A taxa de mortalidade de pacientes internados com Covid-19 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) caiu de 27% para 20%, na comparação entre os dados de 2020 e 2021. Para efeito de comparação, dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira apontam uma taxa de 50% nas UTIs da rede pública e 30% na rede particular.
O médico intensivista, Rafael Lisboa de Souza, atribui o desempenho da unidade à atuação da equipe multiprofissional e ao dimensionamento dos recursos humanos no HU/UFSC para tratamento intensivo de pacientes Covid. “Os recursos humanos bem dimensionados, capacitados e motivados fazem toda diferença no HU”, disse o especialista, citando a atuação das equipes de enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição, fonoaudiologia e psicologia.
Ele citou ainda a atuação de especialidades na unidade. “A cirurgia torácica e de cabeça e pescoço realizando as traqueostomias de forma segura, as diversas especialidades clínicas que cuidam destes doentes antes e depois da UTI, os serviços de apoio e a atuação da diretoria resultaram nestes números”, resumiu o médico.
De acordo com dados da UTI Covid, em 2020 foram internados 159 pacientes contaminados com o SARS-COV-2, sendo registrados 43 óbitos (27%) e até o início de agosto de 2021, houve 222 internações, com 45 óbitos (20%). “Ou seja, mesmo com um aumento nos casos e até uma sobrecarga que foi registrada em todos os hospitais, o percentual caiu no HU”, disse o médico, afirmando que a unidade passa por um período de relativa tranquilidade neste início de agosto, mas está preparada para um possível aumento na demanda, em função de novas variantes. “Essas condições que eu apontei habilitam a UTI para manter a taxa de desempenho mesmo com um novo cenário”, afirmou.
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