Pesquisa da UFSC resulta em método de controle do sal em restaurantes

16/02/2011 17:36

A redução do consumo de sal é um desafio mundial. No Brasil, o Plano Nacional para Redução do Consumo de Sódio está em construção. Estimativa baseada em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002-2003 indica um nível médio de consumo de sódio pelos brasileiros de 4,5 gramas por dia. Essa quantidade é mais do que o dobro da recomendação estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, que é de 2g de sódio ou 5g de sal por dia.

Esse consumo excessivo estimulou o estudo de um método de controle do sal e sódio na produção de refeições em restaurantes junto ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da UFSC. Desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Nutrição, o trabalho é resultado da dissertação de mestrado da nutricionista Cristina Barbosa Frantz, com orientação da professora Anete Araújo de Sousa.

“Além de contribuir com as discussões sobre as iniciativas mundiais de redução do consumo de sal e sódio, o método pode auxiliar gestores na produção de refeições nutricionalmente mais saudáveis”, destaca Cristina.

Ela lembra em sua dissertação que o crescimento da oferta de alimentos industrializados, ricos em gordura, açúcar e sal, de fácil acesso e baratos vem causando preocupação entre órgãos de saúde. Além disso, o crescimento do fenômeno da alimentação fora de casa e o preparo de refeições com elevado teor de sódio em restaurantes coletivos e comerciais, incluindo os fast-foods, têm contribuído com o consumo excessivo de sal e sódio.

Levando em conta estes fenômenos, o método que desenvolveu traz uma série de medidas para auxiliar na  identificação de pontos críticos em relação ao uso do sal e de ingredientes com médio e alto teor de sódio em restaurantes.

Diagnóstico e sugestões de melhoria

Estruturado em nove etapas, o modelo foi aplicado durante cinco semanas, de segunda-feira a sexta-feira, em um restaurante de Florianópolis. Foram avaliadas as preparações produzidas para o almoço. A metodologia leva a análises sobre o planejamento de cardápios, o teor de sódio nos produtos adquiridos para produção dos alimentos e nas preparações, a quantidade de sal nas preparações servidas e à identificação de pontos críticos em relação ao uso do sal no processo produtivo de refeições. A partir do diagnóstico, estimula a proposição de ações corretivas e recomendações.

Nas etapas de planejamento e análise do cardápio, por exemplo, Cristina verificou que mais de 40% das preparações tinham ingredientes com médio e alto teor de sódio. Nas etapas de pré-preparo e preparo, a aplicação do modelo permitiu a identificação de pontos críticos como ausência de fichas técnicas e receituários para as preparações do cardápio, dificultando a identificação e análise do teor de sódio.

Outro ponto observado nessas etapas foi a ausência de padronização do tipo de utensílio utilizado para adicionar sal aos alimentos. Para cada um dos problemas identificados o modelo propõe ações corretivas. Entre elas, reduzir gradativamente o número de preparações com ingredientes com médio/alto teor de sódio, buscando oferecer o maior número de preparações com ingredientes in natura. Além disso, elaborar e implantar fichas técnicas com informações sobre o teor de sódio para todos os pratos do cardápio.

Com base na constatação da oferta de preparações com médio e alto teor de sódio (acima de 100mg de sódio em 100g de preparação), a nutricionista recomenda que o restaurante realize ações para a redução e controle do uso de sal e sódio em todas as etapas do processo produtivo. “O método não determina quantidade de ingredientes e tipos de substitutos para o sal que devem ser utilizados para redução de sal e sódio em cada tipo de preparação. Mas recomenda que sejam feitos testes culinários para a reformulação gradual de fichas técnicas até atingir 200mg de sódio na porção”, explica a nutricionista.

Cristina lembra que na literatura há alternativas para reduzir o sal e o sódio sem prejudicar a qualidade sensorial dos alimentos. Entre elas, o uso de ervas aromáticas, especiarias, temperos ácidos (limão, vinagre), bulbos (cebola, alho) e sal de ervas.

Durante sua pesquisa bibliográfica na literatura cientifica a nutricionista não encontrou um método de controle do uso de sal e sódio no processo produtivo de refeições. Portanto, o instrumento que desenvolveu pode ser o primeiro a ser utilizado para esse fim.

A dissertação foi desenvolvida em colaboração com a equipe do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE-UFSC), onde outros sistemas de gestão da qualidade na produção de refeições foram desenvolvidos em busca de uma alimentação mais saudável. Entre eles, um método para avaliação da qualidade de bufês executivos; uma metodologia para avaliação da qualidade nutricional e sensorial de bufês de café da manhã e um sistema de controle de gordura trans no processo produtivo de refeições.

Mais informações:  cristinafrantz@gmail.com / (48) 3721-5138

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais

– No Brasil, a recomendação de ingestão de sal para a população é estabelecida no Guia Alimentar para a População Brasileira e está de acordo com a FAO/OMS de 2003, que indica menos de 5 gramas por dia. O Guia Brasileiro explica que a ingestão de sal maior do que 6g/dia é uma causa importante de hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e de câncer gástrico.

– A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a redução do sal nos alimentos processados e refeições seja gradual para que ocorra a desensibilização ao sabor muito salgado dos alimentos. Segundo o Guia Alimentar Brasileiro, o tempo médio de três meses consumindo alimentos com baixos teores de sal ajusta as células do paladar ao sabor menos intenso e sua preferência pode diminuir.

– Em 2004, a OMS lançou a Estratégia Global para Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde para a redução do consumo de sal, açúcar, gordura saturada e eliminação de ácidos graxos trans. Em 2006, realizou um encontro técnico para discutir especificamente o sal e estratégias para redução da ingestão em nível mundial. Os documentos prevêem que os restaurantes comerciais e coletivos estejam entre os parceiros para a execução destes preceitos.

O sal em nossa história

– O uso e a veneração do sal são quase tão antigos quanto a própria civilização. Estima-se que a adição de sal aos alimentos tenha iniciado há cerca de 5 e 10 mil anos, principalmente pela necessidade de conservação dos alimentos.

– As primeiras formas de exploração de sal parecem ter sido no período Neolítico e com o advento da agricultura.  Em função do baixo deslocamento dos povos resultante da sedentarização, a possibilidade de adquirir carne passou

a ser menor. Além disso, para assegurar alimentação no período de inverno era necessário estocar os alimentos. Assim, a descoberta de que soluções salinas concentradas poderiam conservar os alimentos foi essencial para garantir o sustento desses povos.

– Desde o século VIII, caravanas transportando sacos de sal cruzavam o deserto ligando os Impérios de Mali, Xangai e Gana ao mediterrâneo oriental. Os locais de produção e as estradas de sal eram protegidos por fortalezas.

– Em Chioggia (Veneza) surgiu a principal instalação de extração de sal da Idade Média que fez de Veneza uma referência no comércio desse ingrediente. Na época, era comum a cobrança de imposto sobre o sal. Assim, muito da riqueza de Veneza proveio da prática de exportação de sal para outras cidades.

Fonte: Dissertação: DESENVOLVIMENTO DE UM METODO DE CONTROLE DO USO DE SAL E SÓDIO NO PROCESSO PRODUTIVO DE REFEIÇÕES
Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC

Cristina Barbosa Frantz
Orientação: Anete Araújo de Sousa
Parceira: Rossana Pacheco da Costa Proença

Pesquisa da UFSC resulta em método de controle do sal em restaurantes

A redução do consumo de sal é um desafio mundial. No Brasil, o Plano Nacional para Redução do Consumo de Sódio está em construção. Estimativa baseada em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002-2003 indica um nível médio de consumo de sódio pelos brasileiros de 4,5 gramas por dia. Essa quantidade é mais do que o dobro da recomendação estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Guia Alimentar para a População Brasileira, que é de 2g de sódio ou 5g de sal por dia.

Esse consumo excessivo estimulou o estudo de um método de controle do sal e sódio na produção de refeições em restaurantes junto ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da UFSC. Desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Nutrição, o trabalho é resultado da dissertação de mestrado da nutricionista Cristina Barbosa Frantz, com orientação da professora Anete Araújo de Sousa.

“Além de contribuir com as discussões sobre as iniciativas mundiais de redução do consumo de sal e sódio, o método pode auxiliar gestores na produção de refeições nutricionalmente mais saudáveis”, destaca Cristina.


Ela lembra em sua dissertação que o crescimento da oferta de alimentos industrializados, ricos em gordura, açúcar e sal, de fácil acesso e baratos vem causando preocupação entre órgãos de saúde. Além disso, o crescimento do fenômeno da alimentação fora de casa e o preparo de refeições com elevado teor de sódio em restaurantes coletivos e comerciais, incluindo os fast-foods, têm contribuído com o consumo excessivo de sal e sódio.

Levando em conta estes fenômenos, o método que

desenvolveu traz uma série de medidas para auxiliar na identificação de pontos críticos em relação ao uso do sal e de ingredientes com médio e alto teor de sódio em restaurantes.

Diagnóstico e sugestões de melhoria

Estruturado em nove etapas, o modelo foi aplicado durante cinco semanas, de segunda-feira a sexta-feira, em um restaurante de Florianópolis. Foram avaliadas as preparações produzidas para o almoço. A metodologia leva a análises sobre o planejamento de cardápios, o teor de sódio nos produtos adquiridos para produção dos alimentos e nas preparações, a quantidade de sal nas preparações servidas e à identificação de pontos críticos em relação ao uso do sal no processo produtivo de refeições. A partir do diagnóstico, estimula a proposição de ações corretivas e recomendações.

Nas etapas de planejamento e análise do cardápio, por exemplo, Cristina verificou que mais de 40% das preparações tinham ingredientes com médio e alto teor de sódio. Nas etapas de pré-preparo e preparo, a aplicação do modelo permitiu a identificação de pontos críticos como ausência de fichas técnicas e receituários para as preparações do cardápio, dificultando a identificação e análise do teor de sódio.

Outro ponto observado nessas etapas foi a ausência de padronização do tipo de utensílio utilizado para adicionar sal aos alimentos. Para cada um dos problemas identificados o modelo propõe ações corretivas. Entre elas, reduzir gradativamente o número de preparações com ingredientes com médio/alto teor de sódio, buscando oferecer o maior número de preparações com ingredientes in natura. Além disso, elaborar e implantar fichas técnicas com informações sobre o teor de sódio para todos os pratos do cardápio.

Com base na constatação da oferta de preparações com médio e alto teor de sódio (acima de 100mg de sódio em 100g de preparação), a nutricionista recomenda que o restaurante realize ações para a redução e controle do uso de sal e sódio em todas as etapas do processo produtivo. “O método não determina quantidade de ingredientes e tipos de substitutos para o sal que devem ser utilizados para redução de sal e sódio em cada tipo de preparação. Mas recomenda que sejam feitos testes culinários para a reformulação gradual de fichas técnicas até atingir 200mg de sódio na porção”, explica a nutricionista.

Cristina lembra que na literatura há alternativas para reduzir o sal e o sódio sem prejudicar a qualidade sensorial dos alimentos. Entre elas, o uso de ervas aromáticas, especiarias, temperos ácidos (limão, vinagre), bulbos (cebola, alho) e sal de ervas.

Durante sua pesquisa bibliográfica na literatura cientifica a nutricionista não encontrou um método de controle do uso de sal e sódio no processo produtivo de refeições. Portanto, o instrumento que desenvolveu pode ser o primeiro a ser utilizado para esse fim.

A dissertação foi desenvolvida em colaboração com a equipe do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE-UFSC), onde outros sistemas de gestão da qualidade na produção de refeições foram desenvolvidos em busca de uma alimentação mais saudável. Entre eles, um método para avaliação da qualidade de bufês executivos; uma metodologia para avaliação da qualidade nutricional e sensorial de bufês de café da manhã e um sistema de controle de gordura trans no processo produtivo de refeições.

Mais informações: (48) 3721-5138 / (48) 9161-1345

Saiba Mais

– No Brasil, a recomendação de ingestão de sal para a população é estabelecida no Guia Alimentar para a População Brasileira e está de acordo com a FAO/OMS de 2003, que indica menos de 5 gramas por dia. O Guia Brasileiro explica que a ingestão de sal maior do que 6g/dia é uma causa importante de hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e de câncer gástrico.

– A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a redução do sal nos alimentos processados e refeições seja gradual para que ocorra a desensibilização ao sabor muito salgado dos alimentos. Segundo o Guia Alimentar Brasileiro, o tempo médio de três meses consumindo alimentos com baixos teores de sal ajusta as células do paladar ao sabor menos intenso e sua preferência pode diminuir.

– Em 2004, a OMS lançou a Estratégia Global para Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde para a redução do consumo de sal, açúcar, gordura saturada e eliminação de ácidos graxos trans. Em 2006, realizou um encontro técnico para discutir especificamente o sal e estratégias para redução da ingestão em nível mundial. Os documentos prevêem que os restaurantes comerciais e coletivos estejam entre os parceiros para a execução destes preceitos.

O sal em nossa história

– O uso e a veneração do sal são quase tão antigos quanto a própria civilização. Estima-se que a adição de sal aos alimentos tenha iniciado há cerca de 5 e 10 mil anos, principalmente pela necessidade de conservação dos alimentos.


– As primeiras formas de exploração de sal parecem ter sido no período Neolítico e com o advento da agricultura. Em função do baixo deslocamento dos povos resultante da sedentarização, a possibilidade de adquirir carne passou

a ser menor. Além disso, para assegurar alimentação no período de inverno era necessário estocar os alimentos. Assim, a descoberta de que soluções salinas concentradas poderiam conservar os alimentos foi essencial para garantir o sustento desses povos.

– Desde o século VIII, caravanas transportando sacos de sal cruzavam o deserto ligando os Impérios de Mali, Xangai e Gana ao mediterrâneo oriental. Os locais de produção e as estradas de sal eram protegidos por fortalezas

– Em Chioggia (Veneza) surgiu a principal instalação de extração de sal da Idade Média que fez de Veneza uma referência no comércio desse ingrediente. Na época, era comum a cobrança de imposto sobre o sal. Assim, muito da riqueza de Veneza proveio da prática de exportação de sal para outras cidades.

Fonte: Dissertação: DESENVOLVIMENTO DE UM METODO DE CONTROLE DO USO DE SAL E SÓDIO NO PROCESSO PRODUTIVO DE REFEIÇÕES
Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC

Cristina Barbosa Frantz
Orientação: Anete Araújo de Sousa
Parceira: Rossana Pacheco da Costa Proença

Tags: pós-graduação em nutriçãosal

Governo libera contratação em federais

16/02/2011 15:54

O governo federal poderá preencher vagas em novas universidades e escolas técnicas sem a necessidade de promover concursos públicos para a contratação de professores efetivos. Medida provisória editada pela presidente Dilma Rousseff coloca a expansão das instituições de ensino federais, uma das principais promessas da presidente, na categoria de “excepcional interesse público”.
(mais…)

Tags: contrataçãogoverno federalProfessores

Desligamento da Central Telefônica

16/02/2011 13:53

A SeTIC (Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação) comunica que haverá desligamento da central telefônica principal da UFSC no dia 16/02/2011 entre 19:00 e 23:00 horas para execução de procedimentos de atualização de software. Neste período os ramais conectados diretamente a esta central ficarão indisponíveis. Informações pelo fone 3721-6331.

Tags: central telefônicadesligamentoUFSC

Reitor da UFSC conhece sustentabilidade da Dígitro

15/02/2011 13:29

O reitor Alvaro Toubes Prata, da UFSC, reuniu-se recentemente com o presidente da Dígitro, Geraldo Augusto Xavier Faraco, e com o professor Rui Seara, responsável pelo Laboratório de Circuitos e Processamento de Sinais (LINSE). Durante a visita, Prata conheceu as instalações sustentáveis da empresa e conversou com Faraco sobre a longa parceria existente entre a empresa e a instituição de ensino.

Desde 1996, a Dígitro mantém convênios com laboratórios da UFSC para o desenvolvimento de produtos na área de telecomunicações e informática, notadamente com o LINSE, que está vinculado ao Departamento de Engenharia Elétrica da instituição. Entre as tecnologias desenvolvidas, destaca-se a produção de sistemas para conversão texto-fala e síntese de voz. Nos últimos 7 anos a Dígitro repassou quase R$ 5 milhões em recursos àquela unidade de ensino.

A UFSC está presente em toda história da Dígitro, principalmente na formação de profissionais. Além de os sócios fundadores terem se graduado na instituição, ela é
responsável também pela formação de grande parte dos colaboradores da Dígitro – mais de 25% das pessoas que trabalharam e/ou trabalham na empresa são egressos da UFSC-, além de propiciar oportunidade de estágio para um volume expressivo de alunos dos mais variados cursos.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Dígitro

Tags: Dígitroreitor da UFSCvisita

Curso Superior de Magistério indígena abre Universidade para todos

14/02/2011 20:43

Eles vieram de territórios localizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Espírito Santo atrás do antigo sonho de cursar uma faculdade específica para professores indígenas. Alguns casais deixaram os filhos com parentes nas aldeias e trouxeram os menores de colo para a sala de aula. Várias alunas ainda estão amamentando. O primeiro dia de aula mostrou que os 120 alunos Guarani, Kaingáng e Xokleng aprovados no Vestibular do Curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, iniciado na tarde de segunda, 14, na Universidade Federal de Santa Catarina, estão dispostos a enfrentar todas as dificuldades para completar sua formação como professores e ajudar seus povos na luta pelas condições de sobrevivência e pela defesa da sua cultura.

“Por meio da educação vamos superar o paternalismo dos órgãos indigenistas para conquistar nossa autonomia e defender nossa cultura”, sentenciou Getúlio Tójfa, coordenador pedagógico da Escola Cacique Vanhkre, em Ipuaçu, ao discursar em nome dos Cainkáng na cerimônia de recepção dos calouros e abertura do curso no auditório do Centro de Filosofias Humanas. O auditório lotado e multicolorido com a presença das lideranças das três etnias, dos representantes da rede de departamentos que integram o curso e das diversas entidades ligadas à promoção do índio fez dessa conquista pedagógica um momento de comemoração e também um ato político na defesa de uma educação inclusiva. Sobre a importância de realizar a primeira graduação específica em licenciatura indígena direcionada para professores das três etnias dos territórios do Sul e Sudeste do País, o reitor Álvaro Prata pontuou: “a UFSC assume sua condição de universidade dessa grande nação brasileira, que é não é somente dos brancos, mas sobretudo dos nativos”.

Com duração de quatro anos, o curso superior contempla alunos de Santa Catarina e de outros estados do sul e sudeste que não dispõem desse tipo de formação. Seguindo o método da pedagogia da alternância, que prevê o aprendizado teórico em sala e períodos de aplicação prática nas escolas das aldeias, os alunos-professores devem permanecer em torno de duas semanas hospedados em um hotel em Florianópolis e depois retornam aos seus territórios para reiniciar as aulas dois meses depois. O tempo de estudo na comunidade prevê pesquisas orientadas, estágios, projetos de intervenção comunitária nas escolas das aldeias.  Como conquista da luta das comunidades indígenas, de professores e pesquisadores da área, a graduação foi concebida pela Comissão Interinstitucional de Educação Superior Indígena (CIESI) em conjunto com representantes indígenas, a partir de projeto aprovado pelo Programa de Licenciatura Indígena do Ministério da Educação, explica a coordenadora do curso Ana Lúcia Vulfe Nötzold, do Departamento de História. O Prolind financia hospedagem e alimentação para docentes especialistas nas temáticas.

São 120 alunos aprovados no Vestibular, 40 de cada etnia. A maioria já atua em escolas de aldeias, mas há jovens indígenas recém-egressos do ensino médio e lideranças comunitárias e também índios formados em faculdades não específicas, de português e história, principalmente. É o caso de Keli, formada em Letras-Português pela Unasselvi, que veio com o marido Eduardo Tuquê e trouxe dois dos quatro filhos, um de quatro e outro de dois. Com dificuldades de se concentrar na aula e dar atenção aos filhos, eles pretendem conseguir alguém para levar as crianças de volta à aldeia Xokleng, em Ibirama, mas não querem desistir: “A gente precisa desse conhecimento na nossa língua específica para ajudar a fortalecer nossa cultura nas aldeias”, diz Keli. A índia Eunice Antunes, professora da Escola Itaty, do Morro dos Cavalos, que também discursou em nome do povo Guarani, ainda não acredita que a luta pela graduação se concretizou: “Parece que estou sonhando acordada! E todas as entidades e nós alunos demos o máximo para estar aqui. Não é um privilégio, é uma conquista!”

Com habilitação geral em Licenciatura da Infância e ênfase no ensino fundamental comum a todos, a formação desses alunos-professores será voltada para o eixo norteador Territórios Indígenas: Questão Fundiária e Ambiental no Bioma Mata Atlântica. A coordenadora Ana Lúcia lembra que a questão territorial está ligada ao direito do indígena de existência enquanto povo. “Quando se fala em acesso à cidadania, um dos direitos fundamentais é o de poder existir, que está ligado à questão da identidade e do território tão prementes hoje para esses povos”, enfatiza.  Até o quinto período, os acadêmicos estarão separados por etnia, cursando disciplinas específicas. Na sequência, optarão por uma das três terminalidades, que são: Licenciatura das Linguagens, com ênfase em Línguas Indígenas; Licenciatura em Humanidades, com ênfase em Direitos Indígenas e Licenciatura do Conhecimento Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental.

Os parceiros na UFSC incluem os departamentos de Antropologia (que vai ministrar disciplina de mitologia indígena), de Metodologia de Ensino, de Direito, de Engenharia Sanitária e Ambiental, entre outros, além do Museu Universitário, ligado à Secretaria de Cultura e Arte, que atuará com professores e infra-estrutura para atividades pedagógicas, científicas e culturais, conforme Maria Dorothea Darella, pesquisadora do Laboratório de Etnologia Indígena. Como parceiros externos, a Secretaria da Educação firmou um termo de cooperação para dar apoio pedagógico aos alunos que são também professores da educação indígena das rede pública estadual e flexibilizar o seu horário nas aldeias. A Funai financiar o deslocamento dos índios dos seus territórios para Florianópolis. Entidades como a Capi (Comissão de Apoio aos Povos Indígenas), CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e Comin (Conselho de Missão entre Índios) participaram de todas as decisões de modo a preservar as especificidades e interesses das etnias.

Em Santa Catarina, 9.200 pessoas integram a população indígena, 2.812 pertencentes à faixa etária escolar entre um a 14 anos. Oferecendo formação superior pública e gratuita, o projeto cumpre a Lei de Diretrizes e Bases de 96, que determina a graduação dos professores de escolas indígenas. Em todo sul e sudeste do Brasil, somente a Unochapecó oferece um curso específico para Kaingángs e atendendo apenas professores de Santa Catarina.

Por Raquel Wandelli/ Jornalista na SeCArte

Fotos: Cláudia Schaun Reis/Jornalista na Agecom

Tags: Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica

UFSC oferece encontros gratuitos para pacientes com redução de estômago

14/02/2011 18:09

O Grupo Interdisciplinar de Acompanhamento a Pacientes com Redução de Estômago (GIAPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem como objetivo reunir pessoas que fizeram a cirurgia bariátrica para compartilhar experiências relacionadas a esse novo momento de suas vidas.

Formado por diferentes profissionais da saúde, o GIAPRE promove reuniões sempre na última quinta-feira de cada mês, das 13h30 às 15h, na Área B do Hospital Universitário (HU), na Sala do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa, Ensino e Assistência Gerontogeriátrica (NIPEG). A participação é gratuita e não requer agendamento prévio. O próximo encontro será realizado no dia 24 de fevereiro.

Outras informações pelo e-mail mgfknutri@yahoo.com.br.

Tags: cirurgia bariátricaencontros gratuitosGIAPREHUredução de estômago

Concurso Residência Médica – Medicina Intensiva e Pneumologia

14/02/2011 17:33

Estão abertas as inscrições para o Concurso para Residência Médica nas Especialidades de Medicina Intensiva e Pneumologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC).

As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de fevereiro, das 8h às 12h, na Coordenadoria da Residência Médica, 3º andar do Hospital Universitário.

Clique aqui para ter acesso ao Edital e a Ficha de Inscrição. Outras informações pelo telefone (48) 3721-8059.

Tags: concursoHUresidência médica

Na Mídia: Rali de barcos movidos a energia solar é realizado pela primeira vez em Florianópolis

14/02/2011 16:22

Desafio Solar Brasil é uma oportunidade de testar projetos de universidades brasileiras

Roberta Kremer | roberta.kremer@diario.com.br

Começou neste domingo, em Florianópolis, o Desafio Solar Brasil. O campeonato de barcos elétricos abastecidos com energia solar vai até o próximo sábado, no Lagoa Iate Clube (LIC), na Capital. O evento é uma oportunidade de testar projetos de universidades brasileiras que pesquisam a tecnologia para que, no futuro, possamos ter embarcações não poluentes para uso comercial.

Participam das provas barcos dos Departamentos de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) —campus Florianópolis — e de Engenharia da Mobilidade — Joinville —, além de outros 10 montados por instituições do Rio de Janeiro.

A competição será realizada em sete dias. No domingo foi a vez de inspecionar os barcos e apresentar os projetos. Nesta segunda-feira começa o rali, com provas de até 36 quilômetros, além de contornos de boias nas águas da Lagoa da Conceição, Canto e Costa da Lagoa.

Inspirado no Frisian Solar Challenge – competição realizada a cada dois anos na Holanda, a versão brasileira foi criada pelo Pólo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que organizou o evento em 2009, em Paraty. São duas categorias: monocascos e catamarãs (embarcações com dois cascos). Das equipes, a que somar o melhor tempo final é a vencedora. A disputa é uma forma de fazer os universitários buscarem a superação nos projetos para beneficiar o meio ambiente.

Como a equipe Vento Sul, da UFSC, ganhou o troféu pela primeira colocação com seu catamarã em 2009 e 2010, Florianópolis foi escolhida para sediar a primeira etapa da competição deste ano. Haverá ainda mais duas fases da prova até o fim do ano, no Rio de Janeiro, mas os locais e datas ainda não foram confirmados. Não há premiação em dinheiro.

— Barco solar é o futuro. A manutenção é baixa, a energia é de graça e não polui — explica o coordenador do desafio na Região Sul, Tassio Simioni.

Desafio Solar Brasil
Como funciona o barco
O barco de seis metros de comprimento por 2,3 metros de largura conta com seis placas de silício, responsáveis por captar a energia solar — que é transformada em elétrica — e carregar as baterias. Quando está na água, também faz o motor elétrico, que é ligado à hélice, trabalhar e movimentar o barco. Para potencializar a velocidade da embarcação, os cascos são feitos de materiais leves, como fibra de vidro. O modelo chega a uma velocidade de 15 quilômetros por hora.
O que é energia solar
A luz do sol é uma energia com diversas utilizações. No caso das plantas, é aproveitada para o processo de fotossíntese. Com uso de equipamentos de captação, é possível transformar essa força em outros tipos de energia, como a elétrica e de calor — normalmente usada para aquecimento de água. A vantagem da energia solar é ser uma fonte limpa e renovável. A principal desvantagem é o alto custo do aparato tecnológico para captação.
Tecnologia na Lagoa do Peri
O Laboratório de Energia Solar (Labsolar) da UFSC está desenvolvendo um barco com capacidade para cinco pessoas para ser utilizado pelo Instituto Ekko Brasil, que monitora as lontras da Lagoa do Peri. Como trata-se de uma área de proteção permanente (APP), é proibido o uso de embarcações movidas a combustível. O projeto vai facilitar o trabalho dos pesquisadores, que hoje utilizam canoas para percorrer os 5,2 quilômetros quadrados da lagoa. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) liberou uma verba de R$ 100 mil para o projeto.
Falta investimento
O maior trabalho dos estudantes não é montar a “engenhoca”, mas conseguir investimento. A equipe Babitonga, do Departamento da Mobilidade da UFSC de Joinville trabalhou mais de 12 horas por dia no último mês para aprontar o barco. Isso porque não foi fácil conseguir recursos — que só vieram por meio da iniciativa privada. Os painéis solares e os cascos foram fornecidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promotora do evento. Ferramentas e peças foram doados por empresas.

— Trabalhamos dia e noite para deixar pronto —  lembrou o estudante Rafael Batista, 23 anos. Nas próximas etapas do Desafio Solar Brasil, outras duas instituições catarinenses devem participar; a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

Tags: barco solarDesafio Solar Brasil

Estudantes têm hábitos alimentares e de assitir à TV analisados em estudo

14/02/2011 15:38

Será defendida na UFSC nesta terça-feira, 15 de fevereiro, uma dissertação que avaliou a informação alimentar e nutricional da gordura trans em rótulos de produtos alimentícios comercializados em um supermercado de Florianópolis. O trabalho de Bruna Maria Silveira foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, com orientação da professora Rossana Proença.

No dia 9 de fevereiro foi apresentado trabalho sobre incidência e fatores associados ao sobrepeso/obesidade em crianças assistidas por unidades de educação infantil de Florianópolis.  Esta semana, na sexta-feira, defesa de outra dissertação importante: Hábitos alimentares, comportamento consumidor e hábito de assistir à televisão de estudantes de Florianópolis. Só no início do ano serão defendidas junto ao programa 14 dissertações. A Pós-Graduação em Nutrição funciona no Centro de Ciências da Saúde da UFSC.

Mais informações: Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Nutrição-UFSC / (48) 3721-5138

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Dissertações com defesas agendadas para fevereiro e março de 2010:

– Hábitos alimentares, comportamento consumidor e hábito de assistir à televisão de estudantes de Florianópolis

– Informação alimentar e nutricional da gordura trans em rótulos de produtos alimentícios comercializados em um supermercado de Florianópolis

– Controle do sal/sódio no processo produtivo de refeições

– Estratégias de gestão da qualidade dos vegetais e frutas fornecidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos para a Alimentação Escolar

– Incidência e fatores associados ao sobrepeso/obesidade em crianças assistidas por unidades de educação infantil de Florianópolis

– Marcadores de estresse oxidativo em crianças e adolescentes em fibrose cística

– Efeito da quimioterapia sobre o peso corporal e o estresse oxidativo em mulheres com câncer de mama

– Avaliação do estado nutricional: comparação entre métodos de rastreamento nutricional e de composição corporal

– Qualidade nutricional, sensorial, regulamentar e sustentabilidade no abastecimento de carne bovina em unidades produtoras de refeições

– Efeito da suplementação de óleo de peixe nos marcadores da resposta inflamatória e do estado nutricional em indivíduos adultos com câncer colo-retal

– Estado nutricional, indicadores sociodemográficos, comportamentais e de escolha alimentar de comensais em restaurante de bufê por peso

– Associação entre variáveis sociodemográficas, dietéticas, estado nutricional dos pais e sobrepeso / obesidade em escolares de 7 a 14 anos de Florianópolis

– Efeito da erva-mate (ilex paraguariensis) na modulação gênica e na atividade da enzima paroxonase: estudos in vitro e in vivo

– Dieta hipossódica: modificações culinárias em preparações e a aceitação por indivíduos hospitalizados

Tags: pós-graduação em nutrição

Matrículas para cursos extracurriculares de línguas iniciam em março

14/02/2011 14:37

As matrículas para os cursos serão efetuadas exclusivamente pela internet e por ordem de acesso. Vagas limitadas. As matrículas para alunos antigos que realizaram os cursos extracurriculares de línguas estrangeiras oferecidos pela UFSC em 2010.1 ou 2010.2 (exceto nível 1) serão feitas nos dias 14 e 15 de março, no bloco B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

As inscrições para os testes de nivelamento dos alunos novos (somente para quem não quer entrar no nível 1) serão realizadas no dia 14 de março através do site www.cce.ufsc.br/extra, das 8h às 17h. As vagas são limitadas.

Pessoas que não tiverem acesso à internet devem procurar a sala de suporte do Departamento de Língua e Literaturas Estrangeiras (DLLE) nesse mesmo dia e horário. As datas de realização dos testes de nivelamento estão disponíveis abaixo ou no endereço http://www.cce.ufsc.br/extra.

MATRÍCULA 2011.1

Informações relativas às matrículas para alunos antigos, que cursaram o extra em 2010.1 ou 2010.2:

14/3 (2ª feira) – Matrícula de inglês para alunos antigos das 14h às 20h (exceto nível 1)

15/3 (3ª feira) – Matrícula de outros idiomas para alunos antigos das 8h às 14h (exceto nível 1)

15/3 (3ª feira) – Continuação da matrícula para os alunos antigos das 14h às 20h (exceto nível 1)

Matrículas para alunos novos:

Testes de Nivelamento (somente para quem não quer entrar no nível 1)

14/3 (2ª feira) – Inscrição para os testes, acessando o site www.cce.ufsc.br/extra das 8h às 17h (vagas limitadas)

Obs.: As pessoas que não tiverem acesso à internet devem procurar a sala de suporte do DLLE nesse mesmo dia e horário.

14/3 (2ª feira) – Nivelamento para inglês níveis de 2 a 8 (18h30min)

14/3 (2ª feira) – Nivelamento para inglês níveis de 2 a 8 (20h)

15/3 (3ª feira) – Nivelamento para inglês níveis de 2 a 8 (12h)

15/3 (3ª feira) – Nivelamento para inglês níveis de 2 a 8 (16h30min)

15/3 (3ª feira) – Nivelamento para TOEFL, Inglês Avançado, Leitura e Conversação em nível Avançado (18h30min)

15/3 (3ª feira) – Nivelamento para Alemão, Espanhol, Francês, Italiano (18h30min)

15/3 (3ª feira) – Nivelamento para inglês níveis de 2 a 8 (20h)

16/3 (4ª feira) – Nivelamento para inglês níveis de 2 a 8 (10h)

17/3 (5ª feira) – Resultados dos testes de nivelamento estarão disponíveis na internet (www.cce.ufsc.br/extra) a partir das 16h.

Matrícula para alunos novos:

18/3 (6ª feira) – Matrícula nível 1 de inglês das 8h às 14h

18/3 (6ª feira) – Matrícula nível 1 de outros idiomas das 14h às 20h

21/3 (2ª feira) – Matrícula para os alunos classificados no teste de nivelamento de inglês (exceto nível 1) das 8h às 14h

21/3 (2ª feira) – Matrícula para os alunos classificados no teste de nivelamento de outros idiomas (exceto nível 1) das 14h às 20h

Obs.: As matrículas para os cursos serão efetuadas exclusivamente pela internet e por ordem de acesso. Vagas limitadas.

Português para Estrangeiros:

As inscrições serão feitas no DLLE, CCE, bloco B, 1º andar.

Matrícula Presencial:

14/3 a 16/3 (de 2ª a 4ª feira) – Matrícula e inscrição para nivelamento das 8h às 18h

16/3 (4ª feira) – Teste de nivelamento (14h)

18/3 (6ª feira) – Matrícula para os alunos classificados no teste de Português

Valor total do curso:

– Estudante universitário e estudante do Colégio de Aplicação: R$ 275 (munido de comprovante)

– Professor e servidor da UFSC: R$ 275 (munido de comprovante)

– Servidor público de outras instituições: R$ 340 (munido de comprovante)

– Comunidade: R$470

TOEFL: (Curso Preparatório)

– Estudante universitário e estudante do Colégio de Aplicação: R$ 360 (munido de comprovante)

– Professor e servidor da UFSC: R$ 360 (munido de comprovante)

– Servidor Público de outras instituições: R$ 450 (munido de comprovante)

– Comunidade: R$ 625

Outras informações pelos telefones (48) 3721-9288 e 3721-6607 ou e-mail llesec@cce.ufsc.br.

Tags: cursos extracurricularesDLLEmatrícula 2011

UFSC recepciona calouros da primeira graduação específica para professores indígenas

11/02/2011 13:00

Seminário para aprofundamento do projeto do curso encaminhado para o MEC. Morro das Pedras, junho de 2009. Fotos: Jeniffer Silva.

Os 120 calouros das etnias Guarani, Kaingang e Xokleng aprovados para a primeira turma do Curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica serão recepcionados na segunda-feira, 14 de fevereiro, às 14 horas, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. Eles vão integrar a primeira graduação em licenciatura para professores de educação indígena do Sul e Sudeste do País. Uma cerimônia na presença do reitor Alvaro Prata, representantes da Procuradoria da República que trata da questão indígena e ambiental, coordenadores regionais da Funai, Secretaria de Estado da Educação, entre outras instituições parceiras devem marcar a importância dessa conquista para a autonomia dos povos indígenas e para o fortalecimento da sua educação e cultura.

O sonho de uma formação superior específica para o magistério nas aldeias vinha sendo concretizado desde 2007, quando a UFSC constituiu a Comissão Interinstitucional para Educação Superior Indígena, integrada pelas organizações representantes desses povos e por uma rede de entidades parceiras que se encarregou da sua implantação. Com duração de quatro anos, o curso contempla alunos de Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, que não dispõem desse tipo de formação. A graduação baseia-se no método da pedagogia da alternância, que prevê o aprendizado teórico em sala e períodos de aplicação prática nas escolas das aldeias.

No mesmo dia em que as aulas iniciam, os indígenas aprovados no Vestibular, 40 de cada etnia, devem confirmar sua inscrição, efetuando a matricula no Departamento de História do CFH. Devem apresentar comprovante de conclusão do segundo grau e declaração de pertencimento a uma comunidade indígena assinada pelo cacique e pelo aluno, cujo modelo se encontra na página do curso: licenciaturaindigena.ufsc.br. Para que o curso fosse aproveitado em sua capacidade máxima, a UFSC realizou a segunda e a terceira chamada e todas as vagas foram preenchidas. A maioria já atua em escolas de aldeias, mas há também jovens indígenas recém-egressos do ensino médio e lideranças comunitárias.

Com carga horária total de 3.348 horas, a formação desses alunos-professores será voltada para o eixo norteador Territórios Indígenas: Questão Fundiária e Ambiental no Bioma Mata Atlântica. Até o quinto período, os acadêmicos estarão separados por etnia, cursando disciplinas específicas para sua cultura. Nos últimos dois anos, eles se habilitarão em uma das quatro terminalidades, que são: Licenciatura da Infância, com ênfase no ensino fundamental; Licenciatura das Linguagens, com ênfase em Línguas Indígenas; Licenciatura em Humanidades, com ênfase em Direitos Indígenas e Licenciatura do Conhecimento Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental. O tempo de estudo será alternado entre o tempo na universidade, com aulas na UFSC, Museu Universitário e outros locais em Florianópolis, nos meses de fevereiro e maio, e o tempo na comunidade, quando serão realizados estudos orientados, estágios, projetos de pesquisa e de intervenção comunitária nas escolas das aldeias de origem dos graduandos.

Antiga reivindicação das comunidades indígenas, de professores e pesquisadores da área, o Curso foi implantado a partir de um projeto do Departamento de História aprovado pelo Programa de licenciatura Indígena do Ministério da Educação, explica a coordenadora Ana Lúcia Vulfe Nötzold. O Pró-lind financia, entre outras coisas, hospedagem e alimentação para os alunos. Os parceiros da UFSC incluem os Cursos de Antropologia (que vai ministrar disciplina de mitologia indígena) e de Engenharia Ambiental, além do Museu Universitário, ligado à Secretaria de Cultura e Arte, que cederá professores e infra-estrutura para atividades pedagógicas, científicas e culturais, conforme Maria Dorothea Darella, pesquisadora do Laboratório de Etnologia Indígena. Como parceiros externos estão a Secretaria da Educação, que flexibilizou o horário dos professores da rede pública e a Funai, que financia o deslocamento dos índios das aldeias para Florianópolis. Entidades como a Capi (Comissão de Apoio aos Povos Indígenas), CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e Conin (Conselho de Povos Indígenas) participaram de todas as decisões de modo a preservar as especificidades e interesses das etnias.

Em Santa Catarina, 9.200 pessoas integram a população indígena, 2.812 pertencentes à faixa etária escolar entre um a 14 anos. Oferecendo formação superior pública e gratuita, o projeto cumpre a Lei de Diretrizes e Bases de 96, que determina a graduação dos professores de escolas indígenas. Em todo sul e sudeste do Brasil, somente a Unochapecó oferece um curso específico para Kaingangs e atendendo apenas professores de Santa Catarina. Sobre o eixo norteador, a coordenadora lembra que a questão territorial está ligada ao direito do indígena de existência enquanto povo. “Quando se fala em acesso à cidadania, um dos direitos fundamentais é o de poder existir, que está ligado à questão da identidade e do território tão prementes hoje para esses povos”, enfatiza.

Mais informações sobre o curso pelos fones 3721-4879 e 9122-8451, com Ana Lúcia Vulfe Nötzold; ou com Dorothea Post Darella, fones 3721-6472, 3721-9793 ou 9161-8201.

Por Raquel Wandelli / assessora de comunicação da SeCArte/UFSC / raquelwandelli@yahoo.com.br / 99110524 e 37219459

Contatos Curso Licenciatura Indígena:

Ana Lúcia Vulfe Nötzold – professora do departamento de História – 37214879 (ciesi) e 37219642 (labin) coordenadora da primeira etapa concentrada do Curso

Maria Dorothea Post Darella

Laboratório de Etnologia Indígena – Museu Universitário – Secretaria de Cultura e Arte/UFSC – 48 – 3721-6472 / 3721-9793 / 3721-9325

Tags: Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica

Núcleo de Estudos da Terceira da UFSC divulga cronograma de matrículas

11/02/2011 12:15

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC inicia matrículas para uma série de atividades oferecidas a pessoas com mais de 50 anos. Entre elas, o Curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica (para formação de multiplicadores da ação gerontológica na comunidade), Cinedebate em Gerontologia, Contadores de História, Espanhol 1, Curso de alemão para iniciantes e Oficina de informática. Veja abaixo cronograma de reuniões e matrículas para as atividades do NETI.

Matrículas e reuniões para as atividades do NETI

As reuniões no NETI para ingresso nas atividades são as seguintes:

– Curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica – reunião dia 22 de fevereiro, às 14 horas. As aulas serão às terças e quintas-feiras, das 14 às 16 horas.

– Cinedebate em Gerontologia – reunião dia 23 de fevereiro, às 9 horas. As aulas serão às quartas-feiras, das 9 às 12 horas, no NETI.

– Contadores de História – reunião dia 21 de fevereiro, às 14 horas. As aulas serão às segundas-feiras, das 14 às 16 horas, no CSE.

– Espanhol 1 – reunião dia 24 de fevereiro, às 14:30 horas. As aulas serão às segundas-feiras, das 14:30 às 16 horas.

– Os Avós na Universidade – reunião dia 23 de fevereiro. As aulas serão às quartas-feiras, das 14 às 16 horas, no CSE.

– Conversação em Espanhol – reunião dia 24 de fevereiro, às 16 horas.

As seguintes atividades não terão reunião e as matrículas serão de 14 de fevereiro a 4 de março:

– Esperanto – as aulas serão às segundas-feiras, das 14 às 16 horas, no CSE.

– Grupo de Encontro – haverá duas turmas, uma às quartas-feiras das 9 às 11 horas, no NETI; outra às quintas-feiras das 14 às 16 horas, no NETI.

– Oficina de Autoconhecimento – os encontros serão às sextas-feiras das 8 às 10 horas, no NETI.

– Curso de alemão para iniciantes – as aulas serão às segundas-feiras, das 8 às 11h30min.

– Oficina de informática – O NETI oferecerá três turmas para iniciantes em informática maiores de sessenta anos. O sorteio de vagas, entrevista e matrícula dos novos alunos será no dia 21 de fevereiro, às 14h30min, no NETI. As aulas serão no período vespertino.

Saiba Mais

Curso de Formação de Monitores da Ação Gerontológica

É uma proposta de educação permanente, com enfoque na educação gerontológica, aberta a pessoas de mais de 50 anos de idade. Sua orientação pedagógica propicia aos alunos crescimento pessoal e social ofertando condições de aquisição, aperfeiçoamento, atualização em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes para que se sintam capacitados como multiplicadores da ação gerontológica na comunidade de sua convivência.

O curso tem a duração de três anos (seis fases) com currículo formado por 12 disciplinas: Filosofia; Psicologia; Sociologia aplicada à Gerontologia; Noções de Direito; Noções de Gerontologia; Ação Comunitária; Dinâmica de grupo (I e II); Noções de Saúde; Antropologia; Metodologia de Ação Gerontológica incluindo estágio (I e II).

Mais informações: www.neti.ufsc.br / 3721-9445

Tags: NETI

Na Mídia: Agência Fapesp destaca projeto conjunto com Embraer que tem colaboração da UFSC

11/02/2011 09:51

Conforto nas nuvens

11/2/2011

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A partir de março, um grupo de pessoas habituadas a viajar de avião passará a se reunir periodicamente para apontar o que poderia mudar no interior de uma aeronave de modo a aumentar os níveis de conforto durante um voo.

Elas participarão de um estudo realizado pela Embraer em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que visa a desenvolver cabines de aviões mais confortáveis.

Iniciada no segundo semestre de 2008, na pesquisa estão sendo analisados os fatores que influenciam a sensação de conforto dos passageiros de um avião, como vibração, temperatura, pressão e ergonomia, além de odores, materiais e iluminação.

Na primeira fase do projeto, financiado pela FAPESP por meio do programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), os cientistas estudaram esses fatores de forma isolada por meio de testes com participantes treinados.

Agora, deverão iniciar os estudos desses diversos aspectos de maneira integrada, por meio de ensaios com cerca de 600 participantes que já viajaram de avião.

“Os participantes darão suas respostas baseadas unicamente em preferências pessoais. E, como é um teste com consumidor, eles só poderão participar uma única vez”, disse o coordenador do projeto, Jurandir Itizo Yanagihara, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, à Agência FAPESP.

Para realizar os testes, o interior do Laboratório de Engenharia Térmica e Ambiental (LETE) da Poli-USP será transformado em um aeroporto cenográfico.

Ao chegar ao prédio do laboratório, os participantes dos ensaios aguardarão em espaço semelhante ao de uma sala de espera de um terminal aeroportuário o momento de embarcar em uma viagem, com duração prevista de três a quatro horas, em um simulador de voo.

Segundo do gênero no mundo – o primeiro está localizado na Alemanha –, o equipamento reproduzirá todas as características do interior da cabine de aeronaves – no caso, modelos 170 e 190 da Embraer.

Representará também as condições de um voo real, como pressão, temperatura, ruído e vibração, para que os pesquisadores possam analisar esses fatores em conjunto e as influências de um sobre os outros.

“O simulador terá som, iluminação, poltronas e o que mais há em um avião. A ideia é que, passado certo tempo, os participantes fiquem tão imersos no ambiente reproduzido pelo equipamento que esqueçam que estão participando de um teste e pensem que realmente estão viajando em um avião”, explicou Yanagihara.

Previsto para ser concluído no fim de 2011, o projeto deverá resultar em critérios que os engenheiros da Embraer poderão priorizar nos projetos das aeronaves fabricadas pela empresa, além de softwares que permitirão prever o comportamento dos passageiros de um avião em diferentes momentos da viagem.

Com base nessas ferramentas, a fabricante brasileira de aviões poderá elevar os níveis de conforto das cabines de suas aeronaves e garantir o bem-estar dos passageiros durante suas viagens. “Os resultados da pesquisa deverão ter impactos diretos no projeto de todas as aeronaves civis fabricadas daqui para frente pela Embraer”, afirmou Yanagihara.

Ineditismo

De acordo com o professor da Poli, o desenvolvimento dessas ferramentas de pesquisa é inédito no hemisfério Sul e bastante recente no cenário mundial da aviação civil, uma vez que só nos últimos anos o conforto passou a ser uma prioridade nos projetos de aeronaves comerciais.

Nas décadas de 1950 e 1960, segundo ele, a principal preocupação no desenvolvimento de um modelo de avião era garantir a segurança. Em função disso, as primeiras aeronaves eram bastante desconfortáveis.

Já nas décadas seguintes, depois de o problema da segurança ser em grande parte solucionado, o foco passou a ser a economicidade das aeronaves. E só nos últimos cinco a dez anos o aspecto do conforto passou a ser considerado mais relevante.

“O atributo do conforto passou a ser reconhecido como um importante diferencial no mercado de aviação civil, e essa é a razão pela qual as grandes fabricantes do setor estão investindo nesse aspecto em seus projetos”, apontou Yanagihara.

Para sair na frente nessa corrida, empresas como Airbus e Boeing iniciaram pesquisas na área internamente ou por meio de consórcios, que contam com a participação de universidades e instituições de pesquisa europeias e norte-americanas. A partir de 2006, foram iniciadas discussões entre a Embraer e as universidades que resultaram no presente projeto de pesquisa.

Segundo Yanagihara, uma das principais diferenças apresentadas pela pesquisa que está sendo realizada em parceria com a empresa brasileira em relação às conduzidas por outros fabricantes de avião está no porte dos aviões analisados.

A pesquisa está centrada em modelos de aviões menores, com os quais a Embraer se notabilizou no mercado internacional. Já os trabalhos feitos pela Boeing e Airbus estão relacionados a aviões de grande porte.

Em função dessa diferença, os resultados já começaram a chamar a atenção de cientistas estrangeiros, que realizam ensaios com aviões de grande porte.

“Certamente, várias observações que faremos durante a pesquisa serão inéditas, por estarmos trabalhando com aviões de menor porte, de apenas quatro passageiros por fileira, que voam a distâncias mais curtas e cujas características de vibração, ruído e pressão são diferentes das de aeronaves com fuselagens maiores”, comparou o cientista.

Decisões excludentes

Uma das constatações dos testes já realizados é que o nível de ruído dos aviões – produzido, entre outras fontes, pelas turbinas – é bastante alto. Por outro lado, para o passageiro é importante ouvir o ruído, por ser uma comprovação de que a aeronave está voando e de que suas turbinas estão funcionando.

“Se o passageiro não ouvir o ruído da turbina em uma aeronave, isso poderá causar muita apreensão. De qualquer forma, o ruído proveniente da turbina é mais difícil de ser mitigado e é de responsabilidade do fabricante do equipamento. Por outro lado, existem fontes importantes de ruído, como os sistemas ambientais, que têm sido objeto de maior atenção. É preciso levar em consideração todas essas questões no desenvolvimento de um projeto”, ressaltou Yanagihara.

Já em relação ao conforto térmico, segundo o pesquisador, é desejável que a umidade da cabine de uma aeronave não seja muito baixa. Mas, normalmente, todos os aviões trabalham com baixa umidade, em torno de 15%.

Se essa taxa for aumentada um pouco mais, o vapor d’água do ar se condensaria próximo à parede metálica da cabine da aeronave, que fica em contato com o ar frio externo, e ficaria aprisionado no material isolante do avião, aumentando seu peso em até 500 quilos, no caso de aviões de grande porte.

“Isso é algo que precisa ser analisado, se vale a pena ou não mudar em um projeto de aeronave. E é uma decisão que a Embraer poderá tomar de modo mais assertivo a partir dos resultados dessa pesquisa”, disse.

Os interessados em participar da pesquisa podem se cadastrar em www.lete.poli.usp.br/confortodecabine/inicio.html.

Leia também material produzido pela Agecom:
Especial Pesquisa: UFSC desenvolve projeto para reduzir vibrações e ruídos em aeronaves


Tags: acústica de aeronavesembraerpesquisa

Calouros fazem matrículas na UFSC nos dias 14 e 15 de fevereiro

11/02/2011 07:58

Os candidatos classificados no Vestibular UFSC 2011 realizam suas matrículas nos dias 14 e 15 de fevereiro, nas coordenadorias das respectivas graduações. Os estudantes que passaram no Vestibular UFSC 2011 pela classificação geral ou o pelo Programa de Ações Afirmativas – Escola Pública, assim como os que serão beneficiados no processo de reopção de curso, devem apresentar no ato de da matrícula a seguinte documentação com cópia autenticada ou com os originais para autenticação:

1. Documento de identidade com o qual se inscreveu no concurso;
2. Título de eleitor com quitação eleitoral;
3. Certificado militar atualizado (para o sexo masculino);
4. Certificado de conclusão e histórico escolar do ensino médio/equivalente ou diploma registrado de curso superior (aos optantes da classificação geral);
5. Atestado de vacina contra a rubéola (para o sexo feminino até 40 anos – Lei 10.196/1996);
6. Declaração negativa de matrícula simultânea em dois ou mais cursos de graduação na UFSC ou nos termos da Lei 12.089/2009, em outra instituição pública de ensino superior;
7. Termo de opção para antecipação do ingresso no curso para o primeiro semestre letivo (candidatos classificados no 2º período);
8. Histórico escolar comprobatório de que cursou integralmente o ensino médio e fundamental em escola pública (aos optantes do PAA – Escola Pública).

O candidato classificado concorrente do Programa de Ações Afirmativas, autodeclarado negro, deverá inicialmente se apresentar no mesmo dia da matrícula à Comissão de Validação da Autodeclaração, no térreo do prédio da Biblioteca Universitário (BU), campus da UFSC – Trindade. Somente depois de aprovada sua autodeclaração deve então se dirigir à coordenadoria do respectivo curso para realização da matrícula, munido da seguinte documentação com cópia autenticada ou com os originais para autenticação:

1. Autodeclaração original firmada pelo candidato junto à Comissão de Validação da Autodeclaração e aprovada (candidatos autodeclarados negros ou indígenas);
2. Documento de identidade com o qual se inscreveu no concurso vestibular;
3. Título de eleitor com quitação eleitoral;
4. Certificado militar atualizado (para o sexo masculino);
5. Certificado de conclusão e histórico escolar do ensino fundamental e médio compreendido da 1ª. série a 8ª. série e da 1ª série a 3ª. série respectivamente, comprovantes de todo o percurso escolar realizado em escola pública (candidatos concorrentes do PAA autodeclarados negros oriundos da escola pública);
6. Certificado de conclusão e histórico escolar do ensino médio/equivalente ou diploma registrado de curso superior
(candidatos concorrentes do PAA, autodeclarados negros ou indígenas, mas procedentes de escola particular);
7. Atestado de vacina contra a rubéola (para o sexo feminino até 40 anos – Lei 10.196/1996);
8. Declaração negativa de matrícula simultânea em dois ou mais cursos de graduação na UFSC ou nos termos da Lei 12.089/2009,em outra instituição pública de ensino superior;
9. Termo de opção para antecipação do ingresso no curso para o primeiro semestre letivo (candidatos classificados no 2º período).

Mais informações no DAE:  (48) 3721-9331/3721-6553

Na agenda de telefones da UFSC verifique o contato das coordenadorias de graduação, local em que devem ser feitas as matrículas.

Tags: calourosmatrículas

Pesquisa busca conservação da araucária e uso sustentável do pinhão

11/02/2011 07:45

Imagens cedidas pelo Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais

Árvore típica da região Sul, a araucária está ameaçada de extinção. Mas sua semente, o pinhão, além de ser uma fonte de renda para diversos agricultores, tem forte significado cultural e valor na alimentação. O projeto ´Fundamentos para a conservação da araucária e uso sustentável do pinhão`, coordenado pelo professor Maurício Sedrez dos Reis, do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da UFSC, tem como objetivo gerar conhecimentos para aproveitar esse potencial. A pesquisa tem apoio financeiro da Fapesc e integra as ações do Programa Biodiversidade do Estado de Santa Catarina.

O trabalho será desenvolvido por pesquisadores da UFSC, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Floresta Nacional de Três Barras (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade). No projeto a equipe destaca que o uso do pinhão tem favorecido a conservação da araucária e contribui também com a manutenção da Floresta Ombrófila Mista, vegetação em que esse tipo de árvore é predominante.

Ecologia da araucária
O estudo leva em conta a necessidade de manutenção dos processos ecológicos da araucária e da Floresta Ombrófila Mista, assim como possibilidades de que os agricultores familiares usem a vegetação nativa na geração de trabalho e renda.

São sete ações de pesquisa. As atividades incluem trabalhos envolvendo demografia (como a espécie se distribui), fenologia (estudos sobre a araucária e suas relações com o ambiente) e diversidade genética, entre outros. De acordo com a equipe, as análises sobre estrutura populacional, crescimento, regeneração natural, mortalidade, biologia reprodutiva, organização da diversidade genética e fluxo gênico, interações com a fauna, evidências de domesticação, entre outros, são fundamentais para compreensão da ecologia da araucária nos ambientes de ocorrência atual em Santa Catarina.

O projeto permitirá também análises sobre a cadeia produtiva e impactos da extração de pinhões sobre a fauna e sobre a regeneração da espécie – aspecto ainda desconhecido e fundamental para estabelecimento de critérios para uma orientação sustentável no processo de coleta, visando à manutenção da biodiversidade.

“A coleta reduz as sementes que seriam utilizadas pela fauna como alimento e causa problemas na regeneração das populações naturais da araucária, pois compromete a probabilidade de surgirem novas plantas”, lembra o professor Maurício Sedrez dos Reis. Segundo ele, são praticamente inexistentes estudos que buscam estabelecer o percentual de pinhões que deveria ser extraído da floresta sem que a dinâmica de regeneração seja afetada.

A pesquisa ainda contempla análises sobre produtividade do pinhão em diferentes populações de araucária; uso e exploração histórica e atual; sistemas de manejo adotados por agricultores familiares e caracterização da cadeia produtiva em Santa Catarina.

A expectativa é estabelecer políticas públicas associadas à conservação e uso da araucária, gerando orientações para uso sustentável do pinhão, manejo da paisagem, regulamentações sobre época e intensidade de coleta e ações de fomento de uma cadeia produtiva sustentável.

“Diante do cenário de paisagem em que se encontra a araucária, com remanescentes florestais distribuídos de forma extremamente fragmentada, são fundamentais informações sobre a espécie, para que sejam delineados planos que garantam a continuidade de suas populações”, alerta o coordenador.

Mais informações: Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais / (48) 3721-5322 / msedrez@gmail.com

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Saiba Mais:

A araucária
O pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) é a única espécie do gênero araucária encontrada no Brasil. Esta árvore é símbolo do estado do Paraná e das cidades de Curitiba e Araucária. A distribuição se concentra nos estados do Sul do Brasil, mas também ocorre em regiões mais altas do Sudeste, com exceção do Espírito Santo, e em pequenas manchas na Argentina e no Paraguai. É a espécie que prevalecia na Floresta Ombrófila Mista e possui grande importância ecológica. Seus pinhões servem de alimento para pequenos animais no inverno, época do ano com escassez de frutos e néctares.

Reservas esgotadas
Historicamente a araucária foi alvo de exploração predatória devido ao seu valor madeireiro. A Floresta Ombrófila Mista, formação típica da espécie, que representava aproximadamente 30% da cobertura florestal de Santa Catarina no século XIX, também foi reduzida e fragmentada por conta da expansão da fronteira agrícola e pecuária no século XX. Essa destruição ocorreu em todo Sul do Brasil. Atualmente, os remanescentes florestais de araucária representam apenas 1 a 4% da sua área de ocorrência inicial.

Produto madeireiro
A exploração da araucária, concentrada entre o início do século XX e a década de 1970, teve impactos expressivos na economia brasileira. Por um longo período foram exportadas madeiras serradas e laminadas para vários países. Esta ação intensificou-se a partir de 1934, tendo seu auge nas décadas de 50 a 70, e fez com que as reservas fossem praticamente esgotadas em São Paulo. Estima-se que entre 1958 e 1987 foram exportados mais de 15 milhões de m³ de madeira, fazendo com que a araucária fosse o produto madeireiro mais importante do Brasil até a década de 70.

Ameaça de extinção
Como consequência dessa exploração, associada à destruição parcial do ambiente em que se desenvolve a araucária, a espécie está ameaçada, segundo Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. É classificada como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção do Estado do Paraná e como criticamente ameaçada pela Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Pinhão
O uso do pinhão como fonte de alimento é uma característica cultural forte. Essa semente é aproveitada desde os povos indígenas que habitavam as áreas de ocorrência da araucária. O pinhão é também uma importante fonte de renda para agricultores familiares. Muitos proprietários rurais mantêm e manejam populações de araucária em suas propriedades não apenas pelo significado cultural e valor alimentício, mas também pela possibilidade de geração de renda.

Dados do IBGE indicam que foram retiradas, no ano de 2007, na região Sul do Brasil, 4.615 toneladas de pinhão, que rendem preço médio de R$ 1,13 o quilo. O maior volume de comercialização ocorre nos meses de junho e julho, já que o pinhão é componente essencial em festas do Sul do país e juninas.

Fonte: Projeto ´Fundamentos para a conservação da araucária e uso sustentável do pinhão`:

Saiba Mais:

Objetivos Gerais:
– Fundamentar ações para uso sustentável do pinhão em remanescentes florestais com Araucária angustifólia em Santa Catarina.
– Estudar estratégias e modelos de conservação e domesticação para Araucária angustifólia em Santa Catarina

Objetivos específicos:
– Caracterizar a estrutura populacional de Araucária angustifólia em Santa Catarina
– Avaliar a regeneração natural e crescimento do diâmetro dos indivíduos em populações da espécie
– Avaliar o padrão espacial de Araucária angustifólia
– Avaliar aspectos da fenologia reprodutiva em populações da espécie
– Avaliar a produtividade de pinhões em populações de araucária em duas regiões de Santa Catarina
– Caracterizar a diversidade e estrutura genética em populações da espécie em Santa Catarina
– Caracterizar a estrutura genética interna (escala fina) da espécie
– Caracterizar o fluxo gênico histórico e contemporâneo em populações da espécie
– Estudar ocorrência local de variedades / tipos (variação intra-específica), e suas variações morfológicas, em populações de Araucária angustifólia
– Analisar o conhecimento a respeito de variações de manejo e unidades de paisagem relacionadas aos tipos
– Inferir sobre os graus distintos de domesticação da espécie e as
características que têm sido modificadas por ações humanas
– Avaliar o impacto da extração de pinhões sobre a fauna
– Identificar e analisar os canais de comercializações e a cadeia produtiva do pinhão em Santa Catarina

Tags: AraucáriaNúcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais

UFSC é representada por duas equipes no Desafio Solar Brasil-Florianópolis

10/02/2011 15:35

Equipe Vento Sul, bicampeã no Desafio Solar Brasil

Será realizado a partir de domingo (13/2), na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, uma nova edição do Desafio Solar Brasil. A competição, um campeonato de barcos elétricos abastecidos com energia solar,  inicia pela manhã, no Lagoa Iate Clube. A partir de 10h as equipes apresentam seus projetos. O Desafio Solar prossegue até 19 de fevereiro (veja cronograma).

O objetivo do Desafio Solar Brasil é estimular o desenvolvimento de tecnologias para fontes limpas de energias. A competição colabora também com a divulgação do potencial dessas tecnologias aplicadas em embarcações de serviço, recreio e transporte de passageiros.

A UFSC terá duas equipes participando da primeira edição do Desafio Solar Brasil na capital catarinense. Uma delas é a Vento Sul, formada por estudantes e professores do campus de Florianópolis, anfitriã e responsável pela organização do evento. Por dois anos consecutivos esse grupo, vinculado ao Laboratório de Energia Solar do Departamento de Engenharia Mecânica, foi vencedor do Desafio Solar Brasil.

O outro grupo da Universidade Federal de Santa Catarina é a equipe Babitonga, do Curso de Engenharia de Mobilidade, campus de Joinville. Esse “time” concorre com a embarcação Babitonga, nome que faz referência à baía mais famosa da região Norte do Estado.

O Desafio Solar Brasil é inspirado no Frisian Solar Challenge, competição realizada a cada dois anos na Holanda. As edições brasileiras anteriores foram realizadas no estado do Rio de Janeiro. Entre os participantes da edição de Florianópolis estão também Arpoador – Polo Náutico UFRJ; Copacabana – Escola de Pescadores Cabo Frio; HL1 – Escola Técnica Henrique Lage; Mangue – Lafae UFRJ e VDC2 – Instituto Náutico de Paraty.

Mais informações:

Equipe Vento Sul: Tassio Simioni, fone (48) 9962-1696

Equipe Babitonga: professor Cristiano Vasconcelos Ferreira, fone (47) 9946-1051

Visite o blog  www.dsbflorianopolis.blogspot.com

Leia também: Entrevista com Cristiano Vasconcellos Ferreira, da Equipe Babitonga, de Joinville

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Tags: Desafio Solar Brasilenergia solar

Povos indígenas ganham primeira graduação em Licenciatura do sul do País

10/02/2011 10:07

Representantes de povos indígenas de Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo serão beneficiados pela licenciatura. Fotos: Jeniffer Silva

Povos Guarani, Kaingáng e Xokleng que vivem na região Sul da Mata Atlântica iniciam neste semestre, na Universidade Federal de Santa Catarina, a primeira  graduação em licenciatura para professores de educação indígena do Sul e Sudeste do País. O curso superior contempla alunos de Santa Catarina e de outros estados, como Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, que não dispõem desse tipo de formação. Seguindo o método da pedagogia da alternância, que prevê o aprendizado teórico em sala e períodos de aplicação prática nas escolas das aldeias, as aulas iniciam junto com as inscrições, nos dia 14 e 15 de fevereiro, no Departamento de História da UFSC.

Um total de 120 alunos aprovados no Vestibular, 40 de cada etnia, devem confirmar sua inscrição, matriculando-se no Curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica. A recepção dos calouros está programada para o dia 14 de fevereiro, às 14 horas, o auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Para que o curso fosse aproveitado em sua capacidade máxima, a UFSC realizou a segunda e a terceira chamada e todas as vagas foram preenchidas. A maioria já atua em escolas de aldeias, mas há também jovens indígenas recém-egressos do ensino médio e lideranças comunitárias. Os alunos devem apresentar comprovante de conclusão do segundo grau e declaração de pertencimento a uma comunidade indígena assinada pelo cacique e pelo aluno, cujo modelo se encontra na página do curso:licenciaturaindigena.ufsc.br.

 

Com duração de quatro anos, a formação desses alunos-professores será voltada para o eixo norteador Territórios Indígenas: Questão Fundiária e Ambiental no Bioma Mata Atlântica. Até o quinto período, os acadêmicos estarão separados por etnia, cursando disciplinas específicas para sua cultura. Nos últimos dois anos, eles se habilitarão em uma das quatro terminalidades, que são: Licenciatura da Infância, com ênfase no ensino fundamental; Licenciatura das Linguagens, com ênfase em Línguas Indígenas; Licenciatura em Humanidades, com ênfase em Direitos Indígenas e Licenciatura do Conhecimento Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental. O tempo de estudo será alternado entre o tempo na universidade, com aulas na UFSC, Museu Universitário e outros locais em Florianópolis, nos meses de fevereiro e maio, e o tempo na comunidade, quando serão realizados estudos orientados, estágios, projetos de pesquisa e de intervenção comunitária nas escolas das aldeias de origem dos graduandos.

Antigo sonho das comunidades indígenas, de professores e pesquisadores da área, o Curso foi implantado por uma comissão interinstitucional, a partir de um projeto do Departamento de História aprovado pelo Programa de licenciatura Indígena do Ministério da Educação, explica a coordenadora Ana Lúcia Vulfe Nötzold, do Departamento de História. O Pró-lind financiará, entre outras coisas, hospedagem e alimentação para os alunos. Os parceiros da UFSC incluem os Cursos de Antropologia (que vai ministrar disciplina de mitologia indígena) e de Engenharia Ambiental, além do Museu Universitário, ligado à Secretaria de Cultura e Arte, que cederá professores e infra-estrutura paraatividades pedagógicas, científicas e culturais, conforme Maria Dorothea Darella, pesquisadora do Laboratório de Etnologia Indígena. Como parceiros externos, a Secretaria da Educação flexibilizará o horário dos professores da rede pública e a Funai financiará o deslocamento dos índios das aldeias para Florianópolis. Entidades como a Capi (Comissão de Apoio aos Povos Indígenas), CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e Conin (Conselho de Povos Indígenas) participaram de todas as decisões de modo a preservar as especificidades e interesses das etnias.

Em Santa Catarina, 9.200 pessoas integram a população indígena, 2.812 pertencentes à faixa etária escolar entre um a 14 anos. Oferecendo formação superior pública e gratuita, o projeto cumpre a Lei de Diretrizes e Bases de 96, que determina a graduação dos professores de escolas indígenas. Em todo sul e sudeste do Brasil, somente a Unochapecó oferece um curso específico para Kaingangs e atendendo apenas professores de Santa Catarina. Sobre o eixo norteador, a coordenadora lembra que a questão territorial está ligada ao direito do indígena de existência enquanto povo. “Quando se fala em acesso à cidadania, um dos direitos fundamentais é o de poder existir, que está ligado à questão da identidade e do território tão prementes hoje para esses povos”, enfatiza. Mais informações sobre o curso pelos fones 3721-4879 e 9122-8451, com Ana Lúcia Vulfe Nötzold; ou com Dorothea Post Darella, fones 3721-6472,  3721-9793 ou 9161-8201.

Raquel Wandelli

assessora de comunicação da SeCarte/UFSC

raquelwandelli@yahoo.com.br

99110524 e 37219459

Show beneficente no TAC arrecada donativos para desabrigados

09/02/2011 14:50

Profissionais de Danças Orientais da Grande Florianópolis uniram forças para a realização de um show beneficente hoje (9), às 20h30min, no Teatro Álvaro de Carvalho, Centro de Florianópolis, a fim de arrecadar donativos para os desabrigados das enchentes no Brasil. Ao todo, são 20 profissionais envolvidos na organização. O evento conta com o apoio do Teatro Álvaro de Carvalho – TAC, da Gráfica Anequim, do Estudio de Design Davi Leon, da iluminação cênica de Adriana Cunha, além da participação de diversos grupos, espaços e profissionais de Dança.
(mais…)

Tags: danças orientaisenchentesTAC

Matrículas na UFSC

08/02/2011 15:23

Os candidatos selecionados no Vestibular UFSC 2011 farão suas matrículas nos dias14 e 15 de fevereiro, nas coordenadorias das respectivas graduações. O estudante que passou no Vestibular UFSC 2011 pela classificação geral ou o pelo Programa de Ações Afirmativas – Escola Pública, assim como os que serão beneficiados no processo de reopção de curso, deverá apresentar no ato de da matrícula a seguinte documentação com cópia autenticada, ou com os originais para autenticação:

1. Documento de identidade com o qual se inscreveu no concurso;
2. Título de eleitor com quitação eleitoral;
3. Certificado militar atualizado (para o sexo masculino);
4. Certificado de conclusão e histórico escolar do ensino
médio/equivalente ou diploma registrado de curso superior (Aos
optantes da classificação geral);
5. Atestado de vacina contra a rubéola (para o sexo feminino até 40
anos – Lei 10.196/1996);
6. Declaração negativa de matrícula simultânea em dois ou mais cursos
de graduação na UFSC ou nos termos da Lei 12.089/2009, em outra
instituição pública de ensino superior;
7. Termo de opção para antecipação do ingresso no curso para o
primeiro semestre letivo (candidatos classificados no 2º período);
8. Histórico escolar comprobatório de que cursou integralmente o ensino
médio e fundamental em escola pública (Aos optantes do PAA –
Escola Pública).

O candidato classificado concorrente do Programa de Ações Afirmativas, autodeclarado
negro ou indígena
, deverá inicialmente se apresentar no mesmo dia da matrícula à
Comissão de Validação da Autodeclaração (CVA) para, posteriormente, se aprovada
sua autodeclaração, se dirigir para o ato da matrícula inicial junto à coordenadoria do
curso correspondente, munido da seguinte documentação com cópia autenticada, ou
com os originais para autenticação:

1. Autodeclaração original firmada pelo candidato junto à Comissão de Validação da Autodeclaração e aprovada (candidatos autodeclarados negros ou indígenas);
2. Documento de identidade com o qual se inscreveu no concurso vestibular;
3. Título de eleitor com quitação eleitoral;
4. Certificado militar atualizado (para o sexo masculino);
5. Certificado de conclusão e histórico escolar do ensino fundamental
e médio compreendido da 1ª. série a 8ª. série e da 1ª série a 3ª.
série respectivamente, comprovantes de todo o percurso escolar
realizado em escola pública (candidatos concorrentes do PAA
autodeclarados negros oriundos da escola pública);
6. Certificado de conclusão e histórico escolar do ensino
médio/equivalente ou diploma registrado de curso superior
(candidatos concorrentes do PAA, autodeclarados negros ou
indígenas, mas procedentes de escola particular);
7. Atestado de vacina contra a rubéola (para o sexo feminino até 40
anos – Lei 10.196/1996);
8. Declaração negativa de matrícula simultânea em dois ou mais
cursos de graduação na UFSC ou nos termos da Lei
12.089/2009,em outra instituição pública de ensino superior;
9. Termo de opção para antecipação do ingresso no curso para o
primeiro semestre letivo (candidatos classificados no 2º período).

Mais informações no DAE:  3721-9331/3721-6553

Na agenda de telefones da UFSC verifique o contato das coordenadorias de graduação, local em que devem ser feitas as matrículas.

Tags: matrículas na UFSCvestibular 2011

Game educativo incentiva cooperação entre crianças

08/02/2011 14:13

Fotos de testes preliminares com crianças participantes do programa SESI Atleta do Futuro

Ainda neste ano será disponibilizado para download gratuito o primeiro game brasileiro para ser jogado com dois mouses conectados ao computador. Além de divertir, ele pode facilitar o aprendizado sobre a Mata Atlântica em Santa Catarina por vir acompanhado de material de apoio ao professor, para uso em sala de aula a partir do quarto ano do ensino fundamental.

O jogo está sendo desenvolvido no Laboratório de Educação Cerebral da UFSC . Ele foi financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), após seu projeto ter sido selecionado por meio de uma chamada pública voltada a estimular a inovação para valorizar a biodiversidade.

Chamado “Mata Atlântica, o bioma onde eu moro”, o game educativo será testado por alunos do Colégio de Aplicação da UFSC a partir de abril. Em 2010, sua versão demo foi submetida a 45 crianças e todas adoraram a possibilidade de jogar em dupla, conforme dito num artigo que os pesquisadores publicaram na revista SBGames.

“Observamos que boa parte das crianças começou a jogar agindo de forma competitiva, querendo superar o seu colega em velocidade. Depois, elas perceberam que a vitória só seria conquistada se houvesse trabalho em equipe. Então, começaram a dialogar durante o jogo e logo a dupla comportava-se de forma colaborativa”, lê-se no artigo.

Entre seus autores, está o professor Emílio Takase, pesquisador e neurocientista da UFSC que desenvolve inovações neurotecnológicas. “Todos os meus projetos têm a ver com neurociência e cognição, como este e outros jogos cognitivos que exigem mais a atenção e a memória de trabalho na realização das atividades durante o jogo”, diz Takase. No caso do jogo sobre a Mata Atlântica, o foco é estimular a colaboração e o trabalho em equipe. Isso porque os jogadores não competem entre si, mas precisam realizar uma meta comum (como identificar animais que vivem em cada um dos ecossistemas do bioma Mata Atlântica). Um jogador não consegue avançar para a etapa seguinte sem que seu companheiro tenha terminado as tarefas da etapa anterior.

Avatar

O jogo inicia com uma animação que culmina no mapa político de Santa Catarina. Logo, a equipe enfrenta seu primeiro desafio: conhecer a localização dos ecossistemas do Bioma Mata Atlântica, montando uma espécie de quebra-cabeça. Em seguida, este mesmo mapa se transforma em menu de navegação para dar acesso às seis etapas seguintes do jogo. Acompanhada por um avatar – cuja função é servir de referência nas atividades que as crianças estarão realizando –, a equipe deve explorar cada um dos seis ecossistemas, e conhecer a fauna característica de cada um. Caso o tempo da aula tenha terminado antes do fim do jogo, é possível obter uma senha e retornar, outro dia ou em outro computador, ao mesmo ponto do jogo.

A bióloga e autora de materiais paradidáticos Cristina Santos vem realizando o levantamento de informações e coordenando a produção de conteúdo para o game. Ela ajudou a recriar no game as paisagens da Mata Atlântica – desde bromélias até árvores de grande porte –, a selecionar as 36 espécies animais que aparecem no game e a escolher como avatar a versão em estilo cartoon de um pássaro ameaçado de extinção devido ao tráfico de animais silvestres: o papagaio de peito roxo.

“Edutenimento”

O game “Mata Atlântica, o bioma onde eu moro” vai introduzir a tecnologia multi-mouse nas escolas do Brasil. Em alguns estabelecimentos de ensino, os laboratórios de informática só dispõem de um computador por aluno e as crianças têm de trabalhar formando dupla ou trio, alternadamente. A decisão dos pesquisadores da UFSC de fazer um game para ser jogado com dois mouses foi tomada não apenas como solução paliativa para a falta de infra-estrutura das escolas, mas como estratégia educacional.

O jogo é uma forma de “edutenimento” por ensinar mediante situações lúdicas e prazerosas, sem banalizar o processo de aprendizagem. “O resultado é um game divertido, constituído de conteúdo educativo”, afirmou Ana Beatriz Bahia, responsável pelo design do game e integrante do estúdio de criação digital Casthalia.

A equipe chefiada pelo neurocientista e pesquisador EmílioTakase está transformando jogos tradicionais como o quebra-cabeça, individuais como o Sudoku e os de tabuleiro em jogos eletrônicos cooperativos.

Até o momento, não existem games deste tipo que tratem da Mata Atlântica: “O jogo que estamos desenvolvendo preencherá esta lacuna, tendo como público-alvo os estudantes das escolas públicas de Santa Catarina – já que aborda a biodiversidade da Mata Atlântica neste estado. Ele será oferecido aos professores do Ensino Fundamental como material paradidático, permitindo ampliar e aprofundar os conteúdos previstos no currículo”, conclui o professor.

Para saber mais, acesse www.educacaocerebral.com.
Ou entre em contato com o professor Emílio Takase, pelos fones
(48) 3721 8284 e (48) 9111 8601.

Heloísa Dalanhol – Assessoria de Imprensa da Fapesc
Tags: game educativo

Obra clássica de Franklin Cascaes tem nova edição pela EdUFSC

08/02/2011 13:55
Obras de Cascaes encontram-se sob a guarda do Museu Universitário

Obras de Cascaes encontram-se sob a guarda do Museu Universitário

Mais viva e emergente do que nunca, a obra de Franklin Cascaes vai muito além do elogio ao exótico universo bruxólico da Ilha, como ficou cristalizado por uma certa leitura folclorista do seu legado. Enigmaticamente conservadora e vanguardista, sua contribuição para as artes plásticas e para os estudos da mitologia popular ainda está longe de ser decifrada. A despeito do conteúdo moral católico dos seus escritos, Cascaes deu visibilidade à cultura pagã dos descendentes açorianos e foi precursor de um tipo de etnografia participativa de campo. Como antropólogo, valorizou todo um campo da sensibilidade e do imaginário que passava ao largo da ciência. Como artista, deixou um traço original, ao mesmo tempo primário e inovador.

Quase uma década depois do lançamento póstumo de sua obra clássica, O Fantástico na Ilha de Santa Catarina será reeditada e republicada pela Editora da UFSC ainda neste semestre. Com edição esgotada e pouquíssimos exemplares em estoque, os dois volumes trazem narrativas ilustradas de causos fantásticos recolhidos pelo historiador na Ilha de Santa Catarina que têm valor ao mesmo tempo literário e científico, constituindo-se no único memorial desse imaginário simbólico. Serão reunidos em um único volume, que deve primar pela qualidade estética, segundo o editor Sérgio Medeiros. “Estamos planejando um projeto gráfico primoroso, que valorize o trabalho desse historiador, escritor e artista plástico cada vez mais revisitado pela sua originalidade e contemporaneidade”. A publicação deve estar concluída no início do próximo semestre para ser adotada com fins pedagógicos em escolas, universidades e vestibulares.

No final da semana, a Editora firmou um contrato de curadoria de imagens com o artista plástico Fernando Lindote para a edição da obra. Estudioso de Cascaes, Lindote vai selecionar novos desenhos para ilustrar a obra do multiartista, que considera de consulta obrigatória para quem quer compreender a cultura e a arte local. Curador de duas grandes exposições de desenhos e esculturas de Cascaes, realizadas em 209 e 2010 por ocasião do centenário do seu nascimento, Lindote o considera um artista enigmático. “Ao mesmo tempo em que passava ao largo das escolas estéticas e mantinha um traço quase primário, seus desenhos anteciparam experiências de vanguarda muito importantes”, explica. Para Lindote, a personalidade excêntrica do pesquisador (que faleceu em março de 1983) e o desconhecimento em torno do seu universo de estudo contribuíram para que a obra fosse cercada de uma visão espetacularizada e mistificadora.

Lindote também vai ilustrar a capa do segundo volume de Ecos no Porão, seleção dos melhores contos de Silveira de Souza, cujo primeiro volume foi lançado pela EdUFSC em outubro de 2010, durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex). Com lançamento previsto para o mês de março, o segundo volume trará a imagem de uma instalação de Lindote. A obra foi escolhida pelo próprio artista em visita à UFSC. “Selecionamos um dos artistas plásticos contemporâneos mais expressivos de Santa Catarina para dialogar com esse escritor que também é um de nossos melhores contistas”, justificou o editor Sérgio Medeiros. O próximo projeto da editora é a reedição dos sonetos de Cruz e Sousa, inserindo os originais manuscritos que estão na Casa Rui Barbosa.

Raquel Wandelli

Assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

raquelwandelli@yahoo.com.br

99110524 e 37219459


Tags: Franklin Cascaes; SeCArte

Especial Pesquisa: Estudo busca alternativa para tratar tuberculose de forma mais rápida e menos tóxica

04/02/2011 10:02

A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo. O Relatório para o Dia Mundial da Tuberculose, divulgado em  2010, alerta que 9,4 milhões de pessoas tinham a doença em 2008. No Brasil, 73 mil casos foram notificados no mesmo ano. Os medicamentos podem ser adquiridos de forma gratuita no país, porém os cerca de seis meses de cuidados, além dos efeitos colaterais causados pela medicação, faz com que muitas pessoas interrompam o tratamento. Uma pesquisa realizada na UFSC desde 2007 estuda uma nova maneira de tratar a tuberculose e pode reduzir o quadro de desistência durante esse processo.

Os estudos se concentram em uma das enzimas que a Mycobaterium tuberculosis libera dentro da célula humana, chamada de PtpA. Sem a liberação dessa enzima, a bactéria que causa a doença não consegue se desenvolver no corpo humano e acaba morrendo. Enquanto a maioria das pesquisas estuda novos antibióticos para matar a bactéria, um grupo da UFSC preocupou-se em encontrar e estudar compostos químicos que atuam como inibidores da enzima PtpA.

“Os antibióticos usados atualmente no combate à doença são tóxicos e o tratamento com eles muito longo. Vimos nos inibidores um potencial tratamento para a tuberculose”, explica o professor do Departamento de Bioquímica da UFSC e coordenador do Centro de Biologia Molecular Estrutural (Cebime), Hernán Terenzi. O trabalho é desenvolvido em colaboração com os professores Rosendo Yunes e Ricardo Nunes (Departamento de Química da UFSC), Javier Vernal (Cebime), pós-doutorandos, alunos de doutorado, mestrado e iniciação científica. Já foram testados mais de 200 potenciais inibidores.

Publicação internacional

Realizados a partir da técnica de ensaio in vitro, os experimentos indicam que cinco inibidores reagiram muito bem quando em contato com a enzima liberada por Mycobacterium tuberculosis. Em 2008, os resultados sobre os mais apropriados foram divulgados na revista científica Bioorganic & Medicinal Chemistry Letters. Mas o melhor ainda estava por vir.

Em 2009, a equipe composta por profissionais das áreas de Bioquímica e Química da UFSC entrou em contato com o pesquisador Yossef Av-Gay, do Canadá. Conhecido internacionalmente por suas pesquisas sobre o bacilo que causa a tuberculose, Av-Gay havia descoberto onde e como a enzima PtpA atua nos macrófagos, um tipo de célula que defende o corpo humano de organismos estranhos.

O contato entre os pesquisadores foi promissor. Pela primeira vez foram estudados inibidores para a PtpA e o professor canadense se interessou pela parceria. Yossef Av-Gay cultivava em laboratório os macrófagos e testou a reação deles com os inibidores indicados pelos brasileiros. A cooperação foi uma alternativa às condições de testes no Brasil.

A segunda etapa de experimentos rendeu outro artigo, publicado em abril de 2010 na revista Bioorganic & Medicinal Chemistry Os estudos focaram a produção de um modelo para a estrutura da enzima em contato com os inibidores, a fim de entender como o inibidor reage quimicamente com essa proteína liberada pela bactéria. O artigo também aborda o tempo de reação desses compostos químicos. O inibidor mais eficiente no combate ao bacilo matou, em três dias, quase a totalidade das bactérias nos macrófagos humanos.

Agora, o grupo está analisando detalhadamente a ligação entre inibidor e enzima para estudar mais a fundo suas interações. No artigo a equipe destaca os resultados positivos, que podem beneficiar, no futuro, o mundo inteiro: “Esses inibidores são facilmente obtidos, a baixo custo, têm estrutura simples e podem representar um potencial terapêutico no combate a tuberculose”, comemora o professor Terenzi.

Mais informações com o professor Hernán Terenzi, e-mail: hterenzi@ccb.ufsc.br / (48) 3721-9589

Por Cláudia Mebs / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: pesquisatuberculose

Especial Pesquisa: Projeto alerta que conhecimento ecológico tradicional está se perdendo em Santa Catarina

04/02/2011 09:35

Agricultores do oeste catarinense estão perdendo o conhecimento tradicional sobre as espécies nativas da região. Esse é um dos alertas de uma pesquisa reconhecida com o Prêmio Valorização da Biodiversidade de Santa Catarina, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
(mais…)

Tags: Prêmio Valorização da Biodiversidade de Santa Catarina