Como as fake news ganham tanta atenção? Professor da UFSC explica

16/10/2023 19:53

Preconceito interfere sobre quem é visto como bom informante; minorias sociais sofrem “injustiças epistêmicas”

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Distinguir notícias verdadeiras de falsas é uma tarefa quase “sherlockiana”, afirma Alexandre Meyer Luz. Ilustração: Rafaela Souza.

“Não dá para ser Sherlock Holmes o tempo inteiro”. O famoso personagem da literatura britânica é uma metáfora utilizada por Alexandre Meyer Luz, professor de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para se referir ao ser humano ideal: aquele que sabe avaliar a qualidade de uma informação.

Diferenciar fake news de notícias verdadeiras tornou-se uma competência quase “sherlockiana”. Mas o cidadão comum não tem o mesmo tempo de um detetive para investigar a origem de todas as histórias que recebe diariamente por aplicativos de mensagem. Segundo Meyer, outro tipo de ingrediente explica por que concedemos mais ou menos crédito a alguns informantes. São os pressupostos de confiança, o que inclui desde as relações com parentes próximos (pais, por exemplo) até mecanismos sociais (como os preconceitos de racismo, machismo e LGBTfobia).

Meyer é professor na área de Epistemologia, ramo da Filosofia dedicado aos estudos sobre a produção do conhecimento. Sua pesquisa adiciona complexidade aos modelos epistêmicos reduzidos à figura do indivíduo racional e que não é atravessado por emoções. “Na Filosofia, sempre fazemos algum grau de abstração”, afirma. “Mas quando queremos pensar sobre assuntos muitos ‘encarnados’, como fake news e educação, a abstração não pode criar modelos que não respeitam como as pessoas de fato pensam”. 
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LGBTfobia é tema de projeto de alunos do curso de Administração da UFSC

18/10/2019 14:40

Alunos do curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolvem um projeto que visa contribuir com o acolhimento às vítimas de LGBTfobia na região da Grande Florianópolis. O projeto foi nomeado ExSqueezeMe (squeeze na língua inglesa refere-se à situação de aperto). Na composição do nome, a sonoridade remete à expressão excuse me, fazendo alusão a “um pedido de licença para tratar do tema”, conforme os organizadores.

Hoje o Brasil é um dos líderes em número de casos de violência contra a população LGBT. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 20 horas uma pessoa morre no país por ser LGBT. O grupo contabilizou 420 mortes em 2018. No ano anterior, foram registradas 445: 387 assassinatos e 58 suicídios. A maior parte dos assassinatos aconteceu em via pública (56%), mas uma grande parte (37%) ocorreu na casa das vítimas – fato que indica que o crime poderia ter sido realizado por conhecidos.

O projeto ExSqueezeMe pretende dar visibilidade ao preconceito enfrentado por essa população. A proposta é atuar em várias frentes, que incluem capacitação profissional, uma rede de acolhimento para LGBTs expulsos de casa e inclusão por meio da cultura. Os organizadores planejam uma semana de palestras sobre o tema no fim de novembro e a produção de um curta-metragem, que terá a participação de especialistas.
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Evento ‘Cura ou não cura? II’ debate Homofobia e LGBTfobia

07/05/2018 14:09

Para marcar o Dia Internacional Contra a Homofobia, celebrado em 17 de maio, a Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN) organiza evento sobre os Direitos Humanos e Homofobia.

A CDGEN, vinculada à Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) da UFSC, realiza, nos dias 17 e 18 de maio, o evento: “Cura ou não cura? II” com o intuito de dar visibilidade e ampliar as discussões a respeito de questões relacionadas à LGBTfobia.
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