Coleção ‘História da Política em Santa Catarina durante o Império’ está com desconto na Feira da EdUFSC

13/08/2013 15:05

Oferecidos com desconto de R$ 144 por R$ 50, na Feira do Livro que ocorre de 12 de agosto a 12 de setembro, no Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis.

Uma obra monumental e necessária. É o mínimo que pode ser dito sobre a publicação pela Editora da UFSC (EdUFSC) dos quatro volumes de A história política de Santa Catarina durante o Império, de Oswaldo Rodrigues Cabral. A coleção foi organizada (e complementada) pela professora e pesquisadora Sara Regina Poyares dos Reis, sobrinha e espécie de discípula do historiador. “Isto aqui não é romance – é a narrativa, tão exata quão possível, da política de Santa Catarina no Século XIX, colocada paralelamente à vida política nacional que influiu no seu desencadeamento, na época certa, com todas as correlações ajustadas, com todas as explicações possíveis. Tudo documentado e provado”, informa o autor, que, em 11 de outubro de 2013, completaria 110 anos. “Entretanto, como se passaram os fatos?”, indaga ele próprio. “Para responder a essa pergunta tive que recorrer à mais falível, mas também a mais importante das fontes: a imprensa”. A obra, escrita com ironia e humor, tem o estilo único do historiador, que, entre outras publicações fundamentais, produziu Nossa Senhora do Desterro, também em quatro volumes.
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EdUFSC abre feira e convida para prêmio de crônicas

12/08/2013 14:31

A 17ª Feira do Livro da EdUFSC começou nesta segunda-feira no térreo do Centro de Convivência, no Campus de Florianópolis. Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

Ao abrir a 17ª Feira do Livro da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC),  o diretor executivo, Fábio Lopes, anunciou para esta quinta-feira, dia 15, às 14h, na Sala de Reuniões do Conselho Editorial, a divulgação do resultado do Concurso de Crônicas Maura  de Senna Pereira. A Feira começou hoje (12), às 8h30min, no térreo do Centro de Convivência, no Campus de Florianópolis. Realizada pela primeira vez em 2002, oferece descontos de até 70% para os títulos da EdUFSC.  Títulos de outras editoras universitárias e do mercado saem 10% mais baratos. O evento vai até 12 de setembro, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 19 horas.
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Feira da EdUFSC começa nesta segunda-feira e oferece descontos de até 70%

12/08/2013 08:51

Feira do livro da EdUFSC realizada em março deste ano, no Centro de Convivência. Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

Democratizar o conhecimento produzido na universidade, tornar acessível o livro e estimular o hábito da leitura são alguns dos objetivos da 17ª Feira da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) que começa no dia 12 de agosto, às 8h30min, no Centro de Convivência, Campus de Florianópolis.

O evento, que coincide com o início do segundo semestre letivo da Universidade, oferece descontos de até 70%. A EdUFSC disponibilizará 800 títulos próprios e dez mil exemplares. Os lançamentos e reedições recentes saem 30 a 50% mais baratos. As obras fazem parte das Coleções Geral, Repertório, Urbanismo e Arquitetura da Cidade, Antropologia em Laboratório, Ethica, Didática e Brasil Plural. Criada em 1980, a EdUFSC já publicou mais de 1.200 títulos.

A Feira da EdUFSC , que acontece desde 2002 e integra o calendário cultural do Estado, também oferece, com desconto de 10%, quatro mil obras de outras editoras universitárias, institutos, entidades e do mercado.

A Feira prossegue até o dia 12 de setembro, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 19 horas. Esta é a segunda vez que ela ocorre no térreo do Centro de Convivência. Anteriormente era realizada numa tenda na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria. A mudança de local está ajudando a revitalizar um dos espaços mais populares do Campus. O novo diretor da EdUFSC, Fábio Luiz Lopes da Silva, considera a Feira “uma oportunidade para colocar a editora mais perto da comunidade universitária”. E considerando a qualidade dos títulos disponibilizados, é, ao mesmo, uma oportunidade para leitores e livreiros da cidade e do Estado. Destacam-se, por exemplo, clássicos da literatura local, regional, nacional e universal.

Os títulos da EdUFSC listados nos Vestibulares também são beneficiados pelos descontos. Entre novos títulos, reedições e relançamentos, a Feira da EdUFSC apresenta Digesto de Justiano – Livro Segundo: Jurisdição, traduzido por José Isaac Pilati; Uma Teoria da Adaptação, de Linda Hutcheon; Os Milagres do cão Jerônimo/Alçapão para gigantes, de Péricles Prade; Homo Academicus, de Pierre Boudieu; e Pensar em não ver, de Jacques Derrida. Os leitores encontrarão igualmente alguns clássicos da literatura catarinense, recentemente lançados ou reeditados: Cruz e Sousa, Franklin Cascaes, Silveira de Souza, Jair Hamms e Rodrigo de Haro. As novas coleções merecem referência especial na Feira. A Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade participa com cinco títulos e a recém-lançada Antropologia em Laboratório contribui com quatro obras.

A Feira não se limitará à venda de livros. No dia 14, a partir das 14h, os leitores estão convidados a acompanhar um bate-papo entre os escritores Rodrigo de Haro e Alckmar Luís dos Santos. Rodrigo de Haro é multiartista e publicou, recentemente, pela EdUFSC, o livro Poemas: Folias de Ornitorrinco e Espelho de Melodramas. Alckmar é profesor de literatura. Poeta e romancista, venceu o I Concurso Salim Miguel de Romance (2011), com o livro Ao que minha vida veio. Ainda durante a Feira será conhecido o resultado do Concurso de Crônicas Maura de Senna Pereira, cujo vencedor terá o seu livro publicado com o selo da EdUFSC.

Mais informações:
EdUFSC: (48) 3721-9605 / 3721-9408 / 3721-9686 e 3721-8507.
Diretor Executivo: Fábio Lopes – flopes@ufsc.br / (48) 9933-8887.

Moacir Loth/Jornalista da Agecom/UFSC

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Reitora e novo diretor querem ver EdUFSC mais presente

07/08/2013 17:55

Professor Fábio Luiz Lopes da Silva tomou posse nesta quarta-feira na Editora da Universidade Federal de Santa Catarina. Foto: Jair Filipe Quint / Agecom / UFSC

Numa solenidade bastante prestigiada, marcada pela presença dos ex-diretores João Nilo Linhares, Salim Miguel e Alcides Buss, a reitora Roselane Neckel e o novo diretor da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC),  Fábio Luiz Lopes da Silva, bateram na mesma tecla: ampliar e aprofundar a presença da editora na vida dos campi universitários, da cidade e do estado. A posse oficial ocorreu na tarde de quarta-feira (7) na sala de reuniões da editora e contou com a presença de mais de 50 pessoas. Além de pró-reitores, diretores de centros e departamentos, compareceram servidores técnico-administrativos, professores e colegas do novo diretor. Também estiveram presentes a vice-reitora Lúcia Helena Martins Pacheco, o chefe de Gabinete Carlos Vieira e os diretores da Imprensa Universitária, Biblioteca e Departamento de Administração Escolar (DAE).

A reitora Roselane Neckel destacou a humildade e o reconhecimento político e institucional do professor Fábio Lopes. Fez questão ainda de agradecer a presença dos ex-diretores da EdUFSC e reafirmou compromisso de fortalecimento da Editora. Fez uma deferência especial à presença da professora e escritora Leonor Scliar-Cabral.

Fábio Lopes, antes de iniciar o discurso, chamou para o seu lado as chefias da equipe técnica: Paulo Roberto da Silva e Fernando Wolff. Sublinhou a qualidade e a competência dos trabalhadores que encontrou na EdUFSC. Aproveitou igualmente para homenagear e citar todos os ex-diretores. O antecessor Sérgio Medeiros justificou a ausência por motivo de viagem.

Após ressaltar o reconhecimento local, nacional e internacional do selo da editora, Fábio Lopes fez uma menção especial ao Conselho Editorial. “O catálogo de títulos da editora é muito consistente e equilibrado”, assinalou.

O novo diretor anunciou que pretende aprofundar a relação da editora com a sociedade. Foto: Jair Filipe Quint / Agecom / UFSC

Ao frisar que o seu desafio é avançar a partir do patamar alcançado, Fábio Lopes anunciou que pretende “aprofundar a relação da editora com a sociedade”. A ideia, segundo ele, é enraizar a UFSC no cenário editorial e cultural local, regional e nacional.

A cerimônia de posse contou com a presença de mais de 50 convidados. Foto: Jair Filipe Quint / Agecom / UFSC

Atendendo ao convite da reitora, o novo diretor elaborou um plano e definiu estratégias para a editora. Neste sentido, antecipou algumas propostas, como a criação de um caderno de cultura, utilização sistemática das redes sociais, ampliação da Coleção Didática, intensificação das políticas de inclusão, publicação de autores asiáticos, africanos e da América Latina e incremento da circulação das obras.

Todos os presentes foram convidados para a 17ª Feira do Livro da EdUFSC,  de 12 de  agosto a 12 de setembro, no Centro de Convivência, no Campus da Trindade.

Mais informações:
Diretor Fábio Lopes – flopes@cce.ufsc.br
(48) 3721-9408
www.editora.ufsc.br

Moacir Loth / Jornalista da Agecom /UFSC
lothmoa@gmail.com

Fotos: Jair Filipe Quint
jair.quint@ufsc.br

Veja reportagem da TV UFSC:

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EdUFSC anuncia novas estratégias na posse

05/08/2013 13:23

Sem negligenciar a sua inserção nacional e universal, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) pretende aprofundar sua relação com a comunidade universitária, a cidade e o Estado de Santa Catarina. A estratégia será reafirmada pelo novo diretor, Fábio Luiz Lopes da Silva, no dia 7, quarta-feira, às 14h, durante a solenidade de posse na sede da editora, com presença da reitora Roselane Neckel. O evento é aberto ao público, devendo também ser prestigiado por lideranças culturais de Florianópolis. Reforçando a preocupação com a integração e com a memória, a Administração da UFSC convidou igualmente os ex-diretores João Nilo Linhares, Salim Miguel, Alcides Buss, Luiz Henrique Dutra e Sérgio Luiz Rodrigues Medeiros.
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Livro da EdUFSC restaura primórdios da arte decorativa no Estado

25/07/2013 14:09

O Planalto Serrano de Santa Catarina é um dos símbolos da arte decorativa no Brasil. A prova científica pode ser conferida no livro Memórias, ausências e presenças do Art Déco em Lages, publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC).

Quinto título da recém-lançada Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade, o livro é resultado de uma pesquisa coletiva interdisciplinar que reúne artigos de cinco pesquisadores: Americo Ishida, Eliana Zimmermann Bornhausen, Iáscara Almeida Varela, Luiz Eduardo Fontoura Teixeira e Zilma Isabel Peixer.
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Obra da EdUFSC prova que meio ambiente pode salvar as cidades

05/07/2013 14:00

Os urbanistas brasileiros parecem ter acordado para os desafios da integração entre cidade e natureza. “A cidade se expandiu, aterrando nascentes e terrenos alagadiços, impermeabilizando o solo, extinguindo áreas verdes. Esse modelo contribuiu, sobretudo, para a paulatina desconexão entre homem e natureza”, adverte a pesquisadora Sandra Soares de Mello no prefácio do livro Arquitetura, Urbanidade e Meio Ambiente, organizado por Almir Francisco Reis, e publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), dentro da sua Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade. Reunindo nove autores, a obra multidisciplinar contempla e contextualiza realidades vivenciadas no Nordeste, no litoral catarinense, na Amazônia, em São Paulo e Brasília.
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Livro da EdUFSC desmistifica projetos de habitação urbana

05/07/2013 09:57

O pesquisador Juan Antonio Zapatel, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), oferece alternativas, a partir de experiências no Brasil e no exterior, para melhorar a vida e a moradia nas cidades. Políticas Públicas e Planos Diretores, portanto, podem se inspirar e buscar subsídios no livro Visões urbanas e habitação no século XX que acaba de ser lançado pela Editora da Universidade (EdUFSC).

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Livro da EdUFSC desmistifica projetos de habitação urbana

04/07/2013 11:32

O pesquisador Juan Antonio Zapatel, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), oferece alternativas, a partir de experiências no Brasil e no exterior, para melhorar a vida e a moradia nas cidades. Políticas Públicas e Planos Diretores, portanto, podem se inspirar e buscar subsídios no livro Visões urbanas e habitação no século XX que acaba de ser lançado pela Editora da Universidade (EdUFSC).
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Livro da EdUFSC tira da invisibilidade os negros da Ilha de SC

21/06/2013 12:15

O dever cabe ao Estado e o direito é da sociedade, mas só os pesquisadores e historiadores parecem mostrar-se capazes e à altura de recuperar e resgatar a memória e a história de um povo, de uma cidade e de uma raça. Assim, em 12 artigos, o livro História diversa – Africanos e Afrodescendentes na Ilha de Santa Catarina, organizado por Beatriz Gallotti Mamigonian e Joseane Zimmermann Vidal, e escrito por 14 autores, devolve a visibilidade negada ou obliterada dos africanos e descendentes dos tempos de Desterro até os dias de hoje de Florianópolis. Apresentando conteúdos jamais ensinados na escola ou na universidade, o livro publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) insere o Estado na história do Atlântico Negro, “uma história partilhada por habitantes da Europa, das Américas e da África que enfatiza o protagonismo dos africanos e de seus descendentes na formação no Novo Mundo”.

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Livro da EdUFSC tira da invisibilidade os negros da Ilha de SC

20/06/2013 11:36

O dever cabe ao Estado e o direito é da sociedade, mas só os pesquisadores e historiadores parecem mostrar-se capazes e à altura de recuperar e resgatar a memória e a história de um povo, de uma cidade e de uma raça. Assim, em 12 artigos, o livro História diversa – Africanos e Afrodescendentes na Ilha de Santa Catarina, organizado por Beatriz Gallotti Mamigonian e Joseane Zimmermann Vidal, e escrito por 14 autores, devolve a visibilidade negada ou obliterada dos africanos e descendentes dos tempos de Desterro até os dias de hoje de Florianópolis. Apresentando conteúdos jamais ensinados na escola ou na universidade, o livro publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) insere o Estado na história do Atlântico Negro, “uma história partilhada por habitantes da Europa, das Américas e da África que enfatiza o protagonismo dos africanos e de seus descendentes na formação no Novo Mundo”.
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Livro da EdUFSC aponta caminhos para salvar a Ilha

11/06/2013 11:19

Ao mesmo tempo em que recupera a história e faz um diagnóstico por imagens das mudanças sofridas ao longo dos anos, o pesquisador Almir Francisco Reis apresenta críticas, propostas e alternativas viáveis para Florianópolis e outras cidades do litoral catarinense e brasileiro. O professor e pesquisador é autor do livro Ilha de Santa Catarina – Permanências e transformações, o quarto título da Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade lançada pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC).
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Novela derradeira de Osman Lins é o novo lançamento nacional da EdUFSC

06/06/2013 13:41

Publicado em revista em 1978, o obra finalmente sai em livro pela EdUFSC, em  edição trilingue

A novela Domingo de Páscoa, último texto de Osman Lins (1924-1978), finalmente sai em livro. Além do feito inédito, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está brindando os leitores com uma edição trilíngue (português, inglês e espanhol). O lançamento nacional está marcado para sexta-feira, dia 7, às 17h30min, no hall do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), da UFSC, dentro da programação do Colóquio Coleções Literárias: Textos/Imagens, realizado e organizado pelos Programas de Pós-Graduação em Literatura (PPGL) e em Estudos da Tradução (PGET) e pelo Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE).

Ícone da cultura brasileira e da literatura universal, o pernambucano Osman Lins semeou romances, contos, novelas, ensaios, teatro e narrativas de viagem. Entre outros clássicos, escreveu Avalovara, A rainha dos cárceres da Grécia e O fiel e a pedra.

O seu primeiro romance, O visitante, foi publicado em 1955. E a novela Domingo de Páscoa, três meses antes da sua morte, saiu, em abril de 1978, na revista Status. Em 1996, o texto também foi incluído na revista Travessia, da Pós-Graduação em Literatura da UFSC. Embora traduzido no estrangeiro, Domingo de Páscoa só conquista o status de livro em 2013 através da sua publicação pela EdUFSC. “Este é um lançamento que reforça a nossa política editorial de publicar títulos de qualidade e com relevância universal”, assinala Sérgio Medeiros, diretor executivo da editora.

A novela, segundo a escritora Julieta de Godoy Ladeira, segunda esposa do autor, é o “prenúncio da morte” de Osman Lins. “O espaço do conto, sua ambientação, surgiu durante uma Semana Santa passada pelo autor em Guarapari (ES), famosa por seu tipo de areia. Cidade pequena, pobre. A  areia escura… Praia soturna. Ficamos num hotel perto da praia, quarto agradável com grande janela aberta para o mar”. De lá Osman Lins contemplava a piscina, o bar e a figura solitária e marcante do russo Velimir Leskóvar. “Essa figura, esse ambiente, deflagaram a criação de Domingo de Páscoa”. Julieta lembra que a solidão desse homem e a “trágica, grotesca e dolorosa presença de doentes na praia” impressionaram e contagiaram o escritor na sua escritura derradeira.

Espécie de síntese da sua fortuna literária, a novela “oferece todo o poder de observação de Osman Lins, sua sensibilidade para os detalhes, e o senso estético, a atração pelas cores, o poder de criar personagens fora do comum, sua aversão ao banal, sua capacidade de renovação em cada livro, cada canto, cada romance ou peça de teatro”, complementa Julieta de Godoy Ferreira.

O livro da EdUFSC não se resume a um resgate do texto. A organizadora Ana Luíza Andrade enriqueceu a edição com estudos acerca  da narrativa. Destacam-se, entre outros, o comentário da crítica e tradutora ao espanhol Craciela Cariello e a análise do cotradutor ao inglês Fred P. Ellison, da Universidade do Texas em Austin. Professora da UFSC, Ana Luíza, além de dar forma ao livro, disseca e mergulha nas entranhas do enigmático autor. “Domingo de Páscoa desenterra fragmentos de um corpus osmaniano enquanto subtexto inconsciente, quando gestos, sonhos, cenas inusitadas e familiares de outros textos seus emergem na montagem da narrativa”. Domingo de Páscoa, enfim, traz à tona as marcas de Osman Lins nas entrelinhas textuais. Um autor que desafiou, acima de tudo, a ditadura através do movimento das letras e das palavras.

No livro O sopro na argila, organizado por Hugo Almeida, Valentim Facioli, profundo conhecedor da obra de Osman Lins, não titubeou no obituário: “sua morte precoce interrompeu uma linhagem literária das mais consistentes e originais da segunda metade do século XX no Brasil”. Na alegria de viver e a de escrever confluem para a dura responsabilidade de produzir arte e pensamento nos difíceis tempos agônicos da ditadura militar, fecha. Já o americano Fred P. Ellison, ao reler Domingo de Páscoa, ficou intrigado pela maestria e pela forma como Osman Lins organizava a linguagem para apoiar e sublinhar o desígnio maior da narrativa.

E não é pra menos, intervém Sérgio Medeiros, que inclui o título entre os destaques do Catálogo da EdUFSC que subsiste e resiste há três décadas.

Serviço:

O quê: lançamento da novela Domingo de Páscoa, de Osman Lins

Quando: sexta-feira, dia 7, às 17h30min.

Onde: hall do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), da UFSC

Mais informações: EdUFSC – Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
(48) 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507
E-mails: fernando@editora.ufsc.brsergio@editora.ufsc.br

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC
lothmoa@gmail.com

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UFSC na Mídia: Sérgio Medeiros, da EdUFSC, é semifinalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura

03/06/2013 16:11

Sérgio Medeiros, diretor da EdUFSC é semifinalista na categoria Poesia

Sérgio Medeiros, diretor da Editora da UFSC, é semifinalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, na categoria Poesia com o livro “Totens”

O Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa anunciou nesta segunda (dia 3 de junho) seus 63 semifinalistas. Os pré-selecionados concorrem nas categorias romance, poesia e conto/crônica. No total, 450 livros foram inscritos no prêmio.
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Livro da EdUFSC mostra nova face rural de Santa Catarina

29/05/2013 15:55

Agricultura familiar, movimento dos sem terra, assentamentos, terras do Contestado, especulação e urbanização, impacto ambiental, êxodo rural, exploração dos pequenos produtores, mudanças nos hábitos alimentares e formas de produção, a “revolução verde” e a educação do campo são alguns dos temas e aspectos dissecados por 12 autores nos oito artigos apresentados no livro O espaço rural de Santa Catarina – novos estudos, organizado pelos pesquisadores Nazareno José de Campos, Marlon Brandt e Janete Webler Cancelier. O novo título da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) contempla experiências e pesquisas desenvolvidas nas várias regiões do Estado, fornecendo um panorama histórico e contemporâneo do desenvolvimento rural em diversos setores, tanto no litoral como no interior.
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Livro da EdUFSC narra história e evolução das telecomunicações em SC

16/05/2013 12:59

O desenvolvimento da telefonia em Santa Catarina – Das linhas às redes, de André Luiz Santos, certamente não seria o livro de cabeceira de Alexandre Ghram Bell, mas é uma obra que enfoca, de forma crítica e criativa, a história e a evolução do setor, detalhando e traçando um panorama político, econômico e social em todas as regiões do Estado.
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Feira do Livro de Florianópolis: quatro títulos inauguram a Coleção Antropologia da EdUFSC

08/05/2013 15:59

Quatro primeiros títulos da Coleção Antropologia em Laboratório que a EdUFSC lança na Feira do Livro de Florianópolis.

A violência urbana, a infância, a mulher, o consumo, o trabalho de campo, a mídia, o índio, a cultura, globalização, a educação e os direitos humanos estão incluídos e inter-relacionados nas pesquisas apresentadas e aprofundadas nos quatro primeiros títulos da Coleção Antropologia em Laboratório que a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está lançando na Feira do Livro de Florianópolis.  O evento acontece na Praça da Alfândega, no Centro da Capital, até o dia 11 deste mês. A EdUFSC está oferecendo 250 títulos próprios com até 50% de desconto. Os lançamentos, inclusive a Coleção de Antropologia, contam com uma redução de até 30% do preço de capa.
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EdUFSC oferece descontos de até 50% na Feira do Livro de Florianópolis

03/05/2013 11:43

Feira do Livro de Florianópolis vai até o dia 11 de maio no Largo da Alfândega. Foto: Divulgação

Após o sucesso obtido nas feiras da Universidade e de Joinville, a Editora da  Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC)  criou expectativas positivas em relação à Feira do Livro de  Florianópolis,  que acontece  na  Praça  da Alfândega  até o dia 11 deste mês.

Ocupando um estande de 34 m2, a editora universitária está oferecendo 2 mil livros e 250 títulos próprios, além de 1.300 obras de outras editoras catarinenses e nacionais.

Para tornar o livro mais acessível e estimular a democratização do conhecimento produzido na academia, os títulos com o selo da  EdUFSC,  avisa o diretor executivo Sérgio Medeiros, estão sendo comercializados com descontos de até 50%. Os lançamentos saem 30% mais baratos. Já os livros de outras editoras têm o preço reduzido em 10%. A feira funciona das 9 às 20 horas.

Os livros cobrados nos vestibulares da UFSC e da Udesc, publicados pela EdUFSC,  também estão com 30% de desconto. Ecos no porão II, de João Silveira de Souza, aparece na lista da Udesc. E nas obras listadas no vestibular da UFSC estão incluídos O detetive de Florianópolis, de Jair Hamms,e Últimos sonetos, de Cruz e Sousa.

A EdUFSC lançará durante a  feira de  Florianópolis a Coleção Antropologia em  Laboratório, que ganha a rua já com quatro títulos. Na feira de Joinville lançou dois títulos da Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade.

Mais informações:
Sérgio Medeiros
(48) 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507
E-mail: sergio@editora.ufsc.br

Site da Feira do Livro


Moacir Loth/ Jornalista na Agecom/UFSC
lothmoa@gmail.com 

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Livros da EdUFSC ensinam a cultivar peixes em reservas hidrelétricas

24/04/2013 13:47

Os aspectos do modelo de desenvolvimento econômico brasileiro sobre o meio ambiente são cientificamente previsíveis, mas inevitáveis na prática. O desafio é como mitigar ou compensar os estragos causados pela intervenção estatal ou privada.

O papel fundamental da universidade pública, através do ensino, da pesquisa e da extensão, pode ser avaliado ou avalizado com a leitura atenta de dois livros publicados pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina: Reservatório de Itá – estudos ambientais, desenvolvimento de tecnologias de cultivo e conservação da ictiofauna (2008); e Reservatório de Machadinho – peixes, pesca e tecnologias de criação (2012).
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EdUFSC lança livro sobre mobilização social no País e na América Latina

12/04/2013 09:34

Os movimentos sociais, analisados e dissecados pela Sociologia Política, voltaram à pauta nacional e latino-americana. A prova é o livro Movimentos sociais e participação – Abordagens e experiências no Brasil e na América Latina, publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), e organizado pelas pesquisadoras Ilse Scherer-Warren e Lígia Helena Hahn Lüchmann, lançado na 10ª Feira do Livro de Joinville.

Direitos humanos, ações afirmativas, orçamento participativo, associativismo, mulheres, catadores de recicláveis, organizações populares e conselhos comunais na Venezuela são temas que enriquecem a obra resultante, em grande parte,  do 3º Seminário Nacional e 1º Seminário Internacional sobre Movimentos Sociais, Participação e Democracia, abrigados em 2010, em Florianópolis, pela UFSC.

Somam-se aos ensaios selecionados artigos produzidos pelos integrantes do Núcleo de Pesquisas em Movimentos Sociais (NPMS), sediado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. Com atuação reconhecida e consolidada no País, o conteúdo reforça a agenda política delineada por 25 anos de pesquisas daquele núcleo.

Os 17 artigos constantes nesta publicação são representativos das renovadas abordagens dos movimentos sociais no Brasil e na América Latina. Alternativas, inovações democráticas e institucionais, novos modelos de representação e novas formas de organização fazem o cotidiano das investigações dos pesquisadores que escreveram Movimentos sociais e participação.

Na apresentação da obra, Julian Borba, doutor em Ciência Política, cita dois aspectos no retorno aos movimentos sociais e na renovação das perspectivas teóricas de análise: um dedutivo e outro indutivo.

O primeiro, salienta, diz respeito aos “ganhos analíticos que o diálogo com novas perspectivas tem provocado”. O segundo está ligado à “incorporação de novos referenciais” nas mudanças da “própria realidade sociopolítica”.

A lógica dos movimentos sociais, constata, é fruto não apenas de contradições na estrutura socioeconômica ou da dimensão identitária dos atores, mas também de “constrangimentos e oportunidades” que são produzidos pelo contexto. Ele destaca que “novas oportunidades” estão colocadas  para os “atores sociais” num “contexto de ampliação das demandas” com a democratização do Estado.

As novas formas de mobilização e demandas exigiram diferentes aportes teóricos para os pesquisadores da área. Os trabalhos reunidos no livro são representativos dessas renovadas abordagens no estudo dos movimentos sociais na América Latina.

O pesquisador Valdenésio Aduci Mendes, ao examinar a democracia participativa na Venezuela a partir dos conselhos comunais, duvida da capacidade de se “contrapor ao centralismo político” e critica o “processo de recentralização de poder nas mãos do governo chavista”.

Processo emancipatório

Ilse Scherer-Warren, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais, indaga:

– Como construir uma plataforma de direitos humanos que respeite ou consolide os “direitos tradicionais” das populações subalternas e que inclua medidas reparadoras de suas condições históricas de sujeitos discriminados, sem que se utilize de políticas meramente assistencialistas ou clientelistas, mas que busque recuperar a história, a cultura, as vozes, os desejos e os projetos das populações subalternas e socialmente excluídas?

Para que o trabalho intelectual, enfatiza a pesquisadora, contribua para um processo emancipatório inclusivo dos sujeitos subalternos, “não só terá que os considerar como cidadãos de direito, mas contemplar em suas reflexões as experiências e saberes desses povos, bem como as novas formações discursivas que vêm sendo elaboradas em suas práticas políticas em rede”. E é através de ações e relações “não isentas de conflitos” que os atores em rede constroem suas novas plataformas políticas e significados simbólicos para as lutas, observa Ilse Scherer-Warren. Isso, conclui, exige “escuta recíproca, solidariedade e horizontalidade nos compartilhamentos”.

Ao abordar os movimentos sociais no contexto das ações afirmativas nas universidades e o movimento negro, Ângela Randolpho Paiva ressalta a importância da redemocratização do País para que as novas demandas por políticas públicas pudessem ser efetivadas. Hoje, frisa, os atores sociais, funcionando em rede e agindo coletivamente, exercem uma “nova forma de exercício de cidadania”, recusando-se a continuar na subalternidade.

Associativismo e democracia

Uma das organizadoras da obra, Lígia Helena Hahn Lüchmann enfoca “associativismo civil e representação democrática”. Ao seu ver, assim como o conceito de capital social, o conceito de sociedade civil também reforça a tese de que há uma relação direta entre associação e democracia”. Igualmente, complementa, as associações são também elementos centrais no conceito de movimentos sociais.

A autora lembra que “o caráter conflituoso e contencioso dos movimentos sociais demarca as características analíticas desse campo de estudo do associativismo e contradiz as atribuições representativas no campo das instituições estatais”. Há que se pensar, na sua avaliação, em elementos teóricos e analíticos que permitam entender a qualidade da representação exercida e a sua compatibilidade ou não com a ideia de representação democrática.

Para a cientista política, “promover representação democrática implica em ampliar os espaços e os atores sociais, não no sentido da substituição, mas da complementação e da qualificação da representação eleitoral”.

Como a representação não está dada a priori, é necessário criar “mecanismos e espaços de escuta, debate e interlocução, corroborando, dessa maneira, com os “ideais democráticos de pluralização e inclusão”. Uma representação legítima, adverte Lígia Lüchmann, requer uma participação ativa por parte dos indivíduos, grupos e organizações sociais. Por essa via, conclui, o associativismo será um “ganho político e democrático”,apontando e  abrindo caminhos para a inclusão dos cidadãos.

Mais informações e contatos:
Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
(48) – 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507
e-mails: fernando@editora.ufsc.brsergio@editora.ufsc.br


Moacir Loth /Jornalista da Agecom/UFSC
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EdUFSC lança obra de referência para pesquisa e ensino de gramática

11/04/2013 10:55

O pioneirismo e o inedetismo são as marcas que referenciam, no País e no exterior, os trabalhos e as pesquisas do Núcleo de Estudos Gramaticais (NEG), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Uma síntese dos dez anos de atuação estão no livro Percursos em teoria da gramática, publicado pela EdUFSC e organizado por Roberta Pires de Oliveira e Carlos Mioto, fundadores do Núcleo. A obra é um dos lançamentos da Editora da Universidade na 10ª Feira do Livro de Joinville, que vai até 14 de abril no Centreventos Cau Hansen. O livro, de acordo com os organizadores, também está inserido nas comemorações do 40º aniversário de fundação do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade.
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Linguística e Inglês: quatro décadas lembradas em livro da EdUFSC

09/04/2013 12:28

Unindo 40 anos de teoria, reflexão, história e desafios de dois importantes programas de pós-graduação, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está lançando na 10ª Feira do Livro de Joinville a obra Arquivos de passagens, paisagens, organizada por Carlos Eduardo Schmidt Capela e Liliana Reales. Os artigos dão uma ideia das pesquisas desenvolvidas pelos Programas de Pós-Graduação em Línguística e em Inglês da UFSC, criados em 1971. A feira prossegue até 14 de abril  no Centreventos Cau Hansen, em Joinville.
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História oral ganha como aliada uma obra plural e multidisciplinar

08/04/2013 12:44

Livro é publicado pela EdUFSC e pela editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Obra plural, construída por autores de diversas instituições e várias regiões, oriudos de três países (Brasil, Canadá e Argentina), o livro História Oral, desigualdades e diferenças encarna o desafio de “pensar historicamente as formas ambíguas e contraditórias de representação do real, assim como as faces múltiplas de tradução sociocultural das diferenças e dos conflitos vividos, especialmente aqueles situados em espaços entre fronteiras culturais e nacionais”. Publicada com o selo das editoras das Universidades Federais de Santa Catarina (EdUFSC) e de Pernambuco (Editora Universitária UFPE), organizado por cinco pesquisadores e escrita por 16 autores, a obra articula discussões temáticas centradas em perspectivas e abordagens multidisciplinares e outras experimentações metodológicas da práxis da história oral.

Produção coletiva e transdisciplinar, a produção é resultado de seis “núcleos temáticos”: Fontes orais e o ofício do historiador; História oral, memória e subjetividade; História oral, cidades e diferença; História oral, desigualdades e movimentos sociais; Migração, memória e identidade; e História oral, ensino e diferença. A organização dos textos exigiu um enorme “esforço de cooperação dialógica de caráter interinstitucional” dos autores e, sobretudo,  por parte dos seis coordenadores: Robson Laverdi, Méri  Frotscher, Geni Rosa Duarte, Marcos F. Freire Montysuma e Antonio  Torres Montenegro.

O eixo temático foi, em parte, delineado pelo V Encontro Regional Sul de História Oral, realizado em 2009 na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Os organizadores avisam, no entanto, que, no seu conjunto, “o conteúdo reflete muito a energia reflexiva de troca de experiências mobilizadas em prol  da história oral no  âmbito desses intercâmbios”. O livro nasceu da “proposição de discutir, de maneira mais articulada, as dimensões multirrelacionais da compreensão da oralidade e das fontes orais como um  todo, no interior e a partir da riqueza de processos de produção  da cultura e da vida social.

Entre os organizadores da  obra, o professor do Curso de História e integrante do Programa de Pós-Graduação de  História da UFSC, Marcos Fábio Freire Montysuma apresenta um artigo ancorado na sua própria história de historiador. Aqui o ex-assessor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (Acre) discute as intermediações entre pesquisa histórica baseada em história oral e subjetividades. Montysuma propõe “uma prática de pesquisa militante”, já que se considera “envolto nas questões do seu cotidiano”. Ele recupera, de forma criativa e contextualizada, três momentos cruciais da sua vida acadêmica. “Não vejo nenhum problema em assumir paixões na prática da história oral”, confessa, e acrescenta: “é por meio de olhares questionadores lançados pela janela da história que buscamos alcançar respostas que nos satisfaçam, dividindo a construção da dignidade com as pessoas”. No seu artigo, enfatiza que o trabalho do historiador “envolve uma ideia de pertencimento com os sujeitos, com o tempo  do historiador”. Entende que o resultado  da pesquisa deve retornar às fontes pesquisadas. Condena,  por  exemplo, os pesquisadores “que nunca mais voltam para dar satisfações dos escritos publicados”. O autor tem como parâmetro a professora Yara Aun Khoury que procura “retirar a história do campo da erudição neutra e da mera especulação do passado,  trazendo-a  para o campo da política”.

Neste sentido, a obra é coerente, abarcando temas culturais, sociais,  econômicos e políticos. Aborda desde os movimentos sociais até as questões de gênero. Perfilam, ao longo das 333 páginas, os trabalhadores sem terra, as quebradoras de coco, as organizações sociais, os movimentos migratórios nacionais e internacionais, as favelas, os quilombolas, a escola e a universidade. Os campos da pesquisa abarcam diferentes estados brasileiros e narram experiências também do Canadá e da Argentina.

A pesquisadora Bibiana Andrea Pivetta, da Argentina, pleiteia a incorporação  da memória  no ensino da  História, entendendo a “história oral como meio para aprender a heterogeneidade de experiências e os conflitos nas relações sociais”. Seria, certamente, um passo necessário para a sonhada valorização da História Oral e uma justificativa a mais para a edição do livro.

Mais informações e contatos:
Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
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EdUFSC lança mais dois títulos da Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade

05/04/2013 13:14

Preenchendo uma lacuna no ensino e na profissão, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está lançando mais dois títulos da Coleção Urbanismo e Arquitetura da Cidade: Traços e palavras sobre o processo projetual em arquitetura, de Eduardo Castells; e Patrimônio Cultural e Cidade Contemporânea, organizado por Alicia Norma González de Castells e Letícia Nardi. As novidades já estão disponíveis no estande da EdUFSC da 10ª Feira do Livro de Joinville, que oferece 40 mil títulos até o dia 14 de abril no Centreventos Cau Hansen. A Editora está presente com uma seleção de 600 títulos próprios, além de obras escolhidas de outras editoras universitárias.
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