Pesquisadores da UFSC reforçam cuidados em casos de acidentes com caravelas e medusas, as chamadas águas-vivas

08/12/2022 10:35

Aparecimento das caravelas acentua-se devido ao fenômeno da lestada. Foto: Amanda Madruga

Pesquisadores do Laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizam nesta época do ano a atividade de monitoramento de caravelas e medusas, popularmente denominados de águas-vivas, responsáveis por causar milhares de acidentes nas praias catarinenses. Na manhã desta quinta-feira, 8 de dezembro, uma equipe registrou a presença de 167 desses animais em apenas um quilômetro na praia do Campeche, no Sul da Ilha. Outro grupo desenvolve a mesma ação na Barra da Lagoa.

De acordo com coordenador do projeto, o professor Alberto Lindner, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB), o aparecimento das caravelas acentua-se devido ao fenômeno da lestada – ventos que transportam esses animais de alto-mar para as áreas do litoral. Segundo o docente, este tipo de ocorrência pode acontecer na capital catarinense no intervalo entre a primavera até o fim do verão.

O projeto da UFSC tem como principais objetivos identificar as espécies predominantes em praias de Florianópolis, obter dados mais precisos sobre a sazonalidade e abundância desses animais, bem como acerca dos eventuais “blooms” (surtos de crescimento rápido e sem controle no meio aquático). Atualmente, o trabalho de monitoramento é realizado pelas estudantes Camila Sotili, Samanta Gonçalves e a Caroline Iaczinski Bento, do curso de Biologia. A ação iniciou em dezembro de 2019, com a aluna Roberta Elis Francisco, que se formou bióloga pela UFSC este ano.

Cuidados e primeiros socorros

O Laboratório de Biodiversidade Marinha contribuiu para a elaboração de um informe sobre caravelas e sua ocorrência nas regiões Sul e Sudeste do país, divulgado no início deste ano. O documento descreve esses animais e traz orientações acerca de como proceder em caso de acidentes. As caravelas não causam “queimaduras”, mas sim um envenenamento, geralmente mais grave do que aquele causado pela maioria das espécies de águas-vivas. Seus tentáculos possuem pequenas cápsulas que injetam veneno através de micro arpões, chamados nematocistos, quando acidentalmente tocam a pele humana.

Como agir em casos de acidentes?
• Saia da água imediatamente, porque o envenenamento pode causar câimbras e há risco de afogamento;
• Lave com água do mar para retirar restos de tentáculos aderidos;
• Lave com vinagre por alguns minutos para desativar o veneno e prevenir novas inoculações na pele;
• Amenize a dor com água do mar gelada ou gelo artificial envolto por panos. Essas compressas frias têm efeito analgésico para vários tipos de envenenamentos com caravelas ou águas-vivas.

O que não fazer?
• Nunca urine, nem use substâncias como álcool ou refrigerante sobre a lesão, pois não há comprovação de eficácia dessas substâncias em amenizar os efeitos da lesão;
• Nunca lave com água doce, uma vez que a medida pode aumentar o envenenamento e agravar a lesão;
• Evite usar toalhas, areia ou outro material abrasivo para retirar restos de tentáculos, pois isto também pode aumentar a injeção de toxinas por explodir as cápsulas com veneno.
Acesse as Recomendações da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

Para mais imagens, informações e curiosidades sobre o tema, confira o perfil Vida Marinha de Santa Catarina, mantido pelo Laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC.

 

Tags: caravelascaravelas e medusasLaboratório de Biodiversidade MarinhamedusasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC na mídia: professor da Universidade identifica espécie de medusa gigante em Florianópolis

20/02/2020 09:04

Um visitante chamou a atenção dos banhistas na Ilha do Campeche na última semana. Um exemplar da maior medusa presente na costa brasileira, a espécie Drymonema gorgo, foi avistada no local na manhã da última sexta-feira, dia 14 de fevereiro.

De acordo com professor Alberto Lindner, responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esta foi a maior medusa observada nesta temporada do verão catarinense. Segundo ele, a espécie foi descrita por Fritz Müller há 137 anos, com base em observações realizadas em Florianópolis entre 1857 e 1861.

Conforme o “World Atlas of Jellyfish”, de Gerhard Jarms e André Morandini, a Drymonema gorgo pode chegar a um metro de diâmetro e se alimenta de medusas menores. O registro fotográfico foi em Florianópolis feito por Eduardo Rocha Fritzen e encaminhado pelo aluno de Lindner, Ruan Luz, do Instituto Ilha do Campeche.

Leia mais:
> NSC Total: Medusa gigante rara é vista na Ilha do Campeche, em Florianópolis
> ND+: Medusa gigante é vista em Florianópolis após 150 anos; vídeo

Tags: Alberto LindnerDrymonema gorgoIlha do CampecheLaboratório de Biodiversidade Marinhamedusa giganteUFSC na mídia

UFSC na mídia: veículos locais destacam monitoramento de águas-vivas pela Universidade

21/01/2020 09:10

O projeto de monitoramento de caravelas e medusas, animais popularmente denominados de águas-vivas, desenvolvido pelo Laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi destaque em diversos veículos locais neste início de ano. O trabalho, que tem como objetivo obter dados sobre a sazonalidade e abundância desses animais, será realizado ao menos duas vezes por mês, em um período de dois anos.

A ação é capitaneada pelo professor Alberto Lindner, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Ainda pela UFSC, participam os estudantes Roberta Elis e Pedro de Oliveira, do curso de graduação em Biologia, a mestranda Mariana Mazza, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia, e a pós-doutoranda Renata Arantes, do PPG em Oceanografia.

> Confira abaixo a íntegra das reportagens:

SBT Meio-dia | Atenção às águas-vivas: em menos de um mês foram registrados mais de 20 mil acidentes

NSC Notícias | Pesquisadores estudam alto número e características de caravelas nas praias de SC

Notícias do Dia | Projeto da UFSC monitora crescimento de águas-vivas em Santa Catarina

Coluna Renato Igor | Conheça a Chrysaora lactea, a água-viva mais comum em Santa Catarina

Balanço Geral Florianópolis | Vai se refrescar no mar? Cuidado com a água-viva

Bom Dia SC | Pesquisadores da UFSC fazem estudo sobre águas-vivas que aparecem no litoral de SC

Tags: águas-vivascaravelasLaboratório de Biodiversidade MarinhamedusasUFSCUFSC na mídia

Laboratório da UFSC monitora caravelas e medusas, as chamadas águas-vivas, populares no verão de SC

07/01/2020 11:45

 

Medusa Chrysaora lactea, na Ilha do Campeche. Foto: Ruan Luz

O Laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolve um projeto de monitoramento de caravelas e medusas, animais popularmente denominados de águas-vivas e que podem causar milhares de acidentes no verão catarinense. Os principais objetivos da atividade são identificar as espécies predominantes, obter dados mais precisos sobre a sazonalidade e abundância desses animais, bem como acerca dos eventuais “blooms” (surtos de crescimento rápido e sem controle no meio aquático).

O projeto foi iniciado em dezembro de 2019 e envolve a identificação e quantificação de caravelas e medusas encalhadas em praias de Florianópolis. A ação será realizada ao menos duas vezes por mês, por dois anos. Alguns monitoramentos também são promovidos em Imbituba e em São Francisco do Sul, também no litoral catarinense.

A medusa Chrysaora lactea. Foto: Alberto Lindner

Entre janeiro e março de 2020, a atividade ainda ocorrerá nas praias do Rincão, em Santa Catarina, e do Cassino, no Rio Grande do Sul, pelas equipes da professora Mainara Figueiredo Cascaes, da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), e do professor Renato Nagata, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), respectivamente. Pela UFSC, participam os estudantes Roberta Elis e Pedro de Oliveira, do curso de graduação em Biologia, a mestranda Mariana Mazza, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia, e a pós-doutoranda Renata Arantes, do PPG em Oceanografia.
(mais…)

Tags: águas-vivasbiologiacaravelas e medusasCentro de Ciências Biológicas (CCB)ecologiaLaboratório de Biodiversidade Marinhaoceanografiaverão

Documentário retrata pesquisas da UFSC sobre biodiversidade marinha

15/01/2014 17:15

Nova espécie de esponja descoberta em Santa Catarina (Foto: João Luís Carraro/MNUFRJ)

A equipe do Laboratório de Biodiversidade Marinha do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) anuncia o lançamento do documentário “Biodiversidade Marinha de Santa Catarina”, produzido com o apoio do Instituto Larus. O trabalho expõe resultados de pesquisas realizadas pela Universidade com o auxílio de laboratórios parceiros nos últimos quatro anos.  O documentário será divulgado nesta quarta-feira, 15 de janeiro, no site do Projeto Biodiversidade Marinha do Estado de Santa Catarina, no site do Instituto Larus, na página da ONG no Facebook e no YouTube.

(mais…)

Tags: Alberto LindnerAlcides DutraInstituto LarusLaboratório de Biodiversidade Marinhaprojeto biodiversidade marinha