Andifes propõe plano nacional de educação para 2020

19/05/2011 12:02

Reunião acontece desde terça-feira. Fotos: Paulo Noronha / Agecom

A proposição de um plano nacional que assegure as condições básicas para o direito à educação é uma ideia acalentada há muito tempo. Vem da Constituição de 1934, abortada em 1937, reposta na Lei de Diretrizes e Bases de 1961 e, finalmente, incluída na Constituição de 1988. O tema voltou com força na Reunião Ordinária da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes), numa mesa coordenada pelos professores Alvaro Toubes Prata, reitor da UFSC, e Edward Madureira Brasil, presidente da entidade, reitor da Universidade Federal de Goiás, e que contou com a participação de Luís Fernandes Dourado, organizador do livro Plano Nacional de Educação (2011-2020: avaliação e perspectivas.

A obra organizada por Dourado faz uma análise crítico-propositiva de projeto de lei que o executivo enviou ao Congresso Nacional para apreciação e aprovação do PNE 2011-2020 para torná-lo um plano de Estado capaz de expressar a participação da sociedade brasileira nos rumos da Educação. Ao analisar o Plano Nacional de Educação (PNE) como política de Estado, Dourado apresenta reflexões sobre o percurso do projeto, inclusive os resultados gerais da avaliação, ressaltando as concepções de educação, planejamento e Estado em disputa, seus limites estruturais e conjunturais como política pública.

Apresenta, ainda, análises da Proposta de PNE do Executivo federal, em tramitação no Congresso Nacional (PL 8.035/2010) e suas vinculações com as deliberações da CONAE, enfatizando a necessidade histórica de mobilização e participação da sociedade civil e política na construção coletiva plano.

Presente na discussão, o Secretário de Educação estadual, Marco Tebaldi, explicou o Plano de Governo para o Estado, com destaque para o fortalecimento do ensino médio em tempo integral, melhorar o preparo dos estudantes para ocupar as vagas das universidades e criar bolsas para os alunos carentes. Tebaldi ressaltou ainda a dificuldade sobre implantar o piso nacional dos professores estaduais, que entraram em greve nesta quarta, dia 18. Já o reitor Alvaro Prata ressaltou a parceria do governo estadual com o Pré-Vestibular da UFSC que já alcança 29 municípios catarinenses, dentro do processo de interiorização implementado pela universidade.

No evento, a Andifes também tratou do fortalecimento da comunicação institucional. Aproveitando a presença da assessoria e da Secretaria Executiva da Andifes, a Agência de Comunicação da UFSC distribuiu as últimas edições do Jornal Universitário (JU) e do encarte especial sobre as fundações de apoio. A direção da Agência entregou ainda um portfólio contendo os principais produtos e trabalhos desenvolvidos pela equipe. Já a EdUFSC, dentro das comemorações dos seus 30 anos, disponibilizou aos reitores alguns de seus últimos lançamentos.

Mais informações: 3721-6042

Leia também:
– Reitores querem evitar greve dos trabalhadores técnico-administrativos
– Florianópolis sedia encontro nacional da Andifes

Tags: AndifesUFSC

Biblioteca adquire coleção digital de normas da ABNT

19/05/2011 09:54

A direção da Biblioteca Universitária adquiriu a coleção online dos exemplares da Associação Brasileira de Normas Técnicas e da Asociacíon Mercosur de Normalizacíon.  O serviço estará disponível em horário integral na página da BU para toda a comunidade universitária nos próximos dias.

O contrato tem duração de um ano e oferece vantagens ao usuário, pois é atualizada automaticamente. Além disso, os servidores da biblioteca, que já integram os comitês da ABNT, podem solicitar a inclusão de novas normas no sistema de acordo com os interesses da comunidade acadêmica.

A diretora da BU Narcisa Amboni acredita que este é um passo importante para biblioteca e para a universidade. “O esforço para conseguir as normas vem desde 2002 e esperamos que a resposta nesse primeiro ano seja proveitosa, para poder dar sequência nesse projeto”, destaca Narcisa. A AMN, único órgão que normaliza voluntariamente o Mercosul,  também estará disponível na página da Biblioteca.

Para mais informações o telefone da Biblioteca Univertistária é 3721-9310.

Lucas Inácio/ Bolsista de jornalismo da BU

Tags: BU

Bibliotecária da UFSC retorna de conferência na Colômbia

19/05/2011 09:22

Andréa apresentou painéis sobre o portal de Periódicos UFSC e estudo sobre sistema eletrônico de editoração de revistas

A Chefe do Serviço de Periódicos da Biblioteca Universitária, Andréa Grants, foi  destaque da UFSC na primeira conferência Bibliotecas y Repositorios Digitales: Gestión del conocimiento, Acceso Abierto y Visibilidad Latinoamericana (Biredial) . O evento foi realizado entre os dias 9 e 12 de maio em Bogotá, na Colômbia, na Universidad del Rosário, na capital colombiana, com 140 participantes da América Latina e Europa. A UFSC foi uma das quatro Instituições brasileiras participantes no evento.

Andréa apresentou dois painéis informativos, um deles sobre o portal de Periódicos UFSC como um espaço para o acesso aberto e outro sobre o fluxo editorial de periódicos e estudo do sistema eletrônico de editoração de revistas (OJS/SEER). “Tivemos uma ótima resposta de quem acompanhou as apresentações dos dois banners. Além disso, a troca de informações com profissionais de outros países foi uma ótima experiência”.

A diretora da Biblioteca, Narcisa Amboni, ressaltou a importância da participação dos servidores neste tipo de evento.  “A gente procura sempre incentivar esse tipo de atividade que é necessária para todos os servidores, não só da biblioteca. A comunidade toda ganha com o crescimento desses profissionais que são tão importantes”.

A Biblioteca Universitária da UFSC entra no ciclo dos encontros e promove no próximo dia 26 o I Seminário Anual de CrossRef , que é uma ferramenta de identificação para artigos e trabalhos acadêmicos.

Mais informações no site http://crossrefbrasil.wordpress.com ou pelo telefone 3721-9310.

Por Lucas Inácio/ Bolsista de Jornalismo da BU

Tags: Biblioteca Universitária

Cineclube Rogério Sganzerla exibe “Sobre Café e Cigarros” nesta quinta

18/05/2011 18:09

O Cineclube Rogério Sganzerla exibe nesta quinta-feira, dia 19 de maio, o filme “Sobre Café e Cigarros”, do diretor Jim Jarmusch (2003), com duração de 95min.

A exibição será às 18h30, no auditório Henrique Fontes, do CCE, bloco B. A entrada é gratuita e haverá discussão após a sessão.

Assistir ao trailer

Serviço:

Quando: 19/5 – quinta-feira

Onde: Cineclube Rogério Sganzerla, no auditório Henrique Fontes, CCE, bloco B, UFSC, Campus Trindade, Centro, Florianópolis, SC.

Horário: 18h30 – Entrada é gratuita e aberta a toda a comunidade.

Informações: http://www.cineclube.ufsc.br

Tags: Cineclube Rogério SganzerlaSobre Café e Cigarros

Editora balzaquiana recebe reconhecimento e admiração da comunidade no seu aniversário

18/05/2011 17:46

Fotos: Cláudia Reis / Agecom e Raquel Wandelli / SeCArte

A senhora livreira e balzaquiana chamada Editora da Universidade Federal de Santa Catarina foi a grande homenageada no lançamento coletivo que marcou as comemorações do seu 30º aniversário de fundação na segunda-feira à noite (16). Cerca de 150 pessoas compareceram ao Centro de Eventos para prestigiar o evento cultural “A Editora da UFSC no século XXI”, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte. No hall superior do prédio, a Editora comercializou e expôs em nichos separados por livro, os 65 títulos que publicou no período de 2010 e 2011, envolvendo o trabalho de 350 autores, entre escritores, ensaístas, organizadores, pesquisadores e tradutores, que foram prestigiados com um coquetel e noite de autógrafos. As obras lançadas representam a mudança na política gráfica e editorial da Editora da no último ano. “A EdUFSC é um motor no desenvolvimento intelectual e cultural da nossa universidade e do nosso Estado”, disse o reitor Alvaro Prata.

Na mesma cerimônia, a Secretária de Cultura e Arte da UFSC Maria de Lourdes Borges e o diretor da EdUFSC Sérgio Medeiros divulgaram o resultado do Concurso Salim Miguel [Romance], cujo vencedor foi o professor de literatura, poeta e escritor Alckmar Luiz dos Santos. Na presença do vice Carlos Alberto Justus, estudantes, professores, funcionários familiares, intelectuais, autores novos e consagrados (como Flávio José Cardozo, Olsen Jr., Cláudio Cruz etc.), a Editora foi reverenciada em todos os discursos pelo seu papel na promoção do conhecimento. “Fico muito feliz ao perceber o cuidado que a editora tem demonstrado não só com o conteúdo, mas com o aspecto físico dos nossos livros”, elogiou o reitor, que se disse orgulhoso por ouvir tantos comentários entusiasmados dentro e fora do Estado quanto à qualidade que a editora vem imprimindo a suas publicações. A secretária lembrou que muitas outras obras de impacto estão sendo preparadas para o decorrer deste ano, de autores como Rodrigo de Haro, Cruz e Sousa, Pierre Bourdieu, Judith Butler, entre outros.

Em seu discurso, o diretor atual da Editora da UFSC enfatizou os três desafios que a instituição está procurando vencer nos seus 30 anos de vida, completados em dezembro passado. O primeiro deles foi implantar uma ampla reforma gráfica, alterando radicalmente o miolo e as capas, ou seja, mudando a diagramação, as fontes e a estética visual. “Conferimos aos nossos livros um formato eficaz e uma identidade ousada, para melhor inseri-los no mercado nacional”. O segundo desafio foi publicar os vários títulos aprovados em gestões passadas, sem prejudicar a edição de livros de impacto, aprovados pelo atual conselho da editora. “Atualizamos o catálogo e ao mesmo tempo ampliamos a oferta de novos títulos de grandes nomes de prestígio mundial, como Giorgio Agamben, Linda Hutcheon etc”.

O terceiro desafio foi divulgar esses livros nacionalmente, expondo-os nas melhores livrarias dos grandes centros e conquistando espaço para resenhas e notas nos melhores jornais do país. Medeiros destacou o apoio financeiro da Reitoria e da Pró-reitoria de Pós-graduação. “Sem ele não poderíamos ter inovado na editoração e impressão, muito menos publicado 65 títulos em 12 meses”. Por último, enfatizou o papel dos funcionários da editora, que compreenderam as reformas e passaram a colaborar ativamente na confecção de livros mais atraentes e contemporâneos.

Fundada em 1980 pelo reitor Ernani Bayer, a Editora da UFSC tem mais de mil títulos no mercado e publica, em média, 50 livros por ano. Em seus 30 anos, recebeu a contribuição de quatro diretores anteriores, todos citados e reverenciados pelo seu trabalho durante a cerimônia. No primeiro ano da fundação teve à frente o professor João Nilo Linhares Dutra, sucedido pelo escritor Salim Miguel, que a consolidou e a dirigiu de 1981 a 1991, conseguindo junto a Fundação Banco do Brasil os recursos para a construção de sua sede atual. No período de 1991 a 2008 o professor e poeta Alcides Buss assumiu a direção e de 2008 a 2010 o professor Luiz Henrique de Araújo Dutra, que estava presente na cerimônia.

Entre suas mais recentes publicações estão traduções pioneiras de obras em língua portuguesa de autores como Mallarmé, Evaristo Carriego, Franz Kafka e Giorgio Agamben. Também lançou ensaios inéditos no Brasil de Gonçalo Tavares e traduções comentadas da dramaturgia de Shakespeare. Através da aquisição de direitos autorais ou da parceria com outras instituições, lançou obras exclusivas de Linda Hutcheon, Paul Claval, Miguel do Vale de Almeida, Luiz da Costa Lima, Luc-Nancy.

Com o Instituto Itaú Cultural reuniu e editou os textos críticos do cineasta catarinense Rogério Sganzerla e prepara a publicação do romance de Glauber Rocha. A editora traz ao leitor o melhor da produção científica, tecnológica e cultural da UFSC através de séries como a Didática, Geral, Nutrição, Ética, Urbanismo e Arquitetura da Cidade, Imagens, Gênero e Relações Internacionais, Pensamento do Fora e livros de Direito em parceria com a Fundação José Boiteux e da publicação dos grandes escritores catarinenses de todas as épocas, como o contista Silveira de Souza. Recentemente foi aprovada pelo Conselho Editorial a Coleção Repertório, que incluirá entre nomes universais de formação, autores catarinenses fundamentais como Rodrigo de Haro, Franklin Cascaes e Cruz e Sousa, todos já em linha de produção.

DA VELHICE À INFÂNCIA, UFSC RELEMBRA TRAJETÓRIA DE SALIM MIGUEL

Para incentivar a produção literária em Santa Catarina, a SeCArte e a EdUFSC lançaram em outubro de 2010 o Concurso Romance Salim Miguel, que homenageia um dos mais representativos escritores catarinenses e já prepara os concursos para livros de conto, poesia, roteiro e dramaturgia para os próximos anos. Durante o evento Editora da UFSC no Século XXI, Salim ouviu a leitura de um texto narrando sua história e carreira literária e recebeu do reitor Álvaro Prata, uma coleção dos últimos lançamentos da Editora.

O nome de Salim foi escolhido por unanimidade pelo Conselho Editorial para representar o único concurso público na área de romance hoje em Santa Catarina. Bem humorado, Salim agradeceu dizendo que concursos não devem pautar a vida de um escritor, mas são bons porque ajudam a “massagear o ego”. Autor de 31 obras, Salim é o primeiro escritor de SC a ganhar os dois prêmios nacionais. A trigésima segunda (32º) obra, “Reinvenção da Infância”, será lançada no dia 9 de junho, no Centro Cultural do BRDE, em comemoração aos 60 anos de publicação da obra de estreia, “Velhice e outros contos”, circunscrevendo um novo retorno em sua bela e profícua vida literária, da velhice à infância.

Leia a história de Salim escrita pelo jornalista Moacir Loth:

Nascido no Líbano em 1924, o escritor, jornalista e animador cultural Salim Miguel chegou ao Rio de Janeiro em 1927 com os pais e irmãos imigrantes. Após dois anos, a família mudou para Biguaçu, na Grande Florianópolis, onde morou dos cinco aos 19 anos. Por isso considera-se cidadão líbano-biguaçuense. Em 1943, inicia sua longa e indelével jornada cultural em Florianópolis. Crítico literário e jornalista atuante, Salim amargou 48 dias de cadeia em 1964, durante a ditadura militar. A “experiência” inspirou obras, entre as quais, o livro Primeiro de abril: narrativas da cadeia, e o próximo lançamento (Narrativas de um exílio no Rio). Com a companheira de toda a vida Eglê Malheiros, produziu o argumento e roteiro do primeiro longa-metragem de Santa Catarina: O preço da ilusão. Ainda em Florianópolis criou e liderou o movimento cultural Grupo Sul, que revolucionou o panorama das artes, trazendo para Santa Catarina o movimento modernista.

Ao deixar a prisão, Salim e Eglê seguiram para o Rio de Janeiro, onde Salim atuou durante quase 15 anos em jornais e revistas, seja como colaborador assíduo do Caderno Idéias, do Jornal do Brasil (JB), ou nas empresas do Grupo Bloch como redator, repórter especial e chefe de redação.

Desde a publicação de seu primeiro livro, há 60 anos, o escritor autodidata Salim Miguel vem recebendo merecido reconhecimento. Além de conquistar, aos 87 anos, dois prêmios nacionais com o livro Nur na escuridão, romance sobre seus familiares libaneses no Brasil, o primeiro diretor efetivo da Editora da UFSC foi o autor catarinense homenageado do Circuito Cultural Banco do Brasil. Em 1999, Nur, publicado pela Topbooks-RJ, recebeu o prêmio de melhor romance do ano, uma distinção da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); e em 2001, dividiu com o escritor Antônio Torres (Meu querido canibal) o Prêmio Zaffari & Bourbon da 9ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS).

Ao completar meio século de literatura, Salim foi homenageado pelo Conselho Universitário da UFSC com a honraria máxima que uma universidade pode conferir: o título Doutor Honoris Causa. A mesma distinção foi dada em 99 ao Prêmio Nobel de Literatura José Saramago. Também foi agraciado com o prêmio Juca Pato 2002, conferido ao Intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores (UBE) e jornal Folha de S. Paulo. Entre os seus prêmios, destaca-se ainda o da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ) para Primeiro de abril – narrativas de cadeia.

Por: Raquel Wandelli – assessora de comunicação da SeCArte/UFSC

raquelwandelli@yahoo.com.br e raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

Fones: (48) 3721-9459 e 9911-0524

www.secarte.ufsc.br e www.ufsc.br

Leia também:
– Vencedor do Concurso Salim Miguel mistura história grande e miúda em romance
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Tags: 30 anos de fundaçãoEditora da UFSC

Seplan convida comunidade acadêmica para participar do processo de gestão

18/05/2011 13:32

Iniciado no segundo semestre de 2009, o planejamento estratégico da UFSC, foi uma das propostas de campanha do reitor, Alvaro Prata. O projeto está atualmente na fase de acompanhamento. A Seplan (Secretaria de Planejamento e Fianças), responsável pelo suporte a essa atividade, convida a todos a utilizarem a plataforma moodle (moodle.ufsc.br) para tomar conhecimento sobre os planos de ação da universidade e das unidades, participando do processo de gestão.

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Tags: processo de gestãoSeplanUFSC

Reitores querem evitar greve dos trabalhadores técnico-administrativos

18/05/2011 13:30

Reitores: na pauta, criação de novas vagas

Os reitores presentes no encontro da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) tentaram, na manhã desta quarta-feira, dia 18, demover a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) da disposição de deflagrar uma greve nacional a partir do dia 6 de junho. Três coordenadores da federação expuseram aos quase 60 reitores e seus representantes reunidos num hotel do balneário de Jurerê os pedidos da categoria, entre elas o resgate dos cargos extintos, a criação de novas vagas, a reaglutinação e o reposicionamento de funções e o rompimento do processo de terceirização nas universidades federais (IFES).

De acordo com um dos coordenadores da Fasubra, Paulo Henrique dos Santos, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPO) jogou para os reitores a responsabilidade de negociar com a Fasubra os itens da pauta de reivindicações. Estes dizem que a instância de discussão é o Ministério da Educação, e têm a esperança de que uma solução seja encontrada no âmbito do governo federal. Embora seja apenas um dos itens da pauta, o debate sobre a greve pode dominar boa parte da programação do encontro, que se encerra até o meio-dia desta quinta-feira.

Segundo outra coordenadora da Fasubra, Leia de Souza Oliveira, a luta da entidade é pela modernização da forma de gestão nas universidades, mas os pedidos esbarram na falta de disposição do MPO para conversar. “Não temos outra alternativa a não ser a greve, em vista da morosidade do governo em propor soluções”, diz ela. Leia garantiu que a paralisação é sempre “um instrumento de última instância”, e que a prioridade é “construir alternativas em conjunto com as instituições federais de ensino superior”. No entanto, ressalva, “o Ministério do Planejamento tem outra visão do modelo de Estado”.

Em síntese, o que os trabalhadores técnico-administrativos pleiteiam é um processo de racionalização que é fundamental em função da expansão das instituições e da criação de novas universidades. Isso implica em mudanças no nível de classificação e na criação de cargos que substituam aqueles que foram extintos automaticamente, pela aposentadoria dos seus ocupantes e pela ausência de concursos de admissão de novos servidores. “Ainda hoje não temos diretrizes gerais para as carreiras no serviço público”, afirma Paulo Henrique dos Santos, da Fasubra. Assim, a descrição dos cargos, que é de 1987, ainda contempla funções como as de datilógrafo e operador de telex.

O presidente da Andifes é o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira Brasil, que com o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Alvaro Toubes Prata, recepciona os demais colegas no encontro em Jurerê. Eles pregam que “se encontre um caminho para a greve não acontecer”.

Entre os demais temas do evento estão o orçamento das universidades para 2012, o novo Plano Nacional de Educação, as fundações de apoio às IFES e a MP 520, que cria uma empresa para administrar os hospitais universitários do país.

Mais informações com José Carlos da Cunha Petrus pelo fone 3721-6042.

Por Paulo Clóvis Schmitz/jornalista na Agecom

Foto: Paulo Roberto Noronha/Agecom

Tags: Andifesfasubrareitores

AAHU lança campanha “Doe um novelo de lã e aqueça o coração de uma criança”

18/05/2011 12:16

A Associação Amigos do Hospital Universitário (AAHU) lançou a campanha “Doe um novelo de lã e aqueça o coração de uma criança”. A Associação tem voluntárias que confeccionam mantas destinadas às crianças internadas no HU.

Os postos de coleta são a Loja da Associação, localizada no Centro de Cultura e Eventos, e/ou a sede da AAHU, ao lado da agência do Banco do Brasil no Campus.

Informações pelo fone (48) 3721-8042.

Tags: AAHUcampanhaUFSC

Feesc completa 45 anos auxiliando transferência tecnológica na UFSC

18/05/2011 12:02

Pesquisa, desenvolvimento e avaliação de implantes reabsorvíveis; uso racional de água e de energia elétrica em habitações de interesse social; plataforma colaborativa web para apoio remoto ao diagnóstico e procedimentos cardiovascular integrado e minimização de consumo de energia em refrigeradores domésticos são apenas alguns exemplos entre 300 projetos de pesquisa em execução pela UFSC e que contam com gerenciamento da Fundação de Ensino de Engenharia de Santa Catarina. Por meio da Feesc, professores de Engenharia Civil participam da elaboração do Programa Nacional de Logística Portuária, o chamado PDI dos Portos, uma prioridade para o governo federal. A Feesc também atua junto à Secretaria de Estado da Saúde no programa de Telemedicina e capacita técnico-administrativos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Nesta quarta-feira, a fundação criada seis anos após a instituição da UFSC, em 18 de maio de 1966, completa 45 anos. A data será celebrada no Auditório da Reitoria, a partir de 18h. Antes, às 17h, a entidade inaugura em sua sede, no campus da Trindade, galeria de presidentes.

A Feesc foi criada pelas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), que precisava de engenheiros para dar conta de suas atividades na geração e distribuição de energia. Seu surgimento viabilizou a implantação do Curso de Engenharia Elétrica na UFSC, e a fundação também passou a apoiar projetos de pesquisa e extensão, em parceria com a universidade e outras instituições públicas e privadas.

Ao centro, diretor-presidente da Feesc, Maurício Fernandes Pereira

“Quando fui convidado pelo reitor Alvaro Prata para dirigir a fundação não conhecida o Centro Tecnológico. Fui então visitar este e outros centros e vi que temos laboratórios e professores que não ficam atrás dos que podem ser encontrados nas principais universidades do mundo”, destaca o diretor-presidente da Feesc, Maurício Fernandes Pereira, professor do Departamento de Ciências da Administração que desde junho de 2009 preside a entidade.

“Com a Petrobras são diversos projetos, como o que estuda a prospecção de petróleo em águas profundas”, lembra o professor, citando um dos grandes parceiros que investe no desenvolvimento de projetos na Universidade via Feesc. Ministérios como o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Estado da Saúde, Eletrosul, Celesc, Agência Nacional de Transportes, Agência Nacional de Energia Elétrica, Embraco, Weg, Fiat e BNDES são outros colaboradores da entidade que em 2010 captou R$ 90,1 milhões para a execução de trabalhos pela Universidade Federal de Santa Catarina.

“Sem as fundações não teríamos o mesmo desempenho, nem as melhorias na interação com diferentes setores da sociedade”, confirma o reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata. A Feesc é uma das quatro fundações (há ainda Fapeu, Fepese e Fundação José Boiteux) que ajudam a universidade, presa a trâmites e procedimentos burocráticos comuns a todos os órgãos públicos, a desenvolver projetos de ensino, pesquisa e extensão.

Caspar Erich Stemmer, ex-reitor e ex-diretor do CTC, um dos homenageados

“As fundações são um bem da sociedade, trabalham com dinheiro público, e a UFSC transforma, por meio delas, a sua competência em prol dessa sociedade”, reforça o professor Maurício.  “Seu surgimento na década de 70 constituiu uma resposta criativa da comunidade acadêmica ao engessamento imposto pela ausência de faculdades legais que assegurassem maior flexibilidade e agilidade à gestão das atividades de pesquisa e extensão das Instituições Federais de Ensino Superior”, complementa o reitor da UFSC.

Mais informações sobre o aniversário da Feesc com o diretor-presidente, professor Maurício Fernandes Pereira, fone 3231-4402

Por Arley Reis e Paulo Clovis / Jornalistas da Agecom

Tags: 45 anosFeescUFSC

I Seminário Anual CrossRef

17/05/2011 18:52

O Sistema de Bibliotecas/UFSC  promove na quinta, 26 de maio, na Biblioteca Universitária (BU), o I Seminário Anual CrossRef, que objetiva o intercâmbio de informações e experiências entre os usuários do sistema DOI®. O sistema assegura a produção científica em todas as regiões do país, difunde o desenvolvimento e a formação da infraestrutura – de forma a ligar os usuários aos conteúdos acadêmicos dispostos pelos editores -, e gerencia a comunicação entre estes e os seus clientes. Além disso, visa dar credibilidade e efetuar a gestão da informação cientifica online.

São 60 vagas e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas no site crossrefbrasil.wordpress.com. Trata-se de um evento de capacitação profissional, com ênfase em troca de experiências e criação de relações interpessoais de trabalho.

O Sistema de Bibliotecas/UFSC, através do Portal de Periódicos, iniciou de maneira pioneira no país as atribuições do DOI nos documentos científicos publicados na Instituição. O Portal é responsável por estabelecer as diretrizes e atribuir o DOI nos artigos científicos, promovendo e repassando suas novas funcionalidades aos editores de periódicos científicos da universidade.

Mais informações: (48) 3721-9310.

Programação:

9h – Abertura

Narcisa de Fátima Amboni
(Diretora do Sistema de Bibliotecas – UFSC)

9h30 – Introduction and CrossRef Overview
Ed Pentz (Diretor Executivo CrossRef )

10h30 – Café

11h – CrossMark e CrossCheck
(CrossRef)

12h – Almoço

13h30 – Cited-by Linking
(CrossRef)

14h – ORCID Update
(CrossRef)

14h30 – Portal Capes
(a confirmar)

15h30 – Café

15h50 – Iniciativas Scielo e CrossRef
Fabio Batalha dos Santos Cunha (Scielo)

16h50 – SEER (OJS) e DOI
(CrossRef; IBICT, Editora Cubo, UFSC)

18h30 – Cocktail Reception

P.S. Haverá tradução simultânea do evento.

Tags: BUDOI®UFSC

RU retoma atendimento em horário normal

17/05/2011 10:36

A direção do Restaurante Universitário da UFSC informa que não houve jantar nesta segunda-feira, 16 de maio, porque no período da tarde foi instalada tubulação elétrica no corredor que separa a cozinha do refeitório, impossibilitando as atividades normais.  A execução da obra foi necessária para ampliar a distribuição de energia elétrica para o novo prédio do restaurante. A direção informa que o restaurante estará funcionando em horário normal durante a semana.  A previsão é de que o novo prédio do seja inaugurado no início do próximo semestre.

Mais informações: 3721-8226 ou ru@reitoria.ufsc.br

Por Darilson Barbosa / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: RU

Agência dos Correios volta a funcionar no campus

17/05/2011 10:30

Voltou a funcionar nesta segunda-feira, 16 de maio, a agência dos Correios no Centro de Convivência da UFSC. Com a reforma do telhado do prédio, em junho do ano passado, às vezes chovia dentro da agência. Com o risco de choques elétricos, o Correio passou a funcionar fora do campus universitário.

A mudança da agência trouxe problemas.  De acordo com Henrique Prochaska Júnior, Chefe do Serviço de Comunicação e Expedição do Departamento de Serviços Gerais (DSG), as principais dificuldades geradas foram a falta de contato e comunicação com os Correios. “O envio passou a ser centralizado no DSG. Todo dia às 9h30min saía um carro da universidade para enviar os malotes. Após esse horário todo o documento que chegasse seria enviado apenas no dia seguinte.”

Para Ilson Clemente, Gerente da agência, o benefício será mútuo. Já que com a reforma a agência passou a funcionar junto ao setor de distribuição dos Correios, na rua Lauro Linhares. Além de um espaço reduzido, não havia estacionamento e era próximo de outras agências. Após a mudança houve uma redução de 60% no envio de documentos.

“Estamos muito satisfeitos em voltar ao campus. Aqui temos mais espaço para trabalhar e estamos mais aptos a atender à demanda da UFSC, da comunidade universitária e dos moradores da região”, diz Clemente.

A agência funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, oferecendo todos os serviços dos Correios. O horário para envio de postagens no mesmo dia é até às 16h30min.

Telefone  da Agência dos Correios:  3234 7215.

Por Bianca Amorim/ bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: Correios

Inscrições abertas para curso de formação para membro de comissão de processo administrativo e de sindincância

16/05/2011 16:13

Divisão de Capacitação e Afastamento para Formação (DCAF) informa  que estão abertas as inscrições para o curso de capacitação profissional para Formação Teórica e Prática para membro de comissão de processo administrativo disciplinar e de sindincância na UFSC

O curso visa preparar servidores para atuarem, inclusive na condição de Presidente ou de Secretário, em Comissões Disciplinares instauradas pela UFSC, tanto nos processos envolvendo docentes e técnico-administrativos quanto nos processos envolvendo empresas inadimplentes.
Podem se inscrever servidores Técnico-administrativos com, no mínimo, Ensino Médio completo e docentes da UFSC, os quais, uma vez designados para atuar nessas Comissões, terão disponibilizada carga horária diária para tal finalidade.
Ministrante: Nilto Parma, Procurador-Chefe da UFSC
Carga horária: 50 horas
Início: 30/5
Horário: das 9h às 11h

Mais informações e inscrições pelo site: www.sgca.ufsc.br/web

Fonte: DCAF

Tags: comissão de sindincânciacomissão processo administrativocurso capacitaçãoUFSC

Projeto 12:30 recebe o Coletivo PIRA! nesta quarta na Concha Acústica

16/05/2011 16:02

Arte da camiseta do Coletivo

O Projeto 12:30 recebe o Coletivo PIRA!, nesta quarta-feira, 11 de maio, às 12h30min na Concha Acústica. O espetáculo é gratuito e aberto à comunidade. O Coletivo PIRA! (Coletivo de Produção Integrada de Resistência Antimanicomial) é um espaço de militância, formação, trocas e intervenções acerca da saúde mental na perspectiva da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica. Para comemorar o dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio) e com o objetivo de sensibilizar a comunidade acadêmica para as formas de ver o sujeito e as relações sociais estabelecidas na produção da loucura, o Coletivo, juntamente com a ABRASME – Associação Brasileira de Saúde Mental – convidam para à HORA DA LOUCURA!!!

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Tags: Coletivo Pira!Projeto 12:30UFSC

Homofobia é tema de exposição de cartazes no CFH

16/05/2011 11:30

A exposição do III Concurso de Cartazes sobre Transfobia, Lesbofobia e Homofobia nas Escolas, que está acontecendo no Hall do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, recebeu, nesta edição, 103 peças, revelando o aumento de interesse pelas temáticas abordadas pelo Projeto Papo Sério, que é desenvolvido desde 2007 pelo NIGS-UFSC em escolas da Grande Florianópolis.
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Tags: cartazeshomofobialesbofobia

Editora lança hoje 65 livros e divulga resultado de concurso de romance

16/05/2011 08:26

Um grande evento literário marcará as comemorações dos 30 anos de fundação da Editora da UFSC e um ano de virada na política gráfica e editorial que a projetou entre as melhores editoras universitárias do país. Em alusão a essas conquistas, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC promove hoje, 16 de maio, às 17 horas, na sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos, o lançamento coletivo: “A Editora da UFSC no século XXI”, que trará a público 65 obras de grande relevância cultural. No mesmo evento, a Editora vai divulgar o nome do vencedor do Concurso Salim Miguel de Romance, o único no gênero hoje em Santa Catarina.
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Inscrições para o Apoio Pedagógico

16/05/2011 08:19

Estão abertas até 20 de maio pelo site: www.apoiopedagogico.ufsc.br, as inscrições para as disciplinas do Apoio Pedagógico da UFSC para a segunda etapa do primeiro semestre de 2011. Início das aulas: 23 de maio para os estudantes do Campus de Florianópolis. As disciplinas oferecidas são  Biologia (ênfase em bioquímica e biologia celular), Física, Inglês, Matemática, Produção Textual e Química.
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Aula magna de Licenciatura Indígena põe em pauta a diversidade

13/05/2011 21:26

As calças jeans e as camisetas convivem bem com a tinta preta no rosto. Os flashes insistentes incomodam alguns, e os sorrisos não saem tão fácil dos adultos, mas há crianças que se postam em frente às câmeras, e jovens de penteado moicano com máquinas e filmadoras nas mãos, como que a revidar fazendo suas próprias imagens. A segunda aula magna do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da UFSC, que aconteceu na quarta, 11/05, reuniu reitor, pró-reitores, professores, estudantes, autoridades e os alunos de tribos Kaigáng, Xokleng e Guarani, que retornam agora à Universidade após dois meses nas comunidades colocando em prática o que aprenderam no curso em seus primeiros trinta dias.

A data teve programação durante toda a quarta: de manhã, os alunos se reuniram com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas Meira, quando reivindicaram bolsas de estudos para que possam permanecer na Universidade e concluir o curso, e, às 18h, no hall da Reitoria, foi aberta a exposição “Guarani, Kaigáng e Xokleng – Atualidades e Memórias do Sul da Mata Atlântica”.

A mesa de abertura contou com a presença do reitor Alvaro Prata; do presidente da Funai; da diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) Roselane Neckel e da coordenadora do curso Ana Lúcia Vulfe Nötzold. A mesa de debates foi composta pela pesquisadora do Laboratório de Etnologia Indígena Maria Dorothea Darella; o coordenador-geral da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Gersem José dos Santos Luciano (Baniwa), e a procuradora da República em Santa Catarina Analúcia de Andrade Hartmann.

Multiplicando as transformações

A solenidade foi ao encontro do que Gersem defende: que o curso transforma seus alunos, mas também a sociedade e a Universidade. O hino nacional foi cantado por alunos Kaigáng – metade entoado em sua língua nativa e a outra metade em português; houve espaço à homenagem a Natalino Crespo – feita de acordo com as tradições de sua tribo – companheiro que os incentivou a ingressar no curso e que faleceu no dia 02/03, e o mestre de cerimônias não deixou de lado os caciques, quando registrou a presença das autoridades. Os detalhes demonstram as modificações sutis que a Universidade começa a ensaiar.

“A UFSC não estava e nem está preparada para recebê-los. Mas a forma de nos adequar é vivenciar e aprender, aperfeiçoar a cada dia”, atesta o reitor. “Faço dois pedidos: que tenham compaixão com a nossa instituição, perdoando nossas falhas, apesar de nossa boa vontade, e que exultem-se a si próprios, sendo bons alunos”.

O curso, que vinha sendo gerado desde 2007 pela Comissão Interinstitucional para Educação Superior Indígena (Ciesi, formada por integrantes da UFSC, organizações representantes dos povos indígenas e entidades parceiras), é um dos 26 do Brasil oferecido exclusivamente aos povos indígenas, e ajuda a somar cerca de oito mil índios no ensino superior. O presidente da Funai explica que esse número só tende a crescer. “De acordo com o IBGE, temos hoje no país cerca de 817 mil índios”. Isso significa que nos últimos dez anos a população indígena cresceu mais de 10%, número superior aos das pessoas que se declaram brancas, negras ou pardas. “Já escutei muito, também em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a frase ‘aqui não tem índio’. Por isso o curso vai além da educação: é também político. E essas novas gerações que fizerem o ensino superior poderão contribuir de forma mais efetiva com a construção do país”, defende.

Igualdade nas diferenças

A professora Roselane ratifica a fala de Márcio: “este momento significa a inclusão desses cidadãos na sociedade, a partir de seu ingresso na Universidade”. A diretora do CFH vai além. “Em um país de diferenças tão profundas, não podemos tratar da mesma forma a todos, como se todos tivessem condições iguais”, afirmou, mencionando em seguida as políticas públicas de permanência que a Universidade destina a alunos oriundos de escolas públicas, negros e indígenas, e reafirmando a disposição da UFSC em buscar meios de viabilizar, junto com a Funai, bolsas de estudos a esses alunos.

A equidade também foi mencionada por Analúcia, que ainda relembrou o saudoso professor Sílvio Coelho dos Santos como orientador nos estudos das questões indígenas – homenageado anteriormente pela professora Dorothéa, que o apontou como baluarte da antropologia em questões da área. “Quando trabalhei junto a tribos, contava-se nos dedos quantos falavam fluentemente o Kaigáng. ‘Só se pegarmos à força esses indiozinhos’, me diziam os mais velhos. Não existia a valorização dos índios e de sua cultura”. Hoje, de acordo com a procuradora, a Secretaria de Educação de SC já reconhece as diferenças e as estimula, orientando escolas e professores. “Agora os alunos são liberados para os cultos junto com seus pajés, e há horários e merendas diferenciados”, relata.

Dos índios para os índios

Doutor em Antropologia Social, Gersem Baniwa faz parte da primeira leva de professores de dedicação exclusiva da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que leciona nos cursos de Licenciatura Indígena em Políticas Educacionais e Desenvolvimento Comunitário e Formação de Professores Indígenas. O docente analisa a valorização de sua cultura. “Sempre me perguntei quantos eram os portugueses que desembarcaram no Brasil, e qual o número de indígenas que havia aqui para recebê-los, e a resposta me parece óbvia. Em nenhum momento os índios foram capazes de se articular para enfrentar o inimigo comum. E nisso se passaram cinco séculos. Apenas na década de 1970 se iniciaram as primeiras reações mais conscientes dentro dessa relação histórica de dominação”. “Nenhuma política”, continua, “tem sido implantada porque o Brasil mudou sua percepção de mundo, e sim porque os povos indígenas tomaram outra atitude, e o ensino superior faz parte dessa reação”.

Gersem confessa que o magistério voltado ao índio está em processo de construção. “Ainda não tenho clareza do que fazer em sala de aula. A escola foi inventada pelo mundo branco para atender às necessidades de industrialização e mercantilização, e talvez seja um erro adaptá-la às demandas indígenas”.

Há menos de uma década atuando como categoria, os professores indígenas talvez busquem o meio termo. “A responsabilidade é grande. Como se define uma escola intercultural? Tem povos que nos cobram o ensino da língua nativa, mas não conheço índio que não queira aprender sobre as novas tecnologias. E será que ensinar português vai ser bom para esses povos? Tem quem ache que o índio que fala bem o português já não é mais índio”, problematiza.

O duelo entre o novo e o antigo, no entanto, parece se desfazer a partir da visão do professor. “Há pessoas acreditando que a tradição e a modernidade são incompatíveis. Isso é um problema para os pensadores, porque os índios já resolveram a questão. Para eles, o caminho é a complementaridade: não conheço povo indígena que, já tendo contato com a cultura do homem branco, abdique do direito de frequentar uma escola”.

Gersem ainda enfatizou o caráter social que a educação tem para sua gente. “Os índios são pragmáticos: quem vai à escola deve voltar sabendo fazer sabão, anzol, construir roupas, senão significa que não aprendeu direito. O estudo tem como objetivo melhorar a comunidade”.

Pinturas, danças e direitos

Van (que em Xokleng significa taquara), tem sete anos e foi a atração da cerimônia para os fotógrafos. Com adereço de cisal no cabelo, pintura preta no rosto e usando saia de palha, balançava de tempos em tempos um chocalho de cabaça e passava com a mãe Walderes a música que cantaria junto ao grupo logo depois do evento.

Aos 26 anos, Walderes cria a sobrinha Van como filha, e a deixa com a mãe em José Boiteux, onde se localiza a tribo Laklãno, quando fica em Florianópolis para assistir às aulas. “Agora estou mais tranquila porque ela veio comigo para a apresentação, mas no primeiro mês foi mais difícil”, relata.

Formada em Letras Português/Espanhol em uma universidade de Indaial, a Xokleng afirma que estudar, agora, está bem mais fácil. “Quando fiz a primeira faculdade, com minha mãe, havia vezes em que dormíamos no ponto de ônibus, e no outro dia tomávamos banho na própria universidade, porque não havia dinheiro para voltar para casa. Aqui tem sido bem diferente”, comemora.

Questionada sobre a diferença entre os Xokleng, Kaigáng e Guarani, ela se vira e aponta: “Olha só a pintura. Cada um faz desenhos diferentes, e cada etnia possui suas próprias músicas e danças”, explica, contando que sua tribo, que habita um terreno de cerca de 14 mil hectares, abriga as três etnias.  “Conheci professores de geografia e história que se referiam ‘aos índios’ apenas. Mas há grandes diferenças em relação aos costumes e tradições”. Walderes pretende seguir Licenciatura em Humanidades, com ênfase em Direitos Indígenas. “Hoje estamos reivindicando a redemarcação de nossas terras. Quero lutar pelas causas indígenas”.

Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom
Fotos: Pâmela Carbonari / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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História da Justiça Criminal na AL é tema de palestra

13/05/2011 14:59

Na terça, 24/05, o professor Osvaldo Barreneche, da Universidad Nacional de La Plata (Argentina) irá ministrar palestra sobre a História da Justiça Criminal na América Latina. O evento acontece às 8h50, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas. As inscrições podem ser feitas no local da palestra. A visita do professor Barreneche também tem como objetivo oficializar a incorporção do Núcleo de Pesquisa Direito e Fraternidade à Red Universitaria para El Estudio de la Fraternidad (RUEF).

Informações: (48) 3721-9479 ou 3721-9372.


Iniciam na segunda as inscrições para o Projeto Amanhecer

13/05/2011 14:47

O Projeto Amanhecer do Hospital Universitário (HU) da UFSC abre na segunda-feira, 16/05 – e prossegue até a quarta, 18/05, as inscrições para suas terapias complementares. Para fazer a inscrição o interessado deve ir até o Projeto Amanhecer no HU, das 8h às 12h e das 14h às 17h, e apresentar algum documento que comprove a condição de aluno, professor, servidor técnico-administrativo ou servidor terceirizado.
O Projeto oferece gratuitamente tratamentos para os mais diversos problemas, buscando também proporcionar o auto-conhecimento dos participantes. Estes tratamentos têm base nas medicinas tradicionais, de cunho vitalista e espiritual, observando o indivíduo como um todo.

Serão oferecidas as seguintes terapias: Naturologia, Florais, Geoterapia, Auriculoterapia, Cranio-Sacral, Arteterapia, Healing, Massoterapia, Cromoterapia, Astrologia, Psicologia, Psicoterapia, Reiki e Massagem Chinesa.

O Projeto Amanhecer localiza-se no Núcleo de Capacitação Técnica, aos fundo do HU, atrás do Grêmio do HU.
Mais informações 3721-8055 ou www.hu.ufsc.br/~proj_amanhecer

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Restaurado painel que mostra os fundadores da Faculdade de Direito

13/05/2011 13:16

Fotos Pâmela Carbonari/ Agecom

A Fundação José Arthur Boiteux (Funjab) inaugurou na manhã desta sexta-feira, dia 13, o painel restaurado dos fundadores da Faculdade de Direito, que inclui nomes conhecidos como Nereu de Oliveira Ramos (que foi senador e presidente da República), José Boiteux, Henrique da Silva Fontes, Othon Gama Lobo D’Eça, João Bayer Filho, Fúlcio Coriolano Aducci, Henrique Rupp Júnior e Alfredo von Trompowsky. O coordenador do projeto é o professor Luis Carlos Cancellier de Olivo, do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Tags: painel fundadores do direitoUFSC

Nanofluídos em Processos Térmicos de Conversão de Energia

13/05/2011 11:26

Um encontro para apresentação de trabalhos no âmbito do Programa MEC- CAPES – Pró-Engenharias e  Rede CAPES  – Nanobiotec, tendo como tema os nanofluídos em processos térmicos de conversão de energia, será realizado nos dias 16  (auditório do Departamento de Engenharia Mecânica- Bloco A – térreo, das 14h às 18h30min) e 17 de maio ( auditório do POLO – Bloco A2, das 8h30min às 12h).

Programação:

Segunda, 16 de maio

14h abertura / Prof. Júlio César Passos, UFSC/LEPTEN

14h15min – Balanço dos projetos da Rede CAPES/Nanobiotec e CAPES/Pro-Engenharias / Prof. José A. R. Parise, PUC-Rio

14h45min – Análise da ebulição nucleada de nanofluidos Água-Alumina e Água-Maguemita / Amaury Rainho Neto, UFSC/POSMEC/LEPTEN/Mestrando

15h15minEfeito de superfícies nanoestruturadas sobre a ebulição nucleada da água / Leila Valladares Heitich, UFSC/PGMAT/LEPTEN/Mestranda

16h Correlação para o cálculo do coeficiente de transferência de calor durante a ebulição convectiva de nanofluidos / Anderson A. U. de Moraes, EESC-USP/Pós-doutorando

16h30minResultados recentes sobre a transferência de calor e padrões de escoamento durante a ebulição convectiva em micro-escala levantados na EESC-USP / Prof. Gherhardt Ribatski, EESC-USP

17h – Queda de pressão durante a ebulição convectiva no interior de micro-canais / Jaqueline Diniz da Silva, EESC-USP/Mestranda

17h30min- Previsão do comportamento térmico de nanofluidos como fluidos de resfriamento de motores a combustão interna / Edwin Ronald Valderrama Campos, PUC-Rio/Doutorando

18h – Projeto de uma bancada para avaliação do uso de nanofluidos como fluidossecundários em sistemas de refrigeração / Eden Rodrigues Nunes Junior, PUC-Rio/Doutorando

Terça 17 de maio

8h30minProdução e Síntese de Nanofluidos / Antônio Remi Hoffmann, UFU/Doutorando Eugênio Turco Neto, UFU/Iniciação Científica

9hComparações de Correlações e Resultados Experimentais da Literatura

sobre Nanofluidos / Juan Gabriel Paz Alegrias, UFU/Doutorando Guilherme Azevedo de Oliveira, UFU/Iniciação Científica

9h30minAnálise Numérica de Escoamentos de Nanofluidos em Tubo Horizontal / Joseph Edher Ramírez Chaupis, UFU/Mestrando

Douglas Hector Fontes, UFU/Iniciação Científica

10hEquipamento Experimental da UFU / Juan Gabriel Paz Alegrias, UFU/Doutorando Antônio Remi Hoffmann, UFU/Doutorando

10h30min – Pesquisas na área de transferência de calor com mudança de fase e escoamento bifásico / Prof. Júlio César Passos, UFSC/LEPTEN

11h – Fechamento / Prof. José A. R. Parise, PUC-Rio

11h15minVisita ao LEPTEN/Boiling

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Editora lança nesta segunda 65 livros e divulga resultado de concurso de romance

13/05/2011 10:15

Um grande evento literário marcará as comemorações dos 30 anos de fundação da Editora da UFSC e um ano de virada na política gráfica e editorial que a projetou entre as melhores editoras universitárias do país. Em alusão a essas conquistas, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC promove, na próxima segunda-feira, 16 de maio, às 17 horas, na sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos, o lançamento coletivo: “A Editora da UFSC no século XXI”, que trará a publico 65 obras de grande relevância cultural. No mesmo evento, a Editora vai divulgar o nome do vencedor do Concurso Salim Miguel de Romance, o único no gênero hoje em Santa Catarina.

Para a tarde coletiva de autógrafos foram convidadas todas as pessoas envolvidas na produção intelectual da nova safra da Editora, o que inclui mais de 350 nomes, entre ensaístas, organizadores, escritores e tradutores que assinam 65 títulos publicados em 2010 e 2011. “São livros científicos, técnicos, ensaísticos e literários nas mais diversas áreas, que expressam essa mudança no projeto estético e editorial, caracterizada pela publicação de obras de impacto na cultura contemporânea”, explica a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges.  Depois da divulgação do vencedor do concurso haverá coquetel com tarde autógrafos.

Entre os lançamentos recém-saídos do prelo, o diretor da EduFSC, Sérgio Medeiros, destaca a obra Pensar/Escrever o Animal, um compêndio de 421 páginas que trata de uma das questões mais emergentes do pensamento contemporâneo: a superação da perspectiva antropocêntrica. Fruto de uma parceria com a Fapemig, de Minas Gerais, o livro é a primeira obra publicada no Brasil expressando o pensamento interdisciplinar sobre a relação do homem com outras formas de vida e sobre o impacto dessa relação na própria concepção clássica de ser humano.

Organizado por Maria Esther Maciel e lançado na última semana com grande impacto em Belo Horizonte, Pensar/Escrever o Animal reúne 20 ensaios inéditos, traduzidos para o português, de grandes especialistas internacionais, como Dominique Lestel e Donna Haraway, além de textos de ensaístas brasileiros, como Benedito Nunes, um dos maiores estudiosos da literatura moderna brasileira, Márcio Selligmann-Silva e Raúl Antelo. Os ensaios confluem pesquisas na área da filosofia, literatura, artes, etologia, biologia, arqueologia, zoologia, biopolítica, estudos de gênero, psicologia para discutir as tensões nas fronteiras entre o animal, o humano, a máquina e o artefato na direção de uma ética do inumano ou do pós-humano.

Obras locais e universais

Criada em 1980, a Editora da UFSC tem mais de mil títulos no mercado e publica, em média, 50 livros por ano. Reconhecida pela excelência internacional dos seus títulos, é hoje uma das grandes editoras universitárias do país. Destaca-se também pelo cuidado e rigor de suas edições, além de imprimir formatos inovadores, como livro-estante e caixa-livro. O novo padrão gráfico prioriza o uso de papel pólen e se caracteriza pela apresentação de capas, texturas, cores e ilustrações de elegância estética. Merecedores de resenhas, artigos e indicações de leituras dos principais veículos de cultural do país, os lançamentos impactantes de 2010 e 2011 estão expostos no site e nas vitrines da Livraria Cultura e distribuídos para as principais livrarias do território nacional.

Entre suas mais recentes publicações estão traduções de obras inéditas em língua portuguesa de autores como Mallarmé, Evaristo Carriego, Franz Kafka, Giorgio Agamben e Pierre Bourdieu (no prelo). Também lançou ensaios inéditos no Brasil de Gonçalo Tavares e traduções comentadas da dramaturgia de Shakespeare. Através da aquisição de direitos autorais ou da parceria com outras instituições, lançou obras exclusivas de Linda Hutcheon, Paul Claval, Miguel do Vale de Almeida, Luiz da Costa Lima, Luc-Nancy e Judith Butler (os três últimos no prelo).

Com o Instituto Itaú Cultural reuniu e editou os textos críticos do cineasta catarinense Rogério Sganzerla e prepara a publicação do romance de Glauber Rocha. Para incentivar a produção literária em Santa Catarina, lançou em 2010 o Concurso Romance Salim Miguel e já prepara os concursos para livros de conto, poesia, de roteiro e dramaturgia para os próximos anos. Muita expectativa gira em torno do nome do romancista catarinense que levará o prêmio entre 28 escritores inscritos, muitos autores já consagrados.

A editora traz ao leitor o melhor da produção científica, tecnológica e cultural da UFSC, através de séries como a Didática, Geral, Nutrição e Ética e da publicação dos grandes escritores catarinenses de todas as épocas, como Silveira de Souza, Cruz e Sousa, Rodrigo de Haro, Franklin Cascaes (ambos no prelo). É associada à Liga de Editoras Universitárias, formada pela EdUSP, Unicamp, EdUFPA, EdUNB, EdUFMG e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Há dois anos, os livros da EdUFSC podem ser adquiridos pela livraria virtual www.edufsc.ufsc.br

Raquel Wandelli – assessora de comunicação da SeCArte/UFSC / raquelwandelli@yahoo.com.brraquelwandelli@reitoria.ufsc.br

Fones: 37219459 e 99110524 / www.secarte.ufsc.brwww.ufsc.br

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