
O cilindro, à esquerda da imagem, é onde ocorre a queima e a degradação controlada da maconha. Conectado a ele, há um conjunto de condensadores responsáveis por separar o biogás e o bio-óleo. O equipamento também está integrado a controladores de temperatura e a um computador para o monitoramento do processo. (Foto: Divulgação)
Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), busca transformar maconha apreendida em biocombustível. O estudo, intitulado Projeto Cannabiocombustível, utiliza a pirólise – um processo de decomposição térmica – para gerar bio-óleo, biogás, biocarvão e vinagre pirolítico. O objetivo é reduzir os custos da Polícia Federal com armazenamento e logística da droga apreendida, além de minimizar as emissões diretas associadas à queima convencional.
O projeto teve início nos laboratórios de Simulação Numérica de Sistemas Químicos (Labsin) e de Transferência de Massa (Labmassa), ambos do Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da UFSC, onde o perito federal Antônio Augusto Canelas, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PósENQ), iniciou sua pesquisa, sob a orientação dos professores Adriano Silva e Ana Paula Immich Boemo. Posteriormente, devido a sua atuação em Belém, Canelas estabeleceu uma colaboração com a UFPA, onde dá continuidade aos experimentos, ainda com financiamento da UFSC.
(mais…)
Tags:
biocombustívelDepartamento de Engenharia de AlimentosDepartamento de Engenharia QuímicapirólisePolícia federalProjeto CannabiocombustívelUFPAUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUniversidade Federal do Pará

Reator de plasma para produção de biodiesel desenvolvido na UFSC Joinville. Foto: Laboratório de Combustão e Catálise Aplicadas (LAC)
Um grupo de pesquisadores da UFSC depositou uma patente nacional para um reator de produção de biodiesel desenvolvido em laboratórios da Universidade. O reator produzido pela pós-doutoranda Maira Oliveira Palm e pelos estudantes da graduação Júlia Rezende e Lucas Pavani, sob a supervisão do professor Rafael Catapan, coordenador do projeto, e dos professores Cátia Carvalho Pinto e Diego Duarte, do campus de Joinville, utiliza plasma não térmico de baixa frequência, permitindo o aumento de produtividade do processo e a eliminação de etapas tradicionais, o que pode dobrar a taxa de produção de biodiesel.
Segundo Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a demanda por biodiesel no Brasil deve dobrar até 2030, impulsionada pela Lei 14.993/2024, conhecida como Lei do Combustível do Futuro, e pelo compromisso global, a partir do Acordo de Paris, de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Com o aumento da demanda, surge a necessidade de alternativas mais sustentáveis e adaptáveis para o futuro. Os pesquisadores acreditam no potencial do reator de plasma em reduzir o tempo de reação, o consumo de catalisadores e na qualidade do biodiesel produzido.
(mais…)
Tags:
biocombustívelBiodieselLaboratório de Combustão e Catálise AplicadasLaboratório de Tratamentos de SuperfíciemultidisciplinarPós em Engenharia AmbientalPós em Engenharia MecânicaPós-Graduação em Engenharia e Ciências MecânicasReator de plasmaUFSCUFSC JoinvilleUniversidade Federal de Santa Catarina
Os Programas de Pós-Graduação em Ecologia, Oceanografia, Geografia e em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promovem neste sábado, dia 27 de junho, às 15h, a palestra on-line O biocombustível pode salvar recifes de corais?, com o biólogo marinho Sérgio Rossi. O evento será transmitido no canal do Youtube do Ecoando Sustentabilidade.
Rossi é professor associado da Università del Salento Lecce, da Itália, e professor visitante na Universidade Autônoma de Barcelona. É especialista em recursos naturais marinhos e oceanográficos. A conversa estará centrada em como gerar um combustível, uma fonte de energia, que possa salvar a diversidade recifal do planeta.
Na apresentação, será abordada a viabilização cultivos rentáveis de algas, em países tropicais, promovendo inclusão social e a recuperação de extensas zonas degradadas ou branqueadas. Os cultivos de algas marinas permitem ao homem desenvolver biocombustíveis, economicamente viáveis e gerados independentemente da economia energética do mercado de combustíveis fósseis nos países tropicais.
Tags:
biocombustívelecologiaengenharia de materiaisgeografiaoceanografiapalestra