A Covid-19 já tirou mais de 300 mil vidas no Brasil e cerca de 10 mil vidas em Santa Catarina. Em sinal de respeito e solidariedade pelas famílias que passam por momentos difíceis neste momento, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aderiu à campanha nacional, em um ato simbólico, em memória das vítimas da doença causada pelo novo Coronavírus. No mesmo ato, a UFSC une-se a muitas vozes que mais uma vez pede pela vacinação em massa da população.
A iniciativa consiste na fixação de faixas pretas nas fachadas das instituições com a mensagem “Luto pela vida” e “Universidade pelas vacinas”. Algumas instituições também publicaram nas redes sociais mensagens de luto. Além da UFSC, participam universidades federais do Pará (UFPA), de São Carlos (UFSCar), do ABC (UFABC), de Santa Maria (UFSM), do Paraná (UFPR) e do Rio Grande do Norte (UFRN) e estaduais como a USP, Unesp e Unicamp. A Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) também se manifestou. Atos em memória das vítimas também foram organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc).
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Entrada da UFSC na Trindade (Foto: Leandro Oliveira/SSI/UFSC)
Antes que o Brasil e Santa Catarina chegassem a essa triste marca, os pesquisadores e pesquisadoras da UFSC têm se engajado em pesquisa e ações de extensão, além de centenas de entrevistas à imprensa, alertando a população e o poder público para a ameaça que a doença representa. Sociedades médicas e científicas se pronunciaram a respeito da ausência de eficácia nos tratamentos não reconhecidos pela ciência, e há um esforço coletivo de cientistas para estimular a população a entender melhor as vacinas contra a Covid-19, e apoiar seu uso. Campanhas organizadas pelo Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) e pelo Observatório COVID-19 BR têm mobilizado a comunidade da UFSC, para esclarecer dúvidas sobre as vacinas e combater a disseminação de notícias falsas.
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Desde fevereiro, estruturas montadas no campus da UFSC em Florianópolis pela Prefeitura Municipal, e com o auxílio voluntário de professores e estudantes da UFSC, já vacinou milhares de pessoas. Nesta quinta, sexta e sábado, de 25 27 de março, a espera-se que um grande número de pessoas seja imunizado nos espaços cedidos pela UFSC.
“A Ciência continua dizendo: fiquem em casa; usem máscara; evitem aglomeração!
E se o Estado não respeita a ciência, nós respeitamos.”
Ubaldo Cesar Balthazar, reitor da UFSC, em 9 de março de 2021.
Acolhimento
Lidar com o luto, especialmente durante a pandemia, é mais que lidar com a perda de vidas. Também inclui perdas relativas à vida que tínhamos antes da pandemia, o convívio social, a liberdade. Segundo a professora do Departamento de Psicologia Ivânia Jann Luna, esses muitos lutos precisam ser compreendidos. Luna coordena o Laboratório de Processos Psicossociais e Clínicos no Luto (LAPPSIlu), lançou um livro relacionado e criou o grupo de apoio para enlutados pela Covid-19.
“A pandemia ameaça a nossa visão sobre o modo estabelecido de se viver em sociedade, e isso por si só gera um luto relacionado a reconstruir um novo presente coletivo e um futuro. Estes lutos geram medo, raiva, culpa, ansiedade e angústia bem como a busca por culpados ou soluções milagrosas, negando o processo de enlutamento envolvido”, salientou em uma entrevista recente.
Acolher quem sofre é missão da AcolheUFSC, iniciativa da Comissão Permanente de Monitoramento da Saúde Psicológica Universitária, que visa dar suporte e acompanhamento psicológico específico aos efeitos da Covid-19 sobre a comunidade universitária. Pelo site e por e-mail, a equipe multidisciplinar busca trazer apoio aos estudantes, técnicos-administrativos em Educação e docentes, além da comunidade externa à UFSC.
A equipe AcolheUFSC fez um levantamento das principais iniciativas presentes na UFSC para apoiar a comunidade.Confira, abaixo, a listagem.
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