Vagas para professor substituto

21/06/2012 14:21

A Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGESP) divulgou três editais de abertura de inscrições para 47 vagas  no processo seletivo simplificado de professor substituto na UFSC. As inscrições vão até esta sexta-feira, 22 de junho.

Acesse os editais:

Edital N°013/SEGESP/2012, de 14 de junho de 2012

Retificação

Edital N°012/SEGESP/2012, de 13 de junho de 2012

Edital N°009/SEGESP/2012, de 12 de junho de 2012

Retificação

Tags: professor substitutoUFSC

Café Philo: O totemismo além de Lévi-Strauss

21/06/2012 14:20

Na conferência do dia 27, poeta Sérgio Medeiros pensa o totemismo na arte a partir de Lévi-Strauss, que elevou o “pensamento selvagem” ao mesmo patamar do raciocínio  “domesticado” ocidental

Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta

Seria preciso muito mais que uma vida, muito mais que os 101 anos vividos pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss para compreender a sua obra e a matéria viva que a inspira: o espírito selvagem. O encontro entre o pensamento francês e ocidental, caracterizado pela abstração, com o pensamento dito concreto dos povos ameríndios se faz por avanços e recuos, revisões críticas, contradições e encantamentos. Lévi-Strauss viu na imagem do totem a representação mais bem acabada de uma lógica de raciocínio que ele chamou ironicamente de “selvagem” para contrastar com o raciocínio “domesticado” ou abstrato do homem ocidental. Sua grande contribuição foi desautorizar a relação de superioridade e mesmo de antagonismo entre um e outro. “Não se trata de pensamento dos selvagens, mas de pensamento selvagem”, cunhou o etnólogo.

Transitando entre a antropologia e a teoria literária, o poeta, professor e ensaísta Sérgio Medeiros tomou o pensamento totêmico como paradigma filosófico e emblema para sua produção poética. Medeiros comanda o próximo encontro do Café Philo deste semestre, no dia 27 de junho, às 19 horas, no auditório da Aliança Francesa, com uma conversa sobre “Claude Lévi-Strauss e o Totemismo”. A conferência é uma homenagem ao célebre antropólogo com quem trocou conhecimento no Laboratório de Antropologia Social, em Paris, onde realizou pesquisa sobre os heróis  Jê entre 1994 e 1995. Desde então, Medeiros persegue o emblema do totem. Além de motivar suas pesquisas sobre a cosmogonia dos povos indígenas da Amazônia e os estudos de literatura comparada entre a arte de vanguarda e a lógica do pensamento dos povos ameríndios e orientais, a figura totêmica assombra a obra poética de diretor da Editora da UFSC. É o caso de Totens, seu último livro de poemas, publicado pela Iluminuras, que ele lança ao final do 43º encontro do Café Philo, um projeto de extensão do pesquisador Pedro de Souza, professor do curso de Pós-Graduação em Literatura, em parceria com a Aliança Francesa e a Secretaria de Cultura.

O pensamento selvagem se desenvolve a partir de termos concretos e estaria a serviço das sociedades extraocidentais, mas também do discurso da arte universal. Strauss mostrou que esse pensamento não se vale de termos abstratos, como na lógica ocidental, mas dispõe de outras ferramentas específicas para atingir os mesmos fins e, por isso, não pode ser usado para justificar uma inferiorização do homem “primitivo” em relação ao moderno ou “civilizado”. “A linguagem é uma razão humana que tem suas razões, e que o homem não sabe”, disparou o etnólogo na obra O pensamento selvagem (1963). O contato com a lógica do concreto é, portanto, fundamental para que se entendam os procedimentos de outras culturas sem subjugá-los.

Sérgio Medeiros comanda o próximo encontro do Café Philo deste semestre, no dia 27 de junho, às 19 horas, no auditório da Aliança Francesa, com uma conversa sobre “Claude Lévi-Strauss e o Totemismo”

Um passo decisivo para que Lévi-Strauss delineasse em sua obra os procedimentos dessa lógica do concreto foi a rediscussão do conceito de totemismo. Antes dele, a ciência ocidental  acreditava que a arte totêmica pressupunha uma continuidade entre natureza e cultura, enquanto a lógica abstrata sempre parte do princípio de uma descontinuidade. A postulação de uma identidade de parentesco entre o animal, a planta ou a água revelaria um raciocínio ingênuo ou primitivo que as sociedades brancas já teriam superado. “Embora sejamos defensores da ecologia, sabemos que compartilhamos um espaço com animais e plantas, mas não somos idênticos a eles”, diz Medeiros.

Lévi-Strauss mostrou que o totemismo não é afirmação ingênua da identidade entre homem e natureza, mas um sistema de classificação com a mesma operacionalidade de outros em uma perspectiva diferente. O antropólogo sustentou, assim, que o argumento da ingenuidade é inaceitável para essencializar o primitivismo intelectual das populações que não se valem da lógica abstrata. Os índios usam termos concretos que já existem, como nomes de animais, plantas e fenômenos meteorológicos, para classificar grupos humanos, em vez de inventar novos nomes. “E de certa forma nós também fazemos isso quando usamos palavras como carneiro, pinheiro, leão, barata a título de sobrenome”.

Arte promove encontro entre homem e natureza

Empenhado em livrar o totemismo do estigma de mistificação, Lévi-Strauss acabou, contudo, negando seu peso afetivo e ritualístico. Fez isso inclusive tentando estabelecer uma regra estrutural fixa para o seu funcionamento. É nesse ponto que o discípulo lança um olhar crítico para o mestre, repensando a repercussão da teoria totêmica no campo da arte. Para Medeiros, é possível sim, afirmar que na arte se produz uma continuidade entre homem e natureza, sem que se incorra em uma visão de mundo ingênua ou infantil. De que modo? Pela importância que nela assume a infância, entendida como um estado pleno de revelação do mundo onde seres de diferentes naturezas podem se encontrar e se confundir.

Em sua conferência, Medeiros vai exibir postes totêmicos esculpidos por índios que vivem entre Estados Unidos e Canadá, na região da Costa do Pacífico, como mostra de uma arte viva, que sobrevive nas mitologias, nas crenças e na escultura e inspira a arte ocidental. Sua própria obra poética é visceralmente impactada pela associação entre esses postes e o totemismo, um sistema tribal de classificação de nomes de família, em que animais e vegetais do convívio humano são eleitos como símbolos de linhagens de diferentes clãs. O escritor identifica poeticamente os personagens de seus livros por “postes totêmicos”, como neste fragmento de Totens:

a gesticulação copiosa a voz enérgica do artista impressionava e era

de se prever que os ouvintes satisfeitos encheriam de cédulas o chapéu

de palha do maestro

tocando fogoso seu órgão selvagem Henry Flower casou um Carneiro

com uma Leitão casou uma Carvalho com um Pinheiro casou um

Laranjeira com uma Loureiro casou uma Lima com um Rocha casou

uma Pedra com uma Barata

e foi casando árvore com árvore e árvore com bicho e árvore com pedra

Riacho nuvem lagoa etc. sobretudo com pássaros

Enquanto em Sexo vegetal (finalista do Prêmio Brasil-Portugal Telecom e Jabuti de 2010) se inscreve sob o totem de vapor, em Totens imperam a árvore, o tronco e o calor da floresta. O personagem dos poemas é um especialista em música vegetal que tem o sobrenome de flor e o tronco como totem. Em Figurantes (finalista do Prêmio Jabuti 2012), assim como nas demais obras, as cenas que provocam os versos inspirados em hai kais brotam de paisagens híbridas de natureza e cultura, nunca puramente humanas. “Os artistas estão sempre tentando reinventar o totemismo”, diz o autor, que no próximo semestre ministra um curso sobre o assunto na Pós-Graduação em Literatura da UFSC.

Esse olhar para o espírito selvagem que se manifesta na arte devolve ao totem o seu peso simbólico e ritualístico afastado por Lévi-Strauss no esforço teórico de dessacralizar o totemismo. Medeiros vai mostrar como diversos artistas celebrados elegem símbolos naturais, à maneira das sociedades totêmicas, para representar totalidades: o sapo, do poeta japonês Bashô; a romã do romancista e dramaturgo italiano D´Annunzio, além de Borges e o labirinto. A onça reina em Guimarães Rosa, a barata em Kafka, a maçã em Clarice Lispector e o ovo nas esculturas de Brancusi, artista plástico romeno. Brancusi, as esculturas soldadas (Tanktotens) de David Smith e Joyce são as maiores referências do poeta.  “James Joyce inspirou Totens, com sua leitura totêmica de Dublin, numa Irlanda desmatada e vizinha ao Canadá”, conta.

Pinturas, esculturas, poemas, narrativas, obras e totens se entrecruzam no olhar estético de Sérgio Medeiros para a obra de Lévi-Strauss. Nessa leitura, o totemismo pode reconciliar sua validade científica como lógica e inteligência com a atração afetiva e ritualística que exerce sobre a arte. E também pode reconciliar ciência e magia na obra de Strauss, afinal, como ele próprio afirmou, “nenhuma civilização pode se desenvolver se não possui valores aos quais se agarrar profundamente”. (Raquel Wandelli).

Quem é Claude Lévi-Strauss?

Um dos grandes pensadores do século 20, Lévi-Strauss tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, nasceu em novembro de 1908, em Bruxelas, e morreu em novembro de 2009, em Paris. De início, cursou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia sua verdadeira paixão. No Brasil, lecionou sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo, de 1935 a 1939, e fez várias expedições ao Brasil central. É o registro dessas viagens, publicado no livro “Tristes Trópicos” (1955) que lhe trará a fama. Nessa obra ele conta como sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.

Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi professor nesse país nos anos 1950. Na França, continuou sua carreira acadêmica, fazendo parte do círculo intelectual de Jean Paul Sartre (1905-1980), e assumiu, em 1959, o departamento de Antropologia Social no College de France, onde ficou até se aposentar, em 1982.

O estudioso jamais aceitou a visão histórica da civilização ocidental como privilegiada e única. Sempre enfatizou que a mente selvagem é igual à civilizada. Sua crença de que as características humanas são as mesmas em toda parte surgiu nas incontáveis viagens que fez ao Brasil e nas visitas a tribos de indígenas das Américas do Sul e do Norte. O antropólogo passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele para estudar a organização social dessas tribos chama-se estruturalismo. “Estruturalismo”, diz Lévi-Strauss, “é a procura por harmonias inovadoras”.

Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas linguísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha. O indivíduo passa do estado natural ao cultural enquanto usa a linguagem, aprende a cozinhar, produz objetos etc. Nessa passagem, o homem obedece a leis que ele não criou: elas pertencem a um mecanismo do cérebro. Escreveu, em “O Pensamento Selvagem”, que a língua é uma razão que tem suas razões – e estas são desconhecidas pelo ser humano.

Lévi-Strauss não vê o ser humano como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços de sua existência quando estiver extinta. Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17º Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha. Declarou na ocasião: “Fico emocionado, porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele – isso é algo que sempre deveríamos ter presente”. (fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/claude-levi-strauss.jhtm)

O conferencista

Tradutor, ensaísta e poeta, Sérgio Rodrigues Medeiros é mestre em Letras e doutor em Letras na área de Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP.  Atual diretor executivo da editora da UFSC, realizou estágio de pós-doutorado na Stanford University em 2001. Voltado para a pesquisa nas áreas de literatura, mitologia, escrita de viagem, poesia, poesia indígena e canto, publicou várias traduções e cinco livros de poesia.

No Brasil, lançou Figurantes e Sexo vegetal, que teve também uma tradução completa publicada pela editora norte-americana Uno Press, e agora Totens, todos pela Iluminuras, de São Paulo. Sua poesia já foi traduzida para o inglês e o espanhol.  Traduziu na íntegra para o português, com revisão técnica de Gordon Brotherston (Stanford University), a cosmogonia maia-quiché Popol Vuh (Iluminuras, 2007), finalista do Prêmio Jabuti em 2008. Membro do Conselho Editorial da Revista de Estudos Mayas, da Universidade do Estado de Ohio. Em 2008, organizou Makunaíma e Jurupari (Perspectiva, 2002), que a Fundação Biblioteca Nacional incluiu em seu acervo.

SERVIÇO:

Café Philo – “Claude Lévi-Strauss e o Totemismo”

Conferencista: Sérgio Medeiros

Data: 27 de junho

Horário: 19 horas

Local: Aliança Francesa, Rua Visconde de Ouro Preto, Centro

Entrada: Aberta ao público e gratuita

Textos e divulgação: Raquel Wandelli

Assessora de Comunicação da Secretaria de Cultura da UFSC

37219459 e 99110524

raquelwandelli@yahoo.com.br

Tags: Café PhiloLévi-StraussUFSC

Inscrições para vestibular do curso Educação do Campo encerram nesta quinta

21/06/2012 12:59

Encerram nesta quinta-feira, 21 de junho, as inscrições para o vestibular do curso Educação do Campo, graduação presencial que será oferecida pela UFSC em Santa Rosa de Lima (SC). O concuso acontece no dia 8 de julho, das 14hàs 18h, nas cidades de Santa Rosa de Lima, Braço do Norte e São Martinho. É um vestibular especial e específico para a Licenciatura em Educação do Campo. As provas serão compostas de 20 questões de assinalar de conhecimentos gerais, dez questões também objetivas de português e mais uma redação. Serão abertas 55 vagas.

As aulas começam no dia 6 de agosto de 2012, marcando a chegada da UFSC a Santa Rosa de Lima. Os professores são de Florianópolis, e viajarão para  Santa Rosa para as aulas e para acompanhar as atividades dos estudantes. O município faz parte da região das Encostas da Serra Geral, que abrange também Anitápolis, Armazém, Braço do Norte, Grão Pará, Gravatal, Rancho Queimado, Rio Fortuna, São Bonifácio, São Ludgero e São Martinho.

Segundo a coordenadora do curso, Beatriz Hanff, a UFSC gostaria de ter estudantes de todos esses municípios. “Desejamos que eles tenham ligação com esses pequenos municípios rurais e que valorizem o campo como lugar de desenvolvimento e de futuro. Por isso, mesmo sendo da UFSC, este vestibular não tem provas em Florianópolis”, afirma a coordenadora.

O curso

A Licenciatura em Educação do Campo é um curso de graduação (“faculdade”) de quatro anos. Os formados serão diplomados pela Universidade Federal de Santa Catarina em Educação do Campo, com ênfase na Área de Ciências da Natureza e Matemática. Os formados estarão aptos a trabalhar como professores, tanto nas séries finais do ensino fundamental (antigo Ginasial), quanto no ensino médio (antigo Científico), em escolas do campo.

Um dos destaques do curso é a Pedagogia da Alternância, que atende às necessidades do estudante em conciliar os estudos com o trabalho no campo. Nesse formato, os alunos passam uma semana em Santa Rosa de Lima para o período integral de aulas e em seguida passam uma semana em casa, para fazer as atividades. Depois voltam a Santa Rosa de Lima para as aulas e assim sucessivamente, exceto nos meses de férias (janeiro, fevereiro e julho). Estão programadas viagens semestrais dos alunos a Florianópolis, para atividades acadêmicas e culturais.

Como todos os cursos regulares de graduação da UFSC, a Licenciatura em Educação do Campo é pública e gratuita. A Universidade também vai tentar contribuir para que seja assegurado  transporte, assim como a hospedagem e a alimentação durante os “tempos universidade”, para aqueles estudantes que comprovarem necessitar desse apoio. Dentro da sua política de inclusão, a UFSC buscará também conceder bolsas de permanência aos alunos com perfil de vulnerabilidade socioeconômica.

Sobre o vestibular

As inscrições são feitas somente pela internet, nos sites www.vestibular2012.ufsc.br/educacaodocampo e www.coperve.ufsc.br (link para vestibular 2012 Educação do Campo). A taxa é de R$ 10. As inscrições podem ser feitas até às 23h59min do dia 21 de junho e o pagamento deve ser feito, no máximo, até o dia seguinte, observado o horário estabelecido pelo banco para quitação no dia 22 de junho.

As provas acontecem no dia 8 de julho de 2012, em São Martinho, Braço do Norte e Santa Rosa de Lima. Os 55 primeiros classificados no vestibular precisam comprovar a conclusão do ensino médio na data da matrícula, 30 de julho.

Serviço:

Vestibular do Curso Universitário: Licenciatura em Educação do Campo da UFSC

Inscrições: até 23:59 horas do dia 21 de junho
Como se inscrever: somente pela internet no site www.vestibular2012.ufsc.br/educacaodocampo
Taxa de inscrição: R$ 10 pagos até dia 22 de junho, conforme orientação no site.
Data das provas: 8 de julho de 2012
Local das provas: São Martinho, Braço do Norte e Santa Rosa de Lima.
Vagas: 55

Sobre o curso Licenciatura em Educação do Campo da UFSC
Local do Curso: Santa Rosa de Lima e municípios das Encostas da Serra Geral
Início das aulas: 6 de agosto de 2012
Tempo de duração: 4 anos
Diploma da Universidade Federal de Santa Catarina: Educação do Campo, com ênfase na Área de Ciências da Natureza e Matemática
Atuação dos formados: Professores nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Contatos:

Professor Wilson Schmidt
(48) 3721-9905
(48) 8468-5505 (Oi)
(48) 9973-9970 (Tim)

Email:
wschmidt@ced.ufsc.br – favor colocar no título da mensagem Liceducampo ESG
secreatriacampo@ced.ufsc.br

Tags: Educaçã do CampoUFSC

Lançada nova coleção de temas para computador com imagens da UFSC

21/06/2012 12:54

Já está disponível para download a nova coleção de protetores de tela e papeis de parede de computador, que traz uma variedade de imagens relacionadas à UFSC. Entre os temas estão as fotos históricas da instalação no campus Trindade, cenas do cotidiano, fotos das Fortalezas da Ilha e imagens de Florianópolis, Curitibanos, Araranguá e Joinville. No total, são nove opções de protetores de tela e temas.

A coleção utiliza imagens do acervo de fotografias da universidade, formado pelo trabalho de vários fotógrafos, e também materiais de divulgação. A elaboração dos temas e papeis de parede ficou a cargo da equipe do Sistema de Identidade Visual da Agência de Comunicação (Agecom), formada pelas estagiárias do Curso de Design Andrezza Nascimento e Cristiane Amaral, além do coordenador Vicenzo Berti. Esta é a segunda coleção. A primeira foi lançada em 2006, e trazia na maior parte as fotos da Maratona Fotográfica da UFSC de 2005.

Tanto o protetor de tela quanto os papeis de parede mudam de imagens de tempos em tempos, alguns com três opções e outros com cinco.  “Nesta nova coleção com imagens da UFSC e seus campi, pretendemos levar a imagem da universidade para o computador das pessoas, evitando que mantenham a configuração padrão com marcas multinacionais dos fabricantes de software ou hardware”, explica Vicenzo Berti. Isso garante, entre outros benefícios, que a imagem da UFSC apareça em fotografias e vídeos com entrevistas de professores, servidores e alunos, uma vez que o computador pode ser um pano de fundo para captações de imagens.

Como instalar

Para fazer o download, basta entrar no site www.temas.ufsc.br. No caso dos protetores de tela, o usuário precisa instalar um executável (.exe). Um diferencial desta nova campanha é que funciona no sistema operacional Windows 7, que requer apenas o download do arquivo de extensão .themepack. Isso garante que a instalação seja feita rapidamente, sem que o usuário precise ter muito conhecimento de informática. Estão disponíveis também imagens no formato .jpg, para que o usuário possa instalar um fundo de tela único, sem alternar imagens.

Mais informações:
www.temas.ufsc.br

Tags: protetor de telasistema de identidade visualtemasUFSC

Las Malas Intenciones é o longa desta noite de quinta no FAM

21/06/2012 09:19

Las Malas Intenciones (Peru, Argentina, Espanha/2011 ) com roteiro e direção de Rosário Garcia-Montero  é o longa desta noite de quinta-feira, 21 de junho, na Mostra de Longas Mercosul do FAM 2012. Premiado nos Festivais de Austin(EUA), Gramado ( Brasil), Lima (Peru), Viña del Mar ( Chile),  Mar del Plata ( Argentina) e com indicações nos festivais de Berlim ( Alemanha), Guadalajara (México) e Pusan (Coréia do Sul). No elenco Fátima Buntinx, Katerina D´Onofrio e Melchor Gorrochatégui.  O filme, situado no Peru dos anos 1980, época de agitações terroristas no país, conta a história de uma garotinha de oito anos que se convence que vai morrer no dia que seu irmão nascer.








(mais…)

Tags: FAM 2012UFSC

Superintendente do DNIT e secretário de Defesa Civil visitam obra da Ala de Queimados do HU

20/06/2012 19:31

Comitiva conhece o estágio da obra, que tem conclusão prevista para o início de outubro

Na manhã desta terça-feira, 19 de junho, uma comitiva formada pelo secretário de Defesa Civil de Santa Catarina, Geraldo César Althoff, o superintendente do DNIT-SC, João José dos Santos, o inspetor da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, além de representantes da Defesa Civil, visitou a obra da Ala de Queimados do Hospital Universitário. As autoridades foram recebidas pela reitora em exercício, Lúcia Pacheco, pelo chefe de gabinete da UFSC, Carlos Vieira, pelo diretor do HU, Felipe Felício, e pelo diretor do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas Sobre Desastres (CEPED UFSC), professor Antônio Edésio Jungles.

A obra tem 534 m², abrigará quatro quartos com dois leitos cada, e dois leitos em isolamento, totalizando dez vagas, além de sala de cirurgia, sala de curativo, espaço para atendimento de emergência e quarto de apoio para os médicos. A unidade localiza-se no quarto andar do HU, estrategicamente posicionada ao lado da UTI. De acordo com a engenheira responsável pela fiscalização da obra, Lígia Pauline Mesquita, a conclusão está prevista para o período entre final de setembro e início de outubro deste ano.

O valor da obra, contratado até o momento, é de R$ 2.551.223,98. Desse total, R$ 2.358.692,09 têm origem no projeto “Sistema de prevenção, controle e atendimento emergencial em acidentes com produtos perigosos na rodovia  BR 101 – trecho sul – SC”. Os demais valores foram contrapartida de UFSC. O projeto é executado pelo CEPED-UFSC e é uma cooperação entre o Ministério dos Transportes, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) e a UFSC, com apoio da Secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU). A construção de uma área do hospital universitário (HU – UFSC) para atendimento a queimados e vítimas de acidentes com produtos tóxicos é uma das seis metas desse projeto.

Reitora em exercício, Lúcia Pacheco, ressaltou o caráter socioambiental da parceria

A reitora em exercício, Lúcia Pacheco, afirmou ficar feliz com a parceria, pois a construção da Ala de Queimados é o aspecto social e ambiental de uma obra de engenharia, a duplicação da BR 101 Sul. “A obra representa a aplicação correta dos recursos. Esperamos que novas obras culminem em novos resultados socioambientais”, afirmou a reitora em exercício.

A entrada em funcionamento da Ala de Queimados depende da licitação de mobiliário e equipamentos. Outra questão a ser resolvida é a contratação e capacitação dos recursos humanos necessários, estimados em 100 profissionais. Ainda este mês a direção do CEPED, do HU e o Gabinete da Reitoria irão se reunir para listar os pontos a serem equacionados.

Atualmente o HU atende por ano cerca de 10 pacientes vítimas de acidentes graves de queimadura e com produtos tóxicos, ou seja, os casos que atingem mais de 30% do corpo. Embora o hospital não disponha hoje de leitos exclusivos para os casos de queimaduras, o HU tornou-se referência regional nesse tipo de atendimento.

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom. Fotos: Dayane Ros.

Tags: UFSC

Comunidade da UFSC discute com reitora alternativas para fechamento do RU

20/06/2012 18:58

Reunião teve por objetivo discutir soluções para o fechamento do Restaurante Universitário

A busca de alternativas para o fechamento do Restaurante Universitário foi tema de uma reunião nesta quarta-feira, 20 de junho, envolvendo estudantes, representantes das entidades dos servidores e dos alunos, funcionários da UFSC e a administração central. Com a Sala dos Conselhos lotada, o debate girou em torno do fechamento do RU e também de soluções para garantir a alimentação dos estudantes durante o período letivo.

Durante quase três horas de reunião, várias propostas foram apresentadas para equacionar o problema. Questionada sobre a necessidade de tomar uma decisão naquele momento, Roselane Neckel afirmou que aquele não é espaço de decisão, uma vez que já estão marcadas assembleias do comando de greve e dos estudantes, que ainda precisam se posicionar sobre a questão. “Nunca vou assumir uma posição autoritária, de ditadora. As decisões serão tomadas de forma democrática”, ressaltou a reitora.

A greve dos Servidores Técnico Administrativos atinge a universidade desde o dia 11 de junho. A partir de então o RU vinha atendendo de forma restrita, até que no dia 18 foi totalmente interditado pelos grevistas. Para os estudantes que têm direito a isenção, a Reitoria garantiu o auxílio alimentação no valor de R$15,00 por dia, pago diretamente na conta bancária. Outra parcela de estudantes, que não tem direito a esse benefício, fez um protesto no dia 19, pedindo a reabertura do RU.

“As reuniões permanentes que estamos estabelecendo desde o início da greve na UFSC são uma novidade para a universidade e representam uma forma de dar visibilidade para a questão”, explicou a reitora.  Ela informou também que estará em Brasília nos dias 25 e 26 para dialogar com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), para que a entidade ajude a estabelecer a negociação entre o MEC e o movimento grevista. Além de Roselane Neckel participaram da reunião desta quarta-feira a vice-reitora, Lúcia Pacheco, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Beatriz Augusto de Paiva, a pró-reitora de Graduação, Roselane Fátima Campos, o secretário Especial de Aperfeiçoamento Institucional, Airton Seelaender, e o chefe de Gabinete, Carlos Vieira. Na conclusão, Roselane Neckel se colocou à disposição para conversar sobre o tema no final da tarde de quinta-feira, 21 de junho, após a assembléia do Sintufsc.

Os estudantes irão discutir sobre as propostas para o fechamento do RU durante a reunião do Conselho de Entidades de Base (CEB), às 11h30min, no Centro de Convivência. A reunião é aberta para a participação de todos os estudantes da UFSC. A assembleia geral dos estudantes está marcada para o dia 26, no Hall da Reitoria.

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom/UFSC. Fotos: Wagner Behr.

Tags: GreveRUUFSC

UFSC promove curso de atualização em matemática para professores do ensino médio

20/06/2012 16:19

O Departamento de Matemática da UFSC, em parceira com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada – IMPA promove, de 16 a 20 de julho, o Curso de Atualização para Professores de Matemática do Ensino Médio no estado de Santa Catarina destinado aos professores de matemática do ensino médio da rede pública e privada.

Trata-se de um programa que visa oferecer treinamento gratuito, abordando assuntos relativos às séries do Ensino Médio. As inscrições estão abertas até 9 de julho no site: http://mtm.ufsc.br/ensinomedio.

Tags: curso de atualização em matemáticaIMPAUFSC

STAE’s do Campus de Joinville divulgam seu posicionamento em relação à greve

20/06/2012 16:04

Carta divulgada pelos STAE´s do Campus Joinville
Em reunião realizada no dia 20 de junho de 2012, na presença de 18 dos 22 Servidores Técnico-Administrativos em Educação, houve unanimidade quanto à concordância com a pauta de reivindicações da greve. Entretanto, a maioria votou por não paralisar as atividades neste momento. Ressaltamos que uma servidora, que não participou da reunião, já aderiu à greve.

Este posicionamento não é definitivo tendo em vista que acompanharemos e discutiremos os rumos que a greve tomará. A próxima reunião será no dia 25 de junho, após a assembleia geral que acontecerá no dia 22 de junho.

Servidores Técnico-Administrativos em Educação
Campus Joinville

Tags: campus joinvilleGreveUFSC

Palestra sobre semiótica e ciência da informação nesta quinta na UFSC

20/06/2012 15:59

O Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação promove nesta quinta-feira, dia 21,  às 15h,no Laboratório de Ensino de Preservação de Bens Culturais / Bloco D do CED  –  2º andar. a palestra  Semiótica e Ciência da informação: temas integradores, com o professor Carlos Cândido de Almeida da UNESP.  Informações 3721-8516

Tags: Ciência da InformaçãopalestraUFSC

Desligamento de energia elétrica no dia 7 de julho

20/06/2012 14:40

Em função de atividades já agendadas na UFSC, foi alterada a data de desligamento da rede de energia elétrica do dia 30 de junho para o dia 7 de julho, sábado, das 8h às 16h, compreendendo o disjuntor geral da Substação Central da UFSC, para execução de serviços nos seguintes locais:

– Todo o Campus Universitário e todas as subestações que estão ligadas à Central (exceto as áreas do HU, PU e ECV), incluindo RU: 8h às 12h.

– CCE, CFH, HORTO, CFM e CCB: das 12h às 16h.

Outras informações pelo telefone (48) 3721-5100, com os engenheiros Marcelo Luna e/ou Antônio Carlos Minateli/DOMP.

Tags: Desligamento de energiaUFSC

Professora faz crítica à política educacional do governo do Estado

20/06/2012 13:09

Fazendo menção ao título do evento, a professora Claudete Mittman perguntou aos presentes na mesa da manhã desta quarta-feira da XXXIII Semana de Geografia (Semageo), na UFSC: “Como inserir Santa Catarina na economia mundial com a educação que temos?” Esta etapa da semana discutiu o quadro educacional catarinense e contou também com a presença da professora Helenira Vilela, que leciona no Instituto Federal de Santa Catarina (IF/SC) e falou de sua experiência e de suas percepções sobre o ensino em diferentes níveis, apontando os poucos avanços e os muitos problemas que o setor enfrenta no Estado. A Semageo, que vai até sexta-feira, tem como tema central “Santa Catarina e sua inserção na economia internacional: dilemas e desafios”.

De acordo com os números apresentados por Claudete Mittman, que é ligada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), existem hoje 35.373 professores estaduais, mas 19.975 estão na categoria de “leigos”, ou seja, são os admitidos em caráter temporário (ACT), e apenas 15.398 são efetivos. Dizendo-se orgulhosa por ser alfabetizadora, ela coloca Santa Catarina entre os estados com maiores deficiências, especialmente no ensino médio, onde apenas 50,2% concluem a etapa – por não conseguirem acompanhar o conteúdo ou porque começam a trabalhar – e cerca de 90% dos egressos não aprendem o mínimo necessário. “Esses números refletem os índices nacionais”, diz ela.

Santa Catarina também não vem pagando o salário determinado pela lei do piso nacional e tenta, segundo a professora, implantar de forma arbitrária o sistema de ensino integral. Há oito anos não existem concursos para a admissão de professores de ensino médio e há 15 anos não se reforça o quadro nas séries iniciais. O resultado é que faltam mestres nas disciplinas de matemática, biologia e ciências em muitos municípios, e até de geografia e história nas cidades mais distantes. “Só com a organização da sociedade e a pressão sobre os governantes é que poderemos reverter esse quadro”, alerta.

Dispersão do setor – Para Helenira Vilela, formada em matemática pela UFSC, o maior problema é que “não se conhece o papel da escola no Brasil”. Isso provoca a dispersão da função da educação formal, problema que coloca o país entre os mais problemáticos, do ponto de vista do ensino, na América Latina. “Nem os pais sabem por que e de que forma os filhos estão sendo educados”, afirma. O resultado são alunos que saem da escola, após oito anos de estudos, sem saber ler e fazer as operações básicas de cálculo.

Helenira Vilela acha que uma das saídas é manter os estudantes na escola por mais tempo – no Brasil, é média é de 4,13 horas por dia, contra oito horas em Cuba, onde a educação é considerada modelar. Também é essencial melhorar a qualidade do ensino, investir na valorização profissional dos professores e estruturar o setor, de forma a impedir que “gente que não aprende avance e chegue à pós-graduação”.

Conhecedora da área, porque lecionou em todos os níveis (incluindo uma escola do MST no meio-oeste catarinense), ela chama a atenção para o risco da municipalização pretendida pelo governo do Estado, porque a maioria das prefeituras não terá como arcar com o aumento das despesas decorrentes dessa medida.

Mais informações com os organizadores da Semageo, Carlos Espíndola, telefone (48) 9164-8819, e José Messias Bastos, fone (48) 8436-0745.

Por Paulo Clóvis Schmitz/Agecom

Tags: críticapolíticaUFSC

Dança do ventre, contemporânea e de salão no Projeto 12:30

20/06/2012 09:37

O Projeto 12:30 mostra que não é apenas música e tem o Centro de Dança Laura Flores como atração nesta quarta-feira. O grupo de professores, em uma apresentação interativa, mostrará ao público duas coreografias de dança do ventre, uma de dança contemporânea e uma aula de dança de salão. A apresentação será realizada a partir de 12h30min, no Varandão do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O espetáculo é gratuito e aberto à comunidade.

Em parceria com o grupo Nossos Caminhos, também haverá uma apresentação voltada ao jazz. O Centro de Dança Laura Flores se propõe a trazer ao público da UFSC e comunidade a arte  da dança em diferentes passos e ritmos, lentos, acelerados, suaves e marcantes, com a marca do Centro, belo e florido.

Projeto 12:30
O Projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura (SeCult) da UFSC e apresenta semanalmente atrações culturais, como música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no  Teatro da UFSC.

Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC, telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por  e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:
O QUÊ: Apresentação de danças com o Centro de Dança Laura Flores.
ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, Praça da Cidadania, Campus Universitário,
Florianópolis-SC.
QUANDO: Dia 20 de junho de 2012, quarta-feira, às 12h30.
QUANTO: Gratuito, aberto à comunidade.
CONTATO: www.lauraflores.com.br
VISITE: www.dac.ufsc.br

Fonte: Kadu Reis / Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30, DAC: SECULT: UFSC, com informações e foto do grupo.

Tags: DACProjeto 12:30SecultUFSC

Salim Miguel lança ´Fantasia e (é) realidade`

20/06/2012 09:26

Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Santa Catarina, homenageado com seu nome na Sala de Leitura Salim Miguel do Hospital Universitário, o escritor lança nesta sexta-feira, 22 de junho, a obra Fantasia e (é) realidade – Treze textos surreais, com ilustrações de Tércio da Gama. O encontro será realizado a partir de 19h, no Espaço Cultural Governador Celso Ramos – BRDE. Informações: luciana.rassier2010@gmail.com

Tags: lançamentoUFSC

Vida do educador Vilson Steffen é tema de documentário

20/06/2012 08:12

Documentário reunirá 150 fotografias (tanto do professor quanto da Barra da Lagoa), pesquisas antropológicas e entrevistas

Quando chegou à Barra da Lagoa para dar aulas  na Escola Básica Municipal Acácio Garibaldi São Thiago, no final dos anos 70, Vilson Steffen, o Professor Neto, estranhou a ansiedade das crianças. Logo percebeu que a situação era causada por uma abordagem educacional distante da realidade dos estudantes. Então criou iniciativas que as envolvessem em projetos da escola, para resgatar a cultura local e aproximá-las da natureza. A partir dos resultados obtidos nestas experiências, Professor Neto passou a ser considerado uma figura marcante no cenário político e educacional de Florianópolis.

Sua trajetória na Barra da Lagoa será documentada por membros do Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem, ligado ao Departamento de Antropologia da UFSC. Alex Vailati e Matias Godio, pós-doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFSC, desenvolvem o trabalho com ajuda do bolsista do curso de Ciências Sociais Yuri Neves. A ideia é traçar um paralelo entre a vida de Neto (falecido há dois anos) e as transformações urbanas e sociais no bairro. “Hoje é normal essa ideia da importância da natureza, mas naquela época ele apresentava um projeto pioneiro. Chegava até a dar aulas para crianças na praia”, conta Vailati.

Para o Professor Neto, o ensino não era apenas uma ferramenta técnica, mas um instrumento para libertar o pensamento. Entre suas iniciativas está a Associação de Pequenos Pescadores e Rendeiras da Lagoa da Barra, onde crianças de sete a 13 anos desenvolviam atividades como aulas de capoeira, coral, teatro de bonecas e artes plásticas. O projeto tinha o objetivo de introduzir o debate sobre história das raízes brasileira e as próprias raízes dos moradores.

Outra iniciativa do professor foi a criação do Coral de Idosos. Cantando e contando os seus “causos”, Neto acreditava que esta era uma boa maneira de unir diversas gerações em torno de um objetivo comum: a preservação da cultura e da natureza local. Nos últimos anos de vida, a nova realidade urbana, social e econômica do bairro fez com que Vilson Steffen visse os “ideais pelos quais trabalhava naufragarem”. Para Vailati, talvez uma das razões que levaram o professor a se desmotivar seja a transformação ocorrida na Barra, como a construção do canal, a ocupação urbana e o início do turismo como atividade principal da região, a partir dos anos 90. O professor passou a se excluir do convívio social e em outubro de 2010 faleceu em decorrência de um problema de coração. Ainda segundo Vailati, do ponto de vista institucional, grande parte de seu trabalho não prosseguiu, mas há muitas pessoas no bairro que lutam para manter seus projetos e ideais.

O documentário sobre a vida de Vilson Steffen vai reunir150 fotografias (tanto do professor quanto da Barra da Lagoa), pesquisas antropológicas e entrevistas com pessoas que o conheceram. O lançamento está previsto para o mês de dezembro. “A ideia do documentário é que exista um processo interativo, em que o trabalho dos pesquisadores seja compartilhado com a comunidade”, completa Vailati. Por isso, uma das expectativas do grupo é de que o trabalho tenha distribuição didática nas escolas de Florianópolis.

Mais informações: Alex Vailati/  alexvailati@gmail.com
Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem: (48) 3721-2241

Por Ana Luísa Funchal / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Mais sobre pesquisas da UFSC:
UFSC se destaca no Prêmio Capes de Tese
Laboratório realiza ensaios para certificação de implantes de silicone pelo Inmetro
– Pesquisa sobre engenharia metabólica e evolutiva de leveduras conquista Prêmio Top Etanol
Professores da UFSC lançam publicação sobre mudanças climáticas
– Pesquisadores estudam mosquitos na Ilha de Santa Catarina
Tese produz subsídios para aproveitamento sustentável de bromélia nativa da Mata Atlântica
Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha comprova redução de peixes no litoral
– Monografia sobre digestores anaeróbios para tratamento do lixo urbano é premiada
UFSC desenvolve sistema para monitorar alimentação e atividades físicas entre crianças de 7 a 10 anos
Pesquisa reforça indícios de que condições na infância afetam obesidade em adultos
UFSC abre inscrições para curso sobre células-tronco
Laboratórios do CDS avaliam atleta da patinação de velocidade
Presidente da Petrobras Biocombustível visita Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas
Prevenção do câncer é tema iniciação científica ent

Tags: antropologiadocumentárioNaviUFSC

A Febre do Rato é o longa-metragem desta quarta-feira no FAM

20/06/2012 07:50

Filme fala de um poeta anarquista que publica tablóide com recursos próprio

O premiado cineasta pernambucano Cláudio Assis é o diretor do longa A Febre do Rato, de 2011 (110min.), que será exibido nesta quarta-feira, dia 20 de junho, às 21h, no Centro de Eventos da UFSC, onde acontece o 16º FAM.

Cláudio Assis, autor dos belos e controversos Amarelo manga, de 2002, centrado em personagens do submundo da cidade de Recife, e Baixio das bestas, de 2006, sobre as violências cometidas nos recônditos da região agropecuária de Pernambuco, é um dos cineastas brasileiros mais respeitados, pela qualidade de sua obra, mesmo por aqueles que qualificam seus filmes como sombrios, até indigestos. Para esses, Cláudio afirma que o seu trabalho apenas reflete a realidade brasileira.

Em A Febre do Rato, Assis promete apaziguar os ânimos com a parcela mais delicada do público. O longa de Assis, que fala sobre um poeta anarquista que publica um tablóide com recursos próprios, foi o grande vencedor do Paulínia Festival de Cinema de 2011.

Na premiação em Paulínia, interior de SP, a produção do cineasta pernambucano venceu em oito categorias, entre elas a de melhor filme de ficção. E os atores do filme, Irandhyr Santos e Nanda Costa receberam prêmios de melhor ator e melhor atriz. O filme também dominou ainda as categorias técnicas, vencendo por fotografia, montagem, direção de arte e trilha sonora. “Febre do rato” foi também o favorito do júri da crítica. Cláudio Assis chega a Florianópolis no início da tarde para acompanhar a exibição do filme na quarta-feira, dia 20.

Tags: FAM 2012UFSC

Reitora da UFSC participa de reunião no Fórum Parlamentar Catarinense

19/06/2012 20:34

Roselane Neckel durante reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, em Brasília.

A reitora da Universidade Federal de Santa Catarina, Roselane Neckel, participou de uma reunião com o Fórum Parlamentar Catarinense  na tarde desta terça-feira, 19 de junho, em Brasília. Diante dos deputados federais e senadores, Roselane solicitou o apoio da bancada e esforços no sentido de contribuírem para estabelecer a negociação entre o Governo Federal e o Movimento Nacional Grevista nas Instituições Federais de Ensino (STAs e professores), com a maior brevidade possível. Foi também apresentado um detalhado diagnóstico da instituição e a proposta de um diálogo para a construção de uma agenda conjunta, visando o atendimento das necessidades da UFSC.

Leia também:
 – Nota de esclarecimento do DCE sobre o fechamento do RU e um chamado à assembleia geral de estudantes

Reitoria responde questionamentos sobre a paralisação dos serviços do Restaurante Universitário

– Greve na UFSC: Manifestação em frente ao RU discute a paralisação do setor

Reitoria propõe organizar fórum para debater a questão do HU e a EBSERH

Técnico-administrativos do campus Curitibanos aderem à greve

Tags: greve dos servidores técnico-administrativosUFSC

Restaurante Universitário

19/06/2012 19:24

A Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, tendo em vista a paralisação das atividades do Restaurante Universitário, faz os seguintes esclarecimentos à comunidade universitária, a partir de questões recorrentes que nos têm sido dirigidas:

1.  O RU pode funcionar só com os funcionários terceirizados ?
Não, somente em um curto período de tempo, em caráter excepcional, e, ainda assim, de forma precária. Há funções específicas que somente podem ser executadas por servidores efetivos, treinados e especializados, portanto, a Reitoria não contratará novos trabalhadores terceirizados.
2. Como ficará a situação dos alunos que têm direito a isenção no RU ?
Haverá o repasse financeiro do auxílio alimentação, diretamente na conta bancária dos estudantes que possuem isenção do RU  aprovada no COSS/PRAE, pelo critério sócioeconomico.
3. Os demais alunos da UFSC podem receber este mesmo benefício ?
Há óbice jurídico, uma vez que eles não estão amparados pela Política Nacional de Assistência Estudantil.
4. Qual a diretriz que pauta as ações da Administração Central neste momento ?
A Reitoria compreende a legitimidade das reivindicações do movimento dos servidores da UFSC e tem se orientado pela busca e a manutenção do diálogo permanente com a comunidade, com a ANDIFEs e o MEC. Do mesmo modo, está atenta para garantir a integridade física dos servidores e estudantes, bem como a integridade do patrimônio público.
Florianópolis, 19 de junho de 2012.
Administração Central da UFSC
Tags: administraçãoGrevereitoriaUFSC

Reitoria propõe organizar fórum para debater a questão do HU e a EBSERH

19/06/2012 18:02

Auditório do HU recebeu evento para discutir a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Com o auditório do Hospital Universitário lotado, aconteceu na manhã desta terça-feira, 19 de junho, o debate sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), proposto pelo  Fórum Catarinense em Defesa do SUS e Contra a Privatização da Saúde. O objetivo do evento é entender a estrutura desta empresa que é proposta pelo Ministério da Educação para o funcionamento dos hospitais universitários brasileiros.

Entre os palestrantes estava o auditor do Ministério da Saúde, João Pedro Carreirão Neto, que falou sobre a motivação do Ministério em criar a EBSERH, sua estrutura, os aspectos administrativos, de pessoal e estatutário. Outro palestrante foi o procurador da república de Santa Catarina, André Bertuol, que falou sobre os aspectos jurídicos envolvidos na questão. A reitora em exercício, Lúcia Pacheco, participou da mesa junto com o diretor do HU, Felipe Felício, o representante do DCE, Giovane Simon, o representante do Sintufsc, Celso Martins, e a representante da seção sindical do Andes, Maria Terezinha Paulilo.

Na sua fala, a reitora em exercício esclareceu que a decisão de o HU aderir ao EBSERH não será tema de pauta da reunião do Conselho Universitário do dia 26 de junho. “Se este tema entrar em debate no Conselho, será em caráter informal, para comunicar os resultados desta reunião, não havendo a tomada de decisão”, afirmou Lúcia Pacheco. Ela ressaltou que este tema precisa ser discutido de forma ampla, envolvendo toda a comunidade universitária. Para isso, sugere organizar um fórum, com a participação de todos os envolvidos na questão. “Quando assumimos a reitoria da UFSC, o nosso prazo definido pelo MEC para decidir se o HU deve ou não aderir à EBSERH era 31 de maio. Depois foi passado para 30 de junho. Estamos negociando para ampliar esse prazo, para ter oportunidade de debater amplamente antes de levar a questão ao Conselho Universitário”, explicou a reitora em exercício.

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom. Fotos: Dayane Ros.

Tags: EbserhHUUFSC

IV Festival de Práticas Corporais da UFSC

19/06/2012 17:36

O IV Festival de Práticas Corporais será realizado nos dias 23 e 24 de junho, no bloco 5 do Centro de Desportos (CDS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com o tema “Integrando Consciência e Expressão pelo Movimento”, a programação conta de oficinas, palestras e apresentações artísticas.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo e-mail festivalpc@yahoo.com.br. As vagas são limitadas. Confira a programação no endereço http://festivaldepraticascorporais.blogspot.com.br/.

Outras informações pelo e-mail xiiisefufsc@yahoo.com.br.

Tags: CDSfestivalpráticas corporaisUFSC

Editores de revistas científicas: em busca da excelência na área de Letras e Linguística

19/06/2012 17:06

Com o tema “Editores de revistas científicas: em busca da excelência na área de Letras e Linguística”,  será realizado nos dias 21 e 22 de junho um encontro com profissionais da área, no Auditório Henrique Fontes, Centro de Comunicação e Expressão (CCE), bloco B, da UFSC. A palestra de abertura será sobre “Periódicos indicados pelos Programas de Letras e Linguística: perfil e avaliação”, às 9h, com o professor Dermeval da Hora (representante da área de Letras e Linguística na Capes).

O objetivo do evento é promover a profissionalização dos editores de revistas científicas, buscando elevar a qualidade da publicação do conhecimento científico na área de Letras e Linguística. As inscrições estão encerradas.

Confira a programação.

Outras informações pelo endereço www.eventoeditores.ufsc.br.

Tags: editoresrevistas científicasUFSC

Semana da Pós-Graduação em Química traz reflexões sobre universidade e pesquisa

19/06/2012 16:32

“Precisamos pensar como julgamos nosso impacto como cientistas”, instigou o palestrante

Bioquímico, educador, professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o professor Hernan Chaimovich Guralnik foi um dos convidados da manhã desta terça-feira, 19 de junho, da 1ª Semana da Pós-Graduação em Química da UFSC. O encontro que traz à Universidade palestrantes de destaque na área científica prossegue até sexta-feira, com minicursos, palestras e apresentações de trabalhos desenvolvidos junto à Pós-Graduação em Química – um dos programas de excelência da UFSC, conceito 7 na Capes.

“Ele sempre esteve ativamente envolvido em política científica e administração, e mesmo assim continuou publicando”, destacou na apresentação do palestrante o professor do Departamento de Química e da Pós-Graduação em Química, Faruk Nome, representante da UFSC na ABC.

Integrante das comissões que criaram o Curso Interdisciplinar de Pós-Graduação em Biotecnologia e a graduação em Ciências Moleculares da USP, Guralnik organizou sua fala na temática Universidade, Ciência e Desenvolvimento. Partiu de definições, lembrando que a ciência é uma forma especializada de estudo – mas também um agente prático e um fator cultural.

“Como forma de estudo é uma procura por conhecimento com metodologia específica, mas não se pode deixar de lado também o princípio do prazer. Se não for assim, é melhor mudar de carreira”, salientou o professor, pesquisador 1A do CNPq desde 1979, com registro em seu Currículo Lattes de 3.600 citações. Ele defendeu também a necessidade de que o pesquisador cultive um “ceticismo responsável e liberdade de questionamento”.

“Essa é uma liberdade que se conquista, não vem como mágica”, ressaltou o palestrante. Segundo o vice-presidente da ABC, como agente prático a ciência é uma fonte de poder, que permite modificar a natureza e influenciar a sociedade – e como agente cultural uma forma de pensar, avaliar e decidir.

Com relação à integridade do processo científico, Guralnik lembrou que este requer publicação e análise dos pares  – caso contrário passa às “ciências ocultas”. Enfatizou também: “O cientista hoje não pode mais se dedicar exclusivamente à procura do conhecimento sem reconhecer sua responsabilidade social”.

Tocando em questionamentos e dilemas da ciência, citou a contradição entre “melhor ciência” e o olhar para a realidade local. “Precisamos pensar como julgamos nosso impacto como cientistas”, instigou o palestrante.

O professor lembrou que o Brasil integra um seleto grupo composto por Rússia, Estados Unidos e China (nações com área maior do que 4 milhões de k2 ,  com população superior a 100 milhões de habitantes e PIB superior a 5 bilhões de dólares). “Por isso é importante saber onde se quer ir”, enfatizou, citando a USP como uma universidade que publica mais do que países como Chile e Colômbia – mas em termos de país o Brasil tem ainda um longo caminho a percorrer na ciência, com um número pequeno de citações por trabalhos científicos, complementou.

A má distribuição da pesquisa por áreas geográficas, a produção extremamente concentrada em algumas universidades e em algumas áreas do conhecimento foram outros problemas lembrados pelo palestrante sobre a ciência brasileira. “Sobre patentes nem vou falar”, disse, em seguida, defendendo a necessidade de aumento do número de cientistas nas empresas, “ou não teremos inovação”.

“O papel social do cientista exige a melhor ciência”, defendeu o vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, que fez também duras críticas às universidades (em sua opinião, instituições ortodoxas, conservadoras e ineficientes diante dos recursos que recebem). É necessário pensar que estrutura universitária queremos, disse o professor, que trabalhou na parte final de sua palestra a necessidade de diferenciação do ensino superior e o conceito de Universidades de Classe Mundial. Segundo ele, entre as características desejáveis para estas universidades estão o desenvolvimento da ciência, tecnologia, cultura e a capacidade de integrar o que ocorre no país e no mundo.

Por: Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Brenda Thomé/Bolsista de Jornalismo na Agecom

Saiba Mais:
1º Semana da Pós-Graduação em Química
Tem o objetivo de divulgar os avanços da Química, as pesquisas desenvolvidas no Programa da UFSC e no Brasil, além de incentivar a troca de conhecimentos e o estabelecimento de parcerias entre os participantes.

Próximas conferências e programação

Data: quarta-feira (20/06)
Horário: 10h

– Nanopartículas metálicas suportadas para aplicações em catálise
Profa. Liane Marcia Rossi (USP)

– Métodos de decomposição da energia como instrumento para a compreensão de processos químicos
Prof. José Walkimar de Mesquita Carneiro  (UFF/RJ)

Data: quinta-feira (21/06)
Horário: 10h

– Métodos de decomposição da energia como instrumento para a compreensão de processos químicos
Prof. Dr. José Walkimar de Mesquita Carneiro /Departamento de Química / Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ)
Apresentador: Prof. Dr. Giovanni Finoto Caramori – UFSC

Data: sexta-feira (22/06)
Horário: 9h30min
Conferência de Encerramento:

Avaliação CAPES na área de Química – Perspectivas
Prof. Luiz Carlos Dias (UNICAMP)

 

Tags: pós-graduação em químicam químicaUFSC