Ministra das Mulheres convoca na UFSC esforço para “chegar aonde ainda não chegamos”
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, cumpriu agenda especial na tarde desta quinta-feira, 20 de abril, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Além de participar de uma reunião com representantes do Instituto Federal Catarinense (IFC), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), a ministra também ouviu lideranças e vozes de movimentos de militância regionais.
Após comparecer à Câmara Municipal de Florianópolis pela manhã, Cida Gonçalves integrou uma mesa de discussão na Sala dos Conselhos, no prédio da Reitoria do Campus de Florianópolis, às 14h30. Além de Cida, a mesa também foi composta pelo reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, a vice-reitora, Joana Célia dos Passos, e a deputada federal Ana Paula Lima e a deputada estadual Luciane Carminatti. Neste momento, a ministra discutiu as principais demandas e alinhou expectativas com representantes das instituições públicas de ensino catarinenses.
Em meio ao quórum, estavam presentes a reitora do IFC, Sônia Regina de Souza Fernandes, e o reitor do IFSC, Maurício Gariba Júnior. Ao iniciar o debate, a vice-reitora Joana, que conduziu a mesa na ocasião, citou o poema A noite não adormece nos olhos das mulheres, de Conceição Evaristo, feito em homenagem a Beatriz Nascimento, vítima de feminicídio. “Há mais olhos que sono”, recitou Joana, fazendo alusão a temas como violência contra a mulher, negritude e sofrimento feminino.
Instituto de Estudos de Gênero da UFSC promove live sobre cinema e movimentos sociais
O Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove na terça-feira, dia 15 de dezembro, a partir das 17h, a live Cinema e Movimentos Sociais. Para participar do evento, basta acessar o canal do IEG no YouTube.
O evento terá a participação de Patrícia Ferreira Pará Yxapy, cineasta indígena da etnia Mbyá-Guarani; Luara Dal Chiavon, militante, do setor de comunicação e da coordenação da BAEC; Angélica Cunha, engenheira florestal, militante e do coletivo de comunicação do MMC Brasil; Edcleide da Rocha Silva, camponesa, descendente indígena, filósofa e mestre em Educação. A mediação ficará a cargo de Adriane Canan, cineasta e ativista do MMC.
Durante a transmissão será compartilhada a lista de presenças para a certificação. A live terá intérpretes de libras e transcrição.
Mais informações no site do IEG
Livro sobre a trajetória de pesquisas da Rede Mover tem lançamento na segunda, 21 de maio
O Núcleo Mover realiza nesta segunda, 21 de maio, evento com duas atrações: seminário com Andréa Rosana Fetzner (Unirio) e lançamento de livro de Reinaldo Fleuri (UFSC).
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Inscrições para ‘Curso de Formação Permanente: Ações Coletivas, Democracia Participativa e Direitos Sociais’
O Curso de Formação Permanente: Ações Coletivas, Democracia Participativa e Direitos Sociais, é uma iniciativa do Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular (Nessop), vinculado ao Departamento de Serviço Social da UFSC. O curso visa fortalecer e qualificar a participação popular nos espaços públicos de decisão e a consolidação da democracia.
O público-alvo são os participantes de movimentos sociais, entidades comunitárias e representantes da sociedade civil nos Conselhos de Direito e Gestão das Políticas Publicas. O curso, que terá 30 vagas e, cuja metodologia é participativa, ocorrerá às segundas-feiras, no período noturno, de 21 de agosto a 18 de setembro de 2017, na sala 217 (segundo piso), miniauditório do Centro Socioeconômico (CSE). As pré-inscrições poderão ser feitas neste link.
Programação
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Seminário debaterá conjuntura política e movimentos sociais
O Núcleo de Estudos em Serviço Social e Organização Popular (NESSOP/UFSC) promove, no dia 14 de junho, o seminário “Conjuntura Política e Movimentos Sociais”. O objetivo é refletir criticamente sobre o contexto político e social atual e o papel dos movimentos sociais e sindicais. A programação se inicia às 9h, com a palestra “Auditoria Cidadã da Dívida”, com a auditora aposentada da Receita Federal, Maria Lucia Fattoreli. O movimento sindical será debatido às 18h30, com a participação de Heloisa Helena Pereira (SindSaúde), Luciano Wolffenbüttel Veras (SindPrev), Mauro Titton (Andes), e o professor Paulo Pinheiro Machado, que será o mediador. O evento ocorre no auditório do Centro Socioeconômico (CSE) e é aberto a todos os interessados.
EdUFSC lança livro sobre mobilização social no País e na América Latina
Os movimentos sociais, analisados e dissecados pela Sociologia Política, voltaram à pauta nacional e latino-americana. A prova é o livro Movimentos sociais e participação – Abordagens e experiências no Brasil e na América Latina, publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), e organizado pelas pesquisadoras Ilse Scherer-Warren e Lígia Helena Hahn Lüchmann, lançado na 10ª Feira do Livro de Joinville.
Direitos humanos, ações afirmativas, orçamento participativo, associativismo, mulheres, catadores de recicláveis, organizações populares e conselhos comunais na Venezuela são temas que enriquecem a obra resultante, em grande parte, do 3º Seminário Nacional e 1º Seminário Internacional sobre Movimentos Sociais, Participação e Democracia, abrigados em 2010, em Florianópolis, pela UFSC.
Somam-se aos ensaios selecionados artigos produzidos pelos integrantes do Núcleo de Pesquisas em Movimentos Sociais (NPMS), sediado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC. Com atuação reconhecida e consolidada no País, o conteúdo reforça a agenda política delineada por 25 anos de pesquisas daquele núcleo.
Os 17 artigos constantes nesta publicação são representativos das renovadas abordagens dos movimentos sociais no Brasil e na América Latina. Alternativas, inovações democráticas e institucionais, novos modelos de representação e novas formas de organização fazem o cotidiano das investigações dos pesquisadores que escreveram Movimentos sociais e participação.
Na apresentação da obra, Julian Borba, doutor em Ciência Política, cita dois aspectos no retorno aos movimentos sociais e na renovação das perspectivas teóricas de análise: um dedutivo e outro indutivo.
O primeiro, salienta, diz respeito aos “ganhos analíticos que o diálogo com novas perspectivas tem provocado”. O segundo está ligado à “incorporação de novos referenciais” nas mudanças da “própria realidade sociopolítica”.
A lógica dos movimentos sociais, constata, é fruto não apenas de contradições na estrutura socioeconômica ou da dimensão identitária dos atores, mas também de “constrangimentos e oportunidades” que são produzidos pelo contexto. Ele destaca que “novas oportunidades” estão colocadas para os “atores sociais” num “contexto de ampliação das demandas” com a democratização do Estado.
As novas formas de mobilização e demandas exigiram diferentes aportes teóricos para os pesquisadores da área. Os trabalhos reunidos no livro são representativos dessas renovadas abordagens no estudo dos movimentos sociais na América Latina.
O pesquisador Valdenésio Aduci Mendes, ao examinar a democracia participativa na Venezuela a partir dos conselhos comunais, duvida da capacidade de se “contrapor ao centralismo político” e critica o “processo de recentralização de poder nas mãos do governo chavista”.
Processo emancipatório
Ilse Scherer-Warren, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais, indaga:
– Como construir uma plataforma de direitos humanos que respeite ou consolide os “direitos tradicionais” das populações subalternas e que inclua medidas reparadoras de suas condições históricas de sujeitos discriminados, sem que se utilize de políticas meramente assistencialistas ou clientelistas, mas que busque recuperar a história, a cultura, as vozes, os desejos e os projetos das populações subalternas e socialmente excluídas?
Para que o trabalho intelectual, enfatiza a pesquisadora, contribua para um processo emancipatório inclusivo dos sujeitos subalternos, “não só terá que os considerar como cidadãos de direito, mas contemplar em suas reflexões as experiências e saberes desses povos, bem como as novas formações discursivas que vêm sendo elaboradas em suas práticas políticas em rede”. E é através de ações e relações “não isentas de conflitos” que os atores em rede constroem suas novas plataformas políticas e significados simbólicos para as lutas, observa Ilse Scherer-Warren. Isso, conclui, exige “escuta recíproca, solidariedade e horizontalidade nos compartilhamentos”.
Ao abordar os movimentos sociais no contexto das ações afirmativas nas universidades e o movimento negro, Ângela Randolpho Paiva ressalta a importância da redemocratização do País para que as novas demandas por políticas públicas pudessem ser efetivadas. Hoje, frisa, os atores sociais, funcionando em rede e agindo coletivamente, exercem uma “nova forma de exercício de cidadania”, recusando-se a continuar na subalternidade.
Associativismo e democracia
Uma das organizadoras da obra, Lígia Helena Hahn Lüchmann enfoca “associativismo civil e representação democrática”. Ao seu ver, assim como o conceito de capital social, o conceito de sociedade civil também reforça a tese de que há uma relação direta entre associação e democracia”. Igualmente, complementa, as associações são também elementos centrais no conceito de movimentos sociais.
A autora lembra que “o caráter conflituoso e contencioso dos movimentos sociais demarca as características analíticas desse campo de estudo do associativismo e contradiz as atribuições representativas no campo das instituições estatais”. Há que se pensar, na sua avaliação, em elementos teóricos e analíticos que permitam entender a qualidade da representação exercida e a sua compatibilidade ou não com a ideia de representação democrática.
Para a cientista política, “promover representação democrática implica em ampliar os espaços e os atores sociais, não no sentido da substituição, mas da complementação e da qualificação da representação eleitoral”.
Como a representação não está dada a priori, é necessário criar “mecanismos e espaços de escuta, debate e interlocução, corroborando, dessa maneira, com os “ideais democráticos de pluralização e inclusão”. Uma representação legítima, adverte Lígia Lüchmann, requer uma participação ativa por parte dos indivíduos, grupos e organizações sociais. Por essa via, conclui, o associativismo será um “ganho político e democrático”,apontando e abrindo caminhos para a inclusão dos cidadãos.
Mais informações e contatos:
Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
(48) – 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686 e 3721-8507
e-mails: fernando@editora.ufsc.br e sergio@editora.ufsc.br
Moacir Loth /Jornalista da Agecom/UFSC
lothmoa@gmail.com
UFSC contará com um núcleo de estudos sobre movimentos sociais
Na tarde desta segunda-feira, 20 de agosto, as reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Pacheco discutiram a criação de um núcleo de estudos que desenvolva projetos com movimentos sociais. A proposta foi encaminhada na presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em reunião no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). O órgão deve ser gerenciado por professores da UFSC que coordenam e participam de projetos de extensão que trabalham com movimentos sociais. Ainda não existe uma data para inaugurar o núcleo.
As reitoras assumiram o compromisso de suprir a demanda de institucionalizar as ações da Universidade com relação aos movimentos. Um dos objetivos da reunião desta segunda-feira era identificar os professores que mantinham projetos ligados aos movimentos sociais e integrar essas propostas. O encontro foi um convite do MST para esclarecer a participação da Universidade dentro dos assentamentos.
Revero Ribeiro, membro do Setor de Comunicação do MST em Santa Catarina, diz que uma das principais parcerias entre as instituições é a oferta de educação nos assentamentos. A UFSC oferece formação técnica, especialização e Ensino Médio para os assentados por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) do INCRA. A vice-reitora Lúcia Helena Pacheco afirma que a Universidade tem o conhecimento científico como um instrumento à disposição . “O objetivo da UFSC é estar aberta para auxiliar os movimentos em suas questões”, disse.
A resposta às demandas é um desejo antigo do MST. Membros do Movimento conversaram com a reitora em maio e alguns encontros foram realizados nesse período. Roselane reiterou durante a reunião que existia a necessidade de um projeto institucionalizado para a Universidade reconhecer as demandas dos movimentos de forma efetiva. “A ideia é que a gente organize isso”, concluiu.
Por Murici Balbinot / Estagiário de Jornalismo na Agecom / UFSC
muricibalbinot@gmail.com
Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC
henrique.almeida@ufsc.br
Comissão do MST visita reitora da UFSC com proposta de ampliar projetos

Comissão apresentou a proposta de criar uma diretoria de extensão popular para articular iniciativas ligadas aos movimentos sociais
A reitora Roselane Neckel e a vice-reitora Lúcia Pacheco receberam na tarde desta segunda-feira, 2 de julho, uma comissão para tratar dos projetos em andamento da UFSC em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Um dos assuntos em pauta foi a proposta da comissão de criar na UFSC uma diretoria de extensão popular, para organizar e articular as iniciativas de extensão ligadas aos movimentos sociais. Outra ideia é organizar uma parceria nas áreas técnicas, com cursos formais de capacitação para produção de alimentos saudáveis.
Como ponto de partida, a comissão irá organizar um seminário que terá por objetivo reunir pesquisadores, professores e representantes das diversas organizações sociais, com o objetivo de estudar as políticas institucionais da UFSC em relação aos movimentos sociais, identificar os projetos relevantes, as oportunidades de parceria e estabelecer as prioridades de ação.
Estiveram presentes na reunião Wilson Santin, da Coordenação e Articulação Estadual do MST, Lucídio Ravanelo, da Direção Estadual do MST, Elodir Lorenço de Souza, Coordenador do Coletivo Estadual de Educação do MST, Nauro José Velho, Fábio Dhein e Camila Munarini, da Secretaria Urbana de Articulação Política do MST de Florianópolis, Clarilton Cardoso Ribas, Chefe do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural e Sandra Dal Magro, professora da UFSC.
Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom/UFSC.
Fotos: Henrique Almeida, Agecom/UFSC.
Barragens: novas abordagens sobre um velho problema
Acontece nesta terça, 19/06, o debate Barragens: novas abordagens sobre um velho problema. O evento, que se inicia às 14h no Mini-auditório do CFH, trará os professores Carlos Augusto Locatelli (Departamento de Jornalismo, UFSC), Hemerson L. Pase (Departamento de Ciência Política, UFPEL) e Maria José Reis (ANT-UFSC/UNIVALI) para discutir o tema.
O debate é aberto à comunidade e tem promoção do Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais (NPMS) da UFSC.
Mais informações: www.sociologia.ufsc.br, 3721-9253 Ramal 23 ou ppgsp@cfh.ufsc.br.