Círculo de Leitura de Florianópolis discute os temas formação do leitor e o papel das academias de letras

19/09/2018 11:27

O 92º Encontro do Círculo de Leitura de Florianópolis irá abordar, no dia 25 de setembro, os temas formação do leitor; radiojornalismo; identidade cultural catarinense; e o papel das academias de letras. O encontro será realizado às 18h30, na Sala Harry Laus da Biblioteca Central da UFSC, e terá a presença do escritor e presidente da Academia Catarinense de Letras, Salomão Ribas Junior, como convidado de honra. O debate será coordenado por José Isaac Pilati, escritor e professor da UFSC. 

Quando: 25 de setembro, às 18h30.

Onde: Biblioteca Central UFSC – Sala Harry Laus.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-2465.

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Círculo de Leitura debate manifestações que agitaram a França em 1968

15/05/2018 14:35

Os 50 anos das manifestações estudantis de maio de 1968 na França, que tiveram repercussões e desdobramentos em todo o mundo, serão o tema da próxima edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcada para o dia 17, nesta quinta-feira, às 18h30, na Sala Harry Laus na Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O professor Diomário Queiroz, ex-reitor da UFSC, que morava em Paris na época, e o jornalista Paulo Santhias, coordenador da Rádio Udesc FM, são os convidados para o debate, que terá a coordenação de Gabriel Martins, da Agência de Comunicação da UFSC (Agecom).

Os protestos de meio século atrás começaram quando estudantes foram às ruas de Paris pedir reformas na educação. Um dos estopins foi a ocupação da Universidade de Nanterre por jovens anarquistas, sob a liderança de Daniel Cohn-Bendit, no dia 22 de março em 1968. Com a repressão policial às manifestações que se seguiram, na noite de 10 para 11 de maio uma grande insurreição agitou o Quartier Latin, bairro que reunia o maior número de universitários da capital francesa. Houve incêndio de viaturas e barricadas, e no dia 13 uma greve geral paralisou o país.
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‘Maio de 1968, 50 anos depois’ é tema do próximo encontro do Círculo de Leitura de Florianópolis

09/05/2018 15:50

O Círculo de Leitura de Florianópolis promove seu 91º encontro com o tema “Maio de 1968, 50 anos depois”. O evento ocorre no dia 17 de maio, quinta-feira, às 18h30, na sala Harry Laus da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Os convidados para o debate são Antônio Diomário de Queiroz, ex-reitor da UFSC, e Paulo Roberto Santhias, jornalista e coordenador da Rádio UDESC FM. O encontro será mediado por Gabriel Martins, da Agência de Comunicação da UFSC e doutor em Serviço Social pela UFRJ.

Mais informações pela página do evento no Facebook ou pelo e-mail  joana.felicio@ufsc.br.

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A escrita das mulheres na 90ª edição do Círculo de leitura, nesta quinta

14/03/2018 13:40

Na retomada do Círculo de Leitura de Florianópolis, evento realizado periodicamente na Sala Harry Laus da Biblioteca Central da UFSC, o próximo encontro temático terá como mote “A Escrita das Mulheres”. No dia 15, quinta-feira, às 18h30, as escritoras Kátia Rebello e Ana Esther Balbão Pithan e a jornalista e escritora Raquel Wandelli vão falar de seu trabalho, das obras que publicaram, de sua relação com a leitura e de questões de gênero relacionadas à literatura. A coordenação do debate será da escritora e filósofa Sônia Felipe. A entrada é franca.
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Círculo de Leitura faz reflexão sobre cobertura midiática no Caso Cancellier

04/12/2017 08:10

O Círculo de Leitura de Florianópolis não poderia se omitir neste momento difícil que atravessa a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a própria sociedade brasileira. Por isso, marcou uma sessão especial enfocando como tema central: “Caso Cancellier, uma leitura”.

Será no dia 7 de dezembro, quinta-feira, a partir das 18 h30mim, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária (BU), no Campus da UFSC. Segundo o fundador do Círculo, poeta Alcides Buss, a ideia é fazer uma reflexão sobre a cobertura jornalística da prisão e da morte do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo (Cao).

São convidados especiais da 89ª edição do Círculo de Leitura quatro profissionais conectados com o episódio: Carlos Damião, repórter e colunista do jornal Notícias do Dia; Rafael Martini, titular da coluna Visor do Diário Catarinense; Raquel Wandelli, professora de Jornalismo da Unisul e jornalista do Coletivo Jornalistas Livres (SP); e Samuel Lima (Samuca), professor de Jornalismo da UFSC, pesquisador e militante social.

O Círculo é aberto a todos que gostam e incentivam a hábito da leitura. É um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Rafael de Menezes Bastos, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Rosana Bond e Tabajara Ruas foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Além de uma breve apresentação dos convidados especiais, os presentes falam de suas leituras e passam a conversar com os palestrantes e entre si. Essa sessão, que fecha as  atividades relativas a 2017, será coordenada pelo jornalista Moacir Loth, ex­0-diretor da Agência de Comunicação da UFSC (Ageocom) e membro da Comissão Memória e Verdade da UFSC.

Outras informações com Alcides Buss (99972-3045).

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Biblioteca Universitária promove Círculo de Leitura sobre Shakespeare nesta quinta

21/06/2017 19:52

A Biblioteca Universitária (BU) promove, nesta quinta-feira, 22 de junho, mais um encontro do Círculo de Leitura de Florianópolis. O tema será “Shakespeare: sua tradução”, com a participação do professor Rafael Raffaelli, que já traduziu quatro obras do dramaturgo inglês, publicadas pela Editora da UFSC (EdUFSC).

O Círculo de Leitura ocorre às 18h30, na sala Harry Laus da Biblioteca Universitária. O encontro é aberto a todos.

Mais informações na página da BU ou pelo Facebook.

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Círculo de Leitura de Florianópolis debate ‘Jornalismo, Cultura e Identidade’

26/04/2017 09:36

Marcado para esta quinta-feira, 27 de abril, a partir das 18h30, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária, o Círculo de Leitura de Florianópolis. Nesta edição, Renan Antunes, Dorva Rezende e Paulo Clóvis Schmitz debatem ‘Jornalismo, Cultura e Identidade’ sob a coordenação do jornalista Moacir Loth, ex-diretor da Agência de Comunicação (Agecom) da UFSC.

Nascido em São Leopoldo (RS) e filho de policial rodoviário e dona de casa, Dorva Rezende começou a trabalhar no jornal NH, de Novo Hamburgo, antes mesmo de se formar. Depois, com o diploma nas mãos, passou seis meses no Primeira Hora, diário de Foz do Iguaçu (PR), onde fazia de tudo, da redação à paginação. Depois da experiência, voltou para o NH e, em 1990, transferiu-se para Florianópolis, passando por várias editorias do jornal Diário Catarinense.

Renan Antunes já foi repórter da Revista Veja, Gazeta do Povo, do Paraná, RBS, IstoÉ e Estadão, como correspondente do jornal em Nova Iorque.Em 2004, ganhou o Prêmio Esso de Reportagem com a matéria “A Tragédia de Felipe Klein”, publicada no Jornal Já, de Porto Alegre, No mesmo ano, foi considerado o Jornalista do Ano, no prêmio Press do Rio Grande do Sul.

Paulo Clóvis Schmitz é repórter especial do jornal “Notícias do Dia”. Foi editor do Caderno 2 do jornal “O Estado”, um espaço dedicado ao cinema, teatro, televisão e música, com ênfase à cultura local. Trabalhou também na Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) e é um jornalista reconhecido pelo seu profissionalismo e dedicação.

Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Bruggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Lauro Junkes, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann e Mário Prata foram alguns dos participantes de etapas anteriores do projeto.

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‘O irmão alemão’ será tema de debate no Círculo de Leitura de Florianópolis

16/11/2015 15:03

O 80º Encontro do Círculo de Leitura de Florianópolis irá debater o romance O irmão alemão, publicado em 2014, de autoria de Chico Buarque de Hollanda. O encontro será realizado no dia 26 de novembro, às 18h30, na sala  Harry Laus da Biblioteca Central, e contará com a participação do João Klug, do curso de História da UFSC, que colaborou com Chico por meio de pesquisa na Alemanha. A entrada é franca.  Convite_novembro_2015

Sobre o romance: inspirado no meio-irmão de Chico, fruto do relacionamento de seu pai, Sérgio Buarque de Hollanda, com uma alemã, durante sua passagem pelo país entre 1929 e 1930, como correspondente de O Jornal.  A existência do meio-irmão era conhecida pela família brasileira, no entanto, a última notícia que havia dele datava da Segunda Guerra Mundial, gerando a suposição que pudesse ter morrido nesse período. A história mudou em maio de 2013, quando, a pedido da editora Companhia das Letras e do próprio Chico Buarque, o historiador brasileiro João Klug e o museólogo alemão Dieter Lange identificaram o irmão desconhecido.

Sobre o Círculo de Leitura: o Círculo de Leitura de Florianópolis constitui-se de encontros periódicos, coordenados pelo professor Alcides Buss, que, em parceria com o Sistema de Bibliotecas Universitárias da UFSC (BU/UFSC), permite aos participantes compartilhar suas experiências com a leitura e promover o debate.

 Mais informações pelo telefone (48) 3721-2465.

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Agenda Cultural: Deonísio da Silva é o convidado no Círculo de Leitura desta quinta-feira na BU

24/09/2014 08:06

Silva tem a reputação de um dos escritores brasileiros mais importantes e dinâmicos da atualidade. Recebeu o prestigiado prêmio Casa das Américas pelo romance “Avante, soldados: para trás!”. Entre seus livros mais conhecidos, estão “A Cidade dos Padres”, “Orelhas de Aluguel”, “Teresa D’Ávila”, “Goethe e Barrabás” e “Exposição de Motivos”. Na área da Língua Portuguesa, publicou “A Vida Íntima das Palavras” e “A Vida Íntima das Frases”. É doutor em Literatura Brasileira; lecionou na Universidade Federal de São Carlos e na Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, onde reside atualmente.

O  projeto “Círculo de Leitura de Florianópolis” consiste em encontros periódicos, coordenados pelo professor Alcides Buss, em parceria com a Biblioteca Universitária da UFSC, em que os participantes compartilham sua experiências com a leitura. O encontro desta quinta-feira, 25 de setembro, é a partir das 18h30, na sala de projeção Harry Laus, da Biblioteca Central da UFSC.

Mais informações:

portalbu.ufsc.br/circulodeleitura
Fone (48) 3721.2465

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Jornalista Nelson Rolim de Moura é o convidado do Círculo de Leitura nesta quinta

26/09/2013 13:20

Nelson Rolim de Moura. Foto: divulgação

O jornalista e editor Nelson Rolim de Moura é o convidado de setembro do Círculo de Leitura de Florianópolis. O encontro de número 70 será no dia 26, quinta-feira, às 18h30, na Sala Harry Laus, da Biblioteca Universitária da UFSC. Como editor da Insular, Rolim está prestes a alcançar a marca de mil títulos publicados e tem no currículo um importante trabalho à frente da Câmara Catarinense do Livro, onde promoveu várias edições de sucesso da Feira do Livro da Capital.
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Compositor Alberto Andrés Heller participa do Círculo de Leitura

27/06/2013 10:11

O argentino Alberto Heller é um dos mais expressivos músicos eruditos atuais

A 68ª edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcada para esta quinta-feira, dia 27, terá como convidado o compositor, pianista, escritor e professor Alberto Andrés Heller. Autor dos livros “Fenomenologia da expressão musical” (2006) e “John Cage e a poética do silêncio” (2011), ambos lançados pela Editora Letras Contemporâneas, Heller tem 12 CDs gravados e é um dos mais expressivos músicos eruditos atuais, com atuação no Brasil e no exterior. O encontro será na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC, a partir das 18h30min.

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Maria Tereza Piacentini é a convidada desta quinta-feira do Círculo de Leitura

23/04/2013 12:37

Maria Tereza Queiroz Piacentini. Foto: Henrique Almeida/Agecom

A revisora, consultora e professora de Português Maria Tereza de Queiroz Piacentini é a convidada da 66ª edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, que será realizada nesta quinta-feira, dia 25, das 18h30 às 20h, na Sala Henrique da Silva Fontes da Biblioteca Central da UFSC.
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Círculo de leitura na BU nesta quinta

22/04/2013 17:28

Na última quinta-feira de cada mês, das 18h30min às 20h, é realizado o “Círculo de Leitura”, na Sala de Projeção “Henrique da Silva Fontes”, no piso superior da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O próximo será no dia 25 de abril. Aberto à comunidade universitária e geral. A participação pode ser presencial ou a distância.

Os encontros são periódicos, coordenados pelo professor Alcides Buss, que permite aos participantes compartilhar suas experiências com a leitura e promover o debate. Momento de expressar o que se vê e o que se sente na cultura catarinense, do Brasil e do mundo.
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Jornalista Néri Pedroso participa do Círculo de Leitura de Florianópolis

28/11/2012 17:46

Néri Pedroso -Foto Gill Konell

A jornalista Néri Pedroso é a convidada da 64ª edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcada para às 18h desta quinta-feira, dia 29, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC. Formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ela atua no mercado de comunicação de Santa Catarina desde 1988, sempre na área cultural. Atuou nos jornais “Diário Catarinense”, “A Notícia” e “Notícias do Dia”, nos quais exerceu funções de repórter, chefe de redação e editora-executiva. Gratuito e aberto à comunidade. O Círculo terá transmissão ao vivo pelo Laboratório de Educação a Distância, (LED/EGC/UFSC), no endereço tvled.egc.ufsc.br/aovivo .

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Círculo de Leitura homenageia escritor e crítico Harry Laus

24/10/2012 17:00

O Círculo de Leitura de Florianópolis será retomado nesta quinta-feira, dia 25, com uma homenagem ao escritor, animador cultural e crítico de artes Harry Laus, falecido há 20 anos. O encontro será às 18h na sala que leva o nome de Laus, na Biblioteca Universitária da UFSC, no campus da Trindade. Esta será a 63ª reunião do Círculo, criado pelo poeta Alcides Buss com o objetivo proporcionar a troca de ideias entre um convidado e os presentes sobre livros, arte e cultura.

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Escritor Adolfo Boos Júnior participa do Círculo de Leitura de Florianópolis

29/05/2012 11:38

Adolfo Boos-Júnior

O escritor Adolfo Boos Júnior, 81 anos, é o convidado da edição de maio do Círculo de Leitura de Florianópolis. Nesta quinta-feira, dia 31, a partir das 18h, na sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC, ele falará sobre livros, leituras, produção literária, obras e autores prediletos. O encontro é informal, permite que todos os presentes falem dos livros que estão lendo e tem transmissão ao vivo pelo Laboratório de Ensino a Distância da UFSC (endereço: tvled.egc.ufsc.br/aovivo).  Considerado um dos principais ficcionistas brasileiros da atualidade, Adolfo Boos Júnior lançou seu primeiro livro, “Teodora & Cia.”, em 1956, quando fazia parte do Círculo de Arte Moderna de Florianópolis, mais tarde chamado de Grupo Sul, então em sua fase final. Daquele movimento, herdou o rigor estético do texto, a preocupação com o social e a resistência às imposições do mercado editorial.

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Círculo de Leitura

28/05/2012 11:30

Será realizada nesta quinta-feira, 31 de maio, mais uma edição do projeto Círculo de Leitura. O convidado é o escritor Adolfo Boos Júnior. O encontro acontece a partir de 18h, na Sala de Projeção Harry Laus, da Biblioteca Universitária, com transmissão ao vivo pelo Laboratório de Educação a Distância.

O Círculo de Leitura é um projeto que permite aos participantes discutir sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho.

Informações: joana@bu.ufsc.br /(48) 3721-9305 / (48) 3721-2256

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Especialista no Contestado participa do Círculo de Leitura

26/03/2012 12:06

O professor Paulo Pinheiro Machado, do Departamento de História da UFSC, é o convidado da primeira edição de 2012 do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcado às 18h de quinta-feira, dia 29, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária. Ele é um dos principais pesquisadores do conflito do Contestado, que começou há 100 anos, em 1912, e se prolongou até 1916. Publicou os livros “A política de colonização do Império” (1999) e “Lideranças do Contestado” (2004) e organizou, com a professora Márcia Espig, da Universidade Federal de Pelotas, a coletânea “A guerra santa revisitada: novos estudos sobre o movimento do Contestado” (2007), com textos de 12 pesquisadores que agregam novos olhares sobre o tema.

Coordenador do curso de graduação em História da UFSC, Pinheiro Machado graduou-se na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fez doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense e na Universitat Autonoma de Barcelona. Tem experiência na área de História do Brasil, com ênfase no período do Império e primeiras décadas da República, atuando em pesquisas sobre a história do campesinato, colonização, fronteiras agrícolas e internacionais e Revolução Federalista.

Conversa sobre livros
Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Celso Martins, Rosana Bond, Silveira de Souza, Tabajara Ruas e Moacir Pereira foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Mais informações com o professor Paulo Pinheiro Machado podem ser obtidas pelo telefone (48) 9185-9095 e pelo e-mail pmachado@mbox1.ufsc.br

ENTREVISTA COM PINHEIRO MACHADO

Como foram seus primeiros contatos com os livros e as experiências mais marcantes em relação à leitura? Em sua casa, na infância e na adolescência, havia um ambiente de estímulo ao convívio com os livros e o conhecimento?
Paulo Pinheiro Machado – Meus pais estimularam muito a leitura dentro de casa. Nasci e me criei numa família de classe média em Porto Alegre. Tínhamos uma grande biblioteca. Ali escutávamos música e líamos, eu e meus cinco irmãos. Minha infância e adolescência aconteceram nas décadas de 1960 e 1970.

Que livros e autores mais o sensibilizaram nesta fase e como os gostos e preferências foram mudando no decorrer dos anos?
Pinheiro Machado – Desde muito cedo me interessei por livros de história e por atlas histórico-escolares. Com 10 a 12 anos, juntava meus poucos trocados para comprar fascículos semanais de coleções sobre história mundial, das guerras e de outros continentes. Gostava de saber coisas sobre o Congo Belga, sobre a expansão mongol na Ásia e tinha curiosidade sobre o Islã. Como em casa tinha alguns livros de meus avós, achava muito interessante ler longos verbetes da Enciclopédia Portuguesa dos Irmãos Lello – tenho ainda comigo esta coleção, com três grandes volumes, da década de 1930.

Na literatura comecei com a leitura de obras de Julio Verne (“Viagem ao centro da Terra”, “Volta ao mundo em 80 dias”), “Robinson Crusoé”, do Defoe, e, mais marcante, um livro pouco conhecido do Érico Veríssimo, “As aventuras de Tibicuera”, que conta a trajetória de um menino indígena por diferentes momentos da história do Brasil. Na adolescência li menos que na infância, joguei basquete por cinco anos, mas fiquei muito impressionado com a leitura de “Cem anos de solidão”, do García Marquez, de “O velho e o mar”, de Hemingway, e dos “Subterrâneos da liberdade”, de Jorge Amado, que combinava com o clima político vigente na Ditadura Militar.

Como meu avô materno e meu pai eram comunistas, tínhamos um razoável acervo de literatura e de obras políticas de esquerda em casa. Era grande o número de livros do Lenin, Marx e Mao, muitos em espanhol, já que as edições em português eram escassas.

Como historiador e pesquisador, por quem se considera influenciado? Que autores e títulos mais contribuíram para “construir” o seu arcabouço intelectual?
Pinheiro Machado – Fui muito influenciado pela literatura marxista que era predominante na história e nas ciências sociais, na virada da década de 70 para a de 80, quando fiz minha graduação na UFRGS, em Porto Alegre. Mas, neste âmbito, tinha preferência pelos autores ingleses, estudiosos de revoluções e de processos de mais longa duração, como Hobsbawm, Christoffer Hill e Edward Tompson.

Gostava também dos mexicanos, como Pablo Gonzales Casanova, Agostin Cueva (este, equatoriano) e Adolfo Sanchez Vasquez, que publicavam vários textos importantes de história latino- americana e manuais teóricos de qualidade. Entre os franceses, gostava muito das obras de Pierre Villar. Por outro lado, achava os estruturalistas franceses meio obscuros – apesar de na época estarem na “crista da onda” –, como o Maurice Godelier e o Louis Altusser.

Eles criaram uma geração de historiadores debatedores de “modos de produção”, o que empobreceu muito o debate historiográfico. Gostava muito de um tipo de história social como a escrita pelo norte-americano Barrington Moore (autor de “As origens sociais da ditadura e da democracia”). Não gostava do Darcy Ribeiro e suas sínteses exageradas e esquemáticas, mas tinha atração por obras de antropólogos que experienciaram diferentes culturas, como Margareth Mead, Borislaw Malinowski e Clifford Geertz.

Vivendo no ambiente acadêmico, como vê a convivência das novas gerações com os livros e a leitura? Como o computador e as redes sociais interferem nessa relação?
Pinheiro Machado – As turmas são muito heterogêneas. Sempre há, numa turma de 40 alunos, um grupo de cinco ou seis que são ávidos leitores, há um grande grupo que lê o mínimo exigido e há os que não lêem quase nada. Não sei se isto é um problema dos dias de hoje, penso que quando fiz minha graduação a situação não era muito diferente, embora naquela época o apelo militante e o desafio político da luta contra a Ditadura dessem um tipo de estímulo que não vejo na atual geração.

Hoje insisto muito com os alunos não só na quantidade necessária de leituras, mas na qualidade da leitura. Uma obra de história (e isto pode servir para qualquer área de conhecimento) precisa ser lida em diferentes aspectos: pode ser lida externamente, avaliando o contexto formativo e o debate intelectual do autor; deve-se reparar nos conceitos-chave que definem os passos da abordagem teórica, nos procedimentos metodológicos de pesquisa para se chegar a determinados resultados; importante reparar na construção narrativa e nos recursos e efeitos retóricos para persuasão do leitor. Então, uma leitura implica nestes e em vários outros aspectos. O computador é apenas uma máquina, algo muito positivo para se ler e escrever na atualidade, mas que jamais substituirá o livro físico. Não o vejo como um vilão.

Como convive com as novas mídias e suportes de leitura, como a internet? E de que forma seleciona suas leituras, diante de tantas possibilidades oferecidas na web e da avalanche de edições de livros no Brasil?
Pinheiro Machado – A internet é muito importante. Embora exista muito material de baixa qualidade, podemos acessar e baixar obras clássicas e de grande importância para a literatura, a história e todas as áreas de conhecimento. Trabalhos científicos, periódicos e anais de eventos podem ser acessados com facilidade, é uma grande ferramenta para quem deseja estudar qualquer assunto. Para os historiadores, até acervos documentais podem ser consultados pela internet. O acesso a obras raras, mapas antigos, gravuras e documentos de difícil acesso, que antigamente implicava em longas viagens com sucesso incerto, hoje estão cada vez mais disponíveis on-line. Há um grande número de novas publicações, que procuro comprar, mas tenho cada vez mais material em casa empilhado, a espera de tempo para leitura. Procuro incluir novas leituras em cursos que ofereço para a Pós-Graduação, é a grande oportunidade de continuar lendo e de continuar minimamente atualizado com a grande quantidade de publicações.

Que tipo de leitura prefere hoje e o que está lendo no momento?
Pinheiro Machado – Hoje gosto de ler obras sobre história rural, sobre o campesinato e fronteiras. Mas quando estou de férias gosto de ler sobre assuntos completamente diferentes, sobre a política atual, o Oriente Médio e obras de ficção. Atualmente estou lendo uma biografia do presidente João Goulart, de Jorge Ferreira. Obra cuidadosa e equilibrada, que revela grande pesquisa. Estou lendo também a tese de doutorado de Alexandre Karsburg, da UFRJ, que estuda a trajetória do primeiro monge João Maria (de Agostinho), que passou pelo Brasil, Argentina, países andinos e foi morrer nos Estados Unidos em 1869. Trata-se de uma pesquisa muito sólida, que chegou a resultados surpreendentes.

Fale um pouco de suas pesquisas e dos livros publicados.
Pinheiro Machado – Minhas pesquisas e meus livros são sobre o mundo rural do sul do Brasil do século XIX e do início do século XX. Meu primeiro livro, “A política de colonização do Império” (Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1999), trata da montagem do sistema imperial de colônias de pequenos proprietários no sul do Brasil, particularmente no Rio Grande do Sul na década de 1870. Ali analiso impasses e problemas da política de colonização, bem como conflitos e ações dos imigrantes recém chegados para que o governo cumprisse as promessas. Meu segundo livro, resultado da tese de doutorado, foi o que teve maior repercussão, “Lideranças do Contestado” (Campinas: Ed. Unicamp, 2004). Neste trato de um conjunto de conflitos ocorridos no planalto catarinense décadas antes do conflito do Contestado, encontrando famílias e personagens que mais tarde participaram das “cidades santas” e de diferentes fases do conflito. Consegui estudar as trajetórias de alguns indivíduos de difícil localização, como caboclos e tropeiros, sempre pouco presentes na documentação dos arquivos.

O acesso a processos criminais e à documentação do Exército, além das entrevistas com um número razoável de sobreviventes, deu uma dinâmica própria ao livro, o que ajudou na recepção do tema. Meu terceiro livro é uma coletânea que organizei junto com a professora Márcia Espig, da UFPEL, intitulada “A guerra santa revisitada: novos estudos sobre o movimento do Contestado” (Florianópolis: Ed. UFSC, 2007), que reúne textos nossos e de outros autores da nova geração de pesquisadores sobre o Contestado.

Este ano marca o centenário do início do conflito do Contestado, um dos principais focos de suas pesquisas. Como o tema vem sendo tratado em Santa Catarina? E de que forma torná-lo mais conhecido das novas gerações?
Pinheiro Machado – O Contestado vem ganhando cada vez mais espaço como tema para o ensino de história, principalmente para os níveis fundamental e médio. A nacionalização do tema tem contribuído para isto. Hoje o Contestado não é mais visto apenas como um assunto de história regional, mas um tema para vestibular em diferentes unidades da Federação, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Pernambuco.

Então, cursinhos e universidades passam a prestar atenção no tema e abrir caminho para uma nova geração de pesquisadores. Estamos organizando um simpósio sobre o centenário do Movimento do Contestado, já contamos com inscrições de trabalhos de pesquisadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. O simpósio acontecerá em três sessões, Florianópolis, Chapecó e Pelotas (mais informações ver no blog http://simpsiocentenriocontestado1912-2012.blogspot.com.br/).

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

 

 

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Círculo de Leitura homenageia Cruz e Sousa

24/11/2011 11:07

No dia em que se comemoram os 150 anos de nascimento do poeta João da Cruz e Sousa, a Biblioteca Universitária da UFSC sedia uma edição especial do Círculo de Leitura de Florianópolis, que tem como temas a vida e a obra do grande simbolista catarinense. A partir das 17h do dia 24, quinta-feira, no hall do auditório Elke Hering Bell, haverá um coquetel acompanhado de declamações e de uma performance poética a cargo do ator Lau Santos.

Uma hora depois, começa o Círculo, com a participação de convidados como as escritoras Inês Mafra, que fez sua tese de doutorado sobre o poeta, e Eglê Malheiros, autora de uma peça de teatro que tem Cruz e Sousa como mote, e o vereador Márcio de Souza, que se manifestará sobre a questão da negritude, um dos temas caros ao autor de MissalBroquéis.

O poeta Alcides Buss, criador do Círculo de Leitura, destaca a coincidência do evento com a data de nascimento de Cruz e Sousa e a abrangência da programação, que inclui também a exposição Loucura da imortal loucura, que reúne textos, documentos e obras acerca do homenageado.

Para a diretora da Biblioteca Universitária, Narcisa de Fátima Amboni, trata-se de mais uma oportunidade de aproximar o espaço do livro dos estudantes e professores. Ela se diz muito satisfeita com a repercussão do Círculo, e almeja aumentar a presença de público nas próximas edições do evento. Artista plástica, Narcisa pintou uma tela especialmente para as comemorações do sesquicentenário do poeta catarinense.

O CÍRCULO

O Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Celso Martins, Rosana Bond, Silveira de Souza e Tabajara Ruas foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto. A última edição de 2011 terá outro formato, por conta da homenagem prestada a Cruz e Sousa.

LIVROS E POEMAS

A exposição Loucura da imortal loucura, que é apresentada no piso superior da Biblioteca, mostra textos em formato de banners sobre Cruz e Sousa escritos por Ronald Augusto, Alphonsus Guimarães Filho, Ernani Rosas, Olavo Bilac, Nestor Vítor, Artur da Távola, Rodrigo de Haro, Sérgio da Costa Ramos, entre outros.

Destacam-se também obras do acervo, como o célebre ensaio “O lugar de Cruz e Sousa no movimento simbolista”, escrito em 1943 por Roger Bastide, e o volume Cartas de Cruz e Sousa, organizado por Zahidé Muzart. Há ainda obras assinadas por Abelardo Montenegro, Nereu Corrêa, Rodrigues Till, Uelinton Farias Alves e Iaponan Soares.

Mais informações na Biblioteca Universitária, pelo telefone (48) 3721-9310 e e-mail direcao@bu.ufsc.br, e com o responsável pelo Círculo de Leitura de Florianópolis, Alcides Buss, pelo fone (48) 9972-3045.

Por Paulo Clóvis Schmitz/jornalista na Agecom

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Círculo de Leitura faz homenagem a Cruz e Sousa nesta quinta-feira

22/11/2011 11:29

No dia em que se comemoram os 150 anos de nascimento do poeta João da Cruz e Sousa, a Biblioteca Universitária da UFSC sedia uma edição especial do Círculo de Leitura de Florianópolis, que tem como temas a vida e a obra do grande simbolista catarinense. A partir das 17h do dia 24, quinta-feira, no hall do auditório Elke Hering Bell, haverá um coquetel acompanhado de declamações e de uma performance poética a cargo do ator Lau Santos.

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Biblioteca Universitária promove Ciclo Cruz e Sousa

21/11/2011 15:31

A partir do dia 21 de novembro, a Biblioteca Universitária da UFSC (BU/UFSC), em parceria com o Círculo de Leitura de Florianópolis, promove o Ciclo Cruz e Sousa em homenagem aos 150 anos de nascimento do poeta catarinense, celebrados no dia 24 de novembro. Palestras, debates, exposição e outras atividades serão realizadas no piso superior da Biblioteca Central, de 21 de novembro até 3 de dezembro.
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Círculo de Leitura

25/10/2011 08:11

Os responsáveis pelo Círculo de Leitura de Florianópolis se reúnem às 14h desta segunda-feira, dia 24, com a diretora da Biblioteca Universitária da UFSC, Narcisa de Fátima Amboni, para discutir a sessão especial de novembro, quando o Círculo prestará uma homenagem a Cruz e Sousa. A edição de outubro não será realizada, e o grupo, sob o comando de Alcides Buss, concentra os esforços no encontro de novembro, quando se comemoram os 150 anos de nascimento do poeta simbolista.

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Jornalista Celso Vicenzi fala de livros no Círculo de Leitura

29/09/2011 08:08

O encontro com Celso Vicenzi será realizado nesta quinta-feira, dia 29, às 18h, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária

O jornalista Celso Vicenzi é o convidado da edição de setembro do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcada para quinta-feira, dia 29, às 18h, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC. Ali, ele falará de suas leituras, de sua relação com os livros, da profissão e dos novos suportes e tecnologias que trazem o conhecimento para as novas gerações.

Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Celso ganhou o Prêmio Esso Nacional de Ciência e Tecnologia e teve atuação em rádio, TV, jornal, revista e assessoria de imprensa. Lançou em 2010 o livro “Gol é orgasmo”, com ilustrações de Paulo Caruso, pela editora Unisul. No momento assessora uma cooperativa de crédito (Sicoob) e um sindicato de trabalhadores (Sintrafesc), publica artigos em vários sites e escreve humor no Jornal de Barreiros e no twitter @celso_vicenzi.

Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Celso Martins, Rosana Bond, Silveira de Souza, Tabajara Ruas e Moacir Pereira foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Breve Entrevista

Como foram suas primeiras experiências em relação à leitura?
Celso Vicenzi
– Meu pai era contador. Lia mais jornais e revistas do que livros. Comprava, às vezes, alguma enciclopédia, para ajudar nos estudos. Minha mãe tinha o curso primário e lia somente revistas. O primeiro livro que li, fascinado pelo relato do meu irmão mais velho, Odone (já falecido), foi “Eram os deuses astronautas?”, de Erich von Däniken, uma polêmica que, à época, parecia bem interessante para um garoto como eu. Na infância li muito histórias em quadrinhos, de Walt Disney. Ou seja, um currículo do qual não dá para se orgulhar.

Que leituras foram mais marcantes na sua adolescência e juventude?
Celso
– Acho que a partir dos 14 anos comecei a frequentar a Biblioteca Fritz Muller, em Blumenau. Lia de tudo, até do que não entendia muito bem, como “O banquete”, de Platão. Li Hemingway, Hesse, Steinbeck, Tolstoi, Dostoievski, Orwel, Goethe, Kafka, Stendal, Wilde, Borges, Becket, Shakespeare, Gabriel García Márquez, Drummond, Millôr, Quintana, Fernando Pessoa – de tudo um pouco. Impossível não esquecer nomes… Mas não sou especialista em nada. E tenho péssima memória. Gosto muito da poesia de Manoel de Barros, que renomeia o mundo com suas coisas “desimportantes”.

Você também escreve e já publicou. Ainda se considera um escritor ativo, ou está mais voltado ao jornalismo?
Celso
– Não me considero um escritor. Ainda adolescente, estimulado por amigos escritores, cheguei a publicar algumas poesias e participar de coletâneas, mas até o meu ego não se deixou enganar. Desisti, envergonhado. Publiquei “Não me levem a sério – dicionário de humor”, pela editora Insular, e “Gol é orgasmo”, pela Unisul. Hoje escrevo textos curtos de humor, mas não tenho a paixão e a disciplina do escritor. Sou um diletante. Colaboro com artigos em vários sites, entre eles o “acontecendoaqui”, e envio frases diárias de humor pelo twitter @celso_vicenzi.

Num tempo de tantos apelos (na mídia, na internet), como vê a relação dos jovens com os livros e a leitura?
Celso
– Uma boa história, bem contada, sempre irá fascinar o ser humano. A plataforma é que está em fase de transição. Não sabemos se o livro, como é hoje, sobreviverá ou será um luxo para poucos – como já foi no passado. Porque será muito mais fácil acessar qualquer tipo de texto e imagens pela internet. E as novas gerações usam com muita facilidade essas ferramentas virtuais – isso se já não nascerem, algum dia, com um chip no cérebro!

De que forma seleciona suas leituras, diante de tantas possibilidades e da avalanche de edições de livros no Brasil?
Celso
– Ler ajuda a fazer escolhas. Todo leitor se aprimora no ato de ler. E descobre logo que a qualidade é que importa, mais do que a quantidade. Como jornalista, além de literatura, leio obras de não-ficção, nos campos da educação, da ciência, da comunicação, da política, da economia, da antropologia, da psicologia, da sociologia, da filosofia, o vasto universo das ciências humanas, sobretudo. Apesar de toda a tecnologia, há coisas que não mudam com o tempo. Nossas angústias, nossos medos, nossas fraquezas, nossas perguntas vitais continuam todas por aí, passando de geração para geração. E como não estou satisfeito com a condição humana e as injustiças que vejo, leio para me capacitar, de alguma forma, e ajudar a construir relações sociais baseadas na igualdade, no respeito à diversidade, na liberdade e na solidariedade. Como disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano, “a primeira condição para transformar a realidade consiste em conhecê-la”. A leitura é uma das formas de conhecimento. De desalienar-se do que oprime.

Com a possibilidade de acessar a leitura por meio de outros suportes, estaria o livro, de alguma forma, ameaçado?
Celso
– O livro é uma tecnologia como outra qualquer. Foi um suporte que revolucionou a propagação de ideias. Ajudou a perpetuar aquilo que apenas a tradição oral mantinha vivo. Se outro suporte tornar-se uma solução melhor, como o livro em relação a outras que a precederam, qual o problema? Claro que tenho uma experiência emocional com o livro, pela sua forma, seu cheiro, seu volume, os tipos de papéis etc., que não me farão abandoná-lo até o fim dos meus dias. Mas o que posso dizer da minha neta, recém vinda a este mundo? Suas experiências sensoriais com a palavra, provavelmente, serão outras. A plataforma sempre será menos importante do que o testemunho que as pessoas deixaram sobre a sua passagem pelo planeta. São essas histórias que continuarão a sustentar as nossas crenças, nossas esperanças, a suportar as dores do mundo. Mas suspeito que, do ponto de vista da invenção, o livro não será fácil de ser suplantado, por suas qualidades intrínsecas. Mais ou menos como a roda, o garfo, a tesoura, o botão, e outros que, por mais que se aprimore o design, suas utilidades permanecem as mesmas ao longo dos séculos. A ponto de ainda não terem inventado nada que faça melhor aquilo para o qual foram criados.

Que tipo de leitura prefere hoje e o que está lendo no momento?
Celso
– Leio de tudo, ficção e não-ficção, poesia e prosa. A palavra me fascina. O conhecimento me arrebata. As histórias me encantam. A vida das pessoas, das mais simples e anônimas às mais famosas e geniais, todos os seres vivos e toda a matéria do universo, seus mistérios, estão no meu campo de interesse. Não sei escolher. Leio menos do que gostaria porque sou preguiçoso e, durante muito tempo outra paixão, que foi jogar futebol, roubou-me preciosos minutos de leituras. Em síntese, sou um autoignorante!

Mais informações com Celso Vicenzi pelo fone (48) 9961-9221 e pelo e-mail vicenzi@newsite.com.br, e com o coordenador do Círculo de Leitura, Alcides Buss, pelo fone (48) 9972-3045.

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Jornalista Celso Vicenzi fala de livros no Círculo de Leitura

27/09/2011 11:34

O encontro com Celso Vicenzi será realizado nesta quinta-feira, dia 29, às 18h, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária

O jornalista Celso Vicenzi é o convidado da edição de setembro do Círculo de Leitura de Florianópolis, marcada para quinta-feira, dia 29, às 18h, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC. Ali, ele falará de suas leituras, de sua relação com os livros, da profissão e dos novos suportes e tecnologias que trazem o conhecimento para as novas gerações.

Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Celso ganhou o Prêmio Esso Nacional de Ciência e Tecnologia e teve atuação em rádio, TV, jornal, revista e assessoria de imprensa. Lançou em 2010 o livro “Gol é orgasmo”, com ilustrações de Paulo Caruso, pela editora Unisul. No momento assessora uma cooperativa de crédito (Sicoob) e um sindicato de trabalhadores (Sintrafesc), publica artigos em vários sites e escreve humor no Jornal de Barreiros e no twitter @celso_vicenzi.

Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Celso Martins, Rosana Bond, Silveira de Souza, Tabajara Ruas e Moacir Pereira foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Breve Entrevista

Como foram suas primeiras experiências em relação à leitura?
Celso Vicenzi
– Meu pai era contador. Lia mais jornais e revistas do que livros. Comprava, às vezes, alguma enciclopédia, para ajudar nos estudos. Minha mãe tinha o curso primário e lia somente revistas. O primeiro livro que li, fascinado pelo relato do meu irmão mais velho, Odone (já falecido), foi “Eram os deuses astronautas?”, de Erich von Däniken, uma polêmica que, à época, parecia bem interessante para um garoto como eu. Na infância li muito histórias em quadrinhos, de Walt Disney. Ou seja, um currículo do qual não dá para se orgulhar.

Que leituras foram mais marcantes na sua adolescência e juventude?
Celso
– Acho que a partir dos 14 anos comecei a frequentar a Biblioteca Fritz Muller, em Blumenau. Lia de tudo, até do que não entendia muito bem, como “O banquete”, de Platão. Li Hemingway, Hesse, Steinbeck, Tolstoi, Dostoievski, Orwel, Goethe, Kafka, Stendal, Wilde, Borges, Becket, Shakespeare, Gabriel García Márquez, Drummond, Millôr, Quintana, Fernando Pessoa – de tudo um pouco. Impossível não esquecer nomes… Mas não sou especialista em nada. E tenho péssima memória. Gosto muito da poesia de Manoel de Barros, que renomeia o mundo com suas coisas “desimportantes”.

Você também escreve e já publicou. Ainda se considera um escritor ativo, ou está mais voltado ao jornalismo?
Celso
– Não me considero um escritor. Ainda adolescente, estimulado por amigos escritores, cheguei a publicar algumas poesias e participar de coletâneas, mas até o meu ego não se deixou enganar. Desisti, envergonhado. Publiquei “Não me levem a sério – dicionário de humor”, pela editora Insular, e “Gol é orgasmo”, pela Unisul. Hoje escrevo textos curtos de humor, mas não tenho a paixão e a disciplina do escritor. Sou um diletante. Colaboro com artigos em vários sites, entre eles o “acontecendoaqui”, e envio frases diárias de humor pelo twitter @celso_vicenzi.

Num tempo de tantos apelos (na mídia, na internet), como vê a relação dos jovens com os livros e a leitura?
Celso
– Uma boa história, bem contada, sempre irá fascinar o ser humano. A plataforma é que está em fase de transição. Não sabemos se o livro, como é hoje, sobreviverá ou será um luxo para poucos – como já foi no passado. Porque será muito mais fácil acessar qualquer tipo de texto e imagens pela internet. E as novas gerações usam com muita facilidade essas ferramentas virtuais – isso se já não nascerem, algum dia, com um chip no cérebro!

De que forma seleciona suas leituras, diante de tantas possibilidades e da avalanche de edições de livros no Brasil?
Celso
– Ler ajuda a fazer escolhas. Todo leitor se aprimora no ato de ler. E descobre logo que a qualidade é que importa, mais do que a quantidade. Como jornalista, além de literatura, leio obras de não-ficção, nos campos da educação, da ciência, da comunicação, da política, da economia, da antropologia, da psicologia, da sociologia, da filosofia, o vasto universo das ciências humanas, sobretudo. Apesar de toda a tecnologia, há coisas que não mudam com o tempo. Nossas angústias, nossos medos, nossas fraquezas, nossas perguntas vitais continuam todas por aí, passando de geração para geração. E como não estou satisfeito com a condição humana e as injustiças que vejo, leio para me capacitar, de alguma forma, e ajudar a construir relações sociais baseadas na igualdade, no respeito à diversidade, na liberdade e na solidariedade. Como disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano, “a primeira condição para transformar a realidade consiste em conhecê-la”. A leitura é uma das formas de conhecimento. De desalienar-se do que oprime.

Com a possibilidade de acessar a leitura por meio de outros suportes, estaria o livro, de alguma forma, ameaçado?
Celso
– O livro é uma tecnologia como outra qualquer. Foi um suporte que revolucionou a propagação de ideias. Ajudou a perpetuar aquilo que apenas a tradição oral mantinha vivo. Se outro suporte tornar-se uma solução melhor, como o livro em relação a outras que a precederam, qual o problema? Claro que tenho uma experiência emocional com o livro, pela sua forma, seu cheiro, seu volume, os tipos de papéis etc., que não me farão abandoná-lo até o fim dos meus dias. Mas o que posso dizer da minha neta, recém vinda a este mundo? Suas experiências sensoriais com a palavra, provavelmente, serão outras. A plataforma sempre será menos importante do que o testemunho que as pessoas deixaram sobre a sua passagem pelo planeta. São essas histórias que continuarão a sustentar as nossas crenças, nossas esperanças, a suportar as dores do mundo. Mas suspeito que, do ponto de vista da invenção, o livro não será fácil de ser suplantado, por suas qualidades intrínsecas. Mais ou menos como a roda, o garfo, a tesoura, o botão, e outros que, por mais que se aprimore o design, suas utilidades permanecem as mesmas ao longo dos séculos. A ponto de ainda não terem inventado nada que faça melhor aquilo para o qual foram criados.

Que tipo de leitura prefere hoje e o que está lendo no momento?
Celso
– Leio de tudo, ficção e não-ficção, poesia e prosa. A palavra me fascina. O conhecimento me arrebata. As histórias me encantam. A vida das pessoas, das mais simples e anônimas às mais famosas e geniais, todos os seres vivos e toda a matéria do universo, seus mistérios, estão no meu campo de interesse. Não sei escolher. Leio menos do que gostaria porque sou preguiçoso e, durante muito tempo outra paixão, que foi jogar futebol, roubou-me preciosos minutos de leituras. Em síntese, sou um autoignorante!

Mais informações com Celso Vicenzi pelo fone (48) 9961-9221 e pelo e-mail vicenzi@newsite.com.br, e com o coordenador do Círculo de Leitura, Alcides Buss, pelo fone (48) 9972-3045.

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Poeta e jornalista Carlos Damião é o convidado do Círculo de Leitura

25/08/2011 08:46

Natural de São José, o jornalista trabalhou em diversos veículos de comunicação

O poeta e jornalista Carlos Damião Werner Martins é o convidado da edição de agosto do Círculo de Leitura de Florianópolis. Ele falará sobre livros e leituras às 18h desta quinta-feira, dia 25, na Sala Harry Laus da Biblioteca Universitária da UFSC, no bairro Trindade, em Florianópolis. Natural de São José, 55 anos, trabalhou em vários veículos de comunicação da Capital, incluindo os jornais alternativos Desterro e Contestado, e também militou na política estudantil nos anos da ditadura militar.

Damião já foi editor-chefe do Jornal de Santa Catarina, do jornal O Estado e do AN Capital. Trabalhou no antigo SBT e hoje atua como colunista do jornal Notícias do Dia, do grupo RIC Record. Também é apresentador e comentarista da rádio Guarujá.

Publicou os livros “Força de expressão” (Prêmio Luiz Delfino de Poesia, FCC Edições, 1983), “A palavra imediata” (EdUFSC, 1987), “Dons” (Letras Contemporâneas, 1994), “Alquimia da paixão” (Terceiro Milênio, 1995), todos de poesia, e a biografia  “Meyer Filho – Vida & Arte” (FCC, 1996). Tem mais um livro de poemas, “Museu de afetos”, pronto para ser editado.

O Círculo

Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Jr., Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Mário Prata, Rogério Pereira, Moacir Pereira, Celso Martins, Rosana Bond, Silveira de Souza e Tabajara Ruas foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

BREVE ENTREVISTA

Como foram suas primeiras experiências em relação à leitura? Em sua casa, na infância e na adolescência, havia um ambiente de estímulo ao contato com os livros e o conhecimento?

Carlos Damião – Minha mãe foi normalista, ensinou-nos a ler e escrever em casa. Daí para os livros foi um passo.

Que livros e autores mais o atraíram nessa fase? E depois, na idade adulta, que leituras foram mais marcantes?

Damião – Comecei pelos básicos, Machado de Assis e José de Alencar. Aos 14 anos, conhecendo Iaponan Soares (que trabalhava com meu tio Antônio Carlos Werner), tive contato com a literatura brasileira moderna, tanto poesia quanto ficção. Leituras essenciais: Carlos Drummond de Andrade, J. J. Veiga, Rubem Fonseca, Emanuel Medeiros Vieira, Holdemar Menezes, Silveira de Souza, Vinicius de Moraes, Rodrigo de Haro, Lindolf Bell, Alcides Buss, Ricardo Hoffmann, fundamentais para minha formação.

Você acompanhou os momentos de transformação política do país, a ditadura, a abertura política etc. Nesse tempo, a imprensa enfrentou pressões e ajudou na resistência, especialmente através dos jornais alternativos. Fale um pouco sobre isso.

Damião – Trabalhei em dois jornais alternativos, o Desterro (com Cesar Valente, Emanuel Medeiros Vieira, Pedro Port e Raimundo Caruso) e o Contestado (com Nelson Wedekin). Foi uma época de muita efervescência cultural. Tivéssemos hoje 50% daquela efervescência, haveria muito mais qualidade na política e nos costumes.

Num tempo tantos apelos (na mídia, na internet), como vê a relação dos jovens com os livros e a leitura?

Damião – Acho que, ao contrário do que dizem, os jovens leem bastante. Tomo pela minha filha Carolina, de 11 anos, para quem compro dois livros por mês. E ela não lê por obrigação. Acho que tudo é complementar – internet, redes sociais, cultura –, tudo caminha para a interatividade total. Eu, por exemplo, divulgo poemas no twitter há alguns meses. Tenho também uma página (blog) de poesia que está parada por falta de tempo. E curioso, para mim, é que a internet virou um veículo para divulgação cultural.

Na mesma linha, de que forma seleciona suas leituras, diante de tantas possibilidades e da avalanche de edições de livros no Brasil?

Damião – Sou muito seletivo. Acabo de comprar uma reedição da obra completa de Carlos Drummond de Andrade. Também comprei obra completa de Vinicius de Moraes. Tem uma fase na vida em que a gente lê de tudo. Eu sigo o que aprendi com Salim Miguel: a partir de uma determinada idade, passei a ler só o que me interessa. E quando não tem o que me interessa, releio bons livros que tenho em casa, inclusive clássicos de filosofia e literatura.

Que tipo de leitura prefere hoje e o que está lendo no momento?

Damião – Estou relendo a obra completa de Carlos Drummond de Andrade. Releio também Georges Simenon, criador do inspetor Maigret (a literatura policial é minha segunda paixão, depois da poesia). E já estou me preparando para reler toda a obra de Fernando Pessoa, minha referência absoluta (Álvaro de Campos e o próprio Fernando) em poesia universal.


Mais informações com Carlos Damião pelo telefone (48) 9959-1327.

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