Podcast de estudante de Letras sobre enchentes que atingiram o RS é premiado na imprensa gaúcha

13/12/2024 16:31

O Posfácio Podcast, projeto independente de jornalismo cultural organizado pelas jornalistas Carol Passos e Stefani Ceolla, também estudante de Letras Português da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conquistou o terceiro lugar na categoria Reportagem Nacional do 66° Prêmio ARI/Banrisul de Jornalismo, da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). O episódio especial Literatura Submersa foi reconhecido por sua narrativa sobre as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024 e seus impactos no meio literário gaúcho.

O podcast mergulhou em histórias de perdas e recomeços, destacando como o desastre ambiental afetou o patrimônio literário e a vida de pessoas que têm nos livros sua razão de ser. O roteiro e a reportagem foram assinados por Stefani Ceolla, com edição de Vinícius Krüger Martins, da BZT.

Inspirado por relatos como os da escritora porto-alegrense Julia Dantas e do bibliotecário Jean Teodomiro dos Santos, de Camaquã (RS), o episódio também contou com a participação do secretário de Cultura Vinicius Mello, de Igrejinha (RS), e do coordenador do Laboratório de Conservação e Restauração (Labcon) da UFSC, professor Cezar Karpinski, responsável por uma rede de esforços para restaurar livros raros e documentos históricos danificados pela enchente.
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Aluno da UFSC integra equipe vencedora de premiação com projeto sobre ensino musical acessível

30/08/2022 10:11

O graduando Vitor Behnck, do curso de Letras Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), teve seu projeto em equipe premiado na primeira edição do German-Brazilian EdTech Hackathon – Digital Education, realizado entre os dias 22 e 24 de agosto, no Goethe-Institut, São Paulo. O projeto Tech_la, vencedor do evento, propõe um aplicativo de ensino musical acessível, que inclui um dispositivo de teclas, para despertar o interesse em instrumentos musicais em crianças e jovens ainda não familiarizados com o universo dos sons.

Ao todo, 29 participantes de diversas instituições de sete estados brasileiros participaram dos desafios propostos durante os três dias de evento, que contou com o apoio do Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo  (DWIH). A edição teve como objetivo encontrar e propor soluções tecnológicas para os desafios atuais no ensino digital e era destinada a hackers que tiveram a oportunidade de trabalhar em soluções digitais para a área da educação. “Foi uma experiência muito rica para todos. Começamos com uma proposta para desenvolver um projeto que pudesse ser viabilizado. Tudo foi feito com muita parceria, apesar das diferentes áreas. O grupo é bem homogêneo, com administrador público, professora de música, estudante de computação, engenharia da computação e letras. Todos trabalharam em conjunto, foi um grande trabalho em equipe acima de tudo”, comenta o representante da equipe vencedora, Igor Niemeyer.
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Poeta Cruz e Sousa entra em cena e recebe merecido reconhecimento em Florianópolis

11/07/2019 09:01

Registro de Fernando Crocomo em 5 de junho de 2019.

Tudo começou com três paredes em branco. Elas estavam lá, faziam parte da paisagem do centro histórico de Florianópolis e passavam desapercebidas. De junho para cá elas assumiram forma, cor, identidade e despertaram o interesse do cidadão, do fotógrafo, do transeunte. A transformação dos “rabiscos” em arte foi registrada pelo professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fernando Crocomo, pela primeira vez em 5 de junho deste ano. Era um retrato de João da Cruz e Sousa nascendo próximo à Catedral Metropolitana e ocupando as paredes alvas do edifício João Moritz.

Ao lado do Palácio (Museu Histórico de Santa Catarina), local que leva o mesmo nome do poeta, Rodrigo Rizo pintou a obra, em preto e branco, que soma 900 metros quadrados chamada de ‘Mural Cisne Negro’, compreendendo uma imagem do poeta, um cisne negro estilizado (que remete a alcunha do poeta de Dante Negro ou Cisne Negro) e o poema ‘Enlevo’.

O lançamento do mural será realizado nesta quinta-feira, 11 de julho, a partir das 18 horas, no jardim do Palácio Cruz e Sousa. A entrada é gratuita e haverá performance e leitura de poemas de Cruz e Sousa (1861 – 1898), ícone da literatura catarinense e precursor da poesia simbolista no Brasil.

Zilma Gesser Nunes, professora do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (LLV/UFSC), explica que a obra despertará a curiosidade da população pelo poeta, dadas as proporções e a localização da pintura. “Colocar Cruz e Sousa em um painel na Praça XV, é dar visibilidade para o poeta de maior expressão da literatura catarinense e um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos. É uma dívida que se paga a Cruz e Sousa, que precisou, em 1889, transferir-se para o Rio de Janeiro, em busca de inserção literária. Homenagem tardia, mas merecida e necessária”.

Na UFSC, a obra de Cruz e Sousa é abordada pelo curso de Letras por meio da disciplina optativa “Literatura em Santa Catarina”, procurada por um número expressivo de estudantes interessados pelo tema. Para Nunes, tratar de Cruz e Sousa no curso é fundamental para a formação de futuros professores de Literatura. “Estamos formando propagadores, que poderão levar o nome do poeta e a boa literatura ao jovem estudante”.

Mural Cisne Negro começa a ganhar cores.

Nascido em 24 de novembro de 1861, em Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis/SC), Cruz e Sousa é um clássico da literatura brasileira. Poeta, jornalista, professor, o filho de ex-escravos enfrentou o preconceito racial, sendo recusado para o cargo de promotor público de Laguna (SC) por ser negro. Passou um período no Rio Grande do Sul e, após sofrer represálias, fixa residência no Rio de Janeiro. Em 1893 publica as obras ‘Missal’ (poemas em prosa) e ‘Broquéis’ (poesias), consideradas o marco inicial do Simbolismo no Brasil que perduraria até 1922 com a Semana de Arte Moderna. Cruz e Sousa falece em 19 de março de 1898, em Antônio Carlos, Minas Gerais.

“Rastreando a fortuna crítica de Cruz e Sousa, de 1893, data da sua primeira publicação, até hoje, percebe-se que muito se tem escrito sobre o poeta, especialmente a partir de 1961 com a edição da Obra completa, organizada por Andrade Muricy. Cruz e Sousa representa, para Santa Catarina, o orgulho de ser catarinense o maior poeta simbolista brasileiro, ao lado de grandes nomes como dos franceses Mallarmé e Baudelaire. Para a literatura brasileira, o movimento estético do Simbolismo, deu o passo significativo para a inauguração do Modernismo literário, que ganha expressão com grandes nomes posteriormente”, explica a professora Zilma, estudiosa das obras de Cruz e Sousa.

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