UFSC é reconhecida no Prêmio de Inovação Catarinense da Fapesc

28/06/2022 10:04

Dachamir Hotza, professor da UFSC (ao centro), foi um dos premiados (Fotos: Maurício Vieira/Secom SC)

A Universidade Federal de Santa Catarina foi reconhecida no Prêmio de Inovação Catarinense – Professor Caspar Erich Stemmer, entregue nesta segunda-feira, 27 de julho, em Florianópolis. Das 178 inscrições, 37 foram premiadas, três delas da UFSC. O professor do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, Dachamir Hotza, foi o vencedor na categoria Pesquisador Inovador. Jessica de Matos Fonseca e Janaina Seraglio são os destaques da universidade na categoria Estudante Universitário Inovador.

Hotza possui graduação em Engenharia Química, mestrado em Engenharia Mecânica e doutorado em Engenharia de Materiais. É professor titular da UFSC desde 2014, vinculado ao grupo de pesquisa Núcleo de Materiais Cerâmicos e Compósitos. Ele também coordena o Laboratório de Processamento Cerâmico, com experiência na área de Tecnologia Química e Engenharia de Materiais, com ênfase em processamento, sustentabilidade e nanotecnologia.

Jéssica de Matos Fonseca, primeiro lugar como estudante inovadora, é doutora em Engenharia de Alimentos pela UFSC, com período sanduíche na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Ela atua há oito anos na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos e áreas multidisciplinares, com ênfase em Processos da Indústria de Alimentos e Desenvolvimento e Caracterização de Nanomateriais Ativos e Inteligentes para aplicação em embalagens de alimentos.

Janaina Seraglio, terceiro lugar na mesma categoria, é mestre em Engenharia Química pela UFSC, onde atuou no Laboratório de Controle e Processos de Polimerização e no grupo de pesquisa de polimerização em sistemas coloidais como foco no desenvolvimento de polímeros de fontes renováveis.

O prêmio, criado por meio da Lei 14.328, de 2008 (Lei Catarinense de Inovação), homenageia a memória do Professor Caspar Erich Stemmer, personalidade catarinense de destaque nacional no desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI). A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) é responsável por sua organização.

A lista completa de premiados está disponível no site.

Tags: FapescPrêmio de Inovação Catarinense

‘CCA Conecta’ realiza live sobre projeto de biscoito para auxiliar na saúde bucal de cães

11/05/2021 08:00

A programação do CCA Conecta desta semana será totalmente dedicada ao curso de Zootecnia. Nesta quinta-feira, 13 de maio, Dia do Zootecnista, as ex-alunas Larissa Sobolewski Magassy Baptista e Manoela Karolina Ribeiro Santos e a professora Priscila de Oliveira Moraes falarão sobre o Pet Crock, um biscoito com extrato de romã e própolis desenvolvido para auxiliar na manutenção da saúde bucal de cães. A live tem início às 20h15 e será transmitida pelo canal do CCA no YouTube.

Recentemente, o projeto recebeu pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) o prêmio de terceiro lugar como Projeto Acadêmico Inovador. Larissa Baptista e Manoela Santos se formaram na turma de 2019.1, e, atualmente, a primeira estuda Medicina Veterinária na Unisul e a segunda trabalha no setor de Controle de Qualidade da empresa Eurotec Nutrition.

Priscila de Oliveira Moraes foi orientadora de Larissa e Manoela no projeto, juntamente com a professora Lucélia Hauptli. Priscila é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mestre e doutora em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), docente e pesquisadora na área de Nutrição Animal no Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural (CCA/UFSC) e professora do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária Convencional e Integrativa da UFSC. 

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Biscoito para cães desenvolvido na UFSC é reconhecido como inovação pela Fapesc

28/04/2021 13:45

Um projeto desenvolvido por duas egressas da Universidade Federal de Santa Catarina ficou em terceiro lugar no Prêmio de Inovação Catarinense, na categoria de Projeto Acadêmico Inovador. A premiação, que ocorreu na tarde do dia 27 de abril, por meio de uma live no canal da Fapesc, reconhece estudantes da graduação de instituições de ensino superior sediadas em Santa Catarina. As zootecnistas Larissa Sobolewski Magassy Baptista e Manoela Karolina Ribeiro Santos desenvolveram um biscoito assado que auxilia na manutenção da saúde bucal de cães, utilizando extrato de romã e própolis como matéria prima.

A ideia surgiu no final de 2017 e foi dividida em dois Trabalhos de Conclusão de Curso, orientados pela professora Priscila de Oliveira Moraes e co-orientados pela professora Lucélia Hauptli. Larissa Baptista foi responsável por desenvolver a pesquisa laboratorial, em uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em Porto Alegre, foi supervisionada e auxiliada pelo professor Luciano Trevizan, onde conduziram as testagens em ambiente controlado, com 12 cães de microbiota oral similar. Em laboratório, foram testadas a preferência e efetividade dos biscoitos. 

Manoela Ribeiro Santos executou a pesquisa de campo em Florianópolis, com cerca de 40 cães voluntários, apresentando resultados efetivos do funcionamento dos biscoitos para a redução e prevenção do tártaro nos animais. A pesquisa de Manoela será publicada em breve pela revista Animal Feed Science Tecnology.

Para chegar na formulação final destinada aos cães, a dupla estudou diferentes tipos de fitogênicos utilizados na saúde bucal de humanos, até a escolha final do extrato de romã e própolis. Além da saúde oral, o projeto também tem o objetivo de tornar a alimentação mais natural para os cães. “Sabemos que a saúde oral é algo muito importante para a saúde em geral do animal, e é uma coisa que as pessoas não têm percepção”, afirma a professora de nutrição animal, Priscila, que vê a necessidade de tornar a higienização bucal mais prática para os tutores.

A escolha do biscoito cumpre a tarefa de facilitar a higienização. “Procuramos deixar uma crocância no biscoito para que tivesse essa fricção do alimento com o dente, para também ajudar junto com o aditivo a reduzir o tártaro. O biscoito acaba sendo um agrado, gera uma conexão do tutor com o animal”, reforça Manoela.

A execução do projeto durou um ano, tendo início em 2018 e conclusão  em março de 2019, ano em que ambas se formaram. A realização do trabalho acadêmico e aplicação foi financiada pelas professoras, alunas e pais, que arcaram com os custos de materiais, locomoção e publicações. Todo o trabalho de produção dos biscoitos, embalagens e porcionamento foi feito manualmente.

“O projeto criou um objetivo para mim. Eu quero me formar em Medicina Veterinária. Eu sou zootecnista hoje, já fiz curso de nutrição de cães e gatos e quero trabalhar com nutrição clínica”, disse Larissa, que vê com entusiasmo as portas que foram abertas por conta da realização da pesquisa. Para a professora Priscila, o projeto deu origem a uma nova linha de pesquisa promissora. “Já temos outros projetos, desenvolvemos um biscoito para gatos com spirulina, estamos trabalhando na linha de probióticos para os biscoitos. Então adotamos essa causa, porque sabemos que é um problema para saúde animal”.

Luana Consoli/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

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