Inscrições para o Apoio Pedagógico

16/05/2011 08:19

Estão abertas até 20 de maio pelo site: www.apoiopedagogico.ufsc.br, as inscrições para as disciplinas do Apoio Pedagógico da UFSC para a segunda etapa do primeiro semestre de 2011. Início das aulas: 23 de maio para os estudantes do Campus de Florianópolis. As disciplinas oferecidas são  Biologia (ênfase em bioquímica e biologia celular), Física, Inglês, Matemática, Produção Textual e Química.
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Animal que habita o homem é tema de livro a ser lançado pela Editora da UFSC

14/05/2011 12:35

Pensar e escrever o animal, que será lançado no dia 16, no aniversário da Editora da UFSC, reúne pela primeira vez no Brasil o pensamento que propõe repensar o conceito de humano a partir da sua relação com outras espécies


Seja na metamorfose de um jovem em inseto ou no profundo mergulho interior de uma dona de casa ao encarar uma barata no armário, as artes e a literatura sempre tentaram esgarçar as grades com as quais a ciência e o comportamento antropocêntricos separam os homens das outras espécies. Meninos-pássaros, homem-jangada, esposas vegetais, mulher-pantera, pergaminho humano, matrix, avatares, indivíduos biônicos, água viva: o homem sempre experimentou existências híbridas no plano do imaginário, frutos do contágio e da contaminação.

Mesmo a ficção científica quando zoofóbica ou tecnofóbica manteve-se como linha de fuga, linguagem-refúgio para a existência de um ser além de classificações, irredutível, neutro, inumano. E seria preciso aludir ainda às lendas indígenas, à cultura oriental e à religiosidade pagã, onde o humano se pluraliza em outras formas de vida, desfilando guerreiros transformados em lua, noivas em nenúfar. É nesses lugares privilegiados de acesso ao imaginário e de projeção de mundos possíveis que as jaulas podem se abrir para que o humano encontre a natureza e a fera livre das amarras da pretensa racionalidade que sustenta a supremacia e a arrogância da espécie desde a idade média.

Essas experimentações do imaginário finalmente ecoaram para a ciência. Só no século XX e sobretudo neste século, quando as fronteiras entre o animal, o humano e a máquina foram mais seriamente tensionadas, parte emergente dela decidiu colocar em xeque os parâmetros em torno do conceito de humano com base no que supunha saber sobre os animais e outras espécies. Fruto de uma parceria entre a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina e a Fapemig, a obra Pensar/Escrever o Animal; ensaios de zoopoética e biopolítica vem a público com esse propósito. O lançamento em Florianópolis está marcado para segunda-feira (16), às 17 horas, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, como parte das comemorações dos 30 anos da editora promovidas pela Secretaria de Cultura e Arte. Organizada pela professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Esther Maciel, a obra é a primeira publicação no Brasil que expressa o pensamento contemporâneo multidisciplinar em torno de uma das questões mais emergentes da atualidade: a superação do antropocentrismo.

Lançado na última semana com grande impacto em Belo Horizonte, o compêndio de 421 páginas reexamina a relação do homem com outras formas de vida e o impacto dessa relação na própria concepção clássica de ser humano. Em torno dessa temática gravitam 20 ensaios inéditos de grandes especialistas internacionais traduzidos para o português, como  Dominique Lestel e Donna Haraway, que fecha a obra empreendendo uma criativa e instigante conversa com Sandra Azeredo, além de textos de ensaístas brasileiros, como  Benedito Nunes, um dos maiores estudiosos da literatura moderna brasileira,  Márcio Selligmann-Silva e Raúl Antelo (UFSC). Inscritos na confluência entre os chamados “estudos animais” e diversas outras áreas, como filosofia, ontologia, religião, literatura, artes, etologia, biologia, arqueologia, antropologia, zoologia, biopolítica e estudos de gênero, os ensaios abordam pesquisas científicas recentes e leituras diferenciadas na perspectiva utópica (ideal?) de uma ética do inumano ou do pós-humano, que seria um mundo sem gêneros.

No artigo de abertura, “O animal e o primitivo: os outros de nossa cultura”, Benedito Nunes cria para o tratamento dos animais a alegoria de “prisioneiros de guerra”, de cuja vida o soberano pode dispor. Afirma que o paradigma cartesiano, pelo qual o animal é “um corpo sem alma” ou simples mecanismo a serviço do homem, tem justificado o sofrimento de inúmeras espécies. O tratamento “humano” ignora que o nosso “outro mais estranho” também é portador de sistema nervoso e de estímulos dolorosos. Nunes sustenta que a libertação do animal significa a libertação do homem da crueldade e defende que o apego atual aos artefatos tecnológicos canaliza o vínculo afetivo recalcado com espécies hoje inferiorizadas, mas amadas e cultuadas por povos ancestrais e ditos primitivos. Os ensaios fazem alusão a comunidades híbridas, onde homens e animais convivem em condições de igualdade. Ainda mais impactante e surpreendente é o ensaio de Dominique Lestel, que despretensiosamente vai pondo abaixo tudo o que compreendemos como característico e específico do homem (a linguagem, o artefato, a cooperação), propondo estabelecer o estatuto do homem mais pelas semelhanças com outras formas de vida do que pelos seus contrastes.

O movimento de animalização do ser humano na literatura e nas artes não é atribuído por esses filósofos à inferiorização metafórica dos animais, nem a uma mera apologia da natureza, mas antes a uma necessidade visceral e recalcada de libertar o próprio homem das amarras de ser homem oprimindo as outras espécies. E o faz ruminar no inconsciente os ecos da maldade antropocêntica, como no poema de Eucanaã Ferraz, analisado pela autora Esther Maciel: “Que nos pergunta o boi/ desde o silêncio e sobre este/ seu estrume, flor extrema?/Que nos pergunta em sua/ Ronda infinita desde/ O dorso de um vaso/ Sua pergunta redonda desde/O afresco em ruínas desabando/ […] Interroga/ sobre nós talvez, como se dele fôramos/ o seu mistério, seu tempo, seu espaço,/ cerne hostil de sua compreensão/ do mundo e de si mesmo”.

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Maria Esther: "Amar os animais é um aprendizado de humanidade"

“No futuro não conheceremos mais os animais e haverá menos vida”

Entrevista: Maria Esther Maciel

Da visão antropocêntrica e especista do mundo advêm todas as formas de opressão, acreditam os pensadores dos chamados Estudos Animais: do homem contra as demais espécies, do homem contra a natureza, os demais gêneros, as raça e classes subalternas, enfim, do homem contra os seus “outros”. Professora de literatura na Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Esther Maciel concedeu esta entrevista sobre a obra Pensar/escrever o animal, ensaios de zoopoéticas e biopolítica, publicada pela UFSC. Autora, entre outras obras, de O animal escrito: um olhar sobre a zooliteratura contemporânea, ela acredita que no futuro não haverá mais animais em sua forma plena de existência. Esse desaparecimento implica em todas as conseqüências de perda de vida e oportunidade de o homem estar diante do seu outro absoluto. “Haverá uma destruição em larga escala das espécies selvagens. As futuras gerações só conhecerão animais de estimação excessivamente humanizados e domesticados ou ainda animais para consumo, com vida curta e reproduzidos nas piores condições de sobrevivência”.

1 – Como você situa dentro do pensamento contemporâneo o movimento inserido nessa obra que se propõe a refletir sobre as questões da animalidade?

Ela parte de duas instâncias:  de um lado a reflexão sobre  animais e a animalidade, de outro  as relações entre humanos e outras formas de vidas. Esse tema tem estado em evidência em vários campos do conhecimento, sobretudo, na Europa, América do Norte e Austrália, onde é uma questão muito viva. Envolve estudos na área de zoologia, filosofia, literatura, artes, antropologia, ecologia, compondo um novo campo multidisciplinar chamado Estudos Animais. Esse livro é uma primeira tentativa de colaborar para a construção desse campo de estudos no Brasil. É o primeiro livro no país que busca essa abordagem transdisciplinar da questão animal dentro do pensamento contemporâneo.


2 – Quem são os precursores desse pensamento?

Derrida, com seus antológicos escritos sobre o animal. As abordagens biopolítica de Agamben, com O aberto, e bioética de Peter Singer, autor de A Libertação animal; Deleuze, com o conceito de devir-animal; Foucault ao investigar a relação entre animalidade e loucura; Bataille e a exploração do erotismo, Donna Haraway, com o conceito de “companion species” enfim, autores de diversas áreas que realizam estudos importantes sobre animalidade e as relações entre humano e animal ajudam a compor essa crítica na direção de um pensamento pós-humano.


3 – O que estaria no âmago do antropocentrismo?

Trata-se de um sentimento de soberania e superioridade humana, que leva à inferiorização das demais espécies, promovendo a associação dos “outros humanos” aos “outros animais”. O antropocentrismo hierarquiza e tiraniza por sua potência não só as espécies diferentes, mas os próprios humanos, subjugando os que são tidos como inferiores e por isso podem ser mortos. O poder soberano delibera sobre a vida e a morte desses grupos de pessoas relegadas ao lugar de prisioneiros de guerra, como fez o nazismo, como faz o imperialismo, ao anular esses seres humanos associando-os aos animais. Em síntese, a maneira como o homem soberano trata os animais, na qual tudo é permitido, é transposta para as relações humanas nesse exercício de poder em que se pode dispor da vida do outro e determiná-la.


4 – O que há de novo nessa retomada da crítica ao antropocentrismo e à racionalidade humana?

Pela primeira vez estamos nos deixando perturbar pela presença do animal.  Nessa “reviravolta animal”, estamos deixando que surja esse outro do próprio homem, que foi excluído, desprezado, em nome da máquina antropocêntrica. O animal volta como referência para se repensar o conceito de humano e as relações entre humanos e não-humanos.


5 – Aliás, a questão da animalidade ganhou impacto quando o filósofo francês Jacques Derrida  publicou O animal que eu sou, partindo da perturbação pessoal que lhe causava o olhar de seu gato e chamando atenção para o fato emblemático de que até então a filosofia ocidental nunca havia refletido sobre como pode o animal olhar o homem…

Derrida faz uma crítica radical a uma linhagem da filosofia em que se inscrevem Aristóteles, Descartes, Heidegger, Levinas, dentre outros, que analisam o homem partindo de um ponto de vista antropocêntrico e definindo os chamados “próprios do homem”, ou seja, as propriedades específicas dos humanos em relação aos outros animais. Derrida fala da importância dessa questão para a filosofia contemporânea e, a partir de um outro olhar, busca desestabilizar um conceito clássico de humanismo.


6 – Mas afinal, porque a humanidade precisa pensar sua animalidade?

Aproximar-se do animal é se tornar mais animal. Amar os animais é um aprendizado de  humanidade. O homem pode se pluralizar com essa relação. É a forma mais radical de alteridade. Recuperar a animalidade é o sentido de recuperação do humano, porque o animal não se dissocia da humanidade.  Há certa necessidade atávica de recuperar uma animalidade perdida.


7 – E como você vê  a emergência política dessa temática para a sociedade como um todo?

De um lado, há uma questão contextual concreta, relacionada às grandes catástrofes ecológicas a despertarem a consciência em relação à natureza e ao equilíbrio entre todas as formas de vida. Por outro, a própria crise do conceito de razão como elemento dissociado, diferenciador próprio do humano, capaz de dar a ele o poder sobre as demais espécies. Estamos vivendo uma crise da filosofia, da maneira de pensar nosso ser e estar no mundo em relação ao que nos cerca. Trata-se de reconfigurar o próprio estatuto do humano.


8 – Em síntese, quando e como a ciência estabeleceu a cisão entre homens e animais?

É difícil dizer, porque animalidade não é algo que se possa definir com precisão.  A cisão se deu muito com o triunfo da razão cartesiana, que legitimou a superioridade humana e propiciou as relações de domínio dos homens sobre demais viventes. Essa cisão deixou o humano desprovido de algo que é inerente à nossa condição animal e pode potencializar nossa relação com o outro, os outros. Na verdade, o ser humano não tem ainda a consciência de que faz parte de uma comunidade híbrida inter-espécies. Essa consciência passa pelas questões ecológicas, mas também pela crise da idéia de humano em função das novas tecnologias, da vida artificial, das próteses que funcionam como extensões do corpo e provocam uma crise no conceito de humano enquanto espécie separada das outras formas de vida e mesmo das coisas e dos artefatos tecnológicos.


9 – Em grande medida, tudo o que a ciência definiu sobre o homem o fez em contraste ao que pressupõe como suas vantagens sobre o animal. Mas nós sabemos quem é o animal?

Somos totalmente ignorantes em relação ao animal, que é um estranho por excelência, pois como imaginar o que o animal sente, pensa ou é? Não há linguagem comum que permita esse conhecimento. Os estudos da animalidade estão atentos às descobertas recentes da etologia sobre as qualidades dos seres não humanos em termos de inteligência, de sensibilidade, de atributos que eram tidos como humanos. Hoje esses estudos de comportamento do animal têm revelado propriedades impressionantes nos animais.


10 – Inclusive no campo da linguagem, que é um limite demarcado como o que distingue o humano por excelência?

Sim, há um campo exploratório pensando o animal também como um ser de linguagem. É o campo da zoosemiótica que está em expansão no leste europeu com imbricações na lingüística e na semiótica.


11 – A ciência e o pensamento cartesiano ocidental se sustentam na distinção do humano, mas a literatura, as artes, as culturas pagãs e primitivas nunca se restringiram a essa prisão do homem como um ser absoluto que domina o mundo. Todos são povoados por personagens e figuras míticas que experimentam formas híbridas entre humanos, animais, vegetais, máquinas…

Sim, inclusive através da literatura é possível traçar a história do animal e de sua relação com o homem. Desde as fábulas de Esopo, desde os gregos antigos, os animais aparecem na literatura de diferentes maneiras: antropormofizados, alegorizados, metaforizados ou como personagens merecedores de consideração enquanto outros que sentem, sofrem e compartilham nosso espaço no mundo. Em geral, a literatura ficou muito voltada para a metáfora pejorativa ou fantástica do animal. O animal, nesse caso, sempre usado como metáfora do humano, como ponto de partida para um projeto humano e o homem sempre no foco. Desde os gregos, passando pela idade média, o animal literário foi colocado a serviço do humano. A mudança de parâmetro se deu na idade moderna, em função da teoria darwiniana que questiona o criacionismo e marca as origens animais do homem. Depois, os avanços da ciência do animal fizeram com que ele aparecesse em sua autonomia e relevância enquanto ser vivo (e não apenas como primitivo do homem). Surge também na literatura uma tentativa de exercitar, por vias poéticas e ficcionais, a animalidade.


12 – Mas paralelamente há  um movimento de exclusão e demonização da animalidade nos séculos XVIII e XIX…

De fato, isso tem a ver com uma mentalidade religiosa muito puritana de sacralização da espécie humana. O catolicismo oficial contribuiu muito para a renegação do animal e para a fixação desse estigma que o relega à inferioridade, violência, irracionalidade, loucura, sexualidade, perversão. Os animais são os que não têm alma. Esse especismo religioso teve repercussão simbólica na literatura com o surgimento de híbridos entre formas humanas e animais. Também o moralismo puritanista do século XIX propiciou a emergência dessas bestas na literatura, revelando uma animalidade recalcada, que vem do imaginário como monstruosa e ameaçadora. O que, na verdade, é um retorno a um momento da idade média, em que a repressão  à animalidade e aos mitos pagãos provocou essa composição ameaçadora e recalcada do animal. Hoje os vampiros e os lobisomens retornaram à cena na ficção literária e cinematográfica, mas esvaziadas de sua animalidade.


13 – Sim, são formas híbridas domesticadas, controladas, que fazem sucesso pelo seu aspecto bizarro, mas não abalam o antropocentrismo… Muito diferente da experiência perturbadora que vivenciamos, por exemplo, com a leitura de Paixão segundo G.H, de Clarice Lispector…

Ocorre que a partir de Darwin, de uma série de mudanças de paradigmas e questionamentos da própria ciência e da razão, houve uma tentativa de recuperar a animalidade de forma menos agressiva.  Aí temos Kafka e Virginia Woolf, que são o pilar da alteridade animal na literatura universal. E temos Clarice Lispector, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, que nos mergulham no mundo animal sob todas as perspectivas, desde a ênfase às possibilidades de vínculos afetivos, passando pela crítica ao antropocentrismo até o exercício propriamente dito da animalidade, com personagens que fazem o trânsito para a condição animal.


14 – Você acredita que um dia olharemos para trás e pensaremos na relação predatória das outras espécies com a vergonha e a perplexidade que hoje temos ao examinar crimes naturalizados no passado, como a escravidão dos negros pelo ocidente?

Acho uma expectativa um pouco utópica. Infelizmente minha expectativa é que em breve não haverá  mais animal enquanto o outro que proporciona uma experiência radical de alteridade. Os que vão persistir são os do zoológico e os produzidos para consumo de alimentos, numa reprodução em série e cruel, dentro do pior do sistema capitalista. Acredito que, de um lado, haverá uma destruição avassaladora da vida animal selvagem e livre, em paralelo à humanização excessiva dos animais de estimação e, por outro, essa produção massiva de viventes em condições bárbaras, seres de vida curta e programada, nascidos para serem mortos deliberadamente.


15 – E qual a conseqüência para a humanidade do desaparecimento dessa condição mais plena do animal com o desafio e o mistério que oferece?

Se os animais desaparecem, o mundo perde vida e o homem perde a oportunidade de aprender o que é  esse outro e assim de conhecer a si mesmo e as suas potencialidades.

Por Raquel Wandelli/ Jornalista na SeCArte

Matéria publicada no Diário Catarinense

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Medicina perde grande pesquisador, pai do reitor Alvaro Prata

14/05/2011 10:53

Faleceu na sexta-feira, às 15h30, em Uberaba (Minas Gerais), aos 91 anos, o pai do reitor Alvaro Prata. Aloísio Rosa Prata, médico laureado, professor universitário, membro da Associação Brasileira de Medicina, é reconhecido como um dos maiores especialistas do Brasil em doenças tropicais. A medicina e a saúde pública perderam um grande pesquisador, mas Aloísio deixou inestimável legado intelectual em centenas de artigos publicados no Brasil e no exterior e nas mais de 50 teses que orientou.

O corpo está sendo velado no anfiteatro da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, a qual lhe conferiu o título de Doutor Honoris Causa. O reitor já está em Uberaba, para onde viajou logo ao receber a notícia. Em nome da comunidade universitária, o gabinete da UFSC enviou coroas de flores à família em homenagem a Aloísio Prata, que será enterrado às 18 horas deste sábado, 14. O respeito e a admiração do reitor pelo pai ficaram gravados na lembrança de todos os que assistiram o emocionado momento de sua posse, há três anos, quando encerrou o discurso chorando ao dedicar a ele o desafio que assumia à frente da Universidade Federal de Santa Catarina.

Por Raquel Wandelli / Jornalista da UFSC na SeCArte

Morre especialista e pesquisador de doenças tropicais
O especialista e professor em doenças tropicais, professor Aluízio Rosa Prata, morreu ontem, aos 91 anos. Ele se formou em medicina em 1945, pela antiga Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil – FNM/UB. Ele ingressou na Armada como clínico geral e exerceu a atividades de médico comunitário e sempre dedicou a clínica médica, com especial interesse pela subespecialidade de doenças infecciosas e parasitárias.
Aluízio também foi professor catedrático e livre docente pela Universidade Federal da Bahia, professor titular e professor emérito da Universidade de Brasília, professor titular e doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), membro da Academia Nacional de Medicina, membro da Academia Mineira de Medicina, bem como foi laureado pela Royal Society Tropical Medicine, do Reino Unido, da Grã Bretanha, entre inúmeros outros títulos e medalhas nas associações médicas. “Meu irmão recebeu inúmeros outros títulos de entidades médicas no Brasil, Europa, Ásia, Africa, América do Norte, Central e Sul”, emociona-se o seu irmão João Prata.

João Prata ainda informou que ele foi membro de muitas organizações mundiais de saúde e Organização Pan-americana de Saúde e do Ministério de Saúde e Educação. “O meu irmão tem 530 trabalhos publicados, em revistas do Brasil e no exterior. Ele orientou mais de 50 teses de mestrados e doutorado de cientistas brasileiros e internacionais. Aluízio também criou 7 áreas de pesquisas em medicina tropical no estado da Bahia, 2 no estado de Rondônia, 7 em Minas Gerais e 1 na Bolívia. Meu irmão coordenou estudos por vários anos e tinha como meta de vida levar progresso científico e social”, conta.
O professor Aluizio foi casado com Martha Toubes Prata com quem teve três filhos: engenheiro Aluísio Prata Júnior, professor da universidade de Califórnia; engenheiro Alvaro Toubes Prata, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina; e Martha Maria Toubes Prata, professora da UFTM, além de 7 netos. Os irmãos são: Deize Rosa Prata; Arnaldo Rosa Prata, ex-prefeito de Uberaba, ex-deputado federal e secretário de Estado de Minas Gerais; Dila Prata Andrade; Maria Délia Prata Andrade; João Antônio Prata, médico oftalmologista em Uberaba e vice-presidente da ABCZ. O velório está sendo realizado no Anfiteatro “A” da UFTM e o funeral sairá às 18h. (LR)

Fonte: Jornal de Uberaba

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RU é destaque no UFSC Entrevista

13/05/2011 22:22

O UFSC Entrevista, que vai ao ar na segunda-feira, 16, às 21h30, tem a diretora do Restaurante Universitário da UFSC, Deise de Oliveira Rita como convidada. Ela  fala sobre a obra de ampliação que está em andamento e outros procedimentos de melhoria do restaurante para o futuro.

Na próxima quinta-feira, dia 19, o programa Primeiro Plano da TV UFSC vai apresentar a reportagem “Além do Limite”. Produzido como Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo de Karina Della Giustina , o vídeo mostra a história de pessoas que complementaram o tratamento de suas doenças através do equilíbrio psicológico e espiritual. A reportagem tem depoimentos de pacientes do Centro de Apoio ao Paciente com Câncer, médicos e voluntários. O Primeiro Plano vai ao ar na quinta-feira, às 20h30.

Na noite desse domingo, dia 15, o filme escolhido para passar na Sessão Cinema é o “Livre e Fácil”. A Comédia de 1930 é dirigida por Edward Sedgwick. Na história, a srta. Elvira Plunkett vai tentar a sorte em Hollywood após ter sido eleita a miss Gopher City. À caminho da cidade, acompanhada de sua mãe e de seu atrapalhado e apaixonado empresário, Elvira conhece o astro de cinema Larry Mitchell, que promete ajudá-la a encontrar os diretores de um grande estúdio de Cinema. O Sessão Cinema é exibido às 19h30.

A TV UFSC pode ser sintonizada no canal 15 da NET. Informações: www.tv.ufsc.br.

As calças jeans e as camisetas convivem bem com a tinta preta no rosto. Os flashes insistentes incomodam alguns, e os sorrisos não saem tão fácil dos adultos, mas há crianças que se postam em frente às câmeras, e jovens de penteado moicano com máquinas e filmadoras nas mãos, como que a revidar fazendo suas próprias imagens. A segunda aula magna do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da UFSC, que aconteceu na quarta, 11/05, reuniu reitor, pró-reitores, professores, estudantes, autoridades e os alunos de tribos Kaigáng, Xokleng e Guarani, que retornam agora à Universidade após dois meses nas comunidades colocando em prática o que aprenderam no curso em seus primeiros trinta dias.
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Aula magna de Licenciatura Indígena põe em pauta a diversidade

13/05/2011 21:26

As calças jeans e as camisetas convivem bem com a tinta preta no rosto. Os flashes insistentes incomodam alguns, e os sorrisos não saem tão fácil dos adultos, mas há crianças que se postam em frente às câmeras, e jovens de penteado moicano com máquinas e filmadoras nas mãos, como que a revidar fazendo suas próprias imagens. A segunda aula magna do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da UFSC, que aconteceu na quarta, 11/05, reuniu reitor, pró-reitores, professores, estudantes, autoridades e os alunos de tribos Kaigáng, Xokleng e Guarani, que retornam agora à Universidade após dois meses nas comunidades colocando em prática o que aprenderam no curso em seus primeiros trinta dias.

A data teve programação durante toda a quarta: de manhã, os alunos se reuniram com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas Meira, quando reivindicaram bolsas de estudos para que possam permanecer na Universidade e concluir o curso, e, às 18h, no hall da Reitoria, foi aberta a exposição “Guarani, Kaigáng e Xokleng – Atualidades e Memórias do Sul da Mata Atlântica”.

A mesa de abertura contou com a presença do reitor Alvaro Prata; do presidente da Funai; da diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) Roselane Neckel e da coordenadora do curso Ana Lúcia Vulfe Nötzold. A mesa de debates foi composta pela pesquisadora do Laboratório de Etnologia Indígena Maria Dorothea Darella; o coordenador-geral da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Gersem José dos Santos Luciano (Baniwa), e a procuradora da República em Santa Catarina Analúcia de Andrade Hartmann.

Multiplicando as transformações

A solenidade foi ao encontro do que Gersem defende: que o curso transforma seus alunos, mas também a sociedade e a Universidade. O hino nacional foi cantado por alunos Kaigáng – metade entoado em sua língua nativa e a outra metade em português; houve espaço à homenagem a Natalino Crespo – feita de acordo com as tradições de sua tribo – companheiro que os incentivou a ingressar no curso e que faleceu no dia 02/03, e o mestre de cerimônias não deixou de lado os caciques, quando registrou a presença das autoridades. Os detalhes demonstram as modificações sutis que a Universidade começa a ensaiar.

“A UFSC não estava e nem está preparada para recebê-los. Mas a forma de nos adequar é vivenciar e aprender, aperfeiçoar a cada dia”, atesta o reitor. “Faço dois pedidos: que tenham compaixão com a nossa instituição, perdoando nossas falhas, apesar de nossa boa vontade, e que exultem-se a si próprios, sendo bons alunos”.

O curso, que vinha sendo gerado desde 2007 pela Comissão Interinstitucional para Educação Superior Indígena (Ciesi, formada por integrantes da UFSC, organizações representantes dos povos indígenas e entidades parceiras), é um dos 26 do Brasil oferecido exclusivamente aos povos indígenas, e ajuda a somar cerca de oito mil índios no ensino superior. O presidente da Funai explica que esse número só tende a crescer. “De acordo com o IBGE, temos hoje no país cerca de 817 mil índios”. Isso significa que nos últimos dez anos a população indígena cresceu mais de 10%, número superior aos das pessoas que se declaram brancas, negras ou pardas. “Já escutei muito, também em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a frase ‘aqui não tem índio’. Por isso o curso vai além da educação: é também político. E essas novas gerações que fizerem o ensino superior poderão contribuir de forma mais efetiva com a construção do país”, defende.

Igualdade nas diferenças

A professora Roselane ratifica a fala de Márcio: “este momento significa a inclusão desses cidadãos na sociedade, a partir de seu ingresso na Universidade”. A diretora do CFH vai além. “Em um país de diferenças tão profundas, não podemos tratar da mesma forma a todos, como se todos tivessem condições iguais”, afirmou, mencionando em seguida as políticas públicas de permanência que a Universidade destina a alunos oriundos de escolas públicas, negros e indígenas, e reafirmando a disposição da UFSC em buscar meios de viabilizar, junto com a Funai, bolsas de estudos a esses alunos.

A equidade também foi mencionada por Analúcia, que ainda relembrou o saudoso professor Sílvio Coelho dos Santos como orientador nos estudos das questões indígenas – homenageado anteriormente pela professora Dorothéa, que o apontou como baluarte da antropologia em questões da área. “Quando trabalhei junto a tribos, contava-se nos dedos quantos falavam fluentemente o Kaigáng. ‘Só se pegarmos à força esses indiozinhos’, me diziam os mais velhos. Não existia a valorização dos índios e de sua cultura”. Hoje, de acordo com a procuradora, a Secretaria de Educação de SC já reconhece as diferenças e as estimula, orientando escolas e professores. “Agora os alunos são liberados para os cultos junto com seus pajés, e há horários e merendas diferenciados”, relata.

Dos índios para os índios

Doutor em Antropologia Social, Gersem Baniwa faz parte da primeira leva de professores de dedicação exclusiva da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que leciona nos cursos de Licenciatura Indígena em Políticas Educacionais e Desenvolvimento Comunitário e Formação de Professores Indígenas. O docente analisa a valorização de sua cultura. “Sempre me perguntei quantos eram os portugueses que desembarcaram no Brasil, e qual o número de indígenas que havia aqui para recebê-los, e a resposta me parece óbvia. Em nenhum momento os índios foram capazes de se articular para enfrentar o inimigo comum. E nisso se passaram cinco séculos. Apenas na década de 1970 se iniciaram as primeiras reações mais conscientes dentro dessa relação histórica de dominação”. “Nenhuma política”, continua, “tem sido implantada porque o Brasil mudou sua percepção de mundo, e sim porque os povos indígenas tomaram outra atitude, e o ensino superior faz parte dessa reação”.

Gersem confessa que o magistério voltado ao índio está em processo de construção. “Ainda não tenho clareza do que fazer em sala de aula. A escola foi inventada pelo mundo branco para atender às necessidades de industrialização e mercantilização, e talvez seja um erro adaptá-la às demandas indígenas”.

Há menos de uma década atuando como categoria, os professores indígenas talvez busquem o meio termo. “A responsabilidade é grande. Como se define uma escola intercultural? Tem povos que nos cobram o ensino da língua nativa, mas não conheço índio que não queira aprender sobre as novas tecnologias. E será que ensinar português vai ser bom para esses povos? Tem quem ache que o índio que fala bem o português já não é mais índio”, problematiza.

O duelo entre o novo e o antigo, no entanto, parece se desfazer a partir da visão do professor. “Há pessoas acreditando que a tradição e a modernidade são incompatíveis. Isso é um problema para os pensadores, porque os índios já resolveram a questão. Para eles, o caminho é a complementaridade: não conheço povo indígena que, já tendo contato com a cultura do homem branco, abdique do direito de frequentar uma escola”.

Gersem ainda enfatizou o caráter social que a educação tem para sua gente. “Os índios são pragmáticos: quem vai à escola deve voltar sabendo fazer sabão, anzol, construir roupas, senão significa que não aprendeu direito. O estudo tem como objetivo melhorar a comunidade”.

Pinturas, danças e direitos

Van (que em Xokleng significa taquara), tem sete anos e foi a atração da cerimônia para os fotógrafos. Com adereço de cisal no cabelo, pintura preta no rosto e usando saia de palha, balançava de tempos em tempos um chocalho de cabaça e passava com a mãe Walderes a música que cantaria junto ao grupo logo depois do evento.

Aos 26 anos, Walderes cria a sobrinha Van como filha, e a deixa com a mãe em José Boiteux, onde se localiza a tribo Laklãno, quando fica em Florianópolis para assistir às aulas. “Agora estou mais tranquila porque ela veio comigo para a apresentação, mas no primeiro mês foi mais difícil”, relata.

Formada em Letras Português/Espanhol em uma universidade de Indaial, a Xokleng afirma que estudar, agora, está bem mais fácil. “Quando fiz a primeira faculdade, com minha mãe, havia vezes em que dormíamos no ponto de ônibus, e no outro dia tomávamos banho na própria universidade, porque não havia dinheiro para voltar para casa. Aqui tem sido bem diferente”, comemora.

Questionada sobre a diferença entre os Xokleng, Kaigáng e Guarani, ela se vira e aponta: “Olha só a pintura. Cada um faz desenhos diferentes, e cada etnia possui suas próprias músicas e danças”, explica, contando que sua tribo, que habita um terreno de cerca de 14 mil hectares, abriga as três etnias.  “Conheci professores de geografia e história que se referiam ‘aos índios’ apenas. Mas há grandes diferenças em relação aos costumes e tradições”. Walderes pretende seguir Licenciatura em Humanidades, com ênfase em Direitos Indígenas. “Hoje estamos reivindicando a redemarcação de nossas terras. Quero lutar pelas causas indígenas”.

Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom
Fotos: Pâmela Carbonari / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Seminário discute recuperação da ponte Hercílio Luz

13/05/2011 17:33

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

Um dia antes do aniversário de 85 anos da ponte Hercílio Luz, comemorado nesta sexta-feira, 13 de maio, foi realizado no Auditório da Reitoria da UFSC o III Seminário sobre a Recuperação da Ponte Hercílio Luz. Com o lema “Nosso símbolo, nosso orgulho”, o evento reuniu o vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva, consultores do projeto de recuperação da ponte, engenheiros e representantes governamentais, como o secretário de Estado da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (DEINFRA), Paulo Meller, e o representante do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Mário Alves, que discutiram a importância da restauração, questões técnicas da construção e participaram de um debate sobre a viabilidade da obra.

O evento começou às 9h com o anúncio do Secretário de Estado de Infraestrutura de que nesta sexta será entregue ao governador Raimundo Colombo um projeto para captar recursos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. A iniciativa é essencial para dar continuidade à obra de restauração, já que o governo não possui os $ 170 milhões orçados. O secretário falou também que está criada uma comissão de acompanhamento da obra, com representantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da UFSC, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Assembleia Legislativa (ALESC). “Estamos dando à ponte a importância que ela tem”, disse, e ressaltou que esta não é uma obra só de infraestrutura, mas de recuperação de patrimônio, já que a ponte pode ser considerada um monumento e símbolo de Santa Catarina.

O pronunciamento de Cobalchini foi complementado pelo técnico do IPHAN Mário Alves, que resgatou a importância histórica da ponte na consolidação de Florianópolis como capital do estado e criticou a associação da imagem da ponte com a falta de mobilidade na cidade.

Após a exibição do documentário Ponte Hercílio Luz Patrimônio da Humanidade, de Zeca Pires, o consultor internacional do Projeto de Recuperação da Ponte Hercílio Luz, Khaled Mahmoud, o consultor nacional Jür Jewe Maertens e o coordenador das obras Cássio Magalhães se reuniram na palestra ´A Situação Atual da Ponte Hercílio Luz e os caminhos para se colocar a Ponte em segurança´. Mahmoud falou dos problemas de conservação, como o excesso de fissuras e corrosão nas chapas de apoio, e explicou como será feito o novo sistema de suspensão. Para mostrar a importância da restauração da ponte Hercílio Luz, ele mostrou imagens de outras pontes que são símbolos de cidades, como a ponte do Brooklyn, em Nova Iorque, e questionou: “Quantas cidades no mundo podem contar com uma estrutura, um monumento, como a ponte Hercílio Luz?”.

O debate teve a participação dos professores da UFSC de Engenharia Civil Ivo Padaratz e Moacir Carqueja, de Arquitetura Mário César Coelho e de Engenharia Mecânica Honorato Tomelin, além do presidente do DEINFRA, Paulo Meller. Os únicos que se posicionaram contra a restauração da ponte e levantaram questões sobre necessidade da obra quando faltam recursos para outras melhorias em infraestrutura e manutenção das outras duas pontes foram os professores Padaratz e Carqueja. “A obra de recuperação me parece um saco sem fundo, agora são R$ 170 milhões, mas quem garante que vai ficar só nisso mesmo?”, questionou Padaratz. O presidente do DEINFRA reconheceu que “ninguém pode atestar que não haverá surpresas pela frente”, mas disse que tem certeza que existe capacidade técnica para restaurá-la e que isso deverá ser feito.

Marília Marasciulo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Foto de capa: Coleção Rogério Santana

Tags: Ponte Hercílio Luz

Curso: Como deixar de fumar em cinco dias

13/05/2011 16:42

Acontece entre os dias 30/05 e 03/06 o curso Como deixar de fumar em cinco dias.  As inscrições devem ser feitas através do e-mail jsouza@mtm.ufsc.br e as aulas acontecem no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), das 20h às 21h30.

O curso, gratuito e aberto à comunidade, existe desde 2002 e é coordenado pelo professor da UFSC Joel Souza.

Mais informações: 9142-1303.

9ª Semana de Museus traz filmes e debates a partir de segunda

13/05/2011 16:21

Tem início na segunda, 16/05, e segue até a sexta, 20/05,  o Ciclo de Cinema: Museu, Memória e Patrimônio, que acontece dentro da 9a. Semana de Museus – Museu e Memória. O evento será realizado no Auditório do Museu Universitário, sempre das 16h às 18h30, e tem entrada gratuita, sendo aberto à comunidade. Aos alunos serão fornecidos certificados.

Mais informações:  (48) 3721-8604,  3721-9325 ou ufsc.mu.museologia@gmail.com.

PROGRAMAÇÃO

Segunda-feira (16/05)

Filme: Tapete Vermelho – Brasil, 100min, 2006

Direção : Luiz Alberto Pereira.

Debate com Profª Dr.ª Leila Ribeiro (UNIRIO)

Terça-feira (17/05)

Filme: Cerveja Falada (15 minutos).

Direção: Demétrio Panaroto, Luiz Henrique Cudo e Guto Lima.

Debatedores: Guto Lima e Fernando Boppré

Quarta-feira: (18/05)

Filme: Franklin Cascaes

Debatedores: Edina de Marco e José Rafael Mamigonian

Quinta-feira: (19/05)

Filme: Museus do Rio  (60 minutos)

Direção: Regina Abreu

Debatedoras: Profª Evelyn Zea e Profª. Letícia Nedel – UFSC

Sexta-feira: (20/05)

Filme: Tecido Memória (70 minutos)

Direção: José Sérgio Leite Lopes, Rosilene Alvim e Celso Brandão.

Debatedor: Prof. Alex Valim e Prof. Rafael Devos – UFSC

Tags: cinemamuseologia

História da Justiça Criminal na AL é tema de palestra

13/05/2011 14:59

Na terça, 24/05, o professor Osvaldo Barreneche, da Universidad Nacional de La Plata (Argentina) irá ministrar palestra sobre a História da Justiça Criminal na América Latina. O evento acontece às 8h50, no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas. As inscrições podem ser feitas no local da palestra. A visita do professor Barreneche também tem como objetivo oficializar a incorporção do Núcleo de Pesquisa Direito e Fraternidade à Red Universitaria para El Estudio de la Fraternidad (RUEF).

Informações: (48) 3721-9479 ou 3721-9372.


Iniciam na segunda as inscrições para o Projeto Amanhecer

13/05/2011 14:47

O Projeto Amanhecer do Hospital Universitário (HU) da UFSC abre na segunda-feira, 16/05 – e prossegue até a quarta, 18/05, as inscrições para suas terapias complementares. Para fazer a inscrição o interessado deve ir até o Projeto Amanhecer no HU, das 8h às 12h e das 14h às 17h, e apresentar algum documento que comprove a condição de aluno, professor, servidor técnico-administrativo ou servidor terceirizado.
O Projeto oferece gratuitamente tratamentos para os mais diversos problemas, buscando também proporcionar o auto-conhecimento dos participantes. Estes tratamentos têm base nas medicinas tradicionais, de cunho vitalista e espiritual, observando o indivíduo como um todo.

Serão oferecidas as seguintes terapias: Naturologia, Florais, Geoterapia, Auriculoterapia, Cranio-Sacral, Arteterapia, Healing, Massoterapia, Cromoterapia, Astrologia, Psicologia, Psicoterapia, Reiki e Massagem Chinesa.

O Projeto Amanhecer localiza-se no Núcleo de Capacitação Técnica, aos fundo do HU, atrás do Grêmio do HU.
Mais informações 3721-8055 ou www.hu.ufsc.br/~proj_amanhecer

Tags: naturologiaterapia

Restaurado painel que mostra os fundadores da Faculdade de Direito

13/05/2011 13:16

Fotos Pâmela Carbonari/ Agecom

A Fundação José Arthur Boiteux (Funjab) inaugurou na manhã desta sexta-feira, dia 13, o painel restaurado dos fundadores da Faculdade de Direito, que inclui nomes conhecidos como Nereu de Oliveira Ramos (que foi senador e presidente da República), José Boiteux, Henrique da Silva Fontes, Othon Gama Lobo D’Eça, João Bayer Filho, Fúlcio Coriolano Aducci, Henrique Rupp Júnior e Alfredo von Trompowsky. O coordenador do projeto é o professor Luis Carlos Cancellier de Olivo, do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina.

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Tags: painel fundadores do direitoUFSC

Nanofluídos em Processos Térmicos de Conversão de Energia

13/05/2011 11:26

Um encontro para apresentação de trabalhos no âmbito do Programa MEC- CAPES – Pró-Engenharias e  Rede CAPES  – Nanobiotec, tendo como tema os nanofluídos em processos térmicos de conversão de energia, será realizado nos dias 16  (auditório do Departamento de Engenharia Mecânica- Bloco A – térreo, das 14h às 18h30min) e 17 de maio ( auditório do POLO – Bloco A2, das 8h30min às 12h).

Programação:

Segunda, 16 de maio

14h abertura / Prof. Júlio César Passos, UFSC/LEPTEN

14h15min – Balanço dos projetos da Rede CAPES/Nanobiotec e CAPES/Pro-Engenharias / Prof. José A. R. Parise, PUC-Rio

14h45min – Análise da ebulição nucleada de nanofluidos Água-Alumina e Água-Maguemita / Amaury Rainho Neto, UFSC/POSMEC/LEPTEN/Mestrando

15h15minEfeito de superfícies nanoestruturadas sobre a ebulição nucleada da água / Leila Valladares Heitich, UFSC/PGMAT/LEPTEN/Mestranda

16h Correlação para o cálculo do coeficiente de transferência de calor durante a ebulição convectiva de nanofluidos / Anderson A. U. de Moraes, EESC-USP/Pós-doutorando

16h30minResultados recentes sobre a transferência de calor e padrões de escoamento durante a ebulição convectiva em micro-escala levantados na EESC-USP / Prof. Gherhardt Ribatski, EESC-USP

17h – Queda de pressão durante a ebulição convectiva no interior de micro-canais / Jaqueline Diniz da Silva, EESC-USP/Mestranda

17h30min- Previsão do comportamento térmico de nanofluidos como fluidos de resfriamento de motores a combustão interna / Edwin Ronald Valderrama Campos, PUC-Rio/Doutorando

18h – Projeto de uma bancada para avaliação do uso de nanofluidos como fluidossecundários em sistemas de refrigeração / Eden Rodrigues Nunes Junior, PUC-Rio/Doutorando

Terça 17 de maio

8h30minProdução e Síntese de Nanofluidos / Antônio Remi Hoffmann, UFU/Doutorando Eugênio Turco Neto, UFU/Iniciação Científica

9hComparações de Correlações e Resultados Experimentais da Literatura

sobre Nanofluidos / Juan Gabriel Paz Alegrias, UFU/Doutorando Guilherme Azevedo de Oliveira, UFU/Iniciação Científica

9h30minAnálise Numérica de Escoamentos de Nanofluidos em Tubo Horizontal / Joseph Edher Ramírez Chaupis, UFU/Mestrando

Douglas Hector Fontes, UFU/Iniciação Científica

10hEquipamento Experimental da UFU / Juan Gabriel Paz Alegrias, UFU/Doutorando Antônio Remi Hoffmann, UFU/Doutorando

10h30min – Pesquisas na área de transferência de calor com mudança de fase e escoamento bifásico / Prof. Júlio César Passos, UFSC/LEPTEN

11h – Fechamento / Prof. José A. R. Parise, PUC-Rio

11h15minVisita ao LEPTEN/Boiling

Tags: nanotecnologiaUFSC

Editora lança nesta segunda 65 livros e divulga resultado de concurso de romance

13/05/2011 10:15

Um grande evento literário marcará as comemorações dos 30 anos de fundação da Editora da UFSC e um ano de virada na política gráfica e editorial que a projetou entre as melhores editoras universitárias do país. Em alusão a essas conquistas, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC promove, na próxima segunda-feira, 16 de maio, às 17 horas, na sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos, o lançamento coletivo: “A Editora da UFSC no século XXI”, que trará a publico 65 obras de grande relevância cultural. No mesmo evento, a Editora vai divulgar o nome do vencedor do Concurso Salim Miguel de Romance, o único no gênero hoje em Santa Catarina.

Para a tarde coletiva de autógrafos foram convidadas todas as pessoas envolvidas na produção intelectual da nova safra da Editora, o que inclui mais de 350 nomes, entre ensaístas, organizadores, escritores e tradutores que assinam 65 títulos publicados em 2010 e 2011. “São livros científicos, técnicos, ensaísticos e literários nas mais diversas áreas, que expressam essa mudança no projeto estético e editorial, caracterizada pela publicação de obras de impacto na cultura contemporânea”, explica a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges.  Depois da divulgação do vencedor do concurso haverá coquetel com tarde autógrafos.

Entre os lançamentos recém-saídos do prelo, o diretor da EduFSC, Sérgio Medeiros, destaca a obra Pensar/Escrever o Animal, um compêndio de 421 páginas que trata de uma das questões mais emergentes do pensamento contemporâneo: a superação da perspectiva antropocêntrica. Fruto de uma parceria com a Fapemig, de Minas Gerais, o livro é a primeira obra publicada no Brasil expressando o pensamento interdisciplinar sobre a relação do homem com outras formas de vida e sobre o impacto dessa relação na própria concepção clássica de ser humano.

Organizado por Maria Esther Maciel e lançado na última semana com grande impacto em Belo Horizonte, Pensar/Escrever o Animal reúne 20 ensaios inéditos, traduzidos para o português, de grandes especialistas internacionais, como Dominique Lestel e Donna Haraway, além de textos de ensaístas brasileiros, como Benedito Nunes, um dos maiores estudiosos da literatura moderna brasileira, Márcio Selligmann-Silva e Raúl Antelo. Os ensaios confluem pesquisas na área da filosofia, literatura, artes, etologia, biologia, arqueologia, zoologia, biopolítica, estudos de gênero, psicologia para discutir as tensões nas fronteiras entre o animal, o humano, a máquina e o artefato na direção de uma ética do inumano ou do pós-humano.

Obras locais e universais

Criada em 1980, a Editora da UFSC tem mais de mil títulos no mercado e publica, em média, 50 livros por ano. Reconhecida pela excelência internacional dos seus títulos, é hoje uma das grandes editoras universitárias do país. Destaca-se também pelo cuidado e rigor de suas edições, além de imprimir formatos inovadores, como livro-estante e caixa-livro. O novo padrão gráfico prioriza o uso de papel pólen e se caracteriza pela apresentação de capas, texturas, cores e ilustrações de elegância estética. Merecedores de resenhas, artigos e indicações de leituras dos principais veículos de cultural do país, os lançamentos impactantes de 2010 e 2011 estão expostos no site e nas vitrines da Livraria Cultura e distribuídos para as principais livrarias do território nacional.

Entre suas mais recentes publicações estão traduções de obras inéditas em língua portuguesa de autores como Mallarmé, Evaristo Carriego, Franz Kafka, Giorgio Agamben e Pierre Bourdieu (no prelo). Também lançou ensaios inéditos no Brasil de Gonçalo Tavares e traduções comentadas da dramaturgia de Shakespeare. Através da aquisição de direitos autorais ou da parceria com outras instituições, lançou obras exclusivas de Linda Hutcheon, Paul Claval, Miguel do Vale de Almeida, Luiz da Costa Lima, Luc-Nancy e Judith Butler (os três últimos no prelo).

Com o Instituto Itaú Cultural reuniu e editou os textos críticos do cineasta catarinense Rogério Sganzerla e prepara a publicação do romance de Glauber Rocha. Para incentivar a produção literária em Santa Catarina, lançou em 2010 o Concurso Romance Salim Miguel e já prepara os concursos para livros de conto, poesia, de roteiro e dramaturgia para os próximos anos. Muita expectativa gira em torno do nome do romancista catarinense que levará o prêmio entre 28 escritores inscritos, muitos autores já consagrados.

A editora traz ao leitor o melhor da produção científica, tecnológica e cultural da UFSC, através de séries como a Didática, Geral, Nutrição e Ética e da publicação dos grandes escritores catarinenses de todas as épocas, como Silveira de Souza, Cruz e Sousa, Rodrigo de Haro, Franklin Cascaes (ambos no prelo). É associada à Liga de Editoras Universitárias, formada pela EdUSP, Unicamp, EdUFPA, EdUNB, EdUFMG e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Há dois anos, os livros da EdUFSC podem ser adquiridos pela livraria virtual www.edufsc.ufsc.br

Raquel Wandelli – assessora de comunicação da SeCArte/UFSC / raquelwandelli@yahoo.com.brraquelwandelli@reitoria.ufsc.br

Fones: 37219459 e 99110524 / www.secarte.ufsc.brwww.ufsc.br

Tags: concurso de romanceEdUFSClançamento 65 livros

Estudantes de Literatura Alemã da UFSC visitam o Museu Victor Meirelles

13/05/2011 09:46

Para conhecer as obras do artista catarinense Victor Meirelles no museu do artista, vinte estudantes de Literatura Alemã/UFSC visitaram na quarta-feira, 11 de maio, a exposição “Construções”, cuja curadoria é de Paulo Reis. Acompanhado pelos professores Werner Heidermann e Maria Aparecida Barbosa, o grupo foi guiado pela antropóloga Simone Rolim de Moura da ação educativa do Museu. 
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Tags: Construçõesliteratura alemãVictor Meirelles

Peça Livres e Iguais tem apresentações neste final de semana

13/05/2011 09:31
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A peça é baseada na Declaração Universal dos Direitos Humanos

Está de volta aos palcos de Florianópolis, após três anos,  um dos mais belos espetáculos da história do teatro catarinense: Livres e Iguais, Teatro de Formas Animadas do grupo Teatro sim… por que não?!. A peça fica em cartaz no Teatro da UFSC até 29 de maio, com apresentações às sextas, sábados e domingos, sempre às 20h30.

Pela visão dos diretores Júlio Maurício, Nazareno Pereira e Nini Beltrame, bonecos de sucata em um cenário de luzes e sombras representam o cotidiano de pessoas comuns, que dependem do lixo para sobreviver e convivem com a falta de moradia e trabalho nos grandes centros urbanos do Brasil.
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Tags: Livres e IguaisTeatro da UFSC

DAC abre inscrições para novas oficinas de Fotografia, Cerâmica e Artes Visuais

13/05/2011 09:07

O Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC abre inscrições para três novas oficinas de Arte: Fotografia, Cerâmica e Artes Visuais (Pintura e Técnicas Mistas). As inscrições devem feitas na Secretaria do DAC, de 16 a 18 de maio, de segunda a quarta-feira, das 9h às 18h.  As oficinas acontecem entre 19 de maio e 21 de julho.
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Tags: artes visuaisDACoficinas de arte

A Fundação José Boiteux inaugura nesta sexta o painel restaurado dos fundadores da Faculdade de Direito

12/05/2011 15:12

A Fundação José Arthur Boiteux  ( www.funjab.ufsc.br) convida para a inauguração do painel restaurado dos fundadores da Faculdade de Direito, nesta sexta-feira, 13 de maio, às 10h, no Centro de Ciências Jurídicas. Após a inauguração haverá palestra  com o presidente da FAPESC, Sérgio Gargioni, sobre o Panorama da pesquisa em Santa Catarina.A Faculdade de Direito de Santa Catarina, que veio a integrar a Universidade Federal de Santa Catarina, foi fundada em 11 de fevereiro de 1932 e tem  hoje mais de 1.000 alunos de graduação e pós-graduação.

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Tags: Faculdade de direitoFundação BoiteuxFundadores faculdade de direitoUFSC

Inscrições para bolsas de iniciação científica encerram no dia 16 de maio

12/05/2011 10:24

Prosseguem até a próxima segunda-feira, 16 de maio, as inscrições para Bolsas de Iniciação em Pesquisa Científica e Tecnológica (IC), em convênio com o CNPq, no âmbito dos Programas PIBIC/CNPq (443 bolsas), para o programa PIBITI/CNPq (50 bolsas) e para o PIBIC-Af/CNPq (25 bolsas), e do Programa BIPI/UFSC (130 bolsas), subvencionado pela UFSC.

O valor mensal da bolsa é atualmente de R$ 360. A inscrição, seleção e acompanhamento dos bolsistas são feitos de forma integrada e regulados pela Resolução Normativa 017/CNPq e pela Resolução Normativa N.º 07/CUn/2010. Este programa é voltado ao desenvolvimento do pensamento científico e tecnológico e à iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino superior.

Clique aqui para acessar o Edital 2011/2012.

Clique aqui para inscrição

Tags: Iniciação Científica

Pesquisa revela que informações sobre gordura trans em alimentos industrializados podem confundir compradores

12/05/2011 10:18

Considerando os efeitos prejudiciais à saúde, em 2004 Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a eliminação total do consumo de gordura trans industrial.  No Brasil, desde 2006 a legislação obriga que o conteúdo de gordura trans seja apresentado no rótulo dos alimentos industrializados. No entanto, a presença só deve ser descrita se for acima de 0,2g de gordura trans por porção do produto, o que pode mascarar a notificação de presença ou ausência da substância nos alimentos.

Estas questões estimularam na UFSC uma pesquisa para investigar como a gordura trans é notificada nos rótulos de alimentos industrializados vendidos em um supermercado brasileiro. O trabalho foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), resultando na dissertação de mestrado da nutricionista Bruna Maria Silveira. Orientado pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença, o estudo foi defendido no início desse ano.

Descrições equivocadas e dúvidas

A análise realizada em rótulos de 2.327 alimentos industrializados encontrou 14 denominações para designar a gordura trans na lista de ingredientes – desde a mais comum, como “gordura vegetal hidrogenada”, até descrições equivocadas na denominação química, como “óleo vegetal líquido e hidrogenado”.

Bruna explica que, quimicamente, somente pode ser chamada de gordura a substância que, na temperatura ambiente, for sólida ou semissólida. A substância líquida deve ser chamada de óleo.  O estudo permitiu também a observação de nove denominações que deixam dúvida sobre o conteúdo de gordura trans, como “gordura vegetal” ou “margarina”.

“É importante ressaltar que as únicas gorduras vegetais naturalmente sólidas ou semissólidas são aquelas oriundas de coco, palma e babaçu. Como essa matéria-prima é cara, é importante a indústria destacar sua presença na lista de ingredientes. Mas a denominação gordura vegetal ou margarina pode representar que o alimento contém gordura trans”, esclarece a nutricionista.

Segundo ela, aproximadamente metade (51%) dos produtos alimentícios analisados citava componente com gordura trans na lista de ingredientes. Poucos produtos (18%) citaram algum conteúdo de gordura trans no quadro da informação nutricional e 22% dos alimentos destacaram na parte da frente rótulo frases com o sentido de “não contêm gordura trans”.

“A concordância entre a presença de gordura trans na lista de ingredientes e a presença de gordura trans no quadro da informação nutricional foi muito baixa (16%) significando que observar a presença de gordura trans no quadro de informação nutricional é pouco seguro para determinar se o alimento contém esse tipo de gordura”, alerta a profissional.

Seu estudo mostra também que entre os alimentos que tinham destaque na frente do rótulo “não contém gordura trans”, a concordância com lista de ingredientes foi nula (0%). “Significa que essas frases de destaque não indicam que o produto é livre de gordura trans”, complementa a nutricionista. Ela ressalta ainda que a cada 10 produtos que diziam não ter gordura trans, somente em quatro deles este tipo de gordura não tinha sido realmente usado segundo a lista de ingredientes.

“Os resultados indicam que não se pode considerar apenas o quadro da informação nutricional e o destaque de ´não contêm gordura trans` para saber se o alimento industrializado tem ou não gordura trans”, alerta Bruna. Além disso, sua pesquisa indica que,  mesmo consultando a lista de ingredientes para detectar a presença da gordura trans, nem sempre esta informação está clara pelo uso de diversas denominações para a gordura vegetal hidrogenada.

Na avaliação das autoras do trabalho, os resultados podem ser analisados como em desacordo com o objetivo de existir a rotulagem nutricional e o direito do consumidor em ser informado. Além disso, os produtos podem afetar a saúde da população e, consequentemente, causar impacto nos serviços de saúde do país.

O estudo mostra a necessidade de reformulação na legislação brasileira sobre a rotulagem nutricional para os produtos alimentícios no que diz respeito à notificação da gordura trans por porção na informação nutricional e revela a ausência e padronização de denominações de gorduras na lista de ingredientes. Como resultado, sugere a padronização de nomes de gorduras na lista de ingredientes, para facilitar a compreensão do consumidor.

“Considerando que não existe limite mínimo seguro de ingestão de gordura trans industrial, sugerimos que qualquer quantidade desta gordura contida no alimento seja informada no quadro de informação nutricional. Além disso, que seja padronizada a frase de destaque de ausência de gordura trans industrial, que somente poderia ser utilizada quando o alimento realmente não apresentasse este tipo de gordura”, complementa a orientadora do trabalho, professora Rossana Proença, que salienta a  importância da rotulagem nutricional para possibilitar escolhas alimentares saudáveis no momento da compra.

Mais informações:

Bruna Maria Silveira / brunamariasilveira@gmail.com /(47) 9906-7944

Rossana Pacheco da Costa Proença / rossana@mbox1.ufsc.br / (48) 3721-5138

Saiba Mais:

A gordura trans:

– Há dois tipos de gordura trans, com características e funções diferentes no organismo humano.

– A gordura trans natural, também denominada CLA, é aquela contida em alimentos oriundos de animais ruminantes, como leite e carne bovina. Este tipo de gordura é consumido há séculos pelo ser humano e pesquisas demonstram, inclusive, que podem ser benéficos à saúde.

A gordura trans industrial é um tipo de gordura criada em laboratório e muito utilizada pela indústria de alimentos para dar a textura, sabor e aumentar a validade dos alimentos, mas que o organismo humano não reconhece e acaba afetando o seu funcionamento normal. As doenças associadas ao consumo desse tipo de gordura são principalmente as doenças do coração, excesso de peso e diabetes, mas as pesquisas demonstram também influência em certos tipos de câncer, problemas fetais e infertilidade.

Tags: gordura trans

Cine Paredão exibe A Dança dos Vampiros

12/05/2011 10:04

O filme será exibido nesta sexta-feira, 13 de maio, nas Colinas do Bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Em caso de chuva o evento é transferido pra o auditório do CFH.
Sinopse:

Abronsius (Jack MacGowran) é um professor universitário especialista em
vampiros que decide ir até a Transilvânia, no coração da Europa Central,
acompanhado de seu fiel discípulo Alfred (Roman Polanski), que infelizmente
é bem medroso. Abronsius tem como objetivo aprender sobre vampiros e
combatê-los, se possível, mas os fatos tomam um rumo inesperado e vão de
encontro aos objetivos do professor.
Diretor- Roman Polanski

1967, Inglaterra

Mais informações: chiadodasideias@gmail.com

Tags: cine paredão

Mostra do Festival Mix Brasil na UFSC

12/05/2011 09:55

O Ciclo de Cinema Trânsitos Contemporâneos traz à UFSC uma mostra de filmes e vídeos de curta-metragem selecionados do Festival Mix Brasil, realizado em São Paulo desde 1993. São oito títulos que resumem um pouco da história e dos significados deste que é considerado o “maior fórum de cinema GLBT da América Latina”. A exibição será realizada no dia 20 de maio, a partir de 15h, no Anfiteatro no Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

Serão realizados debates com o doutorando Marcos Aurélio da Silva (Transes/PPGAS/UFSC) e com o mestrando Glauco Ferreira Batista (Transes/PPGAS/UFSC). O Ciclo de Cinema e Debates Trânsitos Contemporâneos é uma realização do Núcleo de Antropologia do Contemporâneo (TRANSES), da UFSC, e tem como objetivo abrir um espaço de diálogo crítico sobre questões do tempo presente a partir da exibição de filmes e posterior debate entre comentadores convidados e a plateia.

Mais informações:  glaucoart@gmail.com / mirebrito@gmail.com / mariafer@matrix.com.b

Programação:
– Eu não quero voltar sozinho, direção Daniel Ribeiro, BRA, 2010,17’
–  Babysitting Andy, direção Pat Mills, CAN, 2007, 11’
– O Móbile: Admiração, direção Lilian Werneck, BRA, 2010, 25’
– Rubbuds, direção Jan Chen, EUA, 2009, 3’
– Furico li Furico lá, direção Sandra Brogioni, BRA, 2009, 4’
– Panteras fora do armário, direção Sandra Brogioni, BRA, 2009, 5’
– A Drag a Gozar, direção Kiko César, BRA, 2007, 5′
– Travileirinho, de Rodrigo Averna, BRA, 2010, 4’