UFSC na mídia: reportagem da NSC mostra pioneirismo da UFSC com pesquisas em maricultura

26/11/2025 15:30

Carlos Henrique Miranda Gomes, técnico do Laboratório de Moluscos Marinhos da UFSC, em entrevista à reportagem da NSC TV. Foto: Reprodução

Reportagem da série “Riquezas do Mar”, da NSC TV, destacou, nesta terça-feira (25 de novembro), o pioneirismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nas pesquisas em maricultura no litoral de Santa Catarina. Cerca de 40 anos após as primeiras prospecções e estudos, o estado desponta hoje como responsável por 91% da produção nacional de ostras e mexilhões, com 8,7 mil toneladas de moluscos colhidas em 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citados na reportagem.

A UFSC é a principal produtora e fornecedora de sementes de ostras e mexilhões para os produtores, de acordo com o biólogo Carlos Henrique Miranda Gomes, técnico do Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM). Segundo ele, anualmente são produzidas entre 45 e 70 milhões de sementes, que são comercializadas para os maricultores. Carlos destaca também o bom resultado da parceria da Universidade, que produz as sementes, com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que atua na capacitação dos produtores.

As pesquisas em torno do cultivo da macroalga Kappaphicus alvarezii, que já envolve produtores no litoral catarinense, e do ouriço-do-mar Echinometra lucunter, ainda em etapa de laboratório, também foram abordadas na reportagem de Jean Raupp. A macroalga produzida em Santa Catarina é utilizada principalmente na produção de biofertilizantes, mas também pode ser empregada nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética, como explicou a bióloga Carmen Simioni, pós-doutoranda em Biologia Celular e Desenvolvimento. Já o ouriço-do-mar, iguaria utilizada na gastronomia oriental, ainda irá passar por testes em cultivos no mar. A perspectiva é que em até dois anos e meio essa espécie passe a ser produzida em escala comercial, de acordo com o pesquisador Cassio Ramos.

Assista à reportagem da NSC TV.

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Pesquisa analisa riscos da contaminação de mexilhões na Praia do Matadeiro

29/05/2017 08:39

Um projeto de pesquisa de mestrado irá verificar possíveis riscos de contaminação de um tipo de cianobactéria tóxica em mexilhões da Praia do Matadeiro. Densas populações desta espécie, Cylindrospermopsis raciborskii, foram registradas na Lagoa do Peri desde a década de 1990 e, nos últimos 20 anos, são monitoradas pela Casan. As concentrações de saxitoxina, produzida pela cianobactéria, ainda são baixas e o sistema de tratamento de água da Casan consegue remover a contaminação, principalmente pelos filtros e cloro. Porém, o Canal do Sangradouro leva água da Lagoa do Peri ao Atlântico, entre Armação e Matadeiro, onde há costões rochosos, habitat de mexilhões, além de organismos comestíveis enterrados na areia.

Cianobactérias tóxicas são analisadas em laboratório. Foto: Henrique Almeida/Diretor de Fotografia da Agecom/UFSC

“Se a carga tóxica de lagoa do Peri está constantemente sendo lançada na praia do Matadeiro, o que se pode esperar da contaminação de mexilhões que por ali vivem ou que por ventura sejam ali cultivados?”, questiona Leonardo Rörig, líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Biologia, Cultivo e Biotecnologia de Microalgas e orientador da mestranda Tanise Klein Ramos. Séries de amostragens e análises serão realizadas a fim de testar estas hipóteses, explica Rörig. “Dependendo dos resultados, medidas de gestão deverão ser tomadas para impedir o consumo de frutos do mar oriundos de alguns setores da Praia do Matadeiro. Consequentemente, o cultivo de mexilhões na área deveria ser impedido, haja vista o risco de contaminação com consequências a saúde pública”.

Para recreação na Lagoa do Peri, maior corpo de água doce da Ilha de Santa Catarina, não há complicações atualmente, confirma Rörig. “Dificilmente a pessoa que engolir a água vai ter problemas. Hoje, a água da lagoa é limpa, as algas só vão crescer mais se houver água mais suja”. 
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Tese analisa impacto das condições ambientais no cultivo de ostras e mexilhões

15/10/2015 12:22

Avaliar em 320 km da costa as condições ambientais e do cultivo dos moluscos e mexilhões bivalves em Santa Catarina: este foi o impulso para a tese do pesquisador João Guzenski, doutor em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), orientada pelo professor Jarbas Bonetti Filho. Um dos dados mais impactantes do estudo foi a ocorrência de algas nocivas em 97% das áreas de cultivo, durante o período de estudo. A pesquisa reflete a importância do monitoramento constante da produção para que se possa dar segurança alimentar a todos.
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UFSC propõe melhorias tecnológicas e novos produtos para cadeia produtiva do mexilhão

06/03/2013 08:59

Estudos têm a colaboração de profissionais em formação no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos – foto Claudia Reis

Agregar valor aos mexilhões produzidos em Santa Catarina e proporcionar aos produtores novas alternativas de comercialização. Estas são metas de pesquisas desenvolvidas no Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da UFSC.
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