Revista ‘Qorpus’ publica edição dedicada à arte da palavra

12/09/2024 11:24

A revista de arte e cultura Qorpus lançou a edição de agosto de 2024 dedicada à arte da palavra em diferentes modalidades criativas e reflexivas. Crítica, tradução e entrevista compõem este novo número da revista. O destaque é o dossiê dedicado à canção Sara, do músico e poeta Bob Dylan, que recebeu o Nobel de Literatura em 2016.

Versões, recriações e comentários integram o dossiê, assinado por vários colaboradores. Na sessão entrevista, a professora Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão, da UFSC, fala sobre sua carreira e pesquisas, após o recebimento do prêmio Mulheres na Ciência.

A publicação digital de acesso aberto é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PPGET) e está inserida na área de Linguística, Letras e Artes, com a missão de ampliar a divulgação de trabalhos acadêmicos sobre os Estudos da Tradução, mais especificamente, suas intersecções com a Literatura, a Dramaturgia e as Artes.

A edição completa está disponível on-line. Mais informações podem ser acessadas no site da revista.

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Professora faz crítica à política educacional do governo do Estado

20/06/2012 13:09

Fazendo menção ao título do evento, a professora Claudete Mittman perguntou aos presentes na mesa da manhã desta quarta-feira da XXXIII Semana de Geografia (Semageo), na UFSC: “Como inserir Santa Catarina na economia mundial com a educação que temos?” Esta etapa da semana discutiu o quadro educacional catarinense e contou também com a presença da professora Helenira Vilela, que leciona no Instituto Federal de Santa Catarina (IF/SC) e falou de sua experiência e de suas percepções sobre o ensino em diferentes níveis, apontando os poucos avanços e os muitos problemas que o setor enfrenta no Estado. A Semageo, que vai até sexta-feira, tem como tema central “Santa Catarina e sua inserção na economia internacional: dilemas e desafios”.

De acordo com os números apresentados por Claudete Mittman, que é ligada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), existem hoje 35.373 professores estaduais, mas 19.975 estão na categoria de “leigos”, ou seja, são os admitidos em caráter temporário (ACT), e apenas 15.398 são efetivos. Dizendo-se orgulhosa por ser alfabetizadora, ela coloca Santa Catarina entre os estados com maiores deficiências, especialmente no ensino médio, onde apenas 50,2% concluem a etapa – por não conseguirem acompanhar o conteúdo ou porque começam a trabalhar – e cerca de 90% dos egressos não aprendem o mínimo necessário. “Esses números refletem os índices nacionais”, diz ela.

Santa Catarina também não vem pagando o salário determinado pela lei do piso nacional e tenta, segundo a professora, implantar de forma arbitrária o sistema de ensino integral. Há oito anos não existem concursos para a admissão de professores de ensino médio e há 15 anos não se reforça o quadro nas séries iniciais. O resultado é que faltam mestres nas disciplinas de matemática, biologia e ciências em muitos municípios, e até de geografia e história nas cidades mais distantes. “Só com a organização da sociedade e a pressão sobre os governantes é que poderemos reverter esse quadro”, alerta.

Dispersão do setor – Para Helenira Vilela, formada em matemática pela UFSC, o maior problema é que “não se conhece o papel da escola no Brasil”. Isso provoca a dispersão da função da educação formal, problema que coloca o país entre os mais problemáticos, do ponto de vista do ensino, na América Latina. “Nem os pais sabem por que e de que forma os filhos estão sendo educados”, afirma. O resultado são alunos que saem da escola, após oito anos de estudos, sem saber ler e fazer as operações básicas de cálculo.

Helenira Vilela acha que uma das saídas é manter os estudantes na escola por mais tempo – no Brasil, é média é de 4,13 horas por dia, contra oito horas em Cuba, onde a educação é considerada modelar. Também é essencial melhorar a qualidade do ensino, investir na valorização profissional dos professores e estruturar o setor, de forma a impedir que “gente que não aprende avance e chegue à pós-graduação”.

Conhecedora da área, porque lecionou em todos os níveis (incluindo uma escola do MST no meio-oeste catarinense), ela chama a atenção para o risco da municipalização pretendida pelo governo do Estado, porque a maioria das prefeituras não terá como arcar com o aumento das despesas decorrentes dessa medida.

Mais informações com os organizadores da Semageo, Carlos Espíndola, telefone (48) 9164-8819, e José Messias Bastos, fone (48) 8436-0745.

Por Paulo Clóvis Schmitz/Agecom

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Livro traz olhar crítico sobre a universidade

19/10/2011 09:16

Oito autores pensam – em artigos, ensaios e uma entrevista – as debilidades e alguma nobreza da universidade contemporânea, com o propósito de indagar e desvendar, principalmente, a história de cinco décadas da Universidade Federal de Santa Catarina. Não limitam seus olhares apenas à UFSC, pois, ao focalizá-la, em suas análises, no livro “Crítica à razão acadêmica – Reflexão sobre a Universidade Contemporânea”,   percorrem um caminho que traz matizes da história mais ampla da sociedade, do ambiente político, econômico e cultural em que os fatos sucederam e se inscrevem na atualidade da cidade, do Estado, do Brasil e do mundo. Publicada pela Editora Insular, a obra reúne textos de estudiosos da UFSC, da Universidade de São Paulo (USP) e da Ohio State University, dos Estados Unidos. O lançamento está marcado para o dia 20 de outubro, às 19 horas, no saguão da Biblioteca Central Universitária (BU/UFSC).
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