Professores e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo participam do décimo Encontro Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), que ocorre de 8 a 10 de novembro em Curitiba (PR). Realizado desde 2003, o encontro é o maior evento da área no país e reúne os principais pesquisadores em jornalismo brasileiros. Além de 25 comunicações científicas aprovadas, o POSJOR participa da sessão de lançamento de livros com nove títulos:
- A programação de rádios públicas brasileiras – Valci Zuculoto
- As entrevistas na notícia de televisão – Cárlida Emerim
- Comunicação e comunidades virtuais: participação e colaboração – Rita Paulino
- No ar: a história da notícia de rádio no Brasil – Valci Zuculoto
- Jornalismo convergente: reflexões e experiências – Raquel Longhi e Carlos D’Andrea (organizadores)
- Reportagem, Pesquisa e Investigação – Rogério Christofoletti e Samuel Lima (organizadores)
- O segredo da pirâmide – Adelmo Genro Filho
- Pesquisa e pedagogia para um jornalismo que está por vir – Eduardo Meditsch
- Telejornalismo Imaginário – Antonio Brasil
Todos os títulos estão saindo pela Editora Insular. Além deles, outros dois mestres formados pelo Programa têm lançamentos agendados para o mesmo encontro: Aldo Antonio Schmitz (Fontes de notícias: ações e estratégias das fontes no jornalismo) e Juliana Teixeira (co-autora com Beatriz Becker e Lara Mateus de Pensando e Fazendo Jornalismo Audiovisual: a experiência do projeto TJ UFRJ).
:: Saiba mais sobre os livros
O segredo da pirâmide – Adelmo Genro Filho. Sexto volume da Série Jornalismo a Rigor que o Posjor-UFSC produz com a Editora Insular, é uma reedição da obra que dá origem a toda uma corrente de estudos que reivindica a construção de uma autêntica teoria do jornalismo no Brasil. O Segredo da Pirâmide se caracteriza por uma dupla ousadia ao propor uma teoria marxista do jornalismo: primeiro, ao demonstrar a insuficiência das teorias da comunicação para explicar a natureza e a especificidade do jornalismo; segundo, ao questionar a velha visão ideológica com que a esquerda dogmática sempre entendeu e se relacionou com a imprensa. Adelmo Genro Filho vislumbra um papel revolucionário para o jornalismo informativo como forma social de produção de conhecimento que, embora condicionado historicamente pelo capitalismo, possui potencialidade para ultrapassar este modo de produção. 25 anos depois de sua publicação original, este livro continua desafiando o senso comum, o profissional e o acadêmico.
Telejornalismo imaginário – Antonio Brasil. O presente livro é fruto de muitas reflexões desenvolvidas por Antonio Brasil em mais de 40 anos de atividade como jornalista. Os capítulos vão trazendo propostas de apropriação de linguagem e de modos produtivos costurados com a preocupação em alçar a imagem ao seu lugar de direito na rotina produtiva, demarcando o seu papel preponderante e fulcral na construção da informação televisiva. O telejornalismo imaginado é aquele que emprega com carinho e afeto o poder de exibir imagens do mundo, dos seres e das coisas do mundo. É por sobre esses caminhos da televisão eletrônica que se debruça o guerrilheiro das imagens Antônio Brasil, na perspectiva concreta de apresentar o papel da imagem nos noticiários televisivos com vistas a contribuir para a proposição de um conceito inovador de imagem, que insere a prática e a visualidade do videogame como um processo de construção de conhecimento e de sentido. O autor nos conduz pelos pixels imagéticos, perpassando a análise sobre as suas condições de produção, circulação e reconhecimento. E faz isso sem perder de vista sua grande preocupação: o registro concreto e efetivo das imagens e de seu papel na construção da notícia na televisão.
As entrevistas na notícia de televisão – Cárlida Emerim. O livro A Entrevista na Notícia de Televisão examina as diferentes funções estratégicas que a entrevista assume no percurso de construção discursiva da informação que se faz notícia via televisão. O estudo centra-se na análise de alguns programas veiculados em dois episódios específicos: Atentados Terroristas aos EUA, em 2001, e a guerra dos Estados Unidos contra o Iraque, em 2003, considerados, respectivamente, um acontecimento imprevisto e o outro previsto, em relação ao tratamento conferido à eles pela mídia televisiva. A análise das entrevistas, com metodologia de inspiração semiótica, propõe uma tipologia da entrevistas e sistematiza as funções por elas desempenhadas além de sugerir uma compreensão sobre o conceito da entrevista televisiva.
Reportagem, pesquisa e investigação – Rogério Christofoletti e Samuel Lima (orgs.). O jornalismo investigativo ganha, cada vez mais, importância e papel estratégico nas sociedades contemporâneas, na medida em que se transforma num instrumento dos cidadãos para conhecer mais, para ter acesso a informações insistentemente relegadas à obscuridade. No entanto, o jornalismo investigativo precisa buscar e aprimorar métodos de obtenção de dados, sistematização de informações, embalagem e difusão. Este livro reúne textos de jornalistas e pesquisadores brasileiros e argentinos que abordam a questão do método no jornalismo investigativo. Questões éticas, cenários e contextos, riscos profissionais e experiências acumuladas são abordados por nomes como Guillermo Mastrini, Sandra Crucianelli, Leandro Fortes, Daniela Arbex, Francisco José Castilhos Karam, Luciana Kraemer, Eduardo Meditsch, Antonio Brasil, Valci Zuculoto, Lila Luchessi, James Alberti, Mylton Severiano e Samuel Lima. O livro é um produto do 2º Seminário Brasil-Argentina de Pesquisa e Investigação em Jornalismo (Bapijor), ocorrido em abril de 2012 em Florianópolis.
Jornalismo Convergente: reflexões, apropriações, experiências – Raquel Longhi e Carlos D’Andrea (orgs.). Em suas várias acepções, a convergência traz inúmeros desafios e possibilidades para a produção de conteúdos jornalísticos, para a formação do profissional da área e para os veículos de comunicação, sejam eles iniciativas independentes ou grandes conglomerados de mídia. É dessa diversidade que emergem os trabalhos que compõem o livro “Jornalismo Convergente: reflexões, apropriações, experiências”. Organizado por Raquel Longhi (UFSC) e Carlos d´Andréa (UFMG), a obra é a terceiro publicação da rede de pesquisa em Jornalismo e Tecnologia (JorTec), que é vinculada à Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). Com colaboração de 17 pesquisadores vinculados a diferentes instituições de ensino e pesquisa, o livro editado pela Insular está dividido em três partes. Na Parte 1 – Reflexões, reunimos cinco artigos que concentram-se na problematização de questões teóricas e aplicadas sobre jornalismo e convergência na contemporaneidade. Na Parte 2 – Apropriações estão trabalhos que, a partir de diversificadas perspectivas teóricas e metodológicas, analisam variadas situações nas quais se evidenciam as práticas do jornalismo convergente. Fechando o livro, destacamos na Parte 3 – Experiências trabalhos que se dedicam a apresentar e discutir as iniciativas dos pesquisadores para colocar em prática as possibilidades tecnológicas e profissionais delineadas ao longo dos demais artigos desta publicação.
Pedagogia e Pesquisa para o Jornalismo que está por vir – Eduardo Meditsch. O livro marca os 30 anos de carreira acadêmica do autor reunindo textos e entrevistas sobre ensino e pesquisa publicados entre 1985 e 2012, além do documento final da Comissão de Especialistas com a proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Jornalismo produzido para o Ministério da Educação em 2009. Ao longo dos textos é reafirmada a importância da coerência entre a teoria e a prática no ensino de jornalismo, e desenvolvido um diagnóstico dos obstáculos que impedem a sua realização com a construção de uma autêntica ciência aplicada que dê suporte ao aprimoramento da profissão.
Comunicação e comunidades virtuais: participação e colaboração – Rita Paulino. As redes sociais e comunidades de prática (CoPs) são instrumentos de apoio aos processos comunicacionais da Gestão de Conhecimento nas organizações e sociedade. Dessa forma, há participantes que constroem conhecimento dividindo suas experiências, o que torna as redes um ambiente atraente para compartilhamento, geração e distribuição de novos conhecimentos. No entanto, um dos maiores problemas referentes a esse instrumento relatados na literatura diz respeito a como manter essas comunidades vivas e ativas ao longo do seu ciclo de vida, assegurando a participação e a motivação por parte de seus membros. À medida que uma comunidade cresce e torna-se mais diversa, subcomunidades naturalmente se formarão entre pessoas que partilham um interesse ou um propósito particular, contexto percebido nas redes sociais, que adotam as características de subcomunidades ou microcomunidades. As comunidades originam-se a partir das pessoas, de seu interesse e de sua participação. Com esse foco é que este livro faz uma reflexão sobre a importância da participação de membros mais ativos em comunidades e redes sociais. Sabendo-se da importância da participação das pessoas no contexto das comunidades e redes sociais, sugerimos caminhos manter a comunicação ativa e como proceder com essa participação em ambientes virtuais.
No ar: a história da notícia de rádio no Brasil – Valci Zuculoto. O livro conta a história da notícia de rádio nas emissoras brasileiras desde o advento do veículo no país, em 1922, até a contemporaneidade. Resgata os caminhos percorridos pelo radiojornalismo e sua notícia, a partir das primeiras experimentações do meio no início da década de 20, passando pela sua Era de Ouro, nas décadas de 40 e 50, até a atualidade do rádio digitalizado, emitindo nas ondas sonoras e na web, quando mais uma vez precisa reinventar-se. Apresenta, portanto, a construção e transformações na linguagem, modelos, formatos e técnicas da notícia radiofônica ao longo dos 90 anos de história do rádio no Brasil.
A programação de rádios públicas brasileiras – Valci Zuculoto. O livro apresenta uma recuperação histórica da construção das programações de emissoras de rádio brasileiras não comerciais estatais, educativas, culturais e universitárias. Emissoras que até o final dos anos 90 eram designadas como integrantes do sistema educativo de rádio e hoje, na sua maioria, colocam-se como estações públicas. É um estudo histórico-descritivo que evidencia modelos referenciais, principais concepções e linhas, além de programas destaques, que vêm orientando as grades de programação destas rádios ao longo dos mais de 70 anos de história que já construíram na radiodifusão brasileira. Está delimitado no período que se estende do advento do sistema educativo, em meados da década de 30 do século passado, até a primeira década dos anos 2000. Descreve e analisa de que maneira, sob quais influências, diretrizes e concepções as rádios não comerciais vêm estabelecendo e consolidando as suas programações, fase a fase da história deste grupo de emissoras, do início da sua história até a atualidade.
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