‘Humanismo e sabedoria’: escritor Raimundo Caruso fala sobre legado de Franklin Cascaes na Biblioteca Central da UFSC

Boneco e fotos integrantes da exposição “Franklin Cascaes: vida e arte em tela”, na Biblioteca Central. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC
Um artista original, humano, sábio e pioneiro na valorização das histórias, crenças e pressentimentos das pessoas simples de Florianópolis: assim o jornalista e escritor Raimundo C. Caruso define o artista plástico, pesquisador e folclorista Franklin Joaquim Cascaes (1908-1983), homenageado na exposição que permanece no hall do auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (BU/UFSC) até 26 de setembro.
Caruso estará na abertura oficial da mostra, nesta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, às 19h, quando vai falar sobre o legado, a originalidade e a importância ainda atual do trabalho do artista. Ele é autor do livro Franklin Cascaes: vida e arte, e a colonização açoriana, lançado pela Editora da UFSC em 1988. Na obra, Caruso organiza o denso conteúdo obtido em longas entrevistas que fez com o artista em seu “museu”, como Cascaes chamava a sala onde reunia os diversos e inusitados materiais que usava em suas criações e pesquisas.
Atualidade
Mais de 40 anos após sua morte, a obra de Franklin Cascaes segue “bela e atualíssima”, na visão de Raimundo Caruso. “Ainda mais hoje, com a população urbana entregue a um consumismo na maioria das vezes inútil, imitativo, superficial. Modos de vida modernos formulados não pela imaginação e pela real necessidade cotidiana das pessoas, mas pelas mídias, pelos celulares, pelas televisões e pelas repetitivas mensagens dos diversos interesses políticos e econômicos”, analisa. “Desde este ponto de vista, não digo ‘bruxólico’, mas ‘moderno’ e ‘fantasmagórico’, o trabalho de resgate da cultura popular por Franklin Cascaes é expressão do mais profundo humanismo e sabedoria”, ressalta o escritor.
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