AssinaUFSC completa cinco anos; versão gov.br é serviço público digital mais usado no país

19/09/2024 11:04

Foto: Freepik

O AssinaUFSC, assinador eletrônico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), completou cinco anos neste mês. O sistema, amplamente conhecido pela comunidade acadêmica, contabiliza hoje cerca de oito mil registros por dia, alcançando quase três milhões por ano. O êxito do uso do software na instituição permitiu que o modelo servisse de base para a criação do Sistema de Assinatura Eletrônica do Governo Federal, que permite ao usuário firmar um documento digital com a sua conta gov.br e é atualmente o serviço público digital mais utilizado do Brasil.

O Assina foi desenvolvido para facilitar a assinatura na web de documentos na Universidade, sendo compatível com os certificados digitais ICP-Brasil e ICP-Edu, empregados para validar a identificação de usuários em procedimentos digitais.

Em setembro de 2019, uma equipe composta por apenas oito pessoas tomou a iniciativa de auxiliar a Biblioteca Universitária (BU) diante da falta de espaço físico para ampliação do acervo. A solução para a guarda dos trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações que continuavam sendo publicados seria um sistema capaz de assinar e armazenar arquivos digitalmente, mediante o desenvolvimento de um assinador eletrônico.

Assim surgiu o AssinaUFSC, com aproximadamente cem assinaturas por mês e uma certa relutância da comunidade acadêmica. “Lá nessa época, em 2019, a gente enfrentou muita resistência, de tudo que é lugar, porque as pessoas ainda queriam ficar com o papel”, lembra o professor coordenador do projeto, Jean Martina, docente do Departamento de Informática e Estatística.

Em seguida à estreia do software, a equipe solicitou ao Gabinete da Reitoria que tornasse obrigatória a aceitação das assinaturas digitais pelo Assina. Em 18 de setembro de 2019, foi assinada a Portaria Normativa 276/2019/GR, que institui o uso da certificação digital ICP-Edu, usado pelo Assina, na UFSC.

Nos meses seguintes, foram implementadas melhorias no software, como a representação visual, que permite ao usuário enxergar a assinatura no espaço indicado, e o compartilhamento de documentos com outras pessoas para coleta de assinaturas. Ainda naquele ano, a UFSC sugeriu à Casa Civil do Governo Federal a produção de uma versão do portal de assinaturas da Universidade para o âmbito governamental.

Com a chegada da pandemia em 2020, a migração do físico para o digital converteu-se em uma questão urgente, e o AssinaUFSC foi essencial para a Universidade naquele momento de transição. “A gente tinha o produto certo, na hora certa, para atender à catástrofe”, comentou Jean.

Com essa nova necessidade, o software da UFSC se tornou o assinador gov.br antes da metade do ano, em uma parceria entre a Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC), o Laboratório de Segurança em Computação (LabSEC) e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Assinatura Eletrônica do Governo foi lançada inicialmente com o mesmo código-fonte do assinador da UFSC, ou seja, sua primeira versão era idêntica ao AssinaUFSC, mudando apenas a logo e as cores. Embora as funções básicas do software na esfera federal sejam as mesmas – as assinaturas de documentos e a verificação destas –, ele atende atualmente a uma demanda muito maior de usuários.

Recentemente, a coordenadora-geral de Integração à Identidade Digital na Secretaria de Governo Digital, Pollyanna Carla, confirmou que “o serviço público digital mais utilizado do Brasil é o assinador do gov.br”. A equipe responsável pelo assinador do governo mede o número de assinaturas com base nos últimos 12 meses. Entre junho de 2023 e junho de 2024, estima-se que foram assinados 173 milhões de documentos, com mais de 400 mil assinaturas por dia. No mês passado, o assinador chegou a registrar 636 mil assinaturas em um único dia.

“A gente mudou o Brasil”, declarou o professor Jean. “O papel central da Universidade dentro da sociedade é esse, temos que estar aqui para mudar a vida das pessoas”, completou.

A equipe do AssinaUFSC é formada hoje por 35 pessoas e ainda realiza manutenções e melhorias no software do Governo Federal. O projeto em conjunto tem duração prevista até 2027. O analista de T.I. Luis Fernando Cordeiro, que faz parte da equipe do Assina, conta que o compartilhamento de documentos é a próxima grande novidade para o assinador gov.br. “Como o assinador do gov é usado em uma escala bem maior que o da UFSC, temos que garantir que essa funcionalidade tenha um desempenho adequado”, explica Luis Fernando. Segundo o analista, a nova função deve ser liberada dentro das próximas semanas.

A UFSC também possui um acordo com o Ministério da Educação (MEC), no qual a Universidade cede a última versão do software para o assinador eletrônico do Ministério, o AssinaMEC. Além disso, o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) também tem o próprio sistema com base no modelo, o AssinaIFSC.

Arte: Coordenadoria de Design e Programação Visual

Raissa Hübner | Estagiária de Jornalismo
Agência de Comunicação | UFSC

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Laboratório de Segurança em Computação da UFSC realiza processo eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil

21/06/2021 15:51

Cerimônia de preparação e configuração dos computadores foi realizada no último dia 17. Foto: OAB/SC

O Laboratório de Segurança em Computação (LabSEC), em parceria com a Coordenadoria de Cerificação Digital da Sala Cofre da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realiza nesta segunda-feira, 21 de junho, as eleição para desembargador(a) do Quinto Constitucional, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC).

Representantes da OAB/SC estiveram na universidade na última quinta-feira, dia 17, para a cerimônia de preparação e configuração dos computadores utilizados no pleito. A UFSC possui experiência em segurança da informação e disponibiliza recursos de computação, sistemas e orientação presencial para garantir a segurança do processo eleitoral.

O sistema de votação é o mesmo utilizado pela UFSC nas eleições internas, pelo e-DemocraciaPorém, a extensão universitária que atende o pleito da OAB inova com a funcionalidade relacionada à autenticação, que permite aos eleitores votarem utilizando seus Certificados Digitais ICP-Brasil. Este sistema permite votações online seguras, fazendo uso de criptografia homomórfica, de forma que é possível computar o resultado final de uma eleição sem que seja necessário ter acesso ao voto em claro (descriptografar o voto) individual de cada eleitor.

Projetos de extensão como esse já foram executados com sucesso em eleições para o Ministério Público Estadual, a Associação Catarinense do Ministério Público, a Procuradoria-Geral de Justiça, o Ministério Público Federal e para consulta dos cargos de reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Toda inspeção do hardware e instalação do sistema operacional para realização do pleito foi acompanhado pelos representantes da Comissão de Implantação da Estrutura para Eleições Digitais para o Quinto Constitucional e LGPD, Alexandre Medeiros (presidente), e da Comissão Eleitoral do Processo de Inscrição da Lista Sêxtupla, Fábio Jablonski (presidente).

Pela primeira vez na história, advogadas e advogados de Santa Catarina escolhem os nomes que irão compor a lista sêxtupla para a vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional no TJSC.

Mais informações sobre o sistema de votação da UFSC.

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Sistema de votação on-line da UFSC é utilizado por outras instituições públicas

21/09/2020 11:08

Professor Jean Martina foi a Brasília acompanhar a eleição no Ministério Público Federal. Foto: Divulgação.

Um sistema de votação pela internet adaptado para atender às necessidades da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ultrapassou os “muros” do campus e vem sendo utilizado por diversas instituições públicas. O e-Democracia da UFSC deu origem a um projeto de extensão que já foi adotado em eleições internas do Ministério Público Estadual, da Associação Catarinense do Ministério Público, da Procuradoria-Geral de Justiça, do Ministério Público Federal e na consulta para os cargos de reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Recentemente, a plataforma passou por sua “prova de fogo”: a eleição para os conselhos Fiscal e de Administração do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev), votação que envolveu um universo de mais de 100 mil eleitores, entre servidores e pensionistas do Estado.

“Desde 2018, a Coordenadoria de Certificação Digital da Sala Cofre vem se capacitando e realizando uma série de simulações, estudos, bem como participando de projetos de extensão com o Laboratório de Segurança em Computação (LabSEC), na realização de eleições digitais online e seguras, utilizando o sistema de código aberto Helios. Este sistema foi desenvolvido pela Universidade de Harvard, dos EUA, e pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, reconhecido mundialmente pela excelência em segurança e auditabilidade” afirma o coordenador da CCD, Fernando Lauro Pereira. No total, oito grandes eleições externas já foram realizadas pela equipe da Sala Cofre.
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UFSC e Universidade de Essex promovem curso sobre detecção de fraudes usando bancos de dados

30/08/2019 10:52

A Universidade Federal de Santa Catarina irá receber a Reliance 2019 – International Summer School on Big Data and Analytics for Fraud Detection (Escola Internacional de Verão em Big Data e Analytics para detecção de fraude) entre os dias 16 e 19 de setembro.

O tema central do encontro é a detecção de fraude usando grandes bancos de dados. Serão ministrados cursos de nível básico e avançado, com foco em aspectos teóricos e práticos. A organização é um esforço conjunto da Universidade de Essex e da Universidade Federal de Santa Catarina(através do Laboratório de Segurança em Computação – LabSEC, do Departamento de Informática e de Estatística), com o auxílio de Newton Advanced Fellowship Grant sobre o tema concedido às duas universidades.

Não há taxa de inscrição, conforme exigido pelos eventos financiados pela Royal Society, mas as vagas são limitadas e serão divididas entre os setores acadêmico e produtivo.

Cada curso será de seis horas (8h30-10h, 10h30-12, 13h30-15h); alguns deles serão práticos e realizados nos laboratórios de informática disponíveis na UFSC. Os cursos podem ser ministrados em português ou inglês, dependendo dos alunos da turma e do professor.
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