Pesquisa recruta indivíduos para entender efeitos de extrato de erva-mate

17/04/2025 07:57

Uma pesquisa de pós-doutorado da Universidade Federal de Santa Catarina está recrutando pessoas entre 18 e 65 anos que tenham índice de massa corporal superior a 25 e inferior a 39,99 kg/m² para avaliar o efeito do consumo do extrato de erva-mate (Ilex paraguariensis) sobre parâmetros antropométricos, composição corporal, marcadores inflamatórios, perfil glicêmico e perfil lipídico em 36 indivíduos com excesso de peso.

Para calcular o IMC basta dividir o peso (kg) pela altura (m) ao quadrado (IMC = peso / (altura x altura). Será feita a avaliação do consumo alimentar, coletas de sangue e exame de composição corporal.  Ao final da pesquisa, os participantes receberão de forma gratuita os resultados de seus exames de sangue e relatório completo de composição corporal (gordura, massa magra e densidade mineral óssea).

O estudo pretende analisar compostos bioativos na prevenção e tratamento da obesidade, bem como os efeitos em marcadores inflamatórios, perfil glicêmico e perfil lipídico que, muitas vezes, estão alterados em indivíduos com excesso de peso. Dentre os compostos bioativos, os ácidos clorogênicos, metilxantinas (cafeína e teobromina), taninos e saponinas (compostos fenólicos) podem ser encontrados na erva-mate.

“Considerando que o interesse pela erva-mate para promoção da saúde é relativamente recente, uma vez que em meados da década de 1990 foram publicadas as primeiras evidências científicas, o estudo justifica-se pelo crescente número de evidências acerca dos benefícios do consumo de erva-mate para a saúde”, descreve a pesquisa.

A pesquisa prevê quatro encontros presenciais na UFSC no período matutino. Interessados devem entrar em contato com a pesquisadora Cândice Laís Knöner Copetti (47)99963-5939. A coordenadora do projeto é a professora Patricia Faria Di Pietro.

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Pesquisa avalia que erva-mate pode colaborar com o tratamento de pessoas com doença genética

01/09/2021 13:01

Infusão de folhas de erva-mate (Ilex paraguariensi) mostrou resultado promissor para o tratamento da hemocromatose hereditária. Foto: United States Botanic Garden/Wikimedia Commons/CC BY-SA 3.0

Um estudo desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) avaliou o efeito da infusão de folhas de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. Hil.) para reduzir a absorção de ferro em portadores de hemocromatose hereditária, uma doença genética caracterizada pelo acúmulo excessivo de ferro e que pode levar ao  comprometimento de órgãos e sistemas. Com resultados promissores, capazes de contribuir para o tratamento da enfermidade e uma melhor qualidade de vida dos pacientes, o trabalho foi conduzido pela pesquisadora Cristiane Manfé Pagliosa para sua tese de doutorado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição sob orientação dos professores Edson Luiz da Silva e Francilene G. K. Vieira. 

A pesquisa foi dividida em duas etapas. Inicialmente foram realizados testes em laboratório para definir a melhor forma de preparo da infusão, para que atingisse as propriedades desejadas e mantivesse maior estabilidade para seu armazenamento. As folhas utilizadas foram provenientes de cultivo orgânico e sem a presença de contaminantes que pudessem oferecer risco à saúde.

A segunda fase consistiu em um ensaio clínico com 14 pacientes com hemocromatose hereditária em fase de tratamento. Cada um ingeriu, em três momentos diferentes, uma refeição padronizada enriquecida com sulfato ferroso, um composto químico comumente usado em suplementos para reposição de ferro, e 200 ml de bebida (uma a cada dia): água, infusão de folhas de erva-mate e suspensão de Silybum marianum, um produto vendido em farmácias para tratamento de problemas no fígado. A finalidade foi avaliar o efeito do consumo de cada uma na inibição da absorção do ferro.
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UFSC na Mídia: Professora da UFSC ganha prêmio internacional com pesquisa sobre erva-mate

23/08/2016 11:35
Professoras (Foto: Divulgação)

Professoras Brunna Boaventura e Renata Amboni foram premiadas no domingo, dia 21, durante evento na Irlanda. (Foto: Divulgação)

Consumidores de chimarrão percebem melhorias na saúde, mas, quando a erva-mate é concentrada em laboratório, pode gerar produtos ainda mais eficientes. A professora doutora Brunna Cristina Bremer Boaventura, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ganhou no último dia 21 de agosto, em Dublin, Irlanda, o mais importante prêmio internacional concedido a um jovem pesquisador na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, o IUFoST Young Scientist Award.

A pesquisa sobre efeitos da erva-mate foi financiada pelo CNPq e Capes. A entrega do prêmio ocorreu durante o 18º Congresso Mundial de Ciência e Tecnologia de Alimentos, e Brunna esteve acompanhada da sua orientadora, a professora e doutora Renata Amboni.

Mais antioxidantes

A pesquisa foi sobre a crioconcentração (concentração por refrigeração) de compostos bioativos com atividade antioxidante do extrato aquoso de folhas de erva-mate. A professora Brunna Bremer concluiu que o consumo agudo do extrato submetido ao processo de crioconcentração proporcionou melhora no estado antioxidante de seres humanos saudáveis, quando comparado ao consumo agudo da versão não crioconcentrada.

 

Fonte: Estela Benetti, Diário Catarinense, 22/08/2016

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Universidade busca novos voluntários para pesquisas com cápsulas de erva-mate

25/07/2012 14:42

O Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros da UFSC está cadastrando voluntários para mais uma etapa de investigação dos benefícios da erva-mate. O estudo necessita de pessoas com colesterol alto, que estejam tomando medicamento (estatinas) há pelo menos seis meses. Podem participar homens e mulheres com idade entre 18 e 60 anos.

O objetivo é avaliar se o consumo de cápsulas produzidas na Universidade, contendo extrato seco de erva-mate verde ou tostada, apresenta a propriedade de reduzir o colesterol no sangue. O estudo será iniciado no dia 28 de agosto e o contato com a equipe deve ser realizado somente pelos e-mails edson@ccs.ufsc.br ou ali.mb@hotmail.com.

“Na primeira fase da pesquisa, confirmamos que as cápsulas de erva-mate não apresentaram problemas à saúde (toxicidade) e ainda diminuíram a concentração de colesterol em indivíduos saudáveis e com colesterol alto. Agora vamos investigar se as cápsulas de erva-matem podem auxiliar na redução de colesterol naqueles indivíduos que já tomam medicamentos, como as estatinas”, explica o professor Edson Luiz da Silva, do Departamento de Análises Clínicas, que há oito anos estuda os princípios ativos dessa planta.

“Acreditamos que as cápsulas podem facilitar o consumo da erva-mate, pois ela possui sabor amargo, não muito apreciado por algumas pessoas”, complementa o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros.

Ele lembra que estudos anteriores realizados pela equipe que lidera já mostraram que a infusão de erva-mate verde (tipo chimarrão) ou chá mate tostado podem diminuir o colesterol, a glicemia e os radicais livres em indivíduos com colesterol elevado ou com diabetes – principalmente naqueles que usam medicamentos para reduzir o colesterol.

Para a demonstração dos possíveis efeitos benéficos, os participantes devem colaborar para a ingestão de três cápsulas de erva-mate, três vezes ao dia, durante as principais refeições (independente do horário), durante 60 dias.

“É importante que o consumo das cápsulas com o extrato seco de erva-mate não seja interrompido por mais de dois dias seguidos. Além disso, o voluntário deve manter seus hábitos de vida regulares durante o período do estudo, como consumir o mesmo tipo de alimentação, manter a prática exercícios físicos (se for o caso) e, principalmente, não modificar a dose de estatinas ou iniciar o uso de medicamentos para colesterol ou triglicerídeos”, alerta o professor.  Caso a pessoa esteja usando algum outro medicamento, a dose do mesmo não deve ser mudada durante o período do estudo.

A equipe precisa também da autorização dos voluntários para coleta de 12 ml de sangue (três tubos), em jejum de 12-14 horas, no primeiro e no sétimo dia do início do estudo. Serão ainda realizadas coletas após a quarta e oitava semanas, bem como a medida da pressão arterial e aferição do peso e da altura. As cápsulas deverão ser tomadas inteiras, com o auxílio de água, apenas.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC. O professor alerta que o consumo das cápsulas deve resultar apenas em desconforto das coletas de sangue. Porém, pessoas sensíveis à cafeína (um dos componentes do extrato seco de erva-mate) poderão sentir irritação gástrica, tremores, excitabilidade ou insônia. Caso ocorra algum desses efeitos colaterais, o participante deve interromper o consumo das cápsulas de erva-mate e entrar em contato com os pesquisadores.

“Esperamos que este estudo traga benefícios, como o estímulo para que mais pessoas utilizem as propriedades benéficas da erva-mate, que poderá vir a ser utilizada como fitoterápico ou como alimento funcional”, destaca o professor.

Mais informações:
– Professor Edson L. da Silva, edson@ccs.ufsc.br
– Pesquisadora Aline Minuzzi Becker, ali.mb@hotmail.com

Arley Reis / Jornalista da Agecom / UFSC
arleyreis@gmail.com

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Tags: colesterolerva mateUFSC

Universidade testa capsulas de erva-mate

30/03/2012 16:40

A UFSC está buscando voluntários para uma nova pesquisa com a erva-mate. O estudo necessita de pessoas saudáveis e também com colesterol alto, que ainda não estejam tomando medicamento. Podem participar homens e mulheres com idade entre 18 e 60 anos. O objetivo é avaliar se o consumo de cápsulas produzidas na Universidade, contendo extrato seco de erva-mate verde ou tostada, não apresenta problemas à saúde (toxicidade).

“Será também avaliada a propriedade das cápsulas de erva-mate em reduzir o colesterol no sangue, particularmente em indivíduos com problemas de colesterol elevado”, explica o professor Edson Luiz da Silva, do Departamento de Análises Clínicas, que há oito anos estuda os princípios ativos dessa planta.

“Acreditamos que as cápsulas podem facilitar o consumo da erva-mate, pois ela possui sabor amargo, não muito apreciado por algumas pessoas”, complementa o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros.

Ele lembra que estudos anteriores realizados pela equipe que lidera já mostraram que a infusão de erva-mate verde (tipo chimarrão) ou chá mate tostado podem diminuir o colesterol, a glicemia e os radicais livres em indivíduos com colesterol elevado ou com diabetes.

Para a demonstração dos possíveis efeitos benéficos, os participantes devem colaborar para a ingestão de três cápsulas de erva-mate, três vezes ao dia, durante as principais refeições (independente do horário), durante 60 dias.

“É importante que o consumo das cápsulas com o extrato seco de erva-mate não seja interrompido por mais de dois dias seguidos. Além disso, o voluntário deve manter seus hábitos de vida regulares durante o período do estudo, como consumir o mesmo tipo de alimentação, manter a prática exercícios físicos (se for o caso) e, principalmente, não iniciar medicamentos de uso crônico”, alerta o professor. Caso a pessoa esteja usando algum medicamento, a dose não deve ser mudada durante o período do estudo.

A equipe precisa também da autorização dos voluntários para coleta de 12 ml de sangue (três tubos), em jejum de 12-14 horas, no primeiro, terceiro e sétimo dias do início do estudo. Serão ainda realizadas coletas após a quarta e oitava semanas, bem como a medida da pressão arterial, aferição do peso e da altura, exames clínicos completos e eletrocardiograma. As cápsulas deverão ser tomadas inteiras, com o auxílio de água, apenas.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC. O professor alerta que o consumo das cápsulas deve resultar apenas em desconforto das coletas de sangue. Porém, pessoas sensíveis à cafeína (um dos componentes do extrato seco de erva-mate) poderão sentir irritação gástrica, tremores, excitabilidade ou insônia. Caso ocorra algum desses efeitos colaterais, o participante deve interromper o consumo das cápsulas de erva-mate e entrar em contato com os pesquisadores.

“Esperamos que esse estudo traga benefícios, como o estímulo para que mais pessoas utilizem as propriedades benéficas da erva-mate, que poderá vir a ser utilizada como fitoterápico ou como alimento funcional”, destaca o professor.

Mais informações:
Aline Minuzi Becker(ali.mb@hotmail.com)
Edson Luiz da Silva (edson@ccs.ufs.br)

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Tags: erva mateUFSC

UFSC na mídia: matéria sobre erva-mate está disponível no site do Globo Repórter

27/02/2012 17:28

Está disponível no site do Globo Repórter a matéria veiculada nesta última sexta-feira, 24/02, que trata das descobertas científicas de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre os benefícios das plantas medicinais em SC, em reportagem feita pela RBS TV do Estado.

A reportagem trata da pesquisa da equipe do professor do Departamento de Análises Clínicas, Edson Luiz da Silva, sobre a erva-mate no combate ao mau colesterol e no auxílio no tratamento da diabetes. A reportagem é de Kíria Meurer, imagens de Márcio Elias e apoio da jornalista Margarida Santi na produção e edição do programa.

Clique aqui para abrir a matéria.

Tags: erva mate

UFSC na mídia: Globo Repórter de hoje mostrará pesquisa sobre erva-mate

24/02/2012 19:39

O Globo Repórter que será veiculado na noite desta sexta-feira (24) revela novas descobertas científicas de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre os benefícios das plantas medicinais em SC, em reportagem feita pela RBS TV do Estado.

Uma das novidades é o poder da erva-mate no combate ao mau colesterol e no auxílio no tratamento da diabetes. O vegetal atua ainda contra os radicais livres que aceleram o envelhecimento. Do norte ao sul do Brasil, a erva é consumida de formas bem diferentes.

A reportagem é de Kíria Meurer, imagens de Márcio Elias e apoio da jornalista Margarida Santi na produção e edição do programa. Depois de três anos acompanhando 250 voluntários, pesquisadores da UFSC sugerem o consumo de um litro de chá-mate por dia para reduzir as taxas de gordura e açúcar no sangue e até eliminar alguns quilos.

Mas qual a melhor receita? Mate gelado na praia ou bem quente numa roda de chimarrão? A equipe catarinense de reportagem foi ao município de Xaxim para acompanhar o plantio e a colheita da erva. Lá, também descobriram a forma mais saudável de aproveitar a erva e conversaram com os habitantes, fiéis ao tradicional chimarrão.

A repórter passou também pelo sudeste, que consome 60% do mate produzido no país, mas na versão tostada. Este índice levou os pesquisadores da UFSC a estudaram os efeitos do chá feito com a folha tostada. Entre os voluntários, a redução do colesterol chegou a 40%, e houve ainda a diminuição das taxas de açúcar no sangue, emagrecimento e melhora da pele. Satisfeitos com os resultados, pesquisadores levantam a possibilidade de se produzir mate em cápsulas.

Fonte: Acontecendo Aqui.

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