, como quer o governo, só vai piorar o quadro. Para produzir e fazer chegar soja na China, gastamos cerca de 2/3 do consumo doméstico mundial de água de um ano inteiro. E estamos falando só de soja e só da China.

Poluição por agrotóxicos
Além da “água virtual” e da falta de conscientização, existe a grande poluição dos agrotóxicos, cujo veneno vai para a água, contamina o lençol freático. E o país precisa estar atento quanto aos “caçadores de água” também. Grandes companhias vêem o Brasil como uma máquina de dinheiro.

O país não pode permitir que essas empresas se instalem aqui dessa forma. Hoje, boa parte do mundo já não permite isso, enquanto o Brasil se posiciona de maneira amigável. No ano passado, foram produzidas mais de 2 bilhões de unidades de água engarrafadas das quais apenas 5% eram recicláveis. Outros países, como Arábia Saudita e Japão, que têm pouca água também estão de olho em lugares abundantes em água, comprando terras.

 Um planejamento necessário:

O Brasil precisa se programar em três eixos: ter legislação para manter a água pública e proteger o solo, criar o direito à água universal e produzir comida com uso sustentável de água. Eu sei que isso é difícil e faltam recursos, mas não importa. É hora de fazer uma legislação para as empresas e proteger a água, não de ser amigável. Quem quiser usar água para fins comerciais terá de pagar, de rastrear e de utilizá-la de uma forma consciente. Na Alemanha, a água tem que ser limpa a ponto de um bebê poder bebê-la direto da torneira. Lá, se você poluir, eles te pegam.

 Não teremos água para sempre:
Estamos acabando com a água fresca do mundo e colocando o planeta em risco. Todos os anos, despejamos 700 trilhões de litros de água vindas das cidades no oceano. Isso foi removido dos aquíferos, dos rios e dos lagos e deveria ser devolvido à bacia hidrográfica, é uma perda. Quando alguém tira a água do chão de qualquer maneira, faz um deserto, o que piora o aquecimento global. Sim, o aquecimento global faz desertos! Mas o caminho inverso também é verdadeiro. O Brasil é abençoado, mas tem uma grande responsabilidade nessa questão.

 

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Congresso internacional em Florianópolis defende água como direito essencial dos povos

07/11/2011 09:56

Com enfoque na defesa de que as águas subterrâneas são a grande reserva estratégica do mundo e que a água é um bem comum e um direito da população, inicia nesta quarta-feira, 9 de novembro, o I Congresso Internacional “O futuro da água no Mercosul”. Aberto ao público, o encontro que reunirá pesquisadores, lideranças políticas e governamentais será realizado nos dias 9 e 10 de novembro, no auditório da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A meta é discutir o princípio da água como um direito humano, promovendo também o debate sobre a necessidade de gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas no âmbito da Bacia do Prata, região em que se localiza uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo: o Aquifero Guarani.

Nova cultura da água; Água e as mudanças climáticas; Água e políticas públicas e Cooperação e conflitos da gestão da água no Mercosul serão as temáticas abordadas no congresso que vai integrar representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Conferencistas do Canadá, Espanha, Alemanha e Portugal também participarão. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site www.rgsg.org.br

Pela justiça da água
Um dos destaques será a presença da advogada Maude Barlow, ativista ambiental que luta pelo reconhecimento do direito humano à água. Fundadora do projeto Blue Planet Project (Projeto Planeta Azul), é chefe do Council of Canadians, a maior organização canadense de militância pública. Entre 2008 e 2009 atuou como consultora-sênior em água do presidente da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Por seu trabalho no movimento pela justiça da água recebeu o prêmio sueco Right Livelihood Award (o “Nobel Alternativo” do Meio Ambiente).

Maude Barlow é autora e co-autora de 16 livros, incluindo os best-sellers “Água: Pacto Azul” e “Água, o Ouro Azul”. Sua conferência será realizada no dia 9 de novembro, a partir de 16h, com o tema “Uma nova cultura da água”.

Promoção
O congresso é uma iniciativa do grupo de estudos “A geopolítica da água e os bens comuns”, ligado ao projeto Rede Guarani/Serra Geral, e tem apoio da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, dos programas de pós-graduação em Direito e em Geografia da UFSC; do Programa de pós-graducação em Direito da Universidade de Caxias do Sul e da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Guerra da água
“O foco do encontro é chamar atenção para a discussão sobre o princípio de que a água é um bem comum, um direito essencial que deve ser garantido a todas as pessoas”, explica a professora Maria de Fátima Wolkmer, coordenadora da comissão organizadora do congresso.

Ressaltando a importância da temática, ela lembra que a abordagem reflete um problema mundial evidenciado em eventos como a “Guerra da Água”, mobilização popular que em 2000 reverteu a privatização do sistema de água potável e esgoto de Cochabamba, na região central da Bolívia.

Preocupações com o Aquífero Guarani
Coordenador técnico do projeto Rede Guarani-Serra Geral, o professor do Departamento de Geociências da UFSC e integrante da comissão organizadora do evento, Luiz Fernando Scheibe.Scheibe, informa que pesquisas recentes trouxeram informações importantes para compreensão do funcionamento do Aquífero Guarani. Esse manancial ocupa mais de 1 milhão de quilômetros quadrados e tem habitando sobre sua área de abrangência cerca de 15 milhões de pessoas.

“Sua zona de influência chega a 90 milhões de pessoas e abrange também megalópoles como São Paulo e Buenos Aires”, preocupa-se o professor. Segundo ele, desde 1967 existe o Conselho de Integração da Bacia do Rio da Prata, mas há necessidade de maior atenção e discussão sobre questões relacionadas aos recursos hídricos dessa região.

“Há muita ênfase na gestão das bacias e seus rios, mas 50% da água dessa região é subterrânea. Se os estudos sobre o Aquífero Guarani mostram que temos uma reserva maravilhosa, nos alertam também que o seu uso não pode ser desregrado”, ressalta o geólogo.

Ele explica que as observações sobre o aquífero mostram que áreas de recarga permitem a infiltração da água da chuva e a reposição do manancial. Mas há também áreas profundas, em que a água está confinada e não chega a ser reposta. “Embora tenhamos uma reserva muito grande, podemos estar falando em uma mineração da água, em que esse recurso não pode ser reposto, pelo menos em um tempo razoável”, explica.

Mais informações com o professor Luiz Fernando Scheibe pelo e-mail scheibe2@gmail.com, fone (48) 3721-8813

Assessoria de Comunicação:
– Diretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina / (48) 3221-2752 /  imprensa@alesc.sc.gov.br:
– Agência de Comunicação da UFSC: (48) 3721-9601 / agecom@agecom.ufsc.br

 

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Autora do best-seller “Água, pacto azul” participa de congresso em Florianópolis

31/10/2011 10:02

Entre os dias 9 e 10 de novembro, a ativista canadense Maude Barlow participa do I Congresso Internacional “O Futuro da Água no Mercosul”. O encontro será realizado em Florianópolis, no auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Maude é uma influente defensora do direito humano à água. Esteve em outras ocasiões no Brasil, inclusive em Santa Catarina, quando em 2009 divulgou seu livro “Água, pacto azul”. Nesta viagem a canadense alertou os brasileiros sobre a importância de não superestimar a água doce do país, que corresponde a 13,7% da reserva mundial. “Mas não é infinita e é mal gerenciada”, alertou. “O Brasil é abençoado, mas tem uma grande responsabilidade nessa questão”, disse em entrevistas no país.

Nobel Alternativo do Meio Ambiente
Maude Barlow Victoria nasceu em 24 de maio de 1947 e é chefe do Council of Canadians, ou Conselho dos Canadenses, a maior organização canadense de militância pública. É também fundadora do Blue Planet Projetc, que trabalha internacionalmente a favor do direito humano à água. Entre 2008 e 2009 atuou como consultora-sênior em água do presidente da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). É autora e co-autora de 16 livros, incluindo os best-sellers “Água: Pacto Azul” e “Água, o Ouro Azul”.

Maude preside o conselho de Washington baseado no Food & Water Watch, e é membro-fundadora do Fórum de São Francisco Internacional sobre Globalização, além de conselheira do Conselho Futuro Mundial, com sede em Hamburgo. A ativista já recebeu 11 títulos de honoris causa, além de gratificações como o Livelihood Award Rights 2005 (conhecido como o “Nobel Alternativo do Meio Ambiente”).

O congresso
O I Congresso Internacional “O futuro da água no Mercosul” é uma iniciativa do grupo de estudos “A geopolítica da água e os bens comuns”, ligado ao projeto Rede Guarani/Serra Geral, e tem apoio da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, dos programas de pós-graduação em Direito e em Geografia da UFSC; do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Caxias do Sul e da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

O evento tem ênfase na discussão do princípio da água como um direito humano, promovendo também o debate sobre a necessidade de gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas no âmbito da Bacia do Prata, região em que se localiza uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo: o Aquifero Guarani.

 As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site www.rgsg.org.br

Mais informações sobre o evento com o professor Luiz Fernando Scheibe pelo e-mail scheibe2@gmail.com, fone (48) 3721-8813

Por Gabriele Duarte / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Assessoria de Comunicação:
– Diretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina / (48) 3221-2752 / imprensa@alesc.sc.gov.br:
– Agência de Comunicação da UFSC: (48) 3721-9601 / agecom@agecom.ufsc.br

 Saiba Mais:

– Maude Barlow no 5º Fórum Mundial da Água, em 2009: http://www.youtube.com/watch?v=ShwJHknY9IU
– Trechos de entrevista com Maude Barlow concedida ao Planeta Sustentável, em 2009:

Um alerta aos brasileiros:
O Brasil e o Canadá tendem a pensar que o abastecimento de água está garantido porque temos água em abundância. Isso não é verdade! Não podemos enxergar a água como uma oportunidade econômica, mas, sim, como parte da natureza e ela está muito comprometida, contaminada, desperdiçada.

Modelo exportação: água virtual
Minha maior crítica ao Brasil é o modelo criado para exportação, no qual se usa muita água para produzir cana-de-açúcar, por exemplo, mais água para fazê-la crescer e produzir etanol. Depois, isso é exportado para outro país. Chamamos isso de “água virtual”. Austrália, Estados Unidos e Canadá fazem a mesma coisa, mas o Brasil nem parou para questionar se isso está errado. Aumentar as exportações, como quer o governo, só vai piorar o quadro. Para produzir e fazer chegar soja na China, gastamos cerca de 2/3 do consumo doméstico mundial de água de um ano inteiro. E estamos falando só de soja e só da China.

 Poluição por agrotóxicos
Além da “água virtual” e da falta de conscientização, existe a grande poluição dos agrotóxicos, cujo veneno vai para a água, contamina o lençol freático. E o país precisa estar atento quanto aos “caçadores de água” também. Grandes companhias vêem o Brasil como uma máquina de dinheiro.

O país não pode permitir que essas empresas se instalem aqui dessa forma. Hoje, boa parte do mundo já não permite isso, enquanto o Brasil se posiciona de maneira amigável. No ano passado, foram produzidas mais de 2 bilhões de unidades de água engarrafadas das quais apenas 5% eram recicláveis. Outros países, como Arábia Saudita e Japão, que têm pouca água também estão de olho em lugares abundantes em água, comprando terras.

Um planejamento necessário:
O Brasil precisa se programar em três eixos: ter legislação para manter a água pública e proteger o solo, criar o direito à água universal e produzir comida com uso sustentável de água. Eu sei que isso é difícil e faltam recursos, mas não importa. É hora de fazer uma legislação para as empresas e proteger a água, não de ser amigável. Quem quiser usar água para fins comerciais terá de pagar, de rastrear e de utilizá-la de uma forma consciente. Na Alemanha, a água tem que ser limpa a ponto de um bebê poder bebê-la direto da torneira. Lá, se você poluir, eles te pegam.

Não teremos água para sempre:
Estamos acabando com a água fresca do mundo e colocando o planeta em risco. Todos os anos, despejamos 700 trilhões de litros de água vindas das cidades no oceano. Isso foi removido dos aquíferos, dos rios e dos lagos e deveria ser devolvido à bacia hidrográfica, é uma perda. Quando alguém tira a água do chão de qualquer maneira, faz um deserto, o que piora o aquecimento global. Sim, o aquecimento global faz desertos! Mas o caminho inverso também é verdadeiro. O Brasil é abençoado, mas tem uma grande responsabilidade nessa questão.

 

 

 

 

 

Tags: águacongresso

Florianópolis sedia congresso internacional sobre o futuro da água no Mercosul

27/10/2011 09:20

Será realizado nos dias 9 e 10 de novembro, no auditório da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o I Congresso Internacional “O futuro da água no Mercosul”. O evento tem ênfase na discussão do princípio da água como um direito humano, promovendo também o debate sobre a necessidade de gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas no âmbito da Bacia do Prata, região em que se localiza uma das maiores reservas de água subterrânea do mundo: o Aquifero Guarani.

Com as temáticas Nova cultura da água; Água e as mudanças climáticas; Água e políticas públicas e Cooperação e conflitos da gestão da água no Mercosul, o congresso vai reunir representantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Conferencistas do Canadá, Espanha, Alemanha e Portugal também participarão, assim como lideranças políticas e governamentais do Brasil e exterior. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site www.rgsg.org.br

Pela justiça da água
Um dos destaques será a presença da advogada Maude Barlow, ativista ambiental que luta pelo reconhecimento do direito humano à água. Fundadora do projeto Blue Planet Project (Projeto Planeta Azul), é chefe do Council of Canadians, a maior organização canadense de militância pública. Entre 2008 e 2009 atuou como consultora-sênior em água do presidente da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Por seu trabalho no movimento pela justiça da água recebeu o prêmio sueco Right Livelihood Award (o “Nobel Alternativo” do Meio Ambiente).

Maude Barlow é autora e co-autora de 16 livros, incluindo os best-sellers “Água: Pacto Azul” e “Água, o Ouro Azul”. Sua conferência será realizada no dia 9 de novembro, a partir de 16h, com o tema “Uma nova cultura da água”.

Promoção
O congresso é uma iniciativa do grupo de estudos “A geopolítica da água e os bens comuns”, ligado ao projeto Rede Guarani/Serra Geral, e tem apoio da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, dos programas de pós-graduação em Direito e em Geografia da UFSC; do Programa de pós-graducação em Direito da Universidade de Caxias do Sul e da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Guerra da água
“O foco do encontro é chamar atenção para a discussão sobre o princípio de que a água é um bem comum, um direito essencial que deve ser garantido a todas as pessoas”, explica a professora Maria de Fátima Wolkmer, coordenadora da comissão organizadora do congresso.

Ressaltando a importância da temática, ela lembra que a abordagem reflete um problema mundial evidenciado em eventos como a “Guerra da Água”, mobilização popular que em 2000 reverteu a privatização do sistema de água potável e esgoto de Cochabamba, na região central da Bolívia.

Preocupações com o Aquífero Guarani
Coordenador técnico do projeto Rede Guarani-Serra Geral, o professor do Departamento de Geociências da UFSC e integrante da comissão organizadora do evento, Luiz Fernando Scheibe.Scheibe, informa que pesquisas recentes trouxeram informações importantes para compreensão do funcionamento do Aquífero Guarani. Esse manancial ocupa mais de 1 milhão de quilômetros quadrados e tem habitando sobre sua área de abrangência cerca de 15 milhões de pessoas.

“Sua zona de influência chega a 90 milhões de pessoas e abrange também megalópoles como São Paulo e Buenos Aires”, preocupa-se o professor. Segundo ele, desde 1967 existe o Conselho de Integração da Bacia do Rio da Prata, mas há necessidade de maior atenção e discussão sobre questões relacionadas aos recursos hídricos dessa região.

“Há muita ênfase na gestão das bacias e seus rios, mas 50% da água dessa região é subterrânea. Se os estudos sobre o Aquífero Guarani mostram que temos uma reserva maravilhosa, nos alertam também que o seu uso não pode ser desregrado”, ressalta o geólogo.

Ele explica que as observações sobre o aquífero mostram que áreas de recarga permitem a infiltração da água da chuva e a reposição do manancial. Mas há também áreas profundas, em que a água está confinada e não chega a ser reposta. “Embora tenhamos uma reserva muito grande, podemos estar falando em uma mineração da água, em que esse recurso não pode ser reposto, pelo menos em um tempo razoável”, explica.

Mais informações com o professor Luiz Fernando Scheibe pelo e-mail scheibe2@gmail.com, fone (48) 3721-8813

Por Arley Reis (Jornalista da Agecom) e Rafaela Blacutt (Bolsista de Jornalismo na Agecom)

Assessoria de Comunicação:
– Diretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina / (48) 3221-2752 /  imprensa@alesc.sc.gov.br:
– Agência de Comunicação da UFSC: (48) 3721-9601 / agecom@agecom.ufsc.br

Tags: águacongresso

Workshop discute gestão e usos da água na indústria

30/09/2011 16:42
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Florianópolis receberá entre 10 e 11 de novembro empresas nacionais e internacionais no VII Workshop sobre Gestão e Reúso de Água na Indústria. Neste ano, como convidado, um pesquisador da Austrália fará uma palestra sobre o uso da água naquele país, trocando experiências internacionais sobre o assunto. Empresas de grande porte como a Petrobras e a Siemens, entre outras, estarão presentes no workshop que será realizado no Hotel Majestic, com sessão de abertura proferida pelo reitor Alvaro Toubes Prata.

José Carlos Cunha Petrus, chefe do gabinete do reitor, também é presidente da comissão organizadora do evento. Para ele, o evento é referência no país, pois há pouca discussão sobre esse assunto. “O workshop tem o objetivo de ser um fórum para discutir as questões relacionadas à gestão da água nas indústrias. Essa questão engloba fundamentalmente a consciência para o uso racional da água; a questão de mudanças de processos que requeiram menos água; o reúso da água na indústria; e a utilização da água em locais onde é menos nobre, tais como lavagem de chão e de janelas, por exemplo”.

Petrus também explica que regiões como Sul e Sudeste, altamente populosas, já começam a apresentar falta de água. “A questão não é só a falta de água na indústria dessas regiões, mas a falta de água potável para as pessoas”. Ele também reiterou que entre dez e 12 empresas de grande porte com experiência no uso racional da água participarão do evento, trocando conhecimentos sobre a temática.

A programação do workshop envolve apresentação das indústrias na gestão e no tratamento de água para fins de reúso; apresentação de trabalhos de pesquisa selecionados pela comissão científica, sobre a gestão da água na indústria; e discussões sobre o uso racional da água, seu tratamento visando o reúso e sobre a legislação. A programação completa pode ser conferida aqui.

O “VII Workshop sobre Gestão e Reúso de Água na Indústria” é uma realização do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da UFSC, com apoio da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc). As inscrições devem ser feitas pela internet, no site da Feesc.

Mais informações com o professor José Carlos Cunha Petrus, presidente da comissão organizadora do evento: 3721 -6042.

Por José Fontenele / Bolsista de Jornalismo da Agecom

Tags: água

III Seminário Internacional de Gestão Social de Bacias Hidrográficas

19/11/2010 10:00

O evento será realizado na cidade de Santo Amaro da Imperatriz (SC), nos dias 25 e 26 de novembro, com a participação de pesquisadores dos Estados Unidos e Canadá. A organização é do Grupo Transdisciplinar de Pesquisas em Governança da Água e do Território (GTHidro), ligado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. A iniciativa tem parceria como o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão-Sul, responsável pela organização e recepção dos participantes na cidade de Santo Amaro da Imperatriz (SC).

O objetivo é apresentar nas bacias hidrográficas novas ideias geradas a partir de comunidades e grupos de pesquisas comprometidas com a gestão social da água e do território. Neste terceira edição jovens da Bacia do Rio Cubatão-Sul irão propor a criação e implementação de uma rede de educação ambiental.  Pesquisadores convidados apresentarão experiências sobre a nova lei nacional de águas do Québec e a estrutura de governança local do Comitê do Rio Saint-François; e o papel dos comitês sociais na governança de bens comuns, com base nas teorias de Elinor Ostrom, Prêmio Nobel de Economia de 2009. A programação também prevê momento de debate sobre a construção da Lei Brasileira de Águas e a proposição de hierarquização social dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.

Inscrições: http://www.gthidro.ufsc.br/iiisigsb

Mais informações: http://www.gthidro.ufsc.br / (48) 3721-7736

Tags: águarecursos hídricosseminário