Edufsc apresenta lançamentos na 26ª Feira do Livro de Florianópolis

15/12/2011 08:40

A editora da UFSC está presente na 26ª Feira do Livro de Florianópolis, no Largo da Alfândega, com promoções que chegam a 50% de desconto. Além dos lançamentos de final de ano, como Ao que minha vida veio, de Alckmar dos Santos, e Homo Academicus, de Pierre Bourdieu, quase duzentos títulos estão à venda no estande da EdUFSC.

O livro Homo Academicus  é um dos títulos disponíveis no estande. Recém-lançado, com projeto gráfico novo, desenvolvido na universidade, reflete sobre a violência do poder simbólico do “universo universitário”. O sociólogo Pierre Bourdieu é reconhecido pela densidade e coerência de seu pensamento, e Homo Academicus é leitura obrigatória para compreender os mecanismos pelos quais as instituições culturais e políticas operam.

A obra Ao que minha vida veio…, de Alckmar Luiz dos Santos, relata a busca do narrador para reconstituir sua trajetória, descobrir quem são seus pais e definir sua própria identidade. Uma característica marcante é a linguagem utilizada na obra, que evoca a oralidade dos contadores de causos do interior, com passagens repletas de detalhes.

O livro-embalagem Poemas, dividido em duas partes: Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco, ambos inéditos, escritos pelo poeta e artista plástico catarinense Rodrigo de Haro é, na avaliação do editor Sérgio Medeiros, uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira.

Informações: (48) 3721-8729

Por Matheus Moreira Moraes / Estagiário de Jornalismo na SeCArte / matheus.moreira.moraes@gmail.com / http://www.secarte.ufsc.br

Tags: EdUFSC

Pesquisadores apresentam diagnósticos sobre a Área de Preservação Ambiental da Ponta do Araçá

15/12/2011 08:20

Após um ano de trabalho, pesquisadores do projeto Parques e Fauna apresentam à comunidade de Porto Belo, na próxima segunda-feira, 19/12, os principais resultados dos diagnósticos e estudos temáticos do Plano de Manejo APA Ponta do Araçá. Decorrente da Oficina de Apresentação de Resultados, na quarta-feira 21/12, a coordenação do projeto realiza uma Oficina Participativa com os membros do Conselho Gestor e convidados para, com base nos diagnósticos, identificar elementos estratégicos da APA e entorno, propor diretrizes de planejamento, possibilidades de cooperação para implementação do Plano de Manejo e uma agenda para reuniões técnicas de planejamento. Veja a programação completa em www.parquesefauna.ufsc.br.

A Área de Proteção Ambiental da Ponta do Araçá (APA da Ponta do Araçá) está localizada no extremo leste do município de Porto Belo. Criada pelo Decreto 395 de 30, de abril de 2008, com aproximadamente 140,7 hectares, a APA é uma Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável que ainda não possui Plano de Manejo.

Em 2010, o coordenador do Projeto Parques e Fauna, Maurício Graipel, foi convidado pela Prefeitura de Porto Belo para desenvolver um projeto de pesquisa que subsidiasse o planejamento e gestão da Área de Proteção Ambiental da Ponta do Araçá. O projeto previa o inventário dos meios biótico, faunístico (peixes de água doce, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e florístico (plantas superiores), meio antrópico (abrangendo caracterização fundiária, demográfica, arqueológica, histórica, de infraestrutura, econômica, de desenvolvimento e caracterização política e institucional).

As análises abordaram também o meio físico (abrangendo clima, geologia, geomorfologia e recursos hídricos), tendo como objetivo a elaboração de uma proposta de Plano de Manejo. Transcorrido um ano de execução do projeto, os pesquisadores apresentam os resultados dos estudos realizados até o momento. O projeto tem, entre outros, os objetivos de propor atividades voltadas ao Ecoturismo do município de Porto Belo e buscar o envolvimento da comunidade na gestão da Unidade de Conservação.

Mais informações com Maurício Graipel (8402-5483) ou Ana Montero (7811-6471).

Por Ana C. G. Montero / Assessoria de Comunicação Educativa da Secretaria de Planejamento e Finanças – ACE/Seplan/ UFSC

Tags: Ponta do Araçá

UFSC abre inscrições para curso de atualização gratuito em matemática

15/12/2011 08:07

Estão abertas até 15 de janeiro as inscrições para o Curso de Atualização para Professores de Matemática do Ensino Médio no Estado do Santa Catarina. Gratuita, a capacitação é direcionada a professores da rede pública e privada. A promoção é do Departamento de Matemática da UFSC, em parceira com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Inscrições em http://mtm.ufsc.br/ensinomedio/ .

As aulas serão realizadas de 23 a 27 de janeiro. O curso será ministrado em sistema de vídeoconferência, com apoio da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que oferece seus serviços de Pontos de Presença (PoP) em todas as capitais do País.

Mais informações: (48) 3721-9221 / ensinomedio@mtm.ufsc.br

Tags: matemática

Biblioteca Central: empréstimo especial de férias

15/12/2011 07:42

A Biblioteca Central da UFSC (BU) iniciou o sistema de empréstimo especial de férias, que vai até 17 de fevereiro de 2012. Os livros emprestados durante esse período podem ser devolvidos no dia 12 de março de 2012.

Para quem emprestou alguma obra antes de 12 de dezembro, basta fazer a renovação pela internet para devolver também dia 12 de março.

A BU funcionará durante todo o período de férias de acordo com o horário de verão definido para a UFSC: de segunda à quinta-feira, das 13h às 19h, e sextas-feiras, das 7h às 13h.

Tags: Biblioteca Central

Resolução dispõe sobre normas para composição da listra tríplice

14/12/2011 08:58

RESOLUÇÃO N.º   16/CUn/2011, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011.

 Dispõe sobre as normas que regulamentam o processo de escolha dos candidatos para a composição das listas tríplices para a nomeação do Reitor e Vice-Reitor da UFSC, em conformidade com o disposto na Lei n.º 9.192, de 21 de dezembro de 1995, no Decreto n.º 1.916, de 23 de maio de 1996, e no Decreto n.º 6.264, de 22 de novembro de 2007.
O Vice-Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, no exercício da Reitoria, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, e tendo em vista o que deliberou este Conselho em sessão realizada em  13 de dezembro de 2011, RESOLVE:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES INICIAIS

            Art. 1.º O processo de escolha dos candidatos para a composição das listas tríplices para a nomeação do Reitor e Vice-Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina será conduzido pela Comissão Especial criada pelo Conselho Universitário, em sessão extraordinária realizada no dia 13 de dezembro de 2011 e designada pelo Reitor por meio da Portaria n.º 1418/GR/2011.

Parágrafo único. A Comissão Especial de que trata este artigo funcionará junto à Secretaria dos Conselhos – Prédio da Reitoria, das 14 às 18 horas, nos dias úteis.

Art. 2.º A escolha dos candidatos para a composição das listas tríplices de que trata o artigo 1.º será realizada na Sessão Especial do Conselho Universitário, que ocorrerá no dia 20 de dezembro de 2011, às 14:00 horas, na Sala Prof. “Ayrton Roberto de Oliveira”.

CAPÍTULO II

DAS ELEIÇÕES

 

Art. 3.º Serão eleitores no processo de escolha de que trata o art. 1.º desta Resolução os Conselheiros que compõem o Conselho Universitário, na forma disposta no art. 16 do Estatuto da Universidade.

Art. 4.º A eleição será realizada por escrutínio secreto.

Art. 5.º A votação será uninominal, devendo as listas tríplices serem compostas com os três primeiros nomes mais votados, em escrutínio único, e cada eleitor vota em apenas um nome para cada cargo a ser preenchido.

Art. 6.º Os votos dos Conselheiros serão registrados mediante cédula devidamente assinada pela Presidência e por um dos membros da Comissão Especial.

Art. 7.º As listas tríplices serão encaminhadas às autoridades competentes pelo menos sessenta dias antes de extinto os mandatos dos titulares que se encontram no exercício dos cargos de Reitor e Vice-Reitor.

CAPÍTULO III

DAS INSCRIÇÕES E DAS IMPUGNAÇÕES

            Art. 8.º É condição, para inscrição como candidato para compor as listas tríplices ao cargo de Reitor e Vice-Reitor, ser docente integrante da Carreira do Magistério Superior, ocupante do cargo de Professor Titular, Professor Associado, ou que seja portador do título de doutor, neste caso independentemente do nível ou classe do cargo ocupado.

 

Art. 9.º O edital de abertura de inscrição dos candidatos será publicado no endereço eletrônico www.ufsc.br e no mural da Secretaria dos Conselhos até a data de 13/12/2011.

 

Art. 10. A inscrição dos candidatos ao cargo de Reitor e Vice-Reitor será efetuada por meio de requerimento à Comissão Especial no período de 14 e 15 de dezembro de 2011 na Secretaria dos Conselhos, observado o horário de funcionamento, conforme o disposto no parágrafo único do art. 1.º.

Art. 11. Findo o prazo de inscrição, a Comissão Especial fará publicar na Secretaria dos Conselhos o edital contendo a relação dos nomes dos candidatos inscritos, para ciência dos interessados.

Art. 12. Do pedido de inscrição caberá impugnação à Comissão Especial, até as 18 horas do dia 16/12/2011.

 

Art. 13.  Havendo impugnação, o candidato terá vista dos autos, até as 12:00 h do dia 19/12/2011, para manifestar-se.

§ 1.º  O pedido de impugnação terá efeito suspensivo.

§ 2.º Caberá à Comissão Especial decidir sobre as impugnações que venham a ocorrer, até as 18:00 h do dia 19/12/2011.

CAPÍTULO IV

DA APURAÇÃO

 

Art. 14. A apuração da votação será realizada após cada escrutínio.

Art. 15. A Comissão Especial constituir-se-á em mesa apuradora, e seus trabalhos poderão ser acompanhados pelos candidatos.

 

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

            Art. 16. Das decisões da Comissão Especial caberá recurso ao Conselho Universitário dentro do prazo de quarenta e oito horas.

 

Art. 17. Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Universitário.

 

Art. 18. A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no Boletim Oficial da Universidade, ficando revogada a Resolução n.º 18/CUn/2007 e demais disposições em contrário.

 

 

 

Prof. Carlos Alberto Justo da Silva

                                                           Original Firmado

Conselho Universitário da UFSC abre inscrições para Reitor e Vice-reitor

13/12/2011 18:48

Estão abertas nesta quarta e quinta (14 e 15/12/11) as inscrições para os candidatos interessados em compor as listas tríplices que serão elaboradas pelo Conselho Universitário para os cargos de Reitor e Vice-reitor da UFSC. As inscrições devem ser feitas das 14h às 18h, na secretaria dos Conselhos (piso térreo do prédio da Reitoria).

O período de inscrições foi determinado nesta terça, 13/12, pela Comissão Especial criada pelo Conselho Universitário neste mesmo dia  e designada pela portaria n° 1.418/2011/GR.

Acesse os documentos:

– Edital 001/2011/Comissão Especial, que dispõe do prazo para as inscrições pode ser acessado aqui.

Resolução N.º   16/CUn/2011, com as normas que regulamentam a composição da listra tríplice.

Biblioteca Central da UFSC inicia sistema de empréstimo para as férias

13/12/2011 17:31

A Biblioteca Central da UFSC (BU) iniciou na segunda-feira, 12 de dezembro, o Sistema de Empréstimo Especial de férias, que vai até 17 de fevereiro de 2012. Os livros emprestados durante esse período podem ser devolvidos no dia 12 de março de 2012.

Para quem emprestou alguma obra antes de 12 de dezembro, basta fazer a renovação pela internet para devolver também dia 12 de março.

A BU funcionará durante todo o período de férias de acordo com o horário de verão definido para a UFSC: de segunda à quinta-feira, das 13h às 19h, e sextas-feiras, das 7h às 13h.

Tags: Biblioteca UniversitáriaBUfériasUFSC

UFSC ocupa o 28º lugar entre as instituições de ensino superior no Brasil

13/12/2011 16:32

Os dados do Índice Geral de Cursos (IGC) de 2010 colocam a UFSC no 28º lugar entre as instituições de ensino superior no Brasil, que envolvem universidades, faculdades, escolas superiores, institutos, entre outros. Se consideradas apenas as universidades, a instituição sobe para o 11º lugar, a mesma classificação de 2009, mas com uma pontuação melhor: 3,94, contra 3,86 da avaliação anterior, resultado que corresponde à faixa 4 do IGC, que vai de 1 a 5. Os números foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no final de novembro, junto com os resultados do Enade 2010 (clique aqui para conhecer o desempenho da UFSC nessa edição do Enade).

O IGC é o indicador da qualidade divulgado anualmente pelo MEC e leva em conta os cursos de graduação e pós-graduação stricto-sensu (mestrado e doutorado). Para compor o índice, utilizam-se as notas do Conceito Preliminar de Curso (CPC) da graduação, que são calculadas com base nos resultados do Enade. As notas da pós-graduação vêm das avaliações trienais da Capes. O IGC leva em conta as notas do Enade dos últimos três anos: 2010, 2009 e 2008. Foram avaliados 43 cursos da UFSC, o que coloca a instituição no segundo lugar em Santa Catarina. Em primeiro lugar no Estado está o Centro Universitário Municipal de São José, que teve dois cursos avaliados, ocupando o 23º lugar geral.

Conforme avalia o reitor Alvaro Prata, é muito positivo que o Brasil esteja avaliando suas mais de 2,3 mil instituições de ensino superior, mas o resultado obtido pela UFSC não reflete a alta qualidade da instituição. “Não fico satisfeito com esse resultado, pois a Universidade Federal de Santa Catarina não se mostrou da melhor forma: houve um boicote em alguns dos nossos cursos, uma visão equivocada de alguns alunos de que quanto pior melhor”. O reitor exemplifica que as instituições públicas devem prestar conta à sociedade de forma precisa, sem mostrar que é melhor do que a realidade, muito menos que é pior. “É um tiro no pé que os nossos alunos dão em si próprios, pois os resultados podem prejudicá-los na hora de concorrer a estágios em outros estados brasileiros”.

 

Confira os primeiros colocados no Índice Geral de Cursos (clique para ampliar):

 

Saiba mais:

UFSC e Enade 2010: avanços e recuos em relação à última prova

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom.

Tags: avaliaçãoEnadeIGCinepsinaesUFSC

Longa “A Antropóloga”, de Zeca Pires, será exibido hoje em Garopaba

13/12/2011 16:31
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O longa apresenta mistérios da cultura popular de Florianópolis

Em comemoração do aniversário de 50 anos da emancipação política de Garopaba, município a cerca de 90 quilômetros ao sul de Florianópolis, o filme “A Antropóloga”, do cineasta e diretor do Departamento Artístico Cultural da UFSC, Zeca Pires, será exibido na cidade nesta terça, 13/12, às 20 horas. A abertura do evento, com exposição e encontro cultural, inicia às 19 horas e acontecerá no Salão Paroquial da Igreja Nova, na praça Governador Ivo Silveira.

A Antropóloga
No enredo do longa, a protagonista Malu (Larissa Bracher), antropóloga açoriana, revive em clima de suspense os mistérios da cultura popular da Ilha. Através do olhar de Malu, a Costa da Lagoa se transforma em cenário de experiências iniciáticas emocionantes, que revelam um mundo oculto do sagrado e da magia. O enredo de A Antropóloga é também uma homenagem às tradições populares de Florianópolis. A obra do artista plástico, historiador e pesquisador Franklin Cascaes, abrigada no Museu Universitário Osvaldo Rodrigues Cabral, da UFSC, inspira o eixo central da trama que envolve Malu em surpreendentes descobertas. Giba Assis Brasil, da Casa de Cinema de Porto Alegre, assina a montagem; Silvia Beraldo responde pela criação da música original e Maria Emília de Azevedo, a Produção Executiva. O roteiro foi criado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a partir de um argumento de Tabajara Ruas.
A Antropóloga ficou entre os 15 finalistas brasileiros inscritos para representar o país na disputa por uma vaga entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012. O longa estreou em abril nos cinemas da Capital.

Mais Informações sobre a programação da Amostra Garopaba 50 anos:
Fones.: 9937-3057 – Fernando
9624-0457 – João Pacheco

UFSC e Enade 2010: avanços e recuos em relação à última prova

13/12/2011 16:13

Os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) apontam que, dos oito cursos da UFSC avaliados, a maioria ficou com nota 4, de uma escala que vai de 1 a 5. Agronomia foi a única graduação a obter a nota máxima, resultado que a coloca em 8º lugar no ranking nacional. Quatro cursos ficaram com a nota 4: Educação Física, Farmácia, Nutrição e Odontologia. Enfermagem ficou com a nota 3. Os alunos de Medicina e Serviço Social boicotaram o exame, fazendo com que os cursos obtivessem a nota 1. Também passaram pela avaliação Fonoaudiologia e Zootecnia, que por serem cursos novos e sem estudantes formados, não receberam nota do MEC.

As provas foram realizadas em 2010 e os resultados foram divulgados no final de novembro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Enade faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e visa avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos dos cursos, as competências e habilidades da formação geral e profissional, e o nível de atualização em relação à realidade brasileira e mundial. Entre os instrumentos estão a prova geral e específica,  e o questionário do estudante, que visa colher informações sobre o perfil socioecômico do aluno, identificar a infraestrutura do curso, o projeto pedagógico, formação de professores, entre outras questões. Cada curso é avaliado de três em três anos.

Em 2010, compareceram 562 alunos concluintes e 743 ingressantes da UFSC. Esta foi a última edição com estudantes das primeiras fases. A prova mais recente aconteceu no dia 6 de novembro de 2011, mas os resultados devem ser divulgados somente no segundo semestre de 2012. O Exame é obrigatório: sem participar, os estudantes não podem se formar no curso.

Classificação dos cursos da UFSC no Enade 2010:

Enade 2010

 

Avanços e recuos

A última avaliação desse grupo ocorreu em 2007 e os números mostram que houve avanços: Agronomia, Educação Física e Farmácia conseguiram aumentar a nota. De acordo com o diretor de Gestão e Desenvolvimento Acadêmico da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação, Carlos José de Carvalho Pinto, neste período os cursos passaram por mudanças, como por exemplo o de Agronomia. “Quando assumimos em 2008 e vimos a nota 2, fizemos reuniões com os professores, técnico-administrativos e estudantes do curso e chegamos a uma espécie de termo de ajuste de conduta, com várias medidas para reverter a situação”. Educação Física passou de 1 para 4 e Farmácia, de 3 para 4. O professor explica que, na época em que o Enade surgiu, a própria universidade não se dava conta de que precisava apoiar, convencer os coordenadores a cadastrar todos os alunos para realizar a prova.

Mas os resultados mostram também que houve recuos, como por exemplo em Enfermagem, Odontologia e Medicina. “Os cursos da área de saúde tiveram uma queda nas notas, o que acendeu uma luz para nós”, afirma Carlos Pinto. Para ele, a queda pode ser atribuída à mudança no projeto pedagógico pela qual os cursos passaram nos últimos anos. Enfermagem passou de 4 para 3, Odontologia, de 5 para 4.


Boicote e renovação do reconhecimento

O maior impacto em relação a 2007 foi no curso de Medicina, que caiu de 4 para 1, resultado do boicote dos alunos. Serviço Social continua com a nota 1, devido ao boicote também em 2007. Os estudantes protestam contra o Enade, a política educacional do Governo Federal, reclamam das condições de funcionamento do curso e do uso do ranking como propaganda para o mercado. O professor Carlos Pinto explica que já foram realizadas reuniões com os respectivos diretores dos centros de ensino e os coordenadores de Medicina e Serviço Social, para discutir e definir ações, que serão comunicadas à próxima reitora da UFSC, recém-eleita para a gestão 2012-2016. “O boicote é um absurdo. Nenhuma avaliação é perfeita, mas o espaço para manifestação não é pelo boicote, e sim por meio da instância responsável, que é a Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), como também pelo registro de reclamações no próprio Questionário do Estudante”, diz.

Pela regra do MEC, as notas abaixo de 3 obrigarão a UFSC a abrir um processo para renovar o reconhecimento desses cursos. Conforme explica o procurador institucional da universidade junto ao MEC, Sérgio Pinto da Luz, todos os dados do curso precisarão ser cadastrados novamente no banco de dados do MEC, tais como o corpo docente, as disciplinas e infraestrutura. Depois o Ministério agenda uma avaliação externa, que será feita por dois profissionais de diferentes instituições de ensino superior, que irão atribuir uma nota ao curso. Se esta avaliação mantiver uma nota abaixo de 3, a instituição precisa firmar um protocolo de compromisso com as ações de melhoria no período de 6 a 12 meses. Ao final do prazo a instituição é submetida à visita de outra comissão de avaliação.

Saiba mais:

Resultados do Enade de 2009.

 

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom.

Tags: avaliaçãoEnadeinepsinaesUFSC

A urgência poética de Rodrigo de Haro: multiartista lança livros de poesias

13/12/2011 16:04

Esqueça-se a Teia.
Observe-se a aranha,
suas pernas concêntricas
de estrela. A vetustez
enorme da surda
aranha na parede.

Esqueça-se a vã
literatura que a
persegue com patas
ligeiras. Traz muita
fortuna a filha
de Saturno.

(Rodrigo de Haro, “Inseto”, de Folias do Ornitorrinco)

 

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Os dois volumes serão lançados no dia 20/12, às 19h30, na Fundação Cultural Badesc

Aos 72 anos, Rodrigo Antônio de Haro trabalha com paixão e afinco entre a palavra e a imagem. Empoleirado desde cedo em um andaime de alumínio no atelier de sua casa na Lagoa da Conceição, o multiartista executa uma grande tela de quatro metros quadrados para o altar-mor de uma Igreja em Curitiba depois de ter entrado a madrugada revisando os originais de seus dois novos livros de poesia. E assim o artista sai do cavalete e volta para a escrivaninha, criando, criando… “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano”, bem fala o próprio Rodrigo no poema Invenção do olfato”. O verso integra os dois volumes inéditos de poemas que o artista lança pela Editora UFSC no dia 20 de dezembro, às 19h30min, na Fundação Cultural Badesc, na rua Visconde de Ouro Preto, em uma noite de festa para a arte e a literatura.

Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco integram uma única e primorosa edição, embalados como um presente para o público desta fase de jorro criativo de Rodrigo -, que tem mais cinco livros na gaveta. São obras manuscritas em folhas de papel amarelo onde o autor desenha e lapida poemas, contos, novelas, ensaios, que vão compor cadernos ilustrados com desenhos, envoltos na beleza e raridade de um pergaminho. Além da compreensão cada vez mais plural e aberta da vida e da arte, o peso dos anos só deu mais urgência a esse monge da arte, consagrado além das fronteiras do estado e do país pela palavra, pela pintura e pela erudição. Com o “álbum duplo” de poesia, a Editora UFSC encerra um ano de grandes lançamentos e comemora o aniversário de 51 anos da universidade.

O menino artista de São Joaquim deixou a escola aos 16 anos para formar-se por conta própria aproveitando os estímulos dos pais, sempre mergulhados no mundo da sensibilidade e do conhecimento. Difícil encontrar uma expressão artística que ele não tenha experimentado: roteiro para cinema, novela, conto, poesia, aquarela, mosaico, pintura — até adaptações de literatura para rádio-novela ele fez. Integrante transgressor do grupo Litoral que atuou em Santa Catarina no final dos anos 50 e do grupo de poetas (Roberto Piva, Cláudio Viller, Antônio Fernandes Franceschi) que consolidou o surrealismo no Brasil a partir dos anos 60 e se confrontou com a Ditadura Militar. Como uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira, na avaliação do Editor Sérgio Medeiros, seus poemas guardam uma musicalidade poética serena e trágica ao mesmo tempo: “Primeiro amar os dados,/tutores das moradas. Sempre/com malícia atirá-los/sobre a mesa sem ocupar-se/de outras faces – Onde vais?/ Agito o copo,/atiro as pedras./Tantos tactos sono- /rosos trato – dados por/vertigem lado a lado./Furtar sem felonia,/abrir última porta.” (Folias do Ornitorrinco)

Retornando eternamente ao lar e ao mistério sagrado da vida, o filho do pintor Martinho de Haro e de Maria Palma, produz sua arte de uma concepção sempre transversal sobre os seres e as coisas. O maldito e o sublime, o sagrado e o profano compõem uma única dimensão do presente, que busca sua força ontológica na tradição. Nesse tempo anacrônico do poeta, a ousadia estética se alicerça no legado clássico. “Sim, abre as janelas, as janelas cegas./Deixa cair a chuva misturada ao vinho/sabático da Beladona. Espia. Ouve/os fatigados rios do mundo e saúda/Dona Urraca, a intrépida, girando/a chave do abismo”. (Espelhos do Melodrama).

Conforme rezam as escrituras sobre a cena bíblica, onde o apóstolo S. Pedro recebe de Cristo as chaves da Igreja, a mesma cena que inspirou artistas célebres como Velásquez: “…com estas chaves aquilo que ligares na Terra, será ligado nos céus; aquilo que desligares na Terra será desligado nos céus…”. Enquanto dá ao ramo de oliveira a última pincelada, Rodrigo fala sobre sua obra poética:

1. Que motivações éticas e estéticas têm movido a sua poesia?
Rodrigo de Haro: Todo poeta almeja cativar a matéria, dominar, fazer cantar a energia adormecida nas coisas. Precipitar a metamorfose das coisas é missão do poeta, conferir asas ao inanimado. A poesia, disse Balthazar Gracian, consiste em preservar o espanto: – o caderno alado que voa…

2. Como um multiartista, você desafia a manifestação mais recorrente entre os criadores, que é dominar bem apenas uma ou no máximo duas modalidades literárias e mesmo artísticas. E você transita pela poesia, conto, ensaio, novela e também por várias expressões das artes plásticas. Como é esse trânsito da literatura para as artes plásticas?
Rodrigo de Haro: Não acho que desafie. Acontece simplesmente que o mundo é um laboratório mágico, uma gruta de ressonâncias e apelos, onde se entremostram tentações e miragens. Nada é impossível para esta arte combinatória – a poesia – capaz de acordar (sim…) os mortos. Literatura, conto, ensaio e novela? É tudo poesia, se for de – fato coisa real. Sim, sou também pintor – logo desenhista. Apenas pintor e desenhista.  Às vezes me aventuro no conto, é verdade. Tenho mesmo participado de algumas antologias até fora do País. O som, a palavra, começa na alma. Pois só a poesia é familiar do sagrado.

3. Que autores têm mais inspirado sua obra poética?
Rodrigo de Haro:  Acima das divergências (só aparentes) está a unidade da inspiração e da busca. Na verdade ouso me aproximar de uma ilustre família, aquela de Michelangelo, Blake que se manifestaram no desenho e na pintura e na escrita e na pintura e tantos outros. A criação desconhece fidelidade partidária. O preconceito difuso (que de fato existe) contra a multiplicidade é uma inovação recente, desconhecida na China e no Japão, por exemplo. Utamaro sentia-se tanto poeta quanto aquarelista. E gostaria de reconhecer minha dívida com Rilke e o poeta expressionista alemão Georg Trackl e o grande G. Sarcer de la Cruz.

4. O sagrado sempre esteve presente na sua pintura e na sua obra literária, mas você também é normalmente discutido em relação aos poetas malditos. Como você vê essa relação entre o sagrado e o profano – ou maldito – no seu trabalho poético?
Rodrigo de Haro:  Malditos? Quem são? Maldito é título de nobreza, é ser politicamente incorreto? É possível. No mundo midiático, mecânico, em que vivemos é uma grande honra: Dante, Villon, os místicos, foram malditos também em seus dias, não é verdade?

5. O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… De uma certa forma esses elementos são sempre recorrentes na sua poesia… Você acredita que eles ainda ajudam a compreender o mundo hoje?
Rodrigo de Haro:  A verdadeira poesia aproxima-se demais do ominoso para não provocar arrepios em alguns momentos. “Aqueles que levantam o véu….”. O sagrado, que nos ultrapassa está na essência da ordenação poética. Meu trabalho é aquilo que é. Sou apenas o servidor de uma força maior que, de um modo ou de outro, com esforço e trabalho tento dominar, ordenar, logo que sou tomado por esta visitação dos espaços exteriores ao pragmatismo. A pulsação do sangue, a respiração e a dança são parte integrante das forças ativas da memória e da nostalgia operante. A poesia solicita liturgia, algo que o surrealismo intuiu (e também explorou) com bastante inteligência. Breton-Hudini, por exemplo, foi um agente muito perspicaz…

6. E sua obra poética e pictórica é também sempre classificada ao lado do grupo de poetas surrealistas, com quem de fato você escreveu uma trajetória. Você se identifica com esse rótulo?
Rodrigo de Haro: Sou irredutível a grupos, exceto socialmente. As escolas são sempre provisórias e o surrealismo me parece como estética ter perdido a inocência: Frida Kahlo, por exemplo, riu-se do movimento quando em Paris. Sua realidade, o seu entorno, o México coberto de caveiras de Jaguar em obsidiana, colocou o surrealismo. Dentro de medidas bastante discretas. O fantástico de Buñuel é sempre maior quando ele se afasta do surrealismo. Viridiana, Nazarin, Los olvidados. Mas… naturalmente agrada-me o discurso surrealista.

7. O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… Esses elementos estão sempre gerando sua poesia e sendo gerados por ela… Você acredita que essas dimensões clássicas ainda ajudam a compreender a vida no mundo em que vivemos?
Rodrigo de Haro: Sim, uma certa tradição hermética me fecunda. Acredito que os valores do sagrado e só eles poderão salvar o mundo. Este mundo em que vivemos.  É preciso reencantar o mundo através do apelo ao silêncio e também a outros ritmos compatíveis com a expansão do ser. O ético e o social devem expandir-se sem coerção, sem decretos, mas segundo o desabrochar da consciência de cada homem: pois todos sabemos de nossos deveres, todos podemos comunicar da mesma alegria. Basta abrir a porta.

 8. Vejo que sua obra é povoada por esposas vegetais, animais contemporâneos ou míticos, seres heterogêneos. Nos originais do livro Folias do Ornitorrinco que estão no prelo da Editora da UFSC, vi alguns versos que evocam o caráter trans-humano da arte, como em “Invenção do olfato: “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano/ seu rosto modelado por visível piedade/ Fala também com os répteis do lobo e sonha”. O filósofo francês François Lyotard cita em O inumano uma frase de Apollinaire segundo a qual “a Arte mantém-se fiel aos homens unicamente por sua inumanidade para com eles”. O que você pensa dessa relação entre a arte e o não humano?
Rodrigo de Haro: Devemos acreditar na comunhão dos seres, das coisas. O olhar da criança é um olhar cúmplice dos anjos, logo fala com as coisas e os bichos. “O olho da flor da arnica amarela à minha porta, piscou-me esta manhã. Toda poesia de verdade será trans-humana por definição, pois cabe a ela restabelecer uma corrente rompida na queda, o antigo elo solidário entre as coisas e as criaturas.

9. Espelho dos Melodramas e Folias do ornitorrinco: como se pode falar dessas obras que você lançar pela Editora da UFSC?
Rodrigo de Haro:
E esses dois volumes de poesia acompanham Voz, Idílios vagabundos e Lanterna mágica, outros inéditos que produzi nos últimos tempos, neste voluntário recolhimento do Morro do Assopro. O primeiro deles representa minha adesão ao campo lírico, ao drama – pois trata (por vezes) do excesso, dos movimentos violentos ou dolorosos do espírito, mas com humor. Já Folias do Ornitorrinco obedece a um caráter sintético. São dois livros diferentes, mas compostos pelo mesmo homem. Estão próximos.

10.Quais são os grandes autores da literatura brasileira e qual a melhor contribuição que deram, no seu ponto de vista, à renovação literária?
Rodrigo de Haro: Guimarães Rosa, Lúcio Cardoso.

 11.   Na convivência com o multiartista Rodrigo de Haro, percebe-se que estamos diante de um homem de 72 anos com uma rotina de trabalho diria até rigorosa, obstinada. Como é essa rotina e o que o move dessa forma ao trabalho artístico? Você se sente tomado por um sentimento de urgência de criação?
Rodrigo de Haro: Trabalho artístico ou simplesmente trabalho… Com o tempo, estabelecida a rotina, torna-se impossível fugir a ela. O trabalho de um atelier-escritório é riquíssimo. É tudo a fazer o tempo todo. Os quadros te arrastam para o cavalete, os cadernos sussurram nos ouvidos. Impossível aproximar-se do material sem ser de novo absorvido pelo visgo da invenção, do retoque, de alguma nova sugestão.

12. Que outros projetos ainda estão saindo do atelier multiartístico de Rodrigo de Haro? A propósito, qual a importância do ambiente de trabalho no seu processo de criação?
Rodrigo de Haro: Sempre são muitos os projetos, pois o hábito contínuo da reflexão se resolve em sonhos de realização urgentíssimos. Nada é mais importante do que sonhar para materializar.

Texto e entrevista a Raquel Wandelli

Lançamento: Livro-embalagem “Poemas”

(Folias do Ornitorrinco e Espelho dos Melodramas)

Autor: Rodrigo de Haro
Editora UFSC
Quando: 20 de dezembro, às 19h30min
Onde: Fundação Cultural Badesc
Entrada aberta ao público

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC – Fones: 37218729 e 99110524 – raquelwandelli@yahoo.com.br – www.secarte.ufsc.br – www.agecom.ufsc.br

 

Tags: EdUFSC

Conselho Universitário define data para escolha da lista tríplice para reitor

13/12/2011 14:28

Dando sequência ao processo eleitoral para escolha de reitor e vice-reitor da UFSC, o Conselho Universitário (CUn) aprovou na sessão desta terça-feira, dia 13, a data para votação da lista tríplice que será encaminhada ao Ministério da Educação para nomeação dos  cargos. Será realizada uma sessão especial no dia 20 de dezembro, a partir das 14h, na Sala dos Conselhos, para indicação dos nomes vinculados à chapa vencedora na consulta realizada à comunidade universitária em 30 de novembro. Foi aprovado por unanimidade o parecer do relator, professor Edison da  Rosa. Será formada uma comissão com um representante de cada categoria (professor, técnico-administrativo e aluno) para conduzir o processo.

Na mesma sessão, o CUn aprovou a criação de uma comissão de especialistas para trabalhar junto ao Conselho de Curadores, que faz o acompanhamento dos projetos e convênios assinados pelas fundações de apoio à Universidade (Fapeu, Feesc, Fepese, Funjab). Um documento será encaminhado à Administração Central da UFSC comunicando a decisão do Conselho, que também definirá o número de membros da comissão.

Também foi aprovada a resolução normativa que regulamenta a pós-graduação lato sensu na Universidade. Por fim, foi apresentado um histórico do processo de cessão de área da UFSC para o alargamento da rua Deputado Antônio Edu Vieira, que liga o campus aos bairros Pantanal, Saco dos Limões e às demais comunidades do sul da Ilha. Este processo, baixado em diligência, vem sendo discutido na instituição desde 2010, e será retomado na primeira reunião do Conselho no próximo ano.

Mais informações no Conselho Universitário, pelo fone (48) 37219522.

Ponto de carona facilita mobilidade dos estudantes do CCA

13/12/2011 12:17

Desde meados de 2009 funciona no Centro de Ciências Agrárias (CCA) um setor especialmente utilizado para as pessoas solicitarem carona. O ponto de carona surgiu da idéia de um aluno do Centro Acadêmico de Agronomia, e logo foi incorporada pelos outros CA’s. O objetivo é facilitar a mobilidade dos alunos que moram perto do centro e ajudar também a diminuir a quantidade de carros que circulam por lá. A partir do momento que foi institucionalizado, o ponto de carona funciona na saída do centro, indicado por uma placa semelhante à sinalização de um ponto de ônibus.

(mais…)

Tags: ponto de caronas CCA

Professor tem trabalho na área de soldagem reconhecido pela Finep

13/12/2011 11:45

O professor Jair Carlos Dutra, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conquistou o título de “Inventor Inovador” na etapa regional do Prêmio Finep de Inovação 2011. Este ano cerca de 350 pessoas ou instituições se inscreveram em cinco categorias: Micro e Pequena Empresa, Média Empresa, Instituição Científica e Tecnológica, Tecnologia Social e Inventor Inovador. O vencedor nacional na categoria Inventor Inovador é Vladimir Jesus Trava Airoldi, doutor em Física pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e pós-doutor no Jet Propulsion Laboratory da Nasa (veja os outros finalistas da etapa nacional).

Jair Carlos Dutra é doutor em Engenharia Mecânica pela UFSC e desenvolveu diversos processos e equipamentos inovadores na área de soldagem (iniciativas já reconhecidas com inúmeros outros prêmios). Um destes equipamentos de soldagem (o processo de união permanente de peças usadas na indústria) utiliza moderna concepção eletrônica, tanto de controle como de potência. Entre suas vantagens está a possibilidade de passar por atualizações no software de controle. O aparato é um dos trabalhos que contribuíram para que o professor conquistasse, em etapa regional, a primeira colocação na categoria que premia ações inovadoras no prêmio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Dutra é graduado pela UFSC, instituição em que também prestou mestrado e doutorado direcionados ao campo de processos de soldagem. No doutorado, desenvolvido em cooperação com a Universidade Técnica de Aachen (Alemanha), o enfoque foi dado ao Arco Voltaico – modalidade técnica da soldagem. Segundo o professor, a tese focou principalmente a aquisição de dados, instrumentação e controle de processos.

As linhas de pesquisas em que atua são automatização, sistemas orbitais e sensoreamento em soldagem com desenvolvimento de procedimentos; deposição de revestimentos duros; desenvolvimento de novas versões de processos de soldagem a arco e de procedimentos especiais para metais e ligas não convencionais; sistemas de controle, simulação e desenvolvimento de dispositivos de automação; soldagem de revestimentos; tecnologia da informação, aplicada na automação, processos de soldagem e educação.

O Labsolda
Professor titular da UFSC, Jair Carlos Dutra é supervisor do Laboratório de Soldagem e Mecatrônica (Labsolda), setor que é referência em sua área. O laboratório foi criado em 1973, após um convênio de cooperação entre o hoje designado “Forschungszentrum” de Jüllich, da Alemanha, e o CNPq.

O trabalho “Soldagem: automação e desenvolvimento industrial”, desenvolvido junto ao laboratório e coordenado pelo professor Jair Carlos Dutra foi homenageado no Prêmio Talentos Fapeu de Divulgação Científica. Ezequiel Gonçalves, participante do projeto do laboratório, recebeu menção honrosa durante a premiação, na tarde do dia 4 de dezembro

Mais informações: (48) 3721-9471 / jdutra@labsolda.ufsc.br

Por Gabriele Duarte / Bolsista de Jornalismo na Agecom

 

Tags: Jair Carlos DutraPesquisador InovadorPrêmio Finep de Inovação

Conselho Universitário se reúne nesta terça-feira

13/12/2011 08:14

O Conselho Universitário se reúne nesta terça-feira, 13 de dezembro, a partir de 8h30min, na Sala Professor Ayrton Roberto de Oliveira. A sessão pode ser acompanhada ao vivo.

Pela impossibilidade de realizar a reunião ordinária no dia 29 de novembro, por motivos já informados, fica mantida a mesma ordem do dia:

1. Apreciação e aprovação da ata da sessão extraordinária realizada em 6 de dezembro de 2011.

2. Processo n.º 23080.050119/2011-47

Requerente: Gabinete do Reitor

Assunto: Minuta de Resolução que dispõe sobre as normas que regulamentam o processo de escolha dos candidatos para composição das listas tríplices para nomeação do Reitor e Vice-Reitor da UFSC.

Relator: Conselheiro Edison da Rosa

3.  Processo n.o 23080.040280/2010-21

Requerente: Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG)

Assunto: Aprovação da Resolução Normativa que dispõe sobre a Pós-Graduação lato sensu na UFSC

Relator: Conselheiro Juarez Vieira do Nascimento

Relator de Vistas: Conselheiro Luis Carlos Cancellier de Olivo

4. Processo  n.º 23080.047335/2011-13

Requerente: Sérgio Luis Schlatter Junior

Assunto: Proposta de criação de uma Comissão para acompanhamento da implementação da Resolução Normativa n.º 13/CUn/2011, de 27 de setembro de 2011, que dispõe sobre a relação da UFSC com suas Fundações de apoio.

Relator: Conselheiro Luiz Otávio Pimentel

5. Processo 23080.049997/2011-10

Requerente: Gabinete do Reitor

Assunto: Cessão de área da UFSC para alargamento da Rua Deputado Antônio Edu Vieira

Relator: Conselheiro Juarez Vieira do Nascimento

6. Implantação do Campus da UFSC em Blumenau

Apresentação: Prof. Yara Rauh Muller – Pró-Reitora de Ensino de Graduação

7. Processo 23080.048647/2011-36

Assunto: Resolução Normativa N.o1/CUn/2009, que estabelece as normas para o ingresso na carreira do magistério superior na UFSC.

Apresentação: Prof. Yara Rauh Muller – Pró-Reitora de Ensino de Graduação

8. Criação do Regimento dos Campi e alterações no Estatuto da UFSC

Apresentação: Profs. Alvaro Rojas Lezana e José Carlos Cunha Petrus

9. Informes Gerais.

Tags: conselho universitário

Vestibular UFSC 2012: gabaritos e provas

13/12/2011 07:46

A Comissão Permanente do Vestibular da UFSC disponibiliza sistema para  cálculo on-line da pontuação, gabaritos e provas. O concurso encerrou nesta segunda-feira, 12 de dezembro, com um índice geral de abstenção de 14.78%. Esse percentual indica que 4.491 candidatos já estão fora da disputa. No Vestibular UFSC 2011 o índice geral de abstenção foi de 17.02%.

A expectativa da Coperve é publicar o listão em meados de janeiro. Essa previsão depende da divulgação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelo Ministério da Educação no início de janeiro.

Os classificados para os primeiro e segundo semestres letivos de 2012 vão realizar a matrícula nos dias 13 e 14 de fevereiro, nos respectivos campi, exceto os candidatos classificados para o Curso de Engenharia de Materiais, que deverão efetuar esse procedimento nos dias 2 e 3 de fevereiro. Orientações sobre a documentação e as normas  serão publicadas no site www.vestibular2012.ufsc.br, após a divulgação da relação dos candidatos classificados.

Mais informações: www.vestibular2012.ufsc.br ou (48) 3721-9200

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Ricardo Pessetti / Bolsista de Jornalismo da Agecom

Histórico do material produzido pela Agecom no Vestibular 2012:

Vestibular UFSC 2012: concurso teve provas especiais para surdos

Vestibular UFSC/2012: índice geral de abstenção fica em 14.78%

Vestibular UFSC 2012: primeiro dia com muita torcida dos familiares

Vestibular UFSC 2012: 3.884 pessoas não comparecem ao primeiro dia de provas

Vestibular UFSC 2012: índice de abstenção será divulgado diariamente

Vestibular UFSC 2012: informações para veículos de comunicação

Na mídia: portais de notícias divulgam vestibular da UFSC

Vestibular UFSC 2012: concurso inicia neste sábado em 23 cidades

Vestibular UFSC 2012: Coperve tem orientações finais aos candidatos

Vestibular UFSC 2012: concurso começa neste sábado com 30 mil candidatos

Vestibular UFSC 2012: candidatos devem estar atentos ao fechamento dos portões às 13h45min

Vestibular UFSC 2012: Coperve divulgará índice de abstenção diariamente

Vestibular UFSC 2012: confira a relação candidato/vaga

Vestibular UFSC/2012: Coperve divulga orientações aos sabatistas

Medicina Veterinária e Meteorologia são os novos cursos da UFSC

 

 

 

Tags: Vestibular UFSC 2012

5º Encontro de Jornais Laboratório discute teoria e prática jornalísticas

12/12/2011 19:04
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Encontro proporcionou a troca de experiências entre professores e alunos, que relataram suas práticas de jornal laboratório

A mesa comprida dispunha diversas publicações, enchendo os olhos com cores impressas em papel jornal: Zero, Quatro, O Quinto, Cobaia, Primeira Pauta, Fato & Versão, Contato, Extra, Ênfase. O 5º Encontro de Jornais Laboratório de Santa Catarina tinha essa pretensão: misturar experiências, compartilhar vivências, discutir práticas e debater limites e intersecções entre a pedagogia e o mercado. O evento aconteceu durante toda a sexta, 09/12, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, reunindo docentes e estudantes de Comunicação.

Raquel Wandelli, professora da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), abriu o evento fazendo uma retrospectiva dos encontros passados, defendendo o espaço dos jornais laboratório como essenciais ao ensaio do fazer jornalístico. “O homem contemporâneo perdeu a capacidade de experimentar o mundo. O ensino do jornalismo priva o jovem dos perigos necessários desse caminhar quando tende a esgotar a vida, aderindo facilmente aos formatos e linguagens já esgotados no lugar de dizer a esses jovens que se esgotem de viver”.

Dos doze cursos de Jornalismo do Estado, nove se inscreveram no evento. A partir das diretrizes curriculares nacionais, aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC), todo curso de jornalismo deve editar seu jornal laboratório. Os coordenadores dos jornais Zero (UFSC), Contato (Estácio de Sá), Ênfase (SATC), Extra (Unisul-Tubarão), Primeira Pauta (Ielusc), Cobaia (Univali), O Quinto (Ibes/Sociesc) e Fato & Versão (Unisul Pedra Branca) apresentaram suas publicações, comentando os processos de confecção dos jornais.

 

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Zero está sempre em busca de novas identidades

 Zero – um dia inteiro de dedicação
O Zero é o jornal laboratório mais antigo de Santa Catarina; surgiu em setembro de 1982. O professor coordenador Rogério Christofoletti explicou que o jornal possui disciplina própria, hoje também associada à de Edição II, ministrada por Samuel Pantoja Lima. “Como as duas disciplinas têm seus horários na segunda, os alunos acabam passando o dia em função do jornal”, esclarece.

Christofoletti  ressaltou a necessidade de estar sempre reinventando e buscando outras identidades para a publicação, lembrando que a trajetória do Zero é oscilante mas também premiada em oito ocasiões – já conquistou  o I Prêmio Foca do Sindicato dos Jornalistas de SC em 2000, como Melhor Jornal Laboratório; foi considerado o 3º melhor Jornal Laboratório do Brasil na Expocom de 1994 e também a melhor peça gráfica Set Universitário da PUC-RS nos anos de 88 a 92 e também em 1998.

O professor ainda destacou a obediência ao deadline (tempo limite para entrega de materiais e finalização do trabalho) e a integração entre estudantes experientes e novatos. “Fazemos os alunos assumirem papéis com mais responsabilidade: temos os editores seniores – que revisam os textos -, e os editores juniores – que legendam fotos, titulam matérias e fecham as páginas”.

 

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Contato já deu espaço à publicidade

Contato – encarte e publicidade somando-se ao processo pedagógico
Billy Culleton, coordenador do Contato, da Estácio de Sá, relatou que já deu espaço à publicidade em uma das edições. “Aproveitamos a presença de uma aluna que trabalhava com a venda de anúncios; primeiro, para podermos financiar a impressão do jornal, e depois para que os estudantes tivessem a oportunidade de acompanhar a comercialização dos espaços, e foi uma experiência exitosa”. O professor relembrou também o ano de 2008, quando a publicação conquistou grande visibilidade ao ser encartada no diário Notícias do Dia. Hoje o jornal tem tiragem de mil exemplares a cada edição.

Billy ainda destacou o perfil dos alunos de instituições particulares – que tendem a trabalhar durante o dia, estudando no período noturno, o que dificultaria o encontro com os entrevistados, por exemplo. “As matérias acabam sendo feitas apenas com informações vindas da internet. Esquecem eles que ainda não se criou uma tecnologia que dialogue com os cinco sentidos. Os estudantes se baseiam apenas no Google, que hoje terceiriza a nossa memória e o nosso conhecimento; ouvem mais do que falam, não sabem conversar com todas as pessoas”.

O professor entende que a utilização da internet, em detrimento do contato direto com as fontes, produz jornalismo de baixa qualidade. “Quando se exercita a conversação, se percebe como ser desconfiado sem ser ofensivo; como, simplesmente, dialogar. Sem sair às ruas, produzimos pautas burocráticas. Por enquanto, as mídias sociais ainda não são utilizadas por motoristas de ônibus, porteiros, cozinheiros, desempregados, agricultores, que tanto têm de conhecimento para nos passar”.

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Ênfase traz cotidiano de vários municípios

Ênfase – foco no empreendedorismo
O Ênfase, produzido pela faculdade de Jornalismo da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC) está em seu quarto ano de publicação e já teve oito edições impressas. A coordenadora do jornal, Marli Vitalli, explica que a proposta editorial engloba assuntos locais, sugeridos pelos acadêmicos. “Muitos estudantes acabam escolhendo temas de cidades vizinhas, onde moram, originando matérias que falam sobre Balneário Rincão e Araranguá, por exemplo”.

A professora relatou que o curso tem avaliado a possibilidade de publicar o jornal – que atualmente imprime mil exemplares – apenas na internet, e destacou ainda a produção disponibilizada no portal SATC. “É a primeira página que aparece quando se pede por SATC. Temos hoje 95% das matérias feitas pelos alunos. São textos produzidos em outras disciplinas, e até os acadêmicos que trabalham em assessorias de imprensa conseguem publicar materiais no portal”.

 

 

 

 

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Secretaria do Meio Ambiente quer Extra em seu portal

Extra – privilegiando a humanização das matérias
“Como falar sobre ações sustentáveis? Temos que facilitar o processo de conscientização, tornando as informações agradáveis. Vamos contar as histórias das pessoas que trabalham com sustentabilidade”, defende a professora Cilene Macedo, da Unisul de Tubarão.

O Extra tem 17 anos, e a primeira edição do jornal que ela assumiu – com tiragem de 500 exemplares – foi feita neste semestre de 2011/2, focando a sustentabilidade através de um viés mais humanizado. “Apesar da resistência em procurar pelas fontes fora do horário de aula, todos acabaram se envolvendo, e o resultado já é reconhecido fora da Universidade: a Secretaria de Meio Ambiente de Tubarão já no solicitou o arquivo em formato PDF para disponibilizá-lo em seu site”, contou Cilene.

 

 

 

 

 

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Primeira Pauta pede coesão ao unir repórter e fotógrafo

Primeira Pauta – semelhanças e diferenças entre o jornal laboratório e o jornalismo diário
Amanda Miranda também assumiu o Primeira Pauta neste semestre, e utilizou de sua experiência com jornalismo diário para guiar os passos dos alunos na confecção da publicação. “Insistimos para que repórter e fotógrafo saíssem sempre juntos, a fim de dar maior coesão às matérias, e fomos bastante rigorosos com os prazos de entrega”.

A professora relatou ainda que a etapa de revisão, que é uma das últimas, não deve ser considerada menos importante, e que, a escolha das pautas também buscava fugir dos assuntos abordados pela mídia tradicional.

O Primeira Pauta é editado desde 1998 – ano de fundação do curso de Jornalismo da Associação Educacional Luterana Bom Jesus (Ielusc) – e é feito nas disciplinas Jornal Laboratório I e II, das quarta e quinta fases, com tiragem de 3 mil exemplares.

 

 

 

 

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Cobaia garante espaço a imagens do curso de Fotografia

Cobaia – outro foco para as pautas
“Nunca furamos a grande mídia, mas sempre tentamos olhar de um jeito diferente para as pautas. O objetivo é vivenciar o jornal laboratório”, atesta Sandro Galarça, coordenador do Cobaia, da Universidade do vale do Itajaí (Univali).

O professor relembrou das dificuldades que encontrava quando o Cobaia não era atrelado a uma disciplina. “Baixar o jornal era unicamente problema meu. Agora não: todo o processo está vinculado à nota do semestre”.

O Cobaia também serve de espaço de experimentação para os alunos de Publicidade, que podem publicar seus anúncios, e para os do curso de Fotografia, que sempre têm a última página reservada às melhores imagens produzidas no semestre.

Galarça junta-se a Billy quando analisa a atuação dos estudantes. “Tem aluno que pesquisa por ´sugestão de pauta para outubro`, e não percebe que há gente tão ou mais interessante fora da internet. Como diria García Marquez, dessa forma, o aluno acaba não sentindo “o cheiro da notícia”.

 

 

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O Quinto: estudantes valorizam a experiência

O Quinto – pressão como forma de crescer
Com uma edição por semestre – já que o curso destina duas horas aula para a confecção do jornal – O Quinto, do Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes/Sociesc)  já mudou muito de nome e de coordenador. Hoje a publicação privilegia matérias voltadas à comunidade e o professor Fabrício Wolff também já permitiu que anúncios fossem comercializados para ajudar a custear a formatura de uma das turmas.

“Temos muitas dificuldades relacionadas ao aluno não conseguir contato com a fonte. Mas depois que o jornal sai, eles valorizam a experiência, não tanto pelo resultado final, mas porque foram pressionados e conseguiram se superar nesse processo”, atesta o coordenador.

 

 

 

 

 

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Fato & Versão: projeto gráfico privilegia autoria dos alunos

Fato & Versão – vivências contra a piedade
Raquel Wandelli conta que o Fato & Versão da Unisul Pedra Branca “busca experiências que possam encantar, ou ainda, reencantar o aluno com a profissão”. Valoriza-se, assim, o encontro presencial dos estudantes com as fontes, principalmente através das vivências – quando os estudantes costumam passar mais tempo com as pessoas que entrevistam. Por esse caminho, foram feitas edições temáticas sobre moradores de rua, comunidades indígenas e populações carcerárias, sempre privilegiando o olhar humanizado e deixando de lado o retrato piedoso que a grande mídia costuma enfatizar.

O projeto gráfico tem mudado bastante. “Penso que vale a pena sacrificar aquilo que se tem como algo mais estético para que esse processo de afirmação, de autoria dos alunos ganhe espaço”.

No segundo semestre de 2011 foi lançado o site Comversão, apresentado pela professora Giovanna Flores. “É aberto a todos os alunos do curso. As edições do Fato também estão disponíveis”.

“Acredito que um dos pontos mais dramáticos no ensino do jornalismo é fazer perder o medo do outro. E o jornal laboratório é lugar privilegiado para fazer acontecer esse encontro”, defende Raquel.

 

O próximo evento será realizado em 2012, na Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

 

Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom
Fotos: Wagner Behr/ Agecom 

Tags: jornalismoZero

Encontro Nacional da Rede Brasileira de Ensino

12/12/2011 17:25

O II Encontro Nacional da Rede Brasileira de Ensino de Desenvolvimento Econômico encerra seu primeiro dia de evento com uma conferência aberta ao público acadêmico sobre os desafios do desenvolvimento brasileiro. A conferência inicia  nesta segunda-feira, dia 12, às 18h30min no auditório do Centro Sócio- Econômico (CSE) da UFSC com a participação dos professores Aristides Monteiro Neto (IPEA); Ricardo Bielshowsky (UFRJ); Ricardo Carneiro (UNICAMP) e Pedro Fonseca (UFRGS).Cerca de 60 professores de diversas universidades públicas e privadas do país estão participando do encontro. O objetivo é promover conferências onde seja discutido a maneira de como são ministradas as disciplinas de devenvolvimento econômico no Brasil. As conferências são transmitidas online pelo linkhttp://redesenvflorianopolis.paginas.ufsc.br/

 

 

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Tags: Rede Brasileira de Ensino de Desenvolvimento Econômico

Vestibular UFSC 2012: concurso teve provas especiais para surdos

12/12/2011 17:17
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Com mais de 30 mil inscritos em seu vestibular 2012, a Universidade Federal de Santa Catarina atendeu este ano 137 candidatos que tiveram suas provas traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais. Inscritas em diferentes cursos, essas pessoas fizeram o concurso em computadores individuais.

“É uma inovação importante. Mais uma vez a UFSC sai à frente, atende o Decreto 5626 e garante o acesso dos surdos à universidade”, avalia a professora Ronice Muller de Quadros, que já coordenou o Curso de Letras-Língua Brasileira de Sinais e tem entre suas linhas de pesquisa os temas Libras, educação de surdos, tradução e interpretação de língua de sinais.

Coordenadora da equipe de tradutores e intérpretes da UFSC e do Núcleo de Pesquisas em Aquisição de Línguas de Sinais, ela lembra que a prova especial atendeu não apenas aos inscritos nos cursos de Letras Libras Licenciatura (que forma professores para Libras) e Letras Libras Bacharelado (que forma tradutores). A tradução beneficiou inscritos com essa dificuldade que têm interesse em ingressar em diversos outros cursos.

“O português dos candidatos surdos se caracteriza como um português de segunda língua, como uma língua estrangeira, embora nacional. Isso torna o acesso desigual nos vestibulares. O oferecimento da prova em Libras, que caracteriza a primeira língua dos surdos brasileiros, é uma forma de tornar o processo mais igualitário para pessoas diferentes”, ressalta a professora que assessorou a Coperve na tradução e na aplicação do concurso em libras.

Pioneirismo
Responsável por oferecer em 2006, na modalidade a distância, a primeira licenciatura da América Latina em Letras com habilitação na Língua Brasileira de Sinais (Libras), a UFSC oferece também desde 2009 os cursos presenciais em Libras-licenciatura e Libras-bacharelado.

Os cursos buscam contribuir com a inclusão dos surdos na educação e atendem o Decreto 5626/2005, que regulamenta a Lei de Libras. Entre outras questões, o documento prevê a inclusão da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de Pedagogia, Fonoaudiologia e nas Licenciaturas. Além da UFSC, atualmente, apenas a Universidade Federal de Goiás (UFG) tem curso neste campo na modalidade presencial e a Universidade Federal da Paraíba na modalidade a distancia.

Na Universidade Federal de Santa Catarina os cursos da área estão ligados ao Departamento de Artes e Libras. O aluno estuda a língua, a literatura e a cultura da comunidade surda do Brasil e de outros países. Na Licenciatura, realiza estágio obrigatório de prática de ensino, em escolas de rede pública e privada. No Bacharelado, faz estágios na prática de tradução e interpretação em diversos contextos, com ênfase particular no contexto educacional.

Mais informações:  Coordenadoria do Curso de Letras-LIBRAS / www.libras.ufsc.br / letraslibras@cce.ufsc.br / (48) 3721-6586

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Cláudia Reis / Agecom

Saiba Mais:

A população surda em Santa Catarina e no Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina tem 10.402 pessoas com deficiência auditiva, que não conseguem ouvir de modo algum. Sessenta e duas mil pessoas têm deficiência auditiva com grande dificuldade e outras 233.207 têm alguma dificuldade de ouvir.

No Brasil, 347.481 pessoas não conseguir ouvir de modo algum; 1,7 milhão têm grande dificuldade e outras 7,5 milhões de pessoas têm alguma dificuldade na audição.

Letras-Libras Licenciatura
O profissional formado em Licenciatura em Letras/Libras pode lecionar como professor de libras como primeira língua para surdos nos ensinos fundamental e médio, ou como professor de libras como segunda língua para ouvintes desde o nível fundamental até o nível superior. Estes docentes devem atender à demanda dos cursos de licenciatura de todo o país, que devem oferecer aulas de Libras como prevê o Decreto nº 5626. Além disso, o professor de Libras poderá também atuar em instituições especializadas no ensino da Libras, como federações e associações de surdos.

Letras-Libras Bacharelado
O profissional formado em Bacharelado em Letras Libras poderá atuar como intérprete em salas de aula, em reuniões e conferências, na tradução de textos técnicos e literários e na revisão e preparação de textos.

Histórico do material produzido pela Agecom no Vestibular 2012:

Vestibular UFSC/2012: índice geral de abstenção fica em 14.78%

Vestibular UFSC 2012: primeiro dia com muita torcida dos familiares

Vestibular UFSC 2012: 3.884 pessoas não comparecem ao primeiro dia de provas

Vestibular UFSC 2012: índice de abstenção será divulgado diariamente

Vestibular UFSC 2012: informações para veículos de comunicação

Na mídia: portais de notícias divulgam vestibular da UFSC

Vestibular UFSC 2012: concurso inicia neste sábado em 23 cidades

Vestibular UFSC 2012: Coperve tem orientações finais aos candidatos

Vestibular UFSC 2012: concurso começa neste sábado com 30 mil candidatos

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Tags: LibrasVestibular UFSC 2012

Vestibular UFSC/2012: índice geral de abstenção fica em 14.78%

12/12/2011 17:00
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O Vestibular UFSC 2012 encerra nesta segunda-feira, 12 de dezembro, com um índice geral de abstenção de 14.78%. Esse percentual indica que 4.491 candidatos já estão fora da disputa. No Vestibular UFSC 2011 o índice geral de abstenção foi de 17.02%.

Após 18h, provas e gabaritos serão disponibilizados no site www.vestibular2012.ufsc.br . Quanto à divulgação dos aprovados, a expectativa da Coperve é publicar o listão em meados de janeiro. Essa previsão depende da divulgação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelo Ministério da Educação no início de janeiro.

Os classificados para os primeiro e segundo semestres letivos de 2012 vão realizar a matrícula nos dias 13 e 14 de fevereiro, nos respectivos campi, exceto os candidatos classificados para o Curso de Engenharia de Materiais, que deverão efetuar esse procedimento nos dias 2 e 3 de fevereiro. Orientações sobre a documentação e as normas  serão publicadas no site www.vestibular2012.ufsc.br, após a divulgação da relação dos candidatos classificados.

Mais informações: www.vestibular2012.ufsc.br ou (48) 3721-9200

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Ricardo Pessetti / Bolsista de Jornalismo da Agecom

Histórico do material produzido pela Agecom no Vestibular 2012:

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UFSC coordena avaliação da qualidade de testes diagnósticos para HIV e outras DSTs

12/12/2011 16:02

Material de outras instituições é encaminhado ao Laboratório de Biologia Molecular e Micobactéria da UFSC e o desempenho dos testes é analisado de forma confidencial

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina o monitoramento da qualidade dos exames realizados nos laboratórios de todo o país. O controle interno e a participação em um programa de avaliação externa da qualidade são exigências legais, permitem verificar se as normas e os procedimentos são corretamente executados e se os equipamentos, materiais e reativos funcionam corretamente.

Para atender a essa demanda, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, estabeleceu uma parceria com a UFSC. A Universidade é responsável pela coordenação do programa de avaliação da qualidade para laboratórios públicos responsáveis pelo diagnóstico de HIV e sífilis, além de monitoramento da infecção pelo vírus HIV/ Aids. Laboratórios públicos são todos os Laboratórios Centrais (Lacen) dos estados, de universidades públicas, hospitais públicas e alguns de Santa Casas.

Capacitação
A professora do Departamento de Análises Clínicas da UFSC Maria Luiza Bazzo é a coordenadora do trabalho gerenciado via Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). Segundo ela, o controle de qualidade é precedido por um treinamento oferecido por equipes do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais e do Laboratório de Biologia Molecular e Micobactérias da UFSC. A capacitação permite o conhecimento da metodologia dos testes.

A professora explica que o programa de avaliação externa da qualidade envolve um mecanismo de controle, no qual o laboratório recebe um painel de amostras que são incluídas em sua rotina. O processo assemelha-se a um ‘exame laboratorial’. Os resultados são enviados pelos setores participantes para o Laboratório de Biologia Molecular e Micobactéria da UFSC e o desempenho é analisado de forma confidencial.

Junto a outras universidades brasileiras, como a Unifesp e a UFRJ, e a institutos como a Fiocruz e a Fundação Alfredo da Matta (FUAM), o programa de controle da qualidade coordenado pela UFSC oferece um panorama da realidade dos diagnósticos feitos em todo o país.

Testes rápidos
Em parceria com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais a UFSC também produz e coordena o programa de avaliação externa da qualidade para testes rápidos para Aids.  Essa avaliação utiliza um método denominado Dried Tube Specimens (DTS), que possui baixo custo e alta eficiência.

O teste rápido faz parte das políticas de acesso ao diagnóstico do HIV disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Segundo a portaria 151/Ministério da Saúde-DTS de 2009, esse tipo de teste é indicado para situações especiais, como parturientes que não fizeram pré-natal, acidentes de trabalho com materiais que perfuram ou cortam, usuários de drogas ou parceiros de pessoas que vivem com HIV/Aids.

Esse tipo de teste não é necessariamente feito em laboratórios, por isso, a importância de garantir a qualidade e eficiência do diagnóstico. A professora Maria Luiza Bazzo alerta que hoje, no mercado, não existe controle para avaliação externa da qualidade para esses  testes. “O alcance dos testes rápidos é muito grande. Ele chega a muitas áreas que os laboratórios não atendem, daí a importância de se capacitar pessoas e monitorar a qualidade”, reforça.

Desafio
Para a professora, o trabalho de implementação do controle, principalmente dos testes rápidos, em todo o território é desafiador. “Só em uma primeira etapa, já vamos qualificar 400 profissionais para aplicar os testes rápidos. Eles não substituem o diagnóstico laboratorial, mas são boas alternativas como metodologias de acesso ao diagnóstico”, considera a coordenadora.

As capacitações na metodologia DTS estão sendo feitas desde início de novembro e aconteceram em São Paulo, Recife, Salvador, Cuiabá, Brasília, Belém. A de Florianópolis ocorreu nos dias 8 e 9 de dezembro. Nos dias 12 e 13 de dezembro será a vez de Belo Horizonte. Estes oito treinamentos reuniram profissionais de todo o território Nacional. A partir de março de 2012 será feita a primeira rodada de avaliação externa de testes rápidos englobando todo o território nacional.

A avaliação externa da qualidade é uma exigência legal, uma vez que permite ao laboratório verificar a qualidade dos procedimentos utilizados e, consequentemente, a confiabilidade dos resultados. “Muitos laboratórios, infelizmente, não dispõem de recursos para investir em programa de qualidade. E no caso do diagnóstico da infecção pelo HIV e outras DST isso é primordial”, defende Maria Luiza Bazzo.

Mais informações com a professora Maria Luiza Bazzo: (48) 3721-8148/ mlbazzo@yahoo.com.br

Por Gabriele Duarte / Bolsista de Jornalismo na Agecom
Fotos: Brenda Thomé/Bolsista de Jornalismo na Agecom

 Saiba Mais

A Aids e seu diagnóstico
Segundo o Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, existem hoje no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o HIV, o vírus da AIDS. Entre estas, cerca de 255 mil nunca teriam feito um teste de diagnóstico, desconhecendo sua condição sorológica.

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes realizados a partir da coleta de uma amostra de sangue. No Brasil há os exames laboratoriais, como os testes imunoenzimáticos ou quimiofluorescentes anti-HIV, e os testes rápidos. Estes últimos permitem a liberação do resultado em um tempo inferior a 30 minutos. O diagnóstico é fundamental para o controle da epidemia.

Os testes rápidos
Os testes rápidos são realizados a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo. O sangue é colocado um dispositivo de testagem e, para chegar ao resultado, o profissional que realiza o teste deve seguir um fluxo determinado por cientistas e transformado em lei.  Assim, o resultado dos testes rápidos tem a mesma confiabilidade dos exames convencionais e não há necessidade de repetição em laboratório. Distribuído gratuitamente para serviços de saúde da rede pública, os testes rápidos fazem parte dos objetos do Programa de Avaliação Externa da Qualidade coordenado pela equipe da UFSC.

Tags: AidsDSTs

Lançado fórum para a nova gestão da Reitoria

12/12/2011 15:56

Roselane e Lúcia Helena lançam fórum

As professoras Roselane Neckel e Lúcia  Martins-Pacheco, eleitas para assumir a Reitoria da UFSC a partir de maio de 2012, lançaram na última sexta-feira (9/12) um fórum para estimular a participação da comunidade universitária no planejamento da gestão. O evento aconteceu no auditório da Biblioteca Universitária, que ficou totalmente lotado com a presença de estudantes, professores e técnico-administrativos, para o primeiro fórum de construção do projeto de gestão da Universidade.  A platéia foi incentivada a preencher um cadastro, manifestando interesse em qual área que pretende participar na formulação de propostas para a futura administração: ensino, pesquisa e gestão.
A metodologia do fórum será definida a partir de fevereiro. As informações serão postadas no blog (http://roselane-lucia.blogspot.com/) e também podem enviadas propostas através do e-mail roselane.lucia.2012@gmail.com .

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Tags: fórum nova gestãoLúcia Helena Martins-PachecoRoselane Neckel

Estudante da UFSC recebe Prêmio Mérito Universitário

12/12/2011 15:16

Nesta terça-feira, dia 13, o governador Raimundo Colombo vai entregar o Prêmio Mérito Universitário Catarinense, criado em 2003 para valorizar pesquisas realizadas com olsas de iniciação científica concedidas via Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). Os primeiros colocados nas três áreas do conhecimento contempladas pelo Prêmio ganharão R$1 mil cada, enquanto os classificados no segundo e terceiro lugares receberão certificados.

A Universidade Federal de Santa Catarina, a Sociedade Educacional de Santa Catarina (unidade Joinville) e a Universidade do Contestado (campus de Canoinhas tiveram alunos classificados em primeiro lugar nas 3 áreas contempladas pelo Prêmio Mérito Universitário Catarinense. São eles, respectivamente: Daniela Peressoni Vieira (Ciências da Vida), Marcelo Melotti (Engenharias e Ciências Exatas da Terra) e Cesar Porto de Oliveira (Ciências Humanas e Sociais Aplicadas).

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Tags: prêmio mérito universitário catarinense

Rodrigo de Haro lança Poemas pela Editora da UFSC

12/12/2011 14:53

Esqueça-se a Teia.

Observe-se a aranha,

suas pernas concêntricas

de estrela. A vetustez

enorme da surda

aranha na parede.

Esqueça-se a vã

literatura que a per-

segue com patas

ligeiras. Traz muita

fortuna a filha

de Saturno.

(Rodrigo de Haro, “Inseto”, de Folias do Ornitorrinco)

 Aos 72 anos, Rodrigo Antônio de Haro trabalha com paixão e afinco entre a palavra e a imagem. Empoleirado desde cedo em um andaime de alumínio no atelier de sua casa na Lagoa da Conceição, o multiartista executa uma grande tela de quatro metros quadrados para o altar-mor de uma Igreja em Curitiba depois de ter entrado a madrugada revisando os originais de seus dois novos livros de poesia. E assim o artista sai do cavalete e volta para a escrivaninha, criando, criando… “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano”, bem fala o próprio Rodrigo no poema Invenção do olfato”. O verso integra os dois volumes inéditos do conjunto “Poemas” que o artista lança pela Editora UFSC no dia 20 de dezembro, às 19h30min, na Fundação Cultural Badesc, na rua Visconde de Ouro Preto, em uma noite de festa para a arte e a literatura.

Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco integram uma única e primorosa edição, embalados como um presente para o público desta fase de jorro criativo de Rodrigo -, que tem mais cinco livros na gaveta. São obras manuscritas em folhas de papel amarelo onde o autor desenha e lapida poemas, contos, novelas, ensaios, que vão compor cadernos ilustrados por gravuras, envoltos na beleza e raridade de um pergaminho. Além da compreensão cada vez mais plural e aberta da vida e da arte, o peso dos anos só deu mais urgência a esse monge da arte, consagrado além das fronteiras do estado e do país pela palavra, pela pintura e pela erudição. Com o “álbum duplo” de poesia, a Editora UFSC encerra um ano de grandes lançamentos e comemora o aniversário de 51 anos da universidade.

O menino artista de São Joaquim deixou a escola aos 16 anos para formar-se por conta própria aproveitando os estímulos de casa, onde os pais, artistas e intelectuais, estavam sempre mergulhados no mundo da sensibilidade e do conhecimento. Difícil encontrar uma expressão artística que ele não tenha experimentado: roteiro para cinema, dramaturgia, novela, conto, poesia, aquarela, mosaico, pintura — até ator de rádio-novela ele foi. Integrante transgressor do grupo sulista que trouxe o modernismo para Santa Catarina na década de 40 e do grupo de poetas (Roberto Piva, Cláudio Viller) que consolidou o surrealismo no Brasil a partir dos anos 60, Rodrigo bateu de frente com a Ditadura Militar. Como uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira, na avaliação do Editor Sérgio Medeiros, seus poemas guardam uma musicalidade poética serena e trágica ao mesmo tempo: “Primeiro amar os dados,/tutores das moradas. Sempre/com malícia atirá-los/sobre a mesa sem ocupar-se/de outras faces – Onde vais?/ Agito o copo,/atiro as pedras./Tantos tactos sono- /rosos trato – dados por/vertigem lado a lado./Furtar sem felonia,/abrir última porta.” (Folias do Ornitorrinco)

Retornando eternamente ao lar e ao mistério sagrado da vida, o filho do pintor Martinho de Haro produz sua arte de uma concepção nada linear, nada dicotômica sobre os seres e as coisas. O maldito e o sublime, o sagrado e o profano compõem uma única dimensão do presente, que busca sua força ontológica na tradição. Nesse tempo anacrônico do poeta, a ousadia estética se alicerça no legado clássico. “Sim, abre as janelas, as janelas cegas./Deixa cair a chuva misturada ao vinho/sabático da Beladona. Espia. Ouve/os fatigados rios do mundo e saúda/Dona Urraca, a intrépida, girando/a chave do abismo”. (Espelhos do Melodrama).

Conforme rezam as escrituras sobre a cena bíblica, onde o apóstolo S. Pedro recebe de Cristo as chaves da Igreja, a mesma cena que inspirou artistas célebres como Velásquez: “…com estas chaves aquilo que ligares na Terra, será ligado nos céus; aquilo que desligares na Terra será desligado nos céus…”. Enquanto dá ao ramo de oliveira a última pincelada, Rodrigo fala sobre sua obra poética:

  1. 1.       Que motivações éticas e estéticas têm movido a sua poesia?

Rodrigo de Haro: Todo poeta almeja cativar a matéria, dominar, fazer cantar a energia adormecida nas coisas. Precipitar a metamorfose das coisas é missão do poeta, conferir asas ao inanimado. A poesia, disse Balthazar Gracian, consiste em preservar o espanto: – o caderno alado que voa…

2.       Como um multiartista, você desafia a manifestação mais recorrente entre os criadores, que é dominar bem apenas uma ou no máximo duas modalidades literárias e mesmo artística. E você transita pela poesia, conto, ensaio, novela e também por várias expressões das artes plásticas. Como é esse trânsito da literatura para as artes plásticas?

 Rodrigo de Haro: Não acho que desafie. Acontece simplesmente que o mundo é um laboratório mágico, uma gruta de ressonâncias e apelos, onde se entremostram tentações e miragens. Nada é impossível para esta arte combinatória – a poesia – capaz de acordar (sim…) os mortos. Literatura, conto, ensaio e novela? É tudo poesia, se for de – fato coisa real.

Sim, sou também pintor – logo desenhista. Apenas pintor e desenhista.  Às vezes me aventuro no conto, é verdade. Tenho mesmo participado de algumas antologias até fora do País. O som, a palavra, começa na alma. Pois só a poesia é familiar do sagrado.

3.       Que autores têm mais inspirado sua obra poética?

Rodrigo de Haro:  Acima das divergências (só aparentes) está a unidade da inspiração e da busca. Na verdade ouso me aproximar de uma ilustre família, aquela de Michelangelo, Blake que se manifestaram no desenho e na pintura e na escrita e na pintura e tantos outros. A criação desconhece fidelidade partidária. O preconceito difuso (que de fato existe) contra a multiplicidade é uma inovação recente, desconhecida na China e no Japão, por exemplo. Utamaro sentia-se tanto poeta quanto aquarelista. E gostaria de reconhecer minha dívida com Rilke e o poeta expressionista alemão Georg Trackl e o grande G. Sarcer de la Cruz.

4.       O sagrado sempre esteve presente na sua pintura e na sua obra literária, mas você também é normalmente discutido em relação aos poetas malditos. Como você vê essa relação entre o sagrado e o profano – ou maldito – no seu trabalho poético?

Rodrigo de Haro:  Malditos? Quem são? Maldito é título de nobreza, é ser politicamente incorreto? É possível. No mundo midiático, mecânico, em que vivemos é uma grande honra: Dante, Villon, os místicos, foram malditos também em seus dias, não é verdade?

5.       O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… De uma certa forma esses elementos são sempre recorrentes na sua poesia… Você acredita que eles ainda ajudam a compreender o mundo hoje?

Rodrigo de Haro:  A verdadeira poesia aproxima-se demais do ominoso para não provocar arrepios em alguns momentos. “Aqueles que levantam o véu….”. O sagrado, que nos ultrapassa está na essência da ordenação poética. Meu trabalho é aquilo que é. Sou apenas o servidor de uma força maior que, de um modo ou de outro, com esforço e trabalho tento dominar, ordenar, logo que sou tomado por esta visitação dos espaços exteriores ao pragmatismo. A pulsação do sangue, a respiração e a dança são parte integrante das forças ativas da memória e da nostalgia operante. A poesia solicita liturgia, algo que o surrealismo intuiu (e também explorou) com bastante inteligência. Breton-Hudini, por exemplo, foi um agente muito perspicaz…

6.       E sua obra poética e pictórica é também sempre classificada ao lado do grupo de poetas surrealistas, com quem de fato você escreveu uma trajetória. Você se identifica com esse rótulo?

Rodrigo de Haro: Sou irredutível a grupos, exceto socialmente. As escolas são sempre provisórias e o surrealismo me parece como estética ter perdido a inocência: Frida Kahlo, por exemplo, riu-se do movimento quando em Paris. Sua realidade, o seu entorno, o México coberto de caveiras de Jaguar em obsidiana, colocou o surrealismo. Dentro de medidas bastante discretas. O fantástico de Buñuel é sempre maior quando ele se afasta do surrealismo. Viridiana, Nazarin, Los olvidados. Mas… naturalmente agrada-me o discurso surrealista.

7.       O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… Esses elementos estão sempre gerando sua poesia e sendo gerados por ela… Você acredita que essas dimensões clássicas ainda ajudam a compreender a vida no mundo em que vivemos?

 Rodrigo de Haro: Sim, uma certa tradição hermética me fecunda. Acredito que os valores do sagrado e só eles poderão salvar o mundo. Este mundo em que vivemos.  É preciso reencantar o mundo através do apelo ao silêncio e também a outros ritmos compatíveis com a expansão do ser. O ético e o social devem expandir-se sem coerção, sem decretos, mas segundo o desabrochar da consciência de cada homem: pois todos sabemos de nossos deveres, todos podemos comunicar da mesma alegria. Basta abrir a porta.

8.       Vejo que sua obra é povoada por esposas vegetais, animais contemporâneos ou míticos, seres heterogêneos. Nos originais do livro Folias do Ornitorrinco que estão no prelo da Editora da UFSC, vi alguns versos que evocam o caráter trans-humano da arte, como em “Invenção do olfato: “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano/ seu rosto modelado por visível piedade/ Fala também com os répteis do lobo e sonha”. O filósofo francês François Lyotard cita em O inumano uma frase de Apollinaire segundo a qual “a Arte mantém-se fiel aos homens unicamente por sua inumanidade para com eles”. O que você pensa dessa relação entre a arte e o não humano?

 Rodrigo de Haro: Devemos acreditar na comunhão dos seres, das coisas. O olhar da criança é um olhar cúmplice dos anjos, logo fala com as coisas e os bichos. “O olho da flor da arnica amarela à minha porta, piscou-me esta manhã. Toda poesia de verdade será trans-humana por definição, pois cabe a ela restabelecer uma corrente rompida na queda, o antigo elo solidário entre as coisas e as criaturas.

9.       Espelho dos Melodramas e Folias do ornitorrinco: como se pode falar dessas obras que você lança pela Editora da UFSC?

 Rodrigo de Haro: E esses dois volumes de poesia acompanham Voz, Idílios vagabundos e Lanterna mágica, outros inéditos que produzi nos últimos tempos, neste voluntário recolhimento do Morro do Assopro. O primeiro deles representa minha adesão ao campo lírico, ao drama – pois trata (por vezes) do excesso, dos movimentos violentos ou dolorosos do espírito, mas com humor. Já Folias do Ornitorrinco obedece a um caráter sintético. São dois livros diferentes, mas compostos pelo mesmo homem. Estão próximos.

10.   Quais são os grandes autores da literatura brasileira e qual a melhor contribuição que deram, no seu ponto de vista, à renovação literária?

 Rodrigo de Haro: Guimarães Rosa, Lúcio Cardoso.

11.   Na convivência com o multiartista Rodrigo de Haro, percebe-se que estamos diante de um homem de 72 anos com uma rotina de trabalho diria até rigorosa, obstinada. Como é essa rotina e o que o move dessa forma ao trabalho artístico? Você se sente tomado por um sentimento de urgência de criação?

Rodrigo de Haro: Trabalho artístico ou simplesmente trabalho… Com o tempo, estabelecida a rotina, torna-se impossível fugir a ela. O trabalho de um atelier-escritório é riquíssimo. É tudo a fazer o tempo todo. Os quadros te arrastam para o cavalete, os cadernos sussurram nos ouvidos. Impossível aproximar-se do material sem ser de novo absorvido pelo visgo da invenção, do retoque, de alguma nova sugestão.

12.   Que outros projetos ainda estão saindo do atelier multiartístico de Rodrigo de Haro? A propósito, qual a importância do ambiente de trabalho no seu processo de criação?

  1. Rodrigo de Haro: Sempre são muitos os projetos, pois o hábito contínuo da reflexão se resolve em sonhos de realização urgentíssimos. Nada é mais importante do que sonhar para materializar.

Texto e entrevista a Raquel Wandelli

Lançamento: Livro-embalagem “Poemas”

(Folias do Ornitorrinco e Espelho dos Melodramas)

Autor: Rodrigo de Haro

Editora UFSC

Quando: 20 de dezembro, às 19h30min

Onde: Fundação Cultural Badesc

Entrada aberta ao público

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37218729 e 99110524

raquelwandelli@yahoo.com.br

www.secarte.ufsc.br

www.agecom.ufsc.br

 

Tags: Editora da UFSCLançamento livro PoemasRodrigo de Haro