Inédito em SC, UFSC recebe congresso internacional em saúde e bioética da Unesco; inscrições estão abertas

03/09/2025 18:28

O geneticista Víctor Penchaszadeh, que ajudou a identificar crianças roubadas durante a ditadura da Argentina e se tornou referência por seu trabalho, é um dos convidados do X Congresso Internacional da Redbioética Unesco, que ocorre entre 4 e 7 de novembro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Diversos especialistas nacionais e internacionais em saúde e bioética estarão no evento, organizado pela Cátedra Unesco de Bioética e Saúde Coletiva, coordenada pelo professor Fernando Hellmann, e pela Redbioética Unesco, com apoio do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFSC.

A atividade, que ocorre pela primeira vez em Santa Catarina, será um espaço de encontro para a pluralidade de saberes, tendo como eixo central os 20 anos da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (DUBDH), destacando a relevância e os desafios contemporâneos para sua efetiva implementação.

Sediado de forma híbrida no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, na UFSC, em Florianópolis, o congresso tem inscrições gratuitas, disponíveis no site do evento enquanto houver vagas. As atividades do congresso ocorrem das 8h30 às 19h30. Participantes presenciais e remotos inscritos terão direito a certificado de 25 horas.

A programação do evento contará com mesas e conferências com a presença de palestrantes internacionalmente reconhecidos, como a pesquisadora Cida Bento, apontada pela revista The Economist como uma das maiores referências globais na luta contra desigualdades raciais e de gênero; e Dafna Feinholz, diretora da Seção de Bioética da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e referência mundial em ética da ciência e tecnologia, inteligência artificial e robótica.

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Painel aborda reflexões bioéticas para dialogar sobre racismo e Covid-19

06/07/2020 17:56

O Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Bioética e Saúde Coletiva (Nupebisc), promove nesta quarta-feira, 8 de julho, a próxima edição do painel Saúde Coletiva Face a Face. Com o tema Reflexões bioéticas para dialogar sobre racismo e a Covid-19, a atividade ocorre das 14h às 16h pela plataforma de webconferências Zoom.

O palestrante é Wanderson Flor do Nascimento, professor de Filosofia e Bioética da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador nas áreas de Filosofia Africana, Bioética e Relações Raciais.

Interessados devem enviar e-mail para ppgsc@contato.ufsc.br.

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Oficina de Direitos Humanos debate fertilização in vitro e suas implicações bioéticas nesta quinta na UFSC

31/08/2015 11:00

O Observatório de Justiça Ecológica promove, nesta quinta-feira, 3 de setembro, das 10h às 12h, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ)  a Oficina de Direitos Humanos com o tema direitos humanos e bioética

Será apresentado o caso do Tribunal Constitucional da Costa Rica a respeito da fertilização in vitro e suas implicações bioéticas, bem como o exame da questão pelo sistema interamericano de direitos humanos.

A  oficina será ministrada pelo doutorando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia Jonathan Elizondo Orozco e terá como debatedor o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Direito Ademar Pozzatti  Junior. A atividade é aberta a comunidade e será fornecido certificado de horas complementares.

Informaçoes: oje.ufsc@gmail.com

 

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Evento sobre Humanização da Saúde promove debate sobre bioética nesta quarta

09/04/2014 16:56

A Semana Nacional de Humanização na Saúde apresenta o debate “Bioética Pelas Lentes do Cinema”, nesta quarta-feira, às 18h, na sala 2 do prédio H do CCS. A discussão terá participação dos integrantes do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva (NUPEBISC/UFSC), que utiliza a arte cinematográfica como recurso pedagógico para a reflexão bioética. A partir de documentários cinematográficos, a atividade motivará a troca de ideias a respeito de conflitos éticos da vida cotidiana.

A Semana Nacional de Humanização na Saúde – organizada em parceria com o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, secretarias municipais de saúde de diversos municípios do Estado e instituições de saúde e universidades catarinenses – tem por objetivo dialogar sobre as políticas e práticas de saúde, em especial no âmbito do SUS, como estratégia para dar visibilidade às potencialidades e fragilidades desta questão na sociedade brasileira. Tal iniciativa vai até o dia 11 de abril, na UFSC, e marca também o Dia Mundial da Saúde – comemorado em 7 de abril.

contato – nupebisc@contato.ufsc.br

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Filósofo norte-americano ministra palestra sobre bioética

23/05/2012 10:55

Filósofo Tristram Engelhardt. Foto: Wagner Behr/Agecom.

O 3º Ciclo de Debates em Bioética, que aconteceu nesta terça-feira, dia 22, contou com as palestras de dois convidados norte-americanos: o psicólogo Brian Partridge, da Universidade do Alaska, e o filósofo Tristram Engelhardt, editor-chefe do Jornal de Medicina e Filosofia. Engelhardt foi responsável pela palestra da tarde e falou sobre a bioética na era pós-moderna.

O filósofo começou sua apresentação mostrando um panorama geral da história da bioética e comentou que o termo foi criado em 1970. Em 1974, após denúncias de tratamentos experimentais em humanos nos Estados Unidos, foi criada uma comissão para identificar os princípios éticos básicos dos profissionais da saúde. O resultado foi a publicação, em 1978, do Relatório Belmont, que traz três valores essenciais para orientar a pesquisa biomédica com seres humanos: o respeito às pessoas, a beneficiência (fazer o bem aos outros, independente da nossa vontade) e o princípio da justiça.

Em seguida, o palestrante explicou que o livro Princípios da bioética, escrito por T. Beauchamp e J. Childress e publicado em 1979, é uma referência na área da chamada bioética dos princípios, baseada no Relatório Belmont, mas incluindo o princípio da autonomia individual.

Uma das grandes questões do debate ético diz respeito à participação dos pais em decisões que afetam a vida de seus filhos. Engelhardt ressaltou que esta discussão é muito complexa, pois os valores éticos e a própria moralidade variam conforme a sociedade e cultura em que um indivíduo está inserido. É consenso, hoje, que não existe uma moral secular e universal, e sim uma pluralidade moral.

O filósofo destacou que as pessoas são livres para decidir o que querem para suas vidas e dar sua permissão para procedimentos, mas que qualquer moral deve levar em conta a opinião de familiares. Ele encerrou dizendo que cada cultura – e inclusive cada indivíduo – têm diferentes concepções sobre qualidade de vida e sobre o que define uma boa vida.

Tristram Engelhardt

O filósofo norte-americano Hugo Tristram Engelhardt Júnior nasceu em 1941 no estado do Texas. É doutor em Filosofia pela Universidade do Texas e em Medicina pela Universidade Tulane, em Los Angeles.É editor-chefe do Jornal de Medicina e Filosofia, no Texas, e membro de conselhos editoriais de várias revistas. Também é membro do Hasting Center, um instituto de pesquisas sobre a bioética. O livro Fundamentos da Bioética, publicado no Brasil pela editora Loyola em 1998, é de sua autoria.

Por Nayara Batschke, bolsista de Jornalismo na Agecom.

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III Ciclo de Debates em Bioética nesta terça-feira na UFSC

22/05/2012 11:50

O III Ciclo de debates em Bioética será realizado nesta terça-feira, 22 de maio, das 14h às 17h no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), com tradução simultanêa. Inscrições grautitas no local. Será fornecida declaração de participação. Realização: Sociedade Brasileira de Bioetica – Regional Santa Catarina. Patrocínio: Conselho Federal de Medicina Apoio: NUPEBISC – Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva – UFSC/  Programa de Pós-Graduação em Filosofia – UFSC. Informações com Fernando Hellmann  9903-0480

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Quando a ciência abala o código moral

27/03/2012 14:46

Obra busca os pontos de convergência e discordância entre ciência e filosofia ao longo da história

O avanço das ciências incide de forma avassaladora sobre a conduta humana, afetando e modificando progressivamente valores, crenças e critérios tradicionais que regem as relações dos indivíduos e sociedades. A tal ponto que a Bioética tornou-se uma área estratégica e emergente nesses tempos de manipulação de células tronco que colocam em crise os parâmetros éticos, culturais e religiosos da humanidade. Termos jurídicos como o Pensamento Vital ou Diretrizes antecipadas, que garantem o direito do indivíduo de solicitarpreviamente medidas como a eutanásia,em caso de vida vegetativa, reivindicam mudanças no código penal que respeitem a vontade e autonomia do indivíduo sobre concepções preestabelecidas acerca da vida.

No próximo ano, um grande fórum terá lugar em Florianópolis com a realização do X Congresso Brasileiro de Bioética, que será presidido de 24 a 27 de setembro pelo médico e ex-reitor da UFSC Bruno Schlemper. Questões muito controversas, como o direito ao aborto até o três meses de gravidez vão entrar em debate. Adiantando-se a essa temática, a Editora da UFSC lança em sua Feira de Livros a obra Bioética: autopreservação, enigmas eresponsabilidade, do filósofo do direito José Heck, que facilita a discussão ética buscando os pontos de convergência e discordância entre ciência e filosofia ao longo da história, desde Platão e Aristóteles até os dias atuais.

Pesquisador de reconhecido fôlego, Heck se diferencia por tratar a Bioética de forma transdisciplinar, bem como inserir a discussão no contexto dos desafios ambientais. Professor do doutorado em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Goiás, Heck integrou entre 1978 e 1979 o Departamento de Filosofia da UFSC, logo após defender tese de doutorado na Universidade de Munique sobre “saúde e doença” à luz da filosofia de Platão e da psicanálise freudiana.

Nesse estudo, o autor compreende a Bioética dentro de uma visão não-antropocêntrica do mundo, que abarca os humanos, os animais e a natureza enquanto um conjunto com valor interdependente, que sobrepõe sua existência à revelia da vontade ou mesmo da permanência do homem no planeta. “Nada indica, e muito menos assegura, que o notório ser senhor do animal racional sobre outras criaturas implique um primado da conservação dos humanos sobre o restante do Universo”, escreve o autor, que é também pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Católica de Goiás.

Ao explicitar contrapontos cruciais entre os dogmas cristãos e os princípios filosóficos, em uma rede de disputas que remetem à origem da Modernidade, a obra expõe o aspecto explosivo e complexo da Bioética, muito mais marcada por acirradas polêmicas do que por consensos. Dada a persistência cotidiana dos conflitos morais nas práticas biomédicas, a figura dos profissionais em saúde, ainda cercada de uma aura simbólica sacra, não pode atuar à revelia das diretrizes bioéticas. De modo semelhante, os supostos colapsos da natureza, anunciados pela ciência, estão colocando em xeque consolidadas doutrinas religiosas sobre a supremacia do homem na terra e sobre a origem da vida.

O filósofo José Heck

O livro mostra que o conhecimento da bioética se produz e desenvolve no contexto das descobertas científicas de diversos saberes e repercute as concepções acerca da saúde, da liberdade do indivíduo, da dignidade da pessoa humana. Heck, que defendeu tese de doutorado na Universidade de Munique sobre “saúde e doença” à luz da filosofia de Platão e da psicanálise freudiana, critica os modelos convencionais das disciplinassegmentadas e advoga a multidisciplinaridade dos saberes científicos com os não científicos.

Com profundidade científica de um filósofo e a eloquência de um jurista, Heck lança o foco bioético em uma rede de interações multidisciplinares. Nessa nova perspectiva examina, à luz das descobertas científicas e das novas habilidades técnicas, questões cruciais como a dignidade da pessoa, a fragilidade dos seres humanos e a necessária cumplicidade dos variados saberes com as condições de saúde e do direito dos indivíduos à fruição de um meio ambiente sadio.

Por Raquel Wandelli, jornalista, doutoranda em literatura e professora universitária.


Livro: Bioética, autopreservação, enigmas e responsabilidade
Autor:  José Heck
Editora da UFSC
Preço na Feira de Livros: de R$ 26,00 por R$ 13,00 (até o dia 4 de abril, na Praça da Cidadania).

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