UFSC e Fiesc firmam parceria para impulsionar inovação em Santa Catarina

28/03/2025 14:05

Protocolos de intenções foram assinados durante reunião da diretoria da Fiesc (Fotos: Filipe Scotti)

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), por meio do Senai/SC, e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) firmaram nesta sexta-feira, 28 de março, dois protocolos de intenções que estabelecem novas frentes de cooperação nas áreas de robótica avançada e biotecnologia. As iniciativas têm como foco o fortalecimento do ecossistema de inovação no estado, promovendo a integração entre pesquisa científica e aplicação industrial.

“O fortalecimento das redes de inovação em biotecnologia e robótica coloca Santa Catarina em uma posição estratégica no cenário nacional, aproximando o conhecimento gerado nas universidades das demandas reais da indústria”, afirma Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc.

Para o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, a parceria eleva a um outro patamar as relações entre a UFSC e a indústria em Santa Catarina. “A partir deste momento seremos parceiros no desenvolvimento de pesquisas em áreas estratégicas para o futuro do estado. As redes de Robótica e Biotecnologia são pioneiras, mas haverá outras redes sobre temas tão fundamentais quanto inteligência artificial, transição energética, newspace e manufatura avançada”, destaca.
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Formada por mais de 30 laboratórios, Rede de Biotecnologia da UFSC tem criação aprovada pela Propesq

05/12/2024 16:09

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (Propesq/UFSC) aprovou na última quinta-feira, 28 de novembro, a criação da Rede de Biotecnologia (Rede Biotech), formada por mais de 30 laboratórios e grupos de pesquisa dos campi de Florianópolis, Blumenau e Curitibanos da UFSC. A rede reúne competências com o objetivo de desenvolver projetos inter e multidisciplinares em biodiversidade e biotecnologia, promovendo a colaboração entre a academia, empresas e centros de pesquisa.

Coordenada pela professora Débora de Oliveira, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos (EQA), a Rede Biotech integra esforços de docentes, pesquisadores e parceiros estratégicos, como a Rede de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Bioeconomia (RCBio), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a fim de desenvolver produtos e processos biotecnológicos com impacto socioeconômico e ambiental direto em Santa Catarina.

De acordo com os responsáveis pela Rede da UFSC, a parceria viabiliza a consolidação de centros de excelência por meio do compartilhamento de infraestrutura avançada e do intercâmbio de conhecimento técnico e científico, além de representar um avanço estratégico no campo da biotecnologia. “A união das duas redes reforça o compromisso com a sustentabilidade e com a geração de valor por meio da inovação, contribuindo para transformar desafios em oportunidades para um futuro mais verde e tecnológico”, afirmam.

Além de potencializar a transferência de tecnologia e inovação, a colaboração entre UFSC e Senai contribui para a formação de profissionais qualificados e para o fortalecimento da competitividade industrial da região catarinense. Ao ampliar o impacto da biotecnologia na indústria, a parceria também desenvolve soluções que atendem a demandas locais e globais em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os pesquisadores ressaltam ainda que a  formalização de iniciativas como a Rede Biotech está em consonância com a Normativa nº 02/2023/CPESQ, que regula a associação de grupos de pesquisa da UFSC a estruturas de pesquisa externas. Para mais informações, acesse o Instagram, LinkedIn ou site da Rede Biotech.

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UFSC e JBS assinam acordo para desenvolvimento de pesquisas sobre proteína cultivada

20/11/2023 19:03

Protocolo de intenções prevê pesquisa na área de biotecnologia de alimentos. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a JBS Biotech Innovation Center assinaram nesta segunda-feira, 20 de novembro, um protocolo de intenções para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de biotecnologia de alimentos, em especial para a produção de proteína cultivada. O documento foi assinado pelo reitor, Irineu Manoel de Souza, e pelo CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, egresso do curso de Engenharia Mecânica da UFSC.

A proteína cultivada é basicamente um produto obtido através da multiplicação celular induzida a partir de uma pequena quantidade de células retiradas de um animal, sem necessidade de abate. As pesquisas têm o objetivo de chegar a um produto com textura e propriedades nutricionais semelhantes aos da proteína animal convencional.

Participaram da assinatura, realizada no gabinete da Reitoria, Gilberto Tomazoni, Luismar Porto, presidente do JBS Innovation Center e Fernanda Vieira Berti, vice-presidente do JBS Innovation Center e também egressa da pós-graduação da UFSC. Pela Universidade, além do reitor Irineu Manoel de Souza, o evento teve a presença do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick.

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Congresso Brasileiro de Biotecnologia Industrial recebe inscrições

10/11/2023 16:59

Estão abertas as inscrições para o 1º Congresso Brasileiro de Biotecnologia Industrial (I Cobbind), promovido pelo Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (EQA/UFSC) em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq). O evento ocorre de 25 a 28 de agosto de 2024 no centro de eventos do Costão do Santinho, em Florianópolis.

O Congresso reúne três dos mais importante eventos da área de biotecnologia no Brasil: o Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática (24º Sinaferm); o Seminário de Hidrólise Enzimática de Biomassas (15º Sheb); e o Seminário Brasileiro de Tecnologia Enzimática (15º Enzitec). As inscrições custam a partir de R$ 400 e podem ser realizadas por meio do formulário disponível no site oficial do evento.

O congresso irá abordar o uso da biotecnologia industrial como uma importante ferramenta multidisciplinar de desenvolvimento de tecnologias baseadas nos processos biomoleculares e celulares a fim de criar ou modificar produtos e resolver necessidades da sociedade. Envolvendo tecnologias enzimáticas, química sustentável, engenharia bioquímica e bioinovação, o Cobbind contempla seis áreas temáticas: Microbiologia industrial: prospecção e biologia molecular aplicada; Engenharia de Bioprocessos; Engenharia de Bioprodutos; Enzimologia Industrial; Biorrefinaria, Bioeconomia e Circularidade; Biotecnologia Ambiental.

Mais informações no site do 1º Congresso Brasileiro de Biotecnologia Industrial.

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Pesquisa da UFSC investiga como as bactérias da Antártida podem ajudar e entender mudanças climáticas

30/11/2021 09:30

Alanna e professor Rubens estudam material coletado na Antártida

Os milhares de microorganismos que habitam o mundo, a maior parte deles desconhecidos da ciência, também podem trazer respostas sobre um dos fatores mais preocupantes da modernidade: as mudanças climáticas. Uma série de pesquisas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob coordenação do professor Rubens Tadeu Delgado Duarte, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, investiga como bactérias da Antártida podem trazer respostas sobre o tema e também seu potencial em inovações da biotecnologia.

Uma dessas pesquisas vem sendo desenvolvida pela estudante de iniciação científica Alanna Maylle Cararo Luiz em seu trabalho de conclusão de curso e foi recentemente apresentada no evento da Sociedade Brasileira de Microbiologia. O estudo Estratégias de crescimento de microrganismos de solos de recuo de geleira da Antártica em termos de seleção r-k trabalha com material coletado em uma expedição pelo continente em 2017, parte do projeto Microsfera – A Vida microbiana na Criosfera Antártica: mudanças climáticas, e bioprospecção.

As pesquisas ocorrem no Laboratório de Ecologia Molecular e Extremófilos (LEMEx). O professor explica que a ecologia molecular é uma uma área da da biologia em que se utiliza moléculas para estudar a ecologia dos seres vivos, e os extremófilos são justamente aqueles organismos que conseguem sobreviver em condições extremas – tal como ocorre no ainda desconhecido continente mais frio do planeta. No LEMEx, a proposta é utilizar moléculas das bactérias para entendê-las e desvendar propriedades e funcionalidades desconhecidas. “Tem milhares, dezenas de milhares de espécies de bactérias e um único grama de solo. Então, uma colher de chá de solo tem milhões de indivíduos a serem estudados”, explica.

O continente antártico também é foco dos interesses porque o eixo central das pesquisas está ligado à ideia de compreender as mudanças climáticas. Cientistas do mundo todo investigam esse ponto do planeta por conta do derretimento das geleiras, que ocasiona aumento no nível das águas e produz um verdadeiro efeito cascata na biodiversidade. “Nós queremos utilizar o conhecimento sobre essas bactérias para determinar, por exemplo, se elas podem indicar uma mudança climática mais rápida ou uma mudança climática mais lenta, ou seja, a gente pode utilizá-las como uma forma de monitoramento de mudanças climáticas, como termômetros biológicos”.

Duarte explica que diferentes seres vivos podem indicar essas variações. Os pinguins, por exemplo, são muito utilizados pela ciência porque se aproveitam do derretimento dos solos para colonizarem o ambiente. Assim, o aumento das “pinguineiras” é uma amostra efetiva do aquecimento. O que ocorre é que este é um processo lento, que depende das características reprodutivas dos animais. As bactérias, ao contrário, podem trazer essas respostas de forma mais ágil e também mais efetiva.

Collins e Baranowski

As pesquisas da UFSC são realizadas a partir da coleta de solo e de gelo de duas geleiras na Antártida: a Collins e a Baranowski. Segundo o professor, isso ocorre porque, enquanto uma apresenta um processo de derretimento lento, a outra degela de forma muito rápida. “Os levantamentos indicam que a Baranowski recuou, em 43 anos, o que a Collins levou mais de mil anos para recuar”, comenta.

Com esse recuo, o solo volta a ficar exposto e as bactérias são despertadas. Esse processo fornece à ciência um gradiente espaço-temporal, já que se coletam amostragens logo em frente às geleiras, no solo que acabou de ficar exposto, e em regiões mais distantes, expostas há vinte, trinta ou quarenta anos. “Esse gradiente é importante porque é possível entender o que aconteceu com as populações de bactérias ao longo do tempo”, explica.

Ainda segundo o professor, é possível não só comparar o solo exposto mais e menos recentemente como comparar os solos de cada uma das geleiras – a de rápido e lento processo de degelo. “Quando comparamos a Collins com a Baranowski, por exemplo, podemos identificar quais microorganismos ocorrem no solo da geleira que derrete mais rápido. Essas bactérias podem servir como termômetro para nós”.

No caso da pesquisa de Alanna, a ideia é utilizar bactérias dessas amostras coletadas durante a expedição de 2017 para entender o papel do derretimento das geleiras na sucessão ecológica, o que contribui com o monitoramento dos efeitos das mudanças climáticas. Para ilustrar o que esse fenômeno representa, o professor utiliza um exemplo mais familiar para os brasileiros do que o derretimento das geleiras: as queimadas.

De acordo com Rubens, este processo impacta em toda a biodiversidade da região que está sendo investigada. “Vamos para uma floresta Mata Atlântica, aqui próximo a nós. Digamos que tenha uma queimada. Então, você tem a biodiversidade em volta, mas tem uma clareira sem planta nenhuma. Ao longo dos anos, a floresta vai ocupar aquele espaço novamente: novas sementes vão cair ali, animais vão começar a visitar. Ao longo do tempo, haverá um processo de sucessão ecológica”, explica. E existe um padrão para que isso ocorra: primeiro gramíneas, depois plantas arbustivas, pequenos arbustos, árvores de porte pequeno. Os animais também vão se guiando conforme esse padrão.

Na Antártida, o derretimento das geleiras também passa por esse processo, considerando, é claro, as particularidades da região. E é nesse ponto que a investigação da UFSC pode avançar: a geleira derreteu, o solo descongelou e ficou exposto ao oxigênio da atmosfera. Primeiro algumas bactérias começam a crescer, depois outras, sucessivamente. “As populações vão mudando”, reforça o professor. “Isso acontece com qualquer fator de impacto ambiental”. A sucessão ecológica vai refletir os processos de seleção natural de acordo com a disponibilidade de recursos e as estratégias de crescimento dos organismos.

Na pesquisa, o olhar do professor e da acadêmica está voltado para o crescimento dessas bactérias. Alguns desses microorganismos crescem rápido, levando em torno de 48 horas para a população ficar visível em meio à cultura. Já outros demoram muito mais tempo para crescer. Em solos mais jovens, ou seja, mais recentemente expostos ao fenômeno do degelo, é possível encontrar os organismos que crescem de forma mais acelerada. “Mas à medida que nos distanciamos da geleira, encontramos maior diversidade”, pontua. O fenômeno também é diferente na geleira Collins e na Baranowski.

Amostras de solo foram coletados a distâncias de 0, 50, 100, 200, 300 e 400 m à frente das duas geleiras da Antártica. A contagem de células viáveis ​​foi realizada em cada uma dessas amostras. As colônias foram contadas diariamente e classificadas de acordo com o seu tempo de crescimento – maior ou menor que 48 horas. A partir daí, o estudo envolveu compreender a estratégia de crescimento e a distância em que se encontravam da geleira.

O professor explica que, segundo modelos ecológicos, os organismos de crescimento rápido ocorrem logo no início da sucessão e são substituídos, com o passar do tempo, por organismos de crescimento mais lento. No caso dos solos da Antártica, se organismos de crescimento rápido forem encontrados longe da geleira, é um sinal de que um grande volume de gelo derreteu recentemente. A comparação desse fenômeno entre as duas geleiras, associada a dados climáticos da região, irá comprovar a hipótese do grupo de pesquisadores e poderá trazer uma nova ferramenta para estudos de mudanças climáticas em áreas polares.

Geralmente, estudos como estes requerem também o sequenciamento genético das bactérias selecionadas. Mas o custo alto do processo e os recursos cada vez mais escassos para o investimento em pesquisa podem impedir esse passo adiante.

Diversidade dos microrganismos sugere possíveis aplicações

Outra vertente que os materiais coletados na Antártida pela UFSC também pode originar é a investigação das possíveis aplicações biotecnológicas dos organismos presentes no solo e no gelo. Além da pesquisa de Alanna, pelo menos outros sete trabalhos do LEMEx utilizam as amostras do continente.

Segundo Rubens, um dos mecanismos de adaptação de microrganismos ao frio extremo é a produção de proteínas anticongelantes, ou seja, que interferem na formação do gelo e na sua recristalização. Isso confere resistência celular a baixas temperaturas e ao congelamento. “Uma aplicação possível é na saúde pública, nas vacinas de DNA”, explica. Espera-se que os resultados dos estudos demonstrem que as proteínas produzidas por bactérias da Antártida aumentem a estabilidade da vacina de adenovírus submetidas ao congelamento, o que poderia ser aplicável em produtos como os imunizantes do coronavírus.

Um dos estudos em execução nessa linha é o da doutoranda Joana Camila Lopes, que investiga a caracterização dessas proteínas buscando as aplicações biotecnológicas. A pesquisa ainda está em fase inicial, mas as expectativas são positivas, podendo também gerar propostas de aplicações na agricultura, como na proteção contra as geadas, por exemplo.

Todas essas pesquisas são realizadas com amostras coletadas em expedições científicas do Programa Antártico, cuja participação mais recente por parte do LEMEx ocorreu em 2017. As amostras de gelo e de solo ficam armazenadas no laboratório e servem a diferentes pesquisas, de diferentes níveis – da graduação ao doutorado. O material, preservado, também pode servir para estudos futuros.

Fotos e Texto: Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Estudos genéticos desenvolvidos na UFSC contribuem com a identificação de produtos tradicionais de SC

08/04/2021 09:28

Uma mesa com ostra e cachaça pode dizer mais sobre Santa Catarina do que se imagina, mais especificamente sobre as cidades de Florianópolis e Luiz Alves, no Vale do Itajaí, a cerca de 135 quilômetros da Capital. Comprovar que esses produtos têm suas peculiaridades e são diferentes do que se encontra no mercado é um dos objetivos de um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Sebrae – o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Com ferramentas da genética e da biotecnologia, os cientistas têm encontrado respostas que chamaram a atenção de outras regiões do país. A pesquisa é coordenada pelo professor Valdir Stefenon, do Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal.

O pontapé inicial do estudo envolve uma proposta do Sebrae de buscar entender por que a iguaria produzida em Luiz Alves é especial. “Os produtores locais diziam que a cachaça era diferente e que isso já vem acontecendo há cinco ou seis gerações, mas queriam provar que era isso mesmo”, conta. O segredo, na verdade, estava na caracterização biológico-molecular da levedura de fermentação de cachaça e aguardente utilizada pelos alambiques da cidade, conforme aponta o relatório das análises.

Fotos: Acervo do pesquisador

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Pós em Biotecnologia e Biociências realiza treinamento sobre atividades de acesso ao patrimônio genético

28/11/2018 09:42

OPrograma de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências  da UFSC, em conjunto com a Associação Brasileira de Cosmetologia ABC, irá realizar um treinamento sobre cadastramento/notificação das atividades de acesso ao patrimônio genético. O objetivo é discutir os principais aspectos da Lei 13.123/15, uma vez que desde o dia 6 de novembro aqueles que acessaram patrimônio genético devem estar regularizados perante ao CGEn – Conselho de Gestão do Patrimônio Genético.

O evento será no dia 30 de novembro, das 8h30 às 13h, na Sala Girassol do Centro de Cultura e Eventos da UFSC (3º piso). As inscrições custam R$ 60,00 (cartão de crédito ou depósito bancário) e podem ser feitas no site.

O público-alvo é composto de professores, pesquisadores e alunos da academia que trabalham com a fauna e a flora nativa do Brasil; profissionais da indústria de cosméticos das áreas de assuntos regulatórios, P&D e áreas afins, fornecedores de insumos e acadêmicos que desenvolvem pesquisas com matérias primas da biodiversidade brasileira.

Programa:

8h30 às 9h30 – Credenciamento e welcome coffee

9h30 às 10h30 – Contextualização e impactos da lei da biodiversidade no setor acadêmico Simone Fanan / ABC

10h30 às 13h00 – A lei na prática: etapas para atender o marco regulatório Luiz Marinello | ABC

Mais informações no site.

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Inscrições abertas para doutorado em Biotecnologia e Biociências

16/04/2015 10:02

A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências da UFSC abriu inscrições, até 15 de maio, para o processo de seleção e admissão ao doutorado.

O edital já está disponível e são necessárias duas carta de recomendação (preenchidas por professores universitários ou profissionais de nível superior que possam opinar sobre a aptidão do candidato para estudos avançados, sendo uma delas obrigatoriamente de membro do programa em que o candidato obteve o título de mestre).

Mais informações estão disponíveis em http://www.biotecnologia.ufsc.br/.

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Pesquisa sobre engenharia metabólica e evolutiva de leveduras conquista Prêmio Top Etanol

28/05/2012 12:15

Artigo publicado na revista Metabolic Engineering e assinado por pesquisadores da UFSC, Universidade de São Paulo (USP) e Delft University of Technology (Holanda) será reconhecido nesta quarta-feira, dia 30 de maio, com o 3º Prêmio TOP Etanol – Projeto Agora, na categoria Trabalhos Acadêmicos Publicados. A premiação será entregue em Brasília.

O trabalho (Engineering topology and kinetics of sucrose metabolism in Saccharomyces cerevisiae for improved ethanol yield), por alguns meses entre os mais acessados do periódico científico, foi inscrito no concurso por Thiago Olitta Basso. Formado em Farmácia Bioquímica pela Universidade de São Paulo, Basso desenvolveu seu doutorado em Biotecnologia na USP, sob orientação do professor Andreas K. Gombert, trabalhando em um projeto do professor Boris Ugarte Stambuk, do Departamento de Bioquímica da UFSC e orientador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da USP.

O projeto contou com a participação de alunos da USP e da Pós-Graduação em Bioquímica da UFSC, sob coordenação do professor Stambuk,  também orientador do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências da universidade catarinense.

Mais álcool combustível
A pesquisa possibilitou o desenvolvimento de leveduras mais eficientes para a fermentação da sacarose da cana de açúcar e melhoria da produção de etanol. O processo de modificação genética faz parte de um pedido de patente já depositado pela UFSC no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

As leveduras modificadas, testadas em condições laboratoriais controladas, possibilitaram a produção de 11% a mais do álcool combustível. O etanol é produzido a partir do açúcar presente no caldo e no melaço da cana, por meio da ação de fungos microscópicos, as leveduras, responsáveis pelo processo de fermentação.

Uma preocupação relacionada à produção de álcool para substituir os combustíveis fósseis é o avanço das áreas de cultivo da cana-de-açúcar, e qualquer incremento na produção de etanol sem implicar no aumento na área plantada é muito bem vista pelo setor.

Modificação genética
Stambuk explica que a modificação genética da levedura para melhor fermentação da sacarose faz parte do que atualmente a ciência chama de engenharia metabólica. Em testes iniciais, desenvolvidos na UFSC e USP, o estudo já havia resultado em 5 a 6% a mais de etanol usando as leveduras modificadas.

Na sequencia dos trabalhos, Thiago Basso, em colaboração com pesquisadores da Holanda, realizou experimentos de engenharia evolutiva visando melhorar ainda mais o processo. O professor explica que, simplificadamente, a engenharia evolutiva consiste em cultivar as leveduras em bioreatores extremamente controlados (equipamentos chamados de quemostatos), por inúmeras gerações, o que geralmente permite selecionar leveduras melhor adaptadas que tendem a dominar o fermentador.

Basso foi capaz de isolar uma levedura melhorada após aproximadamente 50 gerações. Ele estudou a fisiologia destes microorganismos e observou que um dos genes envolvidos na utilização da sacarose tinha sofrido uma duplicação, o que alterou a capacidade da célula de captar, processar e fermentar este açúcar.

Atualmente, graças a um auxílio financeiro da Finep, as leveduras modificadas estão sendo testadas pela Usina Cerradinho Açúcar e Álcool, de São Paulo. Os resultados obtidos com as leveduras industriais engenheradas têm sido promissores.

Mais informações:
– Thiago Olitta Basso / to.basso@gmail.com / (41) 9165-0867
– Boris Ugarte Stambuk / bstambuk@mbox1.ufsc.br / (48) 3721-6919

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais: Prêmio Top Etanol

– Tem como objetivo distinguir trabalhos e seus autores em temas relativos à agroenergia, bem como personalidades que tenham contribuído de forma acentuada para o setor.

– Nas modalidades de Jornalismo e Trabalhos Acadêmicos destaca matérias, estudos e pesquisas que abordem a importância da agroenergia e/ou a interação desta com questões relativas ao meio ambiente, sustentabilidade e proteção ambiental.

– De acordo com os organizadores, concorreram ao todo 110 trabalhos de jornalismo (impresso, televisivo, rádio, agências e internet); 143 fotografias; 87 trabalhos acadêmicos e nove projetos de inovação tecnológica sobre o tema “Agroenergia e Meio Ambiente.”

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